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História Blood Night - Banquete.


Escrita por: silverx4

Notas do Autor


Espero que gostem!

Capítulo 1 - Banquete.


Fanfic / Fanfiction Blood Night - Banquete.

São Francisco.

             Pouco antes da meia noite.

"Onde eu estou... Há quantos dias estou aqui? Dias... Não... Acho que são “meses.” Ou seriam “anos?”.

Seu corpo já não move nem mesmo um músculo, está totalmente fraco e vulnerável como uma criança recém nascida, resultado da má alimentação e da constante extração de sangue, sua pele pálida, seu corpo sofrendo e gritando quase uma suplica.

Estando cativo por exatas duas semanas, o jovem Edgar Johnson já esta totalmente desorientado.

Tendo seus olhos vendados, seus pulsos e tornozelos acorrentados, sua mente já está totalmente fadigada que vaga sem direção e sem sentido, dando claros sinais de desorientação e beirando o inicio de uma insanidade por confinamento. Mais ele não é o único... O único nesse lugar frio e obscuro, esse lugar a que muitos chamariam de inferno na Terra.

Sim... Esse lugar é totalmente pavoroso, um odor fétido e forte que daria ânsia de vomito até nas pessoas mais repugnantes, as paredes de pura pedra são altamente cortantes como lâminas afiadas e ferozes, e tão frias quanto o próprio toque do anjo da morte. Há única decoração consiste em mine celas, adaptadas ao modelo renascentista da idade media. em outras palavras, tudo se trata de um calabouço, um velho calabouço que a muito a via sido esquecido.

Não! Edgar não é nenhum figurão sequestrado. Muito menos alguém de importância social.l . Uma pessoa totalmente normal, como daquelas que vemos todos os dias na rua. Na verdade, ninguém nesse "matadouro." que mais se assemelha a um chiqueiro, é famoso. São apenas pessoas, inocentes, prontas para morrerem, e ninguém vai ligar.

Na visão dos seus captores, eles são apenas alimento fresco, que são altamente descartáveis, e facilmente substituíveis. Não passavam de gado, que mais cedo ou mais tarde seria abatido, para alimentar a raça superior. Essa é a lei, esse é o destino e nada pode mudar.

Servir de alimento... Essa de fato, é uma das muitas serventias dessas pobres almas. Uma das menos "dolorosas." devo acrescentar. Ser usado, até seu corpo secar e sua alma se esvair a cada sopro fraco, e então morrer, e receber o abraço do anjo negro. Fatos que nunca mudam mesmo após séculos, os fracos servem aos fortes e sempre será assim

Mais especialmente no dia de hoje, eles se tornarão algo novo. Não... Eles nunca desperdiçam nada.

Com um zunido vibrante, passos se fizeram audíveis. Passos que fizeram os acorrentados estremecerem. Era o carcereiro, com sua jaqueta que cheira puramente a couro. Mais dessa vez ele não estava só, ao seu lado, dos comparsas se demonstravam presentes.

“se levantem, seus malditos farrapos." a voz ecoou profundamente pelo corpo de Edgar, que sentiu um frio estremecer sua espinha. Seu medo sem mensura, aparentava a ver a própria face de um demônio, sua alma e seu espírito quase vacilaram.

Todos literalmente estavam “acabados." e dar um único passo era um sacrifício. Seus corpos debilitados, fracos e tão frágeis, mesmo assim eram alimento e nada mais importava a não ser servir.

Edgar sentiu seus pulsos serem soltos, igualmente com seus tornozelos. Mais eles mantiveram a venda. Sem sua visão, sua mente logo começou a imaginar tais cenas que nem os mais fortes teriam coragem de sonhar.

Alguns foram praticamente “arrastados." enquanto outros andavam aos trombos. Era como ver um rebanho abatido, temeroso e completamente desolados.

o jovem não conseguia pensar em nada, estava a muito desacreditado quanto ao seu destino. A morte o esperava? Será que sofreria? Mas sua mente não aceitava cogitar uma morte pacifica. Sofrimento, dor, desespero e medo, em sua cabeça esses sentimentos pairavam como uma chama que era alimentava constantemente, crescendo e crescendo sem parar.

