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História Blood Moore ( Institute Iredalle ) - XXXV. Thyra (PII)


Escrita por: THIAD

Notas do Autor


Olá!

Para ser bem sincera, eu não pretendia postar esse capítulo hoje.

Mas me dei conta de algo bem importante: Hoje a fic faz um ano!

Eu achei que era algo muito importante, por isso decidi postar.

Espero que vcs gostem! 💗😍

Capítulo 42 - XXXV. Thyra (PII)


-…

Por um momento, o pequeno espírito se manteve apenas em silêncio, como se de repente não soubesse mais como responder, e eu igualmente não disse nada. A atmosfera que nos cercava também parecia ter ficado estranhamente mais pesada, como se algo sombrio estivesse sobrecarregando o ar ao nosso redor. Dificultando até mesmo minha respiração; era como se meus pulmões estivessem preenchidos por algo pesado.

E,

Tudo isso por apenas uma simples pergunta em um momento de curiosidade.

Digo.

Eu não esperava causar tal reação ao fazê-lo - era apenas uma curiosidade minha, nada mais e nada menos do que isso, que aos meus olhos era tão inocente mas parecia que algo havia sido desencadeado com uma simples pergunta como essa. Eu não sabia como seguir em tal situação.

- Eh. Você está bem?

Lentamente soltei a indagação.

Observei-a da onde estava, começando a ficar preocupada, mas o espírito ainda estava sem reações. Sem mudanças em sua postura corporal e sua expressão facial ainda parecia estar completamente inexpressiva.

Como se ela fosse uma boneca sem vida. Ela somente ficara ali, me encarando por um tempo.

E então, finalmente, apareceu reagir.

- Ah. Quê? Q-que acabaste de indagar?

Ela gaguejou, com incertaza transbordando por seus lábios. Seu sorriso à mim parecia ser tão frágil que por alguns instantes tive medo.

- Poderia haver esse tipo de situação?

Eu divago por um momento enquanto me pergunto se algo assim pode ocorrer.

Pois.

Um espírito com mais de um contrato de laços? Wow. Seria possível algo assim?

Como era algo surreal isso me deixa ainda mais interessada em saber a resposta.

Mas… Algo não parecia ser certo. Ela estava bem?

Seus olhos, que mais pareciam dois pratos de tão arregalados que estavam, pareciam espantados. Ela ficou com a boca levemente aberta, parecendo está em choque. E então reagiu.

- Eh…? Creio que não. - negou veementemente com a cabeça, sacudindo violentamente seus cabelos contra o ar. - Apesar que não sei dizer com certeza se algo assim possa ser possível. Mas o natural é que sejamos polígonos, ou seja, de que tenhamos apenas um mestre.

Era assim como eram as coisas?

Aceno com a cabeça.

- Compreendo. - e sorrio levemente, satisfeita com sua explicação.

Não poderia dizer que não estava depois de tudo. Havia sido bem específica e direta enquanto dizia. E convenhamos, essa era nada menos que uma mera curiosidade por capricho meu.

Por isso eu não estava me sentindo inconformada com sua curta explicação.

Bem, era o natural, depois de tudo.

Todavia, o pequeno espírito seguia desconfiado.

- Mas, de onde surgiu essa idéia tão absurda? - seus olhos me olhavam atentamente como se tentassem entender- me. Não sabia o porquê ela parecia estar tão intrigada.

- Creio que somente foi uma pequena curiosidade. Sabe? - coloco um dedo sobre meu queixo. - Apenas um pensamento que momentaneamente cruzou por minha mente. - rir de mim mesma, pois era a verdade. Mas ela ainda estava séria e seu rosto estava como uma máscara de gelo.

Frio.

- Isso é impossível. - Voltou a afirmar novamente em um tom incompreensível. Mesmo não tendo certeza sobre, ela não queria admitir.

