1. Spirit Fanfics >
  2. Blood Bund >
  3. Ápice da Loucura

História Blood Bund - Ápice da Loucura


Escrita por: TiaMayLars

Notas do Autor


Oi, oi, oi, (◍•ᴗ•◍)❤

Tudo bem amores?

Atualizando aqui, espero que gostem do capítulo de hoje

Vibe musical desse cap: https://youtu.be/KATtZ-U04PY

Boa leitura ^_^

Capítulo 9 - Ápice da Loucura


Noelle pensava em muitas coisas depois de ouvir tudo aquilo, um pouco de vergonha por ele não ter poupado detalhes íntimos, de certa forma o homem não sentia que estava contando para uma pessoa qualquer, estava contando para sua esposa, a sensação de intimidade e familiaridade era a mesma. Dentre tantas coisas, ela sentiu pena tendo empatia pelo ocorrido e no fundo medo. E se ele perdessem o controle novamente? Apesar de todas as coisas, compreendia finalmente porque ele lhe olhava de forma diferente e sempre notou isso desde a primeira vez que se viram, como se a razão por isso estivesse na sua frente esse tempo todo. Entendia o motivo de se negar a contar, pois não era algo fácil de dizer que a pessoa quem amou morreu pelas suas próprias mãos. Então, vendo os olhos marejados enxergando a fragilidade em que se encontrava, a garota se aproximou e deu um abraço, sentados lado a lado o homem prendeu o tronco entre seus braços, como se estivesse sido consolado depois de tantos anos e de certa forma ela sentia que precisava consolar. Talvez precisasse disso para seguir em frente.

-E depois? O que disseram para a família dela?

-Inventamos uma mentira bem contada, tomei como objetivo achar os responsáveis pelo atentado no beco. Tiramos eles de circulação e pude viver meu luto tranquilamente. Segurou a mão da menina.

As íris enverdejantes teimavam em desviar dos olhos negros, se sentia diferente como se estivesse despida na frente dele e não entendia como, de qual maneira isso fazia sentido. Toda vez que era olhada, agora sabia que ele via o seu primeiro amor, o que causou uma confusão na mente dela.

-Entendi, acho que não precisava me contar tantos detalhes… me sinto…

-Confusa? Eu sei que é muita informação.

-Não, me sinto… de algum jeito despida. Cruzou os braços na frente do corpo.

-Por que?

-Eu não sei, enfim dizem que quando está perto da hora de morrer, a pessoa sente. Talvez a Eleanor não reagiu por ter sentido e aceitou de bom grado. Eu não sei se estou dizendo besteira, só que talvez essa nova vida de imortalidade não daria certo para ela, imagino que quisesse transformá-la um dia e não suportaria ver envelhecer e partir.

-Sim eu faria nem pensar, apenas para tê-la comigo.

-As coisas aconteceram da maneira que tinham que acontecer, as vezes só não entendemos – Com o polegar limpou algumas lágrimas teimosas – Porém, quero que entenda que somos duas pessoas diferentes. O relacionamento de vocês é no passado, no presente nós não temos nenhum tipo de relação amorosa, entende isso?

-Entendo, eu não confundo…

-Mas projeta seus sentimentos, não é possível que a ame depois de tantos anos.

-Eu amo, você que não está entendendo.

-Jeongguk, não quero te magoar. Esse romance existe só no passado, no presente eu não te vejo assim. Sinto muito – Deu mais um abraço – Separe as coisas, não entenda que eu seja sua. Aceite que estou com outra pessoa. Apertou mais o abraço e sentiu o ar gelado da respiração dele nos seus cabelos.

-Eu entendo, creio que deixou claro o que sente com tudo isso. Se distanciaram, ela se sentou na cama encostando as costas na cabeceira.

-Teve alguma situação parecida com humanos depois? Perguntou temerosa.

-Não! Eu fiquei longe de humanos por um tempo e me recusei a perder o controle das minhas ações. Justamente para não acontecer novamente.

-Entendi – Ele ficou de pé – Espera… eu tenho uma dúvida.

