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História Blood Night - Fome maldita.


Escrita por: silverx4

Notas do Autor


Espero que gostem!

Capítulo 5 - Fome maldita.


Há chuva caia sem dar trégua, banhando São Francisco freneticamente.
E no silencio da floresta, dois jovens se viam parados. Ambos sentados, de costas um ao outro. Edgar havia avistado uma grande arvore, na qual os proveria um pouco de proteção, pelo menos um pouco, afinal, seria perda de tempo tentar andar pela floresta com o chão se transformando em pura lama.
Jessica mantinha suas pernas juntas, abraçando-as num tentativa de se livrar do frio cortante. Já o jovem Edgar esfregava suas mãos de forma rápida, sua respiração era puramente visível no ar.
— não aguento... Essa fome... Ou melhor, dizendo “sede.” — Jessica falou quase que sem pensar. “o que estou dizendo... como isso foi acabar acontecendo.”
— Eu entendo... Também sinto isso! Essa maldita sede... — o mesmo igualmente parecia incomodado, por sua vontade pessoal.
— o que você pretende fazer?! — a tal lhe questionou sem grandes pretensões.
— por enquanto... Sair dessa maldita floresta! Só pensei até ai...
— Edgar... Você realmente acha que temos chance?!
— Sim... Muitas... — continuávamos sentados, imóveis.
O que mais eu posso dizer? Eu mal me aguento consciente, mais... Apenas devo ignorar os milhares de incômodos que preenchem meu corpo. Isso mesmo... Só preciso esperar a chuva parar... E então...
— Eu tenho uma ideia... Que provavelmente você não vai gostar... — Meus lábios estavam trêmulos, e minha respiração visível no ar.
— Nessa situação... