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História Blood Moon - Chapter XI - REASONS


Escrita por: K_Valentine

Notas do Autor


Oi gente!
Mais um capítulo de Blood Moon no ar!

♦ Terceira e última parte sobre história vampírica! Conheceremos os outros clãs e também algumas razões que motivaram alguns acontecimentos.
♦ Leiam o capitulo ouvindo a música "Ridding The Train" do Danny Elfman, que está disponível na playlist da fanfic (link nas notas finais).

Se você é leitor(a) novo(a), favorite, acompanhe a história e não deixe de comentar o que está achando!

Divirtam-se! ♥

Capítulo 11 - Chapter XI - REASONS


Fanfic / Fanfiction Blood Moon - Chapter XI - REASONS

Andrew Biersack
10 de julho de 2062 – 02:38 AM
Escritório do Castelo
Primeiro piso

***

- Não está cansada? – pergunto, vendo que já estamos há muito tempo falando desse assunto.

- Que nada! Estou é achando muito interessante tudo isso, de verdade! – ela sorri, animada. - Mas me diga, vocês não possuem pontos fracos?

- Infelizmente sim. – reviro os olhos. - Mesmo um clã perfeito como o meu, tem.

- E quais são?

- Temos um gosto rarefeito, ou seja, encontramos apenas um tipo específico de sangue mortal agradável e vital para nós.

Por isso eu a comprei. Ela encaixa perfeitamente no meu gosto e assim me poupa de ter que me deslocar até a cidade para caçar toda vez que a Fome clama. Eu sempre odiei ter esse trabalho, ainda mais pelo fato que gosto de me isolar dos demais. Não tenho muita paciência para conflitos inúteis que muitos nutrem, sempre buscando obter vantagem em toda e qualquer situação. Assim, a melhor alternativa que encontrei foi comprar uma fonteno leilão que atendesse aos meus gostos.

Por me manter neutro sempre, tenho simpatia mútua entre vários Membros de outros clãs e pelo mesmo motivo, outros me detestam.

- Qual a sua preferência?

- Mulheres de 20 a 35 anos.

- Entendo agora...

- O próximo, - continuo, para evitar que ela foque mais no assunto anterior. - é um clã que tem bom gosto e criatividade, porém são exagerados. Os Toreador possuem comportamentos extravagantes, mas muitos retêm naturezas únicas. São os membros mais sofisticados da Família. Concentram-se na perfeição como nenhum mortal o faz. Usam seus sentidos e gostos refinados, adquiridos após o Abraço, para tornarem-se altamente devotados à arte. Para eles, nada importa mais que a beleza, por isso tem boa aparência. Muitas vezes envolvem-se muito no mundo dos mortais e consequentemente se apaixonam com muita frequência por eles, conferindo assim uma de suas fraquezas... Além de ficarem paralisados pelo fascínio e cativados com coisas sem sentido tipo pinturas, letreiros em neon. – rio por dento, lembrando de vários momentos que presenciei Ashley passando por isso. – Apelidados de Degenerados, suas disciplinas são Auspícios, que se trata de percepção extra-sensorial, consciência e premonições; Rapidez, velocidade e reflexos sobrenaturais; e por último, Presença.

- O Ventrue se dão bem com os Toreador?

- Geralmente sim, até que um conflito por motivos fúteis e egoístas estrague tudo.– dou mais um gole na taça. - Seguindo, temos os Brujah. São todos arruaceiros, rebeldes, incontroláveis e indomáveis. Sem respeitar nenhuma autoridade nem reconhecendo nenhum líder, a ralé, como são apelidados, se considera livre. Gostam de questionar e testar eternamente as Tradições. Tendem a serem teimosos, altamente agressivos, rudes e extremamente vingativos. São os vampiros mais incontroláveis da Família.

- Esses são os bad boys...

- Eles dependem de seu comportamento caótico para atingiremos resultados que desejam. Em alguns domínios, os outros Membros aprenderam a conceder a eles uma liberdade de ação que não seria tolerada em nenhum outro vampiro, mas aqui August não aceita isso e já deixou bem claro diversas vezes. Ainda assim, eles o desrespeitam com frequência, agindo em segredo e sempre em bandos. Suas disciplinas são Rapidez, Presença e Potência, que os confere vigor físico e força. Suas fraquezas estão no fato de que são tomados pelo frenesi com frequência, ou seja, tem surtos de raiva... - Nesse momento fico com medo dela me perguntar se foi o que aconteceu comigo quando, há noites atrás, a ataquei e por isso decido desviar o foco. – Eles não têm bom relacionamento com os demais clãs, justamente por seu comportamento e por preferirem andar em bandos, fechando uma certa “panela”.

- Podem ser considerados o clã mais perigoso então?