Se guiando unicamente pela audição, ele constantemente era empurrado para frente, sem saber nem mesmo para onde o estavam levando. Passos o escuro, seu coração palpitava com tanta força que a cada vez que seu corpo se movia era como se alguém estivesse apertando seu pobre coraçãozinho.

Um grande salão. Onde vozes e sussurros se destacavam. Todos trajados com roupas casuais apenas observam. Observavam enquanto o “jantar/ investimento." era trazido. Todos os prisioneiros foram colados lado a lado, ajoelhados perante os espectadores. Eles sorriam, estava animados pois o banque estava prestes a começar, e animação apenas aumentava a fome.

Edgar tentava controlar desenfreadamente sua respiração, seu coração estava perigosamente acelerado. Um erro, e ele poderia cair duro naquele chão gélido, talvez pudesse até ser melhor morrer assim do que sofrer, mas o destino é capcioso com todos, ele sempre é.

Vozes frias permeavam suas orelhas. Mais uma voz certamente se destacou, uma voz de reverencia forte, de um homem tão frio quanto o inverno, tão rígido quanto uma sólida rocha e tão mortal quanto um demônio. Era o dono dessa residência, Jack Kraver. Tomando a palavra, o tal disse unicamente essas palavras:

— Escolham os que mais lhe agradarem, O jantar está servido.

Todos tinham um sorriso no rosto... Um sorriso macabramente estático. E então o “jantar." teve seu inicio. Finalmente, o sangue iria jorrar, quente viscoso e saboroso. Para todos no recinto era quase impossível não salivar de prazer, um jantar de galã que devia ser saboreado com delicadeza e lentidão, apenas enaltecendo o doce sabor.

** **

Flashes de dor. Medo... Escuridão e pavor. Edgar tremia de corpo inteiro, espremido e um lugar de pouco espaço. Seus olhos se mantinham fechados, ele estava em um lugar escuro. Um lugar tão asfixiante que lhe trouxe momentaneamente de volta a realidade. Trancafiado, como um animal, sem escolhas, e sem direito de morrer até que lhe seja dito para morrer.

Seus olhos se abriram vagarosamente, sobre sua testa gotas de suor corriam. “o que-." suas palavras se cessaram, ao observar seu rosto flexionado contra madeira.

E lá estava ele... Percebendo estar trancado dentro um pequeno e estremecido caixão. O ar quase lhe faltando, seus pulmões lutando para aguentar, para morrer o pobre homem ainda tinha que sofrer mais.

“não... impossível..." seus olhos se fecharam forçadamente, e por um momento ele permaneceu em silencio, como que esperando acordar de um terrível pesadelo. Sua mente já estava em pedaços, destruída e brincava com sua sanidade.

Sua respiração se acelerou novamente... Suas mãos deslizavam pela madeira inutilmente. O pouco ar do recinto estava se esvaindo rapidamente. Quanto tempo lhe resta? Minutos? Segundos? A morte é paciente, e para ele seria uma angustiante espera.

“droga! por que... por que isso teve que acontecer?" algumas lágrimas banharam suas bochechas, percebendo que seu fim seria torturante. Seu rosto banhado, sua voz embargada na tristeza. Pobre Edgar totalmente desolado, e sem esperança.

"já desistiu?! por que você sempre desiste... antes mesmo de tentar?!"

Sua mente parecia lhe provocar gradativamente. Vozes gritavam, ecoavam, logo um rugido o despertando. Lute, não viva, sobreviva, tais palavras cravada em seu antro.

“o que eu posso fazer? estou enterrado num maldito caixão...”.

Seus punhos estavam flexionados, ele trincava os dentes, seu corpo já estremecia sem oxigênio. Suas forças já minada só tornavam seu destino mais doloroso, porém seu olhar era obstinado e persistente.

“apenas saia... afinal, os mortos não precisam respirar."