-Prossiga.

-Quando um vampiro morde alguém, qual a sensação?

O mais velho ficou confuso com a pergunta, por não entender a curiosidade nisso.

-Boa é pouco para descrever, é relacionado a uma fome sexual, satisfação e desejo – Disse pausadamente e baixo cada palavra, fazendo percorrer um arrepio pelo corpo da mais nova – Isso é tudo?

-Sim.

-Quero que seja feliz, vou apoiar o seu relacionamento. Tchau Elle.

-Tchau.

Assim saiu do quarto deixando a menina com os próprios pensamentos, quando se deitou para dormir parece que no mundo dos sonhos viajou para o passado. Teve um sonho similar apenas com as coisas que foram ditas.


[…]


Os dias se seguiram um pouco estranhos, escassas trocas de palavras e isso estava matando Noelle por dentro, aquele olhar destruído e triste andando pela casa. Incomodou como nunca e estava de mãos atadas, não podia dar falsas esperanças e por mais que agora doesse, seria melhor tirar esse curativo de uma vez.

Conversava no telefone com Olivie.

-Vamos no lago Neagh, alguns meninos vão levar bebida, vamos ouvir música, conversar e o seu namorado já confirmou.

-Vamos, eu vou sim.

-Não tem como levar seu tio? Faça esse favor enorme pra mim. Por favor.

-Quem sai e leva seu tio junto?

-Você. Porque tem um tio bonitão. Ao menos faça o convite hoje, tudo bem?

-Tudo bem, não garanto nada. Tchau Olivie.

-Tchau.

Desligaram o telefone.

Colocou o aparelho em cima da mesinha de canto e começou a pensar de quais palavras usaria para convidar. Ensaiou sozinha conversando com o espelho, um pouco nervosa. Depois de um tempo decidiu ir para a cozinha comer algo, abriu a geladeira e pegou um iogurte, se sentou em uma das banquetas olhando pela janela. Escutou passos rápidos vindo do corredor e ficou observando a figura ficar mais nítida, o Jimin sem camisa passou correndo pela cozinha e parou no meio do caminho.

-Oi Elle!

-Oi Jimin.

Ele tinha se acertado com Lin embarcando em uma segunda tentativa de fazer dar certo, por enquanto estavam indo bem.

-Nossa, mó fome.

-Acho que tem comida pronta vai querer comer?

-O que?! Não.

-Foi mal, esqueci. Como anda a tia Lin?

Ela pegou uma fruta e começou a descascar.

-Bem muito bem, sabe que pode me chamar de tio ou pai né.

-Nem fodendo, tá maluco? Começou a dar risada.

-Qual é? Um dia você tem que me aceitar.

-Só porque é namorado dela que vai ser meu padrasto ou sei lá.

Jeongguk entrou na cozinha também e fez uma careta ao ver o amigo sem camisa.

-Veste uma camisa cara.

-Chegou o mal-humorado.

-Blá blá.

-Vocês sempre se implicam?

-As vezes, é quase uma tradição – O homem se sentou ao lado da menina vendo a forma desastrosa que descascava, cortava mais pedaço da fruta do que só da casca – Nossa senhora como você é péssima nisso, vai se cortar desse jeito.

Dito e feito, cortou seu dedo resmungando de dor no processo. Jimin tampou o seu nariz querendo impedir de sentir o cheiro e ser levado pela sua sede.

-Humm... nossa senhora. Começou a dar alguns passos para trás, o Stekel tirou a faca da mão da garota e a fruta, colocando em cima da mesa. Olhou para o Park e viu as íris mudando de cor, ficando amarelas.

-Jimin, você tá bem?

-Estou, só preciso ir caçar.

Suas palavras não condiziam com suas ações, estava acostumado a uma dieta gorda e se alimentava quase todo dia, hoje completava quatro dias sem se alimentar pois dispensou todas as suas noivas, tornou-se difícil agir coerente. Seu olhar mudou, como se fosse um predador e Noelle se sentiu como a presa, ficou de pé atrás do outro homem.

-Jimin, fica parado aí.

-Estou me movendo sozinho.

Foram dando passos para trás, a garota se agarrou com força nas costas do rapaz.

-Jeongguk, o que vamos fazer?

Mirou o dedo com o corte, levou até a boca e chupou o sangue escorrendo querendo diminuir o cheiro chamativo. Revirou os olhos durante o ato e depois encarou o outro vampiro.

-Acabou Jimin, não tem mais sangue.

-Não devia ter feito isso.

-Feito o que? - Lin Marie chegou na cozinha nesse exato momento, rápido entendeu a situação, segurou o namorado e deu o próprio pulso para ser mordido. O Park cravou as presas tomando o sangue de cor bem mais escura. A Loup ficou um pouco assustada sem entender o que estava acontecendo – Menos né, vamos sair para caçar. Assim os dois saíram do local.

-O que aconteceu aqui?

-Foi uma forma de fazer ele voltar a si.

-Não sabia que vampiros podiam beber o sangue de outros.

Ele segurou o dedo com o corte, trazendo até pia lavou e foi procurar no armário algum band aid.

-Podemos.

-E por que faz voltar a si?

-É uma maneira de se conectar com a outra pessoa.

-Entendi e humanos também podem beber?

-Poder, pode. Mas não indico, o sangue de vampiro no organismo humano causa alguns efeitos alucinógenos, de variados graus.

-Sério?!

-Não fica animada, acho difícil alguém te deixar experimentar.

Esperou paciente o curativo ser feito, pensou ser a oportunidade perfeita para convidar.

-Vai fazer alguma coisa hoje de noite?

-Não, por quê?

-Vamos ao lago Neagh, eu e meus amigos. Se quiser pode vir junto.

-Vou pensar no assunto.

Se retirou do local.


[…]


Quando anoiteceu a menina se arrumou, como seria ao ar livre vestiu uma calça jeans de cós alto, um cropped amarelo de crochê e colocou uma jaqueta jeans por cima, nos pés uma bota de cano curto. Arrumou seus cabelos em um rabo de cavalo, pegou seu celular e iria a pé mesmo que não ficava tão longe, deslocou-se para fora do quarto e no corredor se surpreendeu ao ver Jeongguk encostado na parede com as mão no bolso, seus cabelos úmidos, uma calça preta justa, uma camisa larga com uma estampa personalizada, um casaco por cima e calçava um all star preto.

O barulho da porta se fechando fez o homem olhar para si, caminhou na direção dele e exibiu um sorriso.

-Não acredito que você vai.

-Surpresa?

-Bastante. Vamos.

Sentiu o aroma do perfume masculino e ficou ainda mais surpresa vendo que ele passou perfume, de aroma terroso e amadeirado com notas cítricas, qual o motivo de tanta produção? Foram andando lado a lado em silêncio, Noelle foi andando para uma direção e ele para a garagem.

-Onde está indo?

-Sair pelo portão.

-Vamos no meu carro.

Deu de ombros e entrou no carro Audi modelo Abt TT RS-R, de cor cinza. Sentada no banco do passageiro, observava o vampiro dirigir, ligou o rádio e a música Juice WRLD, ft. SUGA – Girl of My Dreams começou a tocar. Olhou pela janela vendo a noite agradável de verão, tinha um certo cheiro característico dessa época do ano, desviou o olhar da janela para ele.

-Você podia tirar a carteira, já pensou se vai querer?

-Achou que sim, vai me deixar dirigir seu carro?

-Nem em sonho.

-Nossa, como que vou praticar então?

-A gente vê isso no futuro.

Demorou poucos minutos para chegarem no destino, o carro passou pelo chão cheio de pedras e estacionou, desceram do veículo e Noelle viu algumas pessoas reunidas, identificou quatro amigos seus e foi até lá. O lugar era perto do lago, mais em uma distância segura, construíram locais abertos com fogueiras para as pessoas se reuniram ali perto. Era de graça para entrar, mas era necessário trazer as coisas para acender e comida própria.

-Oi gente, tudo bem?

-Oi Elle! Senta aí. Noah convidou, os bancos rústicos em formato de tronco de árvore ficam em volta do fogo.

Logo atrás veio seu “tio”.

-Gente esse é o meu tio, Jeongguk. Apresentou.

-Olá.

Olivie convidou o rapaz para sentar ao seu lado, Noelle ficou ao lado do namorado, então era o total de seis pessoas ali, o último integrante era a garota chamada de Rosalie. Uma caixinha de som tocava uma música animada para o clima sábado, o barulho da fogueira trás a sensação de aconchego, tinha sapos no lago e grilos compondo essa melodia da natureza.

-Então como você tem um tio tão jovem? Noah perguntou, o garoto não era daqui veio da Austrália.

-Eu fui adotada já com uns dez anos eu acho e ele tinha uns vinte não me lembro.

-Mas sua mãe é jovem? Rosalie entrou na conversa, interessada, era bem quieta geralmente, mas com os amigos certos se soltava.

-Sim, um pouco mais de trinta.

-Corajoso da parte dela ser mãe solteira, admiro.

-Concordo, toma aqui. Entregaram uma garrafa de cerveja para a Loup, que olhou primeiro para Jeongguk, esperando que ele repreendesse ou dissesse algo contra, porém permaneceu sem dizer nada, então pegou a garrafa e tomou um gole fazendo careta pelo gosto amargo.

-Achei que esse negócio era bom.

-Depois de alguns goles fica bom. Olivie informa, animada por estar do lado do vampiro.

Com algumas horas de conversa resolveram jogar verdade ou desafio, um clássico. Quem escolhia desafio tinha que beijar alguém que fosse escolhido, quem escolhesse verdade teria que responder uma pergunta, bem simples e fácil de entender. O primeiro foi Taehyung.

-Rosalie, verdade ou desafio?

-Verdade.

-Hum… quem daqui você já teve um crush? Lembrando que não pode mentir.

-Eu sei, eu já tive um crush no Noah.

-O que?! Em mim? Devia ter chegado que pode ter certeza que ia rolar. Ela sorri envergonhada.

-Minha vez – Rosa olhava para todos tentando escolher – Noelle, verdade ou desafio?

-Desafio.

-Te desafio a beijar o Taehyung.

-Aah isso nem é desafio. O australiano reclama.

-Verdade, mas eu ia fazer o que? Se ela beijar outro ia ser estranho. A menina explica, em seguida o casal se olha e troca um selinho devagar e calmo. Sentia suas costas queimar com o olhar do vampiro e se sentiu mal em fazer isso na frente dele.

-Eu escolho o Noah, verdade ou desafio?

-Desafio Elle.

-Te desafio a beijar a Rosalie.

-Agora sim, vem aqui Rosa. Puxou a garota pelo braço e deram um beijo de língua calmo e até meio rápido, não demorou muito para se separarem.

-Olivie, verdade ou desafio?

-Desafio.

-Te desafio a beijar o Jeongguk.

Parece tinham combinado isso, pois tudo saiu certinho. A garota se levantou confiante e se sentou de lado em uma das coxas dele, emaranhou os dedos nos cabelos pretos e se beijaram, lenta, demoradamente e de língua. Parecia que não tinha fim, quando o Stekel abriu os olhos viu que Noelle tinha saído de fininho.

-Agora só falta você, verdade ou desafio?

-Verdade.

-Tem alguém daqui que você goste? Perguntou esperançosa depois do beijo.

-Não.

-Sem mentir.

-Não estou, realmente não tem alguém que eu goste aqui. Não mentiu Noelle não estava ali, aliás se perguntou para onde foi.

-Hum que chato, bom já foi todo mundo.

Quieto no seu canto aproveitou da distração dos demais para sair e procurar a menina, seguiu para perto da beira do lago, dando a volta e caminhou por um tempo até que enxergou no escuro uma pessoa sentada na grama abraçada com as próprias pernas. Chegou e se sentou do lado.