Isso me fez pensar. Por que sua reação era tão forte? Fora apenas uma pergunta. Seria algo ofensivo a se dizer à um espírito?

Se fosse assim eu estava sendo muito grosseira, certo?

- Bem, e e então? Já pensou?

Ela mudou rapidamente de assunto em seguida. Era algo suspeito seu comportamento mas deixei passar. Realmente já se havia passado algum tempo. Olhei-a focando-me no que era importante.

Deveríamos terminar a cerimônia.

- Hm. Dê-me um momento apenas. - estreito os olhos, enquanto penso seriamente sobre. Certo. - Qual nome deveria dar-lhe…

Um nome. Não é algo difícil para se fazer. Mas era um tanto complexo. Existem muitas possibilidades de nomes, depois de tudo. Mas creio que deveria ser algo mais significativo, afinal nomes eram assim tão importantes para espíritos.

Algo tão sentimental.

- Certo. Pense cuidadosamente. - ela concorda com um gesto. Então rir. - Faz tanto tempo que não recebo um nome que não pode ser qualquer um. Escolha com sabedoria. E por favor? Não escolha um tosco. Eh.

Concordo.

- Uh. - coço meu queixo com um dedo. - Que tal…

Meus olhos novamente estão postos sobre ela e minha mente vaga para o desconhecido.

- …Thyra?

Minha voz sussurrada me trás de volta a realidade.

- Thyra? - ela repete, com curiosidade. Seus olhos pareciam aos de um gato filhote. Brilhavam com um tipo de inocência imaculada. Era simplesmente lindo.

Eu sorrir para a pequena com carinho.

- Sim. Li certa vez sobre esse em um livro de história dos espíritos. Thyra fora um grande espírito divino. Esse nome representa luz e segurança. Ele é citado em diversos contos e lendas até os dias de hoje. Apesar de que faz centenas de anos que não se sabe mais sobre o mesmo.

- Thyra. - ela repete, como se estivesse. Seus dedos brincando distraidamente com as correntes durante. - Me parece um nome honorável o suficiente para alguém como eu. Também soa gracioso ao se pronunciado. Certo, parece combinar muito comigo.

Ela me olha com uma expressão agradável. Seus olhos brilhavam.

- Eu gostei.

Eu, sem perceber, acaricio a sua frente com delicadeza. O seu cabelo deslizando levemente por meus dedos como seda suave. Até mesmo eu me surpreendi por minha atitude. Foi um ato involuntário, como normalmente fazia com Dak, que sempre gostava de receber carícias. Pensei que talvez ela ficaria incômoda por isso. Havia invadido seu espaço pessoal. E a princípio ela ficou. Seu corpo inteiro tencionou. Mas ao se recuperar da surpresa ela pareceu ronronar ao meu toque, se inclinando contra minha palma.

Como um gato.

Era tão fofa.

Eu sorrir. Incapaz de não me sentir encantada com sua terna aparência.

- Fico feliz que te agrade.

- Sim. Eu realmente gostei.

Seus olhos pareceram maiores.

- Acho que é bem agradável ter esse tipo de nome.

- Agora - ela se afasta delicadamente de mim. -, realizaremos o próximo passo. Ele é tão importante quanto o primeiro. - ela estende as mãos em minha direção, soltando a sua mão que estava segurando a minha. - Escreva esse nome sobre a minha pele usando seu sangue.

Ah. Quê?

Meus olhos estão arregalados.

- Com… Sangue?

Tipo… Como?

- Sim. Eu sei. - ela revira os olhos. - Soa meio bizarro, né? Mas é um dos rituais da cerimônia. Não é como se pudéssemos apenas ignorar. Bem...

- Ah.

Eu olho para minhas próprias mãos. Usar meu sangue como tinta em sua pele?

- Isso será um tanto quanto complicado. Como conseguirei fazer isso? Além de que tenho uma regeneração que dificultara no processo.