Os olhos de Edgar se focaram momentaneamente, e ele sentiu claramente. Aquela sensação... Que ele mesmo avia ignorado, por medo. Há sensação de sentir suas vísceras queimarem, de sentir seu sangue ficar espinhoso.

Enquanto isso, sobre o solo uma “estranha." festa acontecia. Os convidados estavam fartos, alguns apenas pareciam esperar, sentando sobre lapides. Enquanto outros desfrutavam bebidas alcoólicas.

Suas unhas já sangravam, e seu corpo parecia estar sendo esmagado. Mais ele apenas continuou, e continuou, até finalmente sentir sua mão escapar do inferno de terra.

Edgar Johnson avia saído do túmulo. Todos observaram alegres, fazendo o jovem que rastejava dificilmente, após ter cavado por "Sete." palmos de terra, novamente temer por sua vida.

Uivos de alegria, e palavrões enchiam o cemitério.

Ele estava em pânico. Edgar tinha em sua face completo pavor. Esbravejando palavras desesperadas, ele apenas queria fugir. Fugir desse lugar, fugir dessas pessoas.

— FIQUEM LONGE!! Fiquem longe... — Seu corpo já não lhe obedecia, estava exausto e imóvel.

Novamente o mesmo se via encurralado, acuado como uma pressa perante os caçadores da noite.

Seu corpo avia chegado ao limite, e sua consciência pouco a pouco se perdia. Escuro... Seus olhos novamente lhe traiam. Mais algo lhe causava mais repulsa. Algo dentro dele talvez? Seria o medo que o corrói? Ou será uma maldição?! Será a fome que lhe incômoda?

** **

O tempo passou de forma vaga, e o mundo permaneceu alheio a inferno pessoal de Edgar.

No final, ele não foi o único a escapar do caixão. Jessica Still, e Julian Bert, também se demonstraram determinados o suficiente para não aceitar a morte. Seja isso bom ou ruim.

Jessica como os demais, não tinha grande fama. Por mais que sempre tenha se “destacado.” Por sua beleza, e notas altas. Nos últimos tempos, esteve planejando cursar medicina, e perfeitamente sabe ocultar seus sentimentos, e suportar certo fardo pessoal.

Já Julian, se “destacava.” Por conta de suas notas baixas. É exatamente o que chamam de romântico incorrigível. Falando sem beleza: Vagabundo incorrigível festeiro. O mesmo não tinha grandes planos para o futuro, se é que já pensou nisso.

Dos sete enterrados, apenas três imergiram. Uma estatística boa, na visão de alguns.

E num velho casebre...

Arrasado. Era como se seu corpo fosse se destruir a qualquer momento. E foi com essa “sensação.” Que Edgar abriu seus olhos de modo alvoroçado.

Sua visão estava totalmente confusa, e seu coração parecia dez vezes mais rápido.

O local tinha em sua decoração apenas e unicamente casas de aranha. E por mais que tudo parece estar más condições, a única porta era reforçada.

Foi então que Edgar percebeu não estar sozinho. Um pouco mais ao fundo se via Julian, que por mais que parece estar calmo, tinha seu olhar distante.

Já perto da saída, a jovem de cabelos longos estava claramente descrente. Jessica esfregava levemente os braços, como que espantando o frio. Ou qualquer sensação ruim.

“Não... maldição!! Esse maldito pesadelo nunca vai acabar?!” se pondo de pé, ele levou rapidamente uma mão a cabeça. Edgar tinha seu olhar focado somente em um lugar: A saída!

Seus passos foram lentos, enquanto recuperava seu equilíbrio.

“por quê? Por que não foram apenas pesadelos?!” “ por que eu?!”

Suas mãos deslizaram rapidamente, pela lisa madeira da porta.

— não vai abrir... Já tentamos. — a voz do garoto mais atrás se fez audível. Edgar o analisou discretamente. O mesmo tem porte físico forte, cabelo espetado, esta usando roupas sujas e como era de esperar, está claramente fraco.

— têm que abrir... — Edgar insistiu, sua voz saiu fraca.

 


Notas Finais


Espero que tenham curtido, se gostar fique a vontade para deixar seu mais sincero comentário.


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