-Por que saiu?

-Sei lá, precisava ficar um pouco sozinha. Aquela cerveja me deixou com sono. Esticou as pernas e apoiou os braços na grama, atrás do corpo.

-Entendi.

-Por que aceitou o meu convite?

-Achei que precisava espairecer. Não queria que eu viesse?

-Não é isso, eu queria. Só fiquei curiosa – Ficaram um tempo em silêncio escutando de longe o barulho das pessoas conversando – A Olivie gosta de você, é bom falar pra ela se vai ou não querer algo.

-Com ela? - Balançou a cabeça concordando – Ela não faz o meu tipo.

-Eu imaginei, não parece que curte as loiras.

-Não, eu prefiro de cabelos escuros. Deu a indireta e a garota fingiu que não foi.

-Como me achou?

-Seu cheiro.

-Claro, sempre me denuncia onde estou - Disse irônica - Cheiro do que eu tenho?

-Vou tentar explicar, mas é doce, delicado como o cheiro da sua pele depois do banho.

-Você nunca cheirou a minha pele, como sabe?

-Só usei de exemplo. Revirou os olhos.

-Por que você não tem cheiro?

-Eu tenho, mas seu olfato não é aguçado para sentir. Teria que chegar perto.

Encarou duvidosa o rosto alheio, o homem estava tranquilo olhando a água do lago, refletindo a lua. Mesmo incerta se aproximou, posicionou o nariz perto do pescoço dele sem tocar de fato, respirou fundo e soltou o ar pela boca, arrepiou a pele de Jeongguk e sentiu um cheiro bom, mesmo que fraco era muito bom, semelhante ao aroma mentolado. Sorriu vendo ele ficar afetado com algo simples.

-Você é cheiroso benzinho… - Arregalou os olhos percebendo o que disse, se afastou – Me desculpa foi idiota ter dito isso, sinto muito. Agora fui muito imbecil, nem sei porque disse isso. Deve estar bravo comigo, com toda razão… Não parou de falar nem por um segundo, talvez estivesse mais impressionada que ele com o que disse.

-Calma Noelle, foi… não sei o que foi isso, mas se acalma.

A garota ficou de pé.

-Como vou me acalmar? Eu te disse que não eramos a mesma pessoa, para separar as coisas e agora estou fazendo algo… ao contrário.

-Esta muito exaltada, se acalme.

Nervosa foi dando passos para trás, já que o vampiro se levantou e tentou se aproximar.

-Sinto que estou te fazendo sofrer e dizer isso parece que te ilude.

-Esta me tachando como se eu fosse um tolo, eu sei que foi sem querer.

-Não tá bravo?

-Não, mas tem algo que me ajude a superar o que me disse.

-O que?

-Isso.

Empurrou a mais nova, que caiu dentro do lago e levantou assustada no mesmo segundo, era raso perto da beirada e não correu risco de se afogar. Saiu da água com toda a roupa molhada, jogou um pouco nele e partiu para cima a fim de dar um tapa, alcançou as costas e deu um tapa estalado, enquanto o rapaz desabava de rir.

-COMO VOCÊ TEM CORAGEM?

-Calma… nada mais justo não é?

-A cala boca, a água tava gelada. Frio, frio, frio – Disse repetidamente, encarou ele e viu um sorriso aberto e contente como não via há tempos – Que bom que tá feliz. Abraçou o próprio corpo tentando se aquecer.

-Você me diverte bastante. A abraçou querendo aquecer, contudo se lembrou que não conseguia então se afastou.

-Que bom – Respondeu irônica – Vamos embora, acabou passeio.

Foram andando de volta para a fogueira.

-O que aconteceu?

-Ela caiu no lago.

-Eu cai?! Ele me empurrou.

-Não acredito. Alguns dos jovens deram risada, Taehyung veio até a moça para ver se estava bem, aproveitou a temperatura elevada dele e se abraçaram, se esquentando um pouco.