- Um dos... Mas no fundo eles sabem com quem não devem mexer. Tem aversão aos Tremere. Estes, são magos descendentes de uma linhagem antiga, trabalham juntos para aumentar sua influência e poder. Exercem o poder sobrenatural de seu passado mágico, embora eles se tornaram vampiros através da deslealdade como artifício. Nenhum outro clã possui uma história tão rica, ainda que curta, quanto a deles. São agressivos, altamente intelectuais e manipuladores, respeitando apenas aqueles que lutam e perseveram a despeito de todas as adversidades.  Seu apelido na Família são Feiticeiros. Já as disciplinas, Auspícios, Dominação, Taumaturgia, que é o estudo e prática da feitiçaria... – faço uma pausa para tomar mais um gole do sangue presente na taça. - Os outros clãs não confiam nesse, tanto por medo, como por uma sensação de que há alguma coisa muito estranha neles. Possuem motivações incertas, mas não tenho problemas com nenhum.

O fato de Victoria não conseguir sair do meu Domínio, só é possível por magia de um Tremere. Eu também sempre gostei de estudar e me inteirar de vários assuntos, o que me trouxe mais conhecimento sobre esse lado. Há alguns muitos anos atrás tive a oportunidade de ficar amigo de um que me ensinou vários feitiços e aplicou alguns mais sofisticados, em minha propriedade. Todos que entram e saem dos arredores, eu tenho conhecimento. Mas geralmente, apenas Lupinos de Gangrel andam por aqui de vez em quando.

- Conhece alguma magia deles?

- Sim... Há alguns rituais que precisam ser executados minuciosamente sob circunstânciasaltamente específicas e seguindo procedimentos exatos. Podem ser úteis as vezes. – nesse momento vem à minha mente um truque. – Por exemplo... – abro minha mão esquerda e da palma brota uma chama vermelha cor de sangue.

- Você não se queima? – Victoria, pasma, arregala os olhos.

- Não. – fecho a palma e a fogo se desfaz. - As chamas criadas por esta linha são sobrenaturais, não podendo queimar os objetos até que elas tenham sido liberadas por mim...

- Isso foi muito bacana! – seempolga.

- O próximo clã, - dou continuidade a esse assunto. – é constituído de criaturas assustadoras, mas que não têm culpa pelo que são. Chamado Nosferatu e com seus membros apelidados de Ratos de Esgoto, preferem passar sua existência sórdida escondidos. São horrendamente desfigurados pelo Abraço, de modo que eles permanecem nas sombras dos esgotos e traficam os segredos que eles coletam. Qualquer um que esteja querendo saber qualquer informação sobre a cidade ou sobre seus habitantes imortais só precisa falar com um. Mantêm-se surpreendentemente atualizados quanto aos assuntos da cidade. Sua fraqueza é a aparência por serem realmente horrendos. Eles exibem dentes enormes, sua pele é pálida e enrugada e normalmente não possuem pelos.  As disciplinas são Animalismo, que concede afinidade e controle sobre os animais; Potência, conferindo vigor físico e força; e Ofuscação, habilidade de permanecer obscuro e invisível, mesmo em multidões.

- Eles são tão feios assim?

- Realmente são. O clã é um show de horror.

- Nossa... – ela faz uma careta tentando imaginar.

- Temos também os Malkavianos. Normalmente considerados insanos, os loucos, como são apelidados, possuem visão e sabedoria incomuns. Formam um clã fraturado pela loucura, cada membro irrevogavelmente sofre sob o jugo da insanidade. Na minha opinião, não são nem a metade os loucos do que fingem ser. Não se deve jamais confiar neles. Seguem uma antiga tradição de pregar peças em humanos e em outros vampiros. A natureza dessas “brincadeiras” pode variar do inofensivo ao letal. Tem a reputação de comportamento sádico e de usarem mal a humanidade que ainda retêm. Provavelmente muitos não compreendem que são um clã; o restante está ocupado tentando provar que não são Malkavianos. Possuem as disciplinas de Auspícios, Ofuscação e Demência, que se trata da capacidade de infligir loucura sobre uma vítima.

- Não gosto de loucos... Eles são muito imprevisíveis e me dão arrepios...

- O sétimo e último, são os Gangrel, comumente chamados de Forasteiros. Apesar de um pouco incultos, são dignos de confiança. Possuem um parentesco próximo com os ciganos. Solitários e grosseiros, são os únicos Membros que ousam aventurar-se fora das cidades. São bestiais e selvagens, muitas vezes vindo a assemelhar-se aos animais sobre os quais eles demonstram maestria. Reservados, silenciosos e solenes, costumam manter suas cartas escondidas. Este é um clã de sobreviventes, vampiros capazes de agir por conta própria, por isso são cautelosos e distantes. Eles não desprezam a civilização ou a sociedade da Família, simplesmente não precisam delas. Costumam possuir feições animalescas, especialmente se aderirem à disciplina Metamorfose, que é a mudança de forma, desde fazer cresceras garras até confundir-se com a terra. Não existem relatos deles serem capazes de assumir formas de outras coisas senão lobos e morcegos, mas existem antigas lendas sobre anciões do clã que conseguiam assumir forma de névoa. As outras disciplinas são Animalismo e Fotitude.

- Espera... Então apenas esse clã pode se transformar em animais?

- Você leu que qualquer vampiro pode se transformar em morcego, não é?