- Na verdade, não é nenhum problema. Olhe bem atentamente. - ela desvia o olhar para suas mãos.

Repentinamente, um tipo de fumaça escura começou a ser expelida dentre seus pequenos dedos e se acumulando sobre suas palmas. Eu estava boquiaberta enquanto assistia ao que parecia com um redemoinho negro se formar. Ele então se agitou um pouco mais e rapidamente tomou forma. Em instantes uma adaga estava sobre suas mãos.

Ela me estendeu, enquanto sorria.

- Essa é uma adaga encantada feita de minha própria energia espiritual. Use-a, ela impedirá que a ferida cicatrize por alguns instantes.

Wow.

- Isso é bem prático. Digo, ter poderes espirituais.

Eu observo a adaga negra que estava sobre minhas mãos. Ela era de uma coloração única que parecia brilhar e havia certas vibrações vindo da mesma.

Era surreal.

- Mais do que você imagina. - ela rir enquanto responde-me.

Sem mais demoras peguei-a entre meus dedos e segurei firmemente a mesma contra minha palma. Não era pesada e nem tão leve por assim dizer. Seu peço estava em um balanço perfeito. Talvez para facilitar seu manejo.

Respirando fundo posiciono a ponta da adaga sobre minha pele pálida e o toque da mesma arrepiou meus pelos. Dava uma sensação sinistra tê-la dessa forma.

- Certo. - respiro.

Sangue negro começou a jorrar assim que a mesma cortou o tecido de pele. Era um cheiro terrível e uma visão não tão agradável que provinha do mesmo. Sim; negro. Estranhamente esse era o tipo de sangue de um vampiro.

Sentia uma leve sensação de incômodo em todo o processo mas prossegui.

Ergui um de meus dedos e toquei a fenda em minha pele. Logo me dirigi ao espírito, que olhava a tudo ansiosamente desde uma curta distância. Percebendo o que faria ela esticou suas mãos novamente para mim. Deslizei o sangue cuidadosamente com a ponta do dedo sobre sua pele.

Após terminar observei as letras manchadas de negro em sua pele alva.

"THYRA".

Era uma visão que me dava ânsia, por algum motivo.

- Muito bem! Agora, somente falta o último dos rituais. Preparada?

- Ok.

Thyra fechou os olhos e então começou a murmurar estranhas palavras. Sua voz soava abafada de alguma forma. Era um tipo de linguagem que eu não compreendia por mais que tentasse compreender. Soava estranha aos meus ouvidos.

-…

Ela abriu os olhos ao terminar de falar. Eles estavam brilhando com uma estranha coloração prateada que antes não havia visto em ambos, sumindo completamente com seu heterocromia.

- Repita comigo. Por favor, Ivyy.

Ela novamente retornou a murmurar as estranhas palavras. Eu deveria fazer o mesmo? Mas eu não sabia falar aquele tipo de linguagem. Suspiro, era um dos rituais da cerimônia depois de tudo. Bem… Tentei imita-la, dando o melhor de mim. Mas admito que durante o ato minha língua embolou um pouco, fazendo com que palavras duvidosas saíssem.

-…

Enquanto repetia suas palavras algo distinto começou a ocorrer.

Sim.

De repente, o sangue que estava sobre sua pele se tornou dourado e começou a circular a pele de Thyra em diversos padrões irregulares, como moinhos e outras formas distintas. Igualmente ocorrera comigo aonde estava a ferida da adaga havia sido feita. E uma forte ventania se fez presente violentamente.

O local se encheu momentaneamente por estrangas luzes coloridas que nos cercaram. Eu abri meus olhos para observar bem. Era uma encantadora visão. Como pequenos pontos brilhantes. E então tudo cessou.

E houve um leve tremor.

Após um momento tudo pareceu se acalmar. A menina sorriu para mim assim que seus olhos se encontraram com os meus.

Sua voz soava alegremente enquanto ela cantarolava.

- Está finalizado.



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