Ficaram um tempo ali antes de decidir ir embora, principalmente por estar com as roupas molhadas, poderia pegar um resfriado. Já dentro do carro, Jeongguk deu seu casaco para ela que se cobriu com o tecido.

-Ele te trata bem?

-Quem? O Taehyung?

-Sim.

-Trata sim.

-Quero dizer que se ele fizer qualquer coisa me avise, se fizer algo contra sua vontade.

-Fica tranquilo, ele é bem fofo comigo. Não se preocupe.

-Me preocupo porque me importo, já disse que desejo sua felicidade.

-Te agradeço por isso.

O resto do trajeto foi em silêncio, saíram do carro e entraram na casa. Cada um seguiu seus caminhos, indo para seus respectivos quartos. Depois de um banho merecido foi se deitar, seu celular notificou uma mensagem do namorado, que avisou que tinha chegado em casa e mandou uma foto no mínimo provocante, a garota sorriu sem acreditar no que estava escancarado na sua tela.

Enquanto isso no terceiro andar, Jeongguk arranjaria algo para se ocupar, contudo um pensamento em querer ver a garota passou em sua mente. Vê-la dormir serena e calma, dormir era algo tão bom e jamais teve uma boa noite de sono igual antes, poderia deitar e descansar, mas a qualidade do sono não era tão boa. Não quis abrir a porta, então pulou na varanda do quarto dela, a janela ampla quase não era tampada pelas cortinas, o quarto estava escuro e não conseguia ver quase nada se não fosse pela sua visão, e pela pouca luz que entrava da janela. Silencioso tentou observar a menina e para seu azar estava acordada, porém deitada e ficou curioso achando estranho os sons extremamente baixos que escutava, se esticou para ver através do vidro e arregalou os olhos, ofegou excitado. Deitada na cama, a coberta cobria apenas da cintura para baixo e sua blusa estava levantada, não utilizava sutiã então Jeongguk conseguiu enxergar os seios descobertos. A mão direita se perdia nas cobertas e entre suas pernas, foi preciso um som mais alto e entendeu o que ela estava fazendo. Queria sair dali, mas seus pés pareciam fincados no chão, queria observar mais do momento íntimo que deveria ser apenas dela. Começou a sentir satisfação em observar, as vezes a outra mão dela apertava os bicos enrijecidos e quase gemeu de prazer apenas por imaginar ser suas mãos ali, sentir o calor de sua pele, como nunca sentiu de uma humana antes. Todo seu corpo reagiu e isso que nem viu o resto, por conta da coberta e pensou de qual maneira estava se tocando, de quais dedos usava e quando se deu conta quase abriu a porta da sacada e saiu dali bem rápido, antes que cometesse um erro.

Tropeçando nos pés, chegou em seu quarto desnorteado, parecia preso em um abismo dos seus sentimentos e desejos. Seu corpo transborda vontade em subir naquela cama, substituir os dedos delicados pelo seus, escutar alto cada gemido deleitoso e olhar naquele olhos enquanto fazia tudo o que tinha vontade. Seu membro começou a evidenciar sua rigidez, apenas pensando no anseio em tomá-la de uma vez por todas, em seguida subiu em cima da cama e fechou olhos tendo a imagem nítida de minutos atrás. Deslizou sua mão do seu abdômen para dentro de suas calças, infiltrando por dentro da cueca começou a se a caricar devagar, lento e preciso. De olhos ainda fechados sua mente começou a pregar peças, pois a imagem da garota apareceu na sua frente, junto de si em cima da sua cama, as íris esverdeadas cheias de luxuria e malícia, vestida com o pijama que mais gostava que também era o mais curto, não acreditando abriu os olhos e a figura sumiu, quando fechou novamente ela apareceu, ainda mais perto. Com pressa abaixou a calça junto da cueca, recebendo um sorriso pervertido da sua alucinação, enquanto olhava para baixo e então resolveu falar algo, mas apenas em sua mente e não em voz alta.

“Você gosta?”

“Claro, tão lindo e duro. Tudo isso pra mim não é?”