- Sim.

- Besteira das grandes... – reviro os olhos.

- Como é ser imortal? – questiona. – Digo, passar todo esse tempo vendo as mudanças dos tempos... Presenciar isso...

- Através dos séculos os mortais têm sonhado com o segredo da imortalidade, pensando nela como uma grande fonte de poder e benefício. Mas as coisas não são bem assim.Considere, por exemplo, ter de presenciar seus parentes envelhecerem e morrerem, enquanto você permanece forte e vigoroso.

- Eu nunca conheci os meus... Não sei se estão vivos, o motivo pelo qual me abandonaram.– Victoria diz e eu noto seu tom de lamentação. Fica olhando para o nada por alguns segundos.

- Eu sinto muito... – digo. Não quero que o clima fique pesado. Não mais.

- Não, tá tudo bem... – ela sacode a cabeça como se tentasse se desvencilhar dos pensamentos. - Prossiga.

- A eternidade nos obriga a viver completamente fora da sociedade mortal, ou pelo menos a nos mudar uma vez a cada década, de modo que não descubram que não envelhecemos.Quanto mais se vive como vampiro, maior é a sensação de distanciamento dos assuntos mortais. Em contrapartida, quanto mais velho é um Membro, mais forte ele é... Mais inteligente por ter vivido tanto tempo, mais conhecido e experimentado em certas artes e poderes, além demais apto a suportar aquelas coisas que constituem um fardo para nós.

- Como conseguiu se adaptar com as mudanças? Porque imagino o contraste da época que você nasceu para hoje em dia...

- Sem dúvida... Não é fácil, mas a gente se acostuma. Quando nasci não era nada comparado com agora. Antigamente a sociedade era mais conservadora e os costumes rigorosos. Sinto falta de algumas coisas e tento trazê-las para minha vida na medida do possível, como morar num castelo, por exemplo. Prefiro muito mais do que numa casa, ou apartamento. Mas nem tudo funciona nos dias atuais. Hoje o mundo é extremamente liberal, sombrio, corrupto e menos humanizado. As guerras tiveram efeito nessa transformação. Se o ser humano não fosse tão ambicioso, talvez as coisas não estariam tão caóticas assim.

- Você viu a lua quando ela era branca?

- Claro!

- Então isso não é mentira... – reflete para si mesma, sem me olhar.

- Não, ué... Você pensava ser?

- Sim... Achei que ela sempre foi da cor que é hoje.

- Não sei ao certo o motivo pelo qual mudou de tonalidade... Mas quando ainda era branca, algumas vezes ficava amarelada e também com tons de laranja e vermelho, mas não tanto quanto o que vemos hoje. Gosto mais dela assim.

- Às vezes fico imaginando o que teria acontecido...

- Há quem diga que a tristeza pelo mundo ter se tornado o que é hoje foi tanta, que até a lua sentiu os efeitos, ficando cor de sangue.

- Talvez seja isso mesmo, vai saber... – ela faz uma pausa.

- Acho que terminamos o assunto por aqui. Mais uma vez reafirmo a importância de você manter sigilo sobre tudo que te contei, agindo como se não soubesse de nada.

- Você tem minha palavra. – assente com a cabeça. – Espero que cumpra com sua parte no combinado também.

- Farei isso. Já tenho um pouco de sangue seu estocado e depois preciso recolher mais.

- Obrigada por me contar tudo... – ela diz, me olhando. – Pelo menos agora não me sinto mais uma tola.

- Cumpra nosso trato, é o que importa. – levanto-me para sair.

- Farei isso, você tem minha palavra. –afirma. Vou andando em direção à porta. – Andrew... - recuo quando ela me chama. - Deixe-me fazer uma última pergunta... Você identifica logo de cara outro de sua espécie, certo?

- Sim.

- Conhece os responsáveis pelo leilão, CC e o dono, Jinxx?

- Eles não são da Família, se essa é a sua dúvida.


Notas Finais


Qual o clã preferido de vocês?
No próximo, o foco sairá um pouco dos nossos personagens principais...

Queria muito que as “leitoras fantasmas” também comentassem o que estão achando, porque a opinião de vocês sobre a fanfic é muito importante e o que me move a continuar escrevendo!

Me contem tudo que estão achando nos comentários! ♥

♦ Eventualmente, se aparecer alguma palavra ou expressão que possa surgir dúvida e não for explicada no contexto, colocarei o significado aqui nas notas finais.
♦ Pretendo atualizar a história com novos capítulos a cada 15 dias, pois ainda tenho outra fanfic em andamento, que é do Tokio Hotel e se chama SECRETS
(Link: https://spiritfanfics.com/historia/secrets-6042545 ).

~ Playlist de Blood Moon no Spotify:
https://open.spotify.com/user/itsleticialima/playlist/1WO2MkzP7UWe0paru0dYn1
A primeira música da lista, We Don’t Belong Here do BVB, é a que eu imagino ser a trilha sonora da introdução da fanfic. Sigam, ouçam e me contem o que acharam!


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