“Sempre foi”

“Se toca pra mim”

Assim fez, segurou o próprio membro com a destra, deslizou para cima e para baixo, cuspiu na própria mão para facilitar os movimentos, segurou com força e fez pressão na glande, enquanto sentia ser observado por essa figura, escutou um riso perverso que soou até um pouco fofo.

“Parece que precisa muito de mim”

“Eu preciso, preciso, preciso”

Ficou murmurando baixinho, massageou as bolas apertando um pouco e abriu a boca em completo deleite quando notou ela tirou a parte de cima da blusa. Contemplou os seios medianos que viu anteriormente, agora que tinha visto jamais esqueceria. Ela apalpou o próprio corpo provocativa, querendo estimular os sentidos do rapaz.

“Ficou me espiando pela janela” 

Escutou a voz sussurrada no seu ouvido direito e se arrepiou, sentiu a ponta do seu pau molhar e aumentou o ritmo.

“Espiei, era para você estar fazendo isso”

“Te tocar? Quer as minhas mãos?”

“Quero muito mais que isso”

“Eu sei o que quer, estou na sua cabeça. Sei dos teus desejos mais sujos, do que quer fazer comigo. Quer experimentar a minha boceta quentinha”

A voz mudou a direção novamente, jurou conseguir sentir a respiração quente bater.

“Quer me foder enquanto bebe meu sangue”

“Não, isso não”

Continuou com os movimentos, o pau sobre a barriga a cabecinha batia na altura do umbigo, mais uma vez massageou as bolas com uma mão e a outra deslizando rápido no falo.

“Sim, isso sim, Estou na sua mente, eu sei o que quer fazer comigo. Não precisa ficar com vergonha”

“Ah porra”

O som da risada maliciosa atiçou seus sentidos mais uma vez, não queria abrir os olhos e sabia que ela iria embora se fizesse isso. Então permaneceu assim, sem abrir por um segundo sequer. Usou as duas mãos para se masturbar, pulsava necessitado e não se deu conta que gemia baixo, respirando desregulado. 

“Me quer tanto que consegue me imaginar aqui, quando na verdade estou no quarto abaixo”

Agora apareceu deitada de lado, com o cotovelo em cima do colchão apoiando o rosto na mão.

“O que quer que eu diga? Que sou um doente de merda por você? Eu sou, totalmente insano por uma única mulher”

“Isso que eu quero ouvir”

Era uma versão diferente, a versão de como ele queria que fosse. Seus movimentos rápidos fazia a punheta ter o som molhado obsceno, sentia estar perto do ápice e foi quando tudo ficou uma loucura, tinha uma camisa antiga da garota escondida em seu quarto. Foi até o local e pegou, andando com o membro duro majestoso pelo quarto, colocou a peça em cima da cama e subiu em cima fechando os olhos novamente, vendo a presença dela.

“Quer senti meu cheiro?”

Segurou o pano no nariz respirando fundo.

“Sim, parece que está aqui comigo assim”

Voltou a se tocar com mais vontade que antes, rápido e forte insano para gozar. Puxou o fôlego sem controlar seus gemidos.

“Vai gozar pra mim?”

“Não precisa nem perguntar, já sabe a resposta”

Em último gemido desesperado, gozou sem cessar os movimentos para prolongar a sensação de prazer, pensando especificamente em uma pessoa. Quando abriu os olhos mais relaxado, viu que acabou sujando a camisa da garota.

-Droga, agora vou ter que lavar, se lavar vai sair o cheiro – Deu de ombros – Eu pego outra.

Se deitou na cama e apagou em um cochilo descansando.

No dia seguinte não sabia ao certo o que tinha acontecido, se enlouqueceu de vez ou se realmente aconteceu. Porém, quando encontrou Noelle não tinha nada de diferente com ela, apenas consigo mesmo que encarava demais, se realmente tivesse acontecido teria algo diferente em seu comportamento, então chegou a conclusão que tinha enlouquecido de vez.


Notas Finais


A Noelle tá vacilando?

Jeongguk tá doido da cabeça?

Até a próxima 🤙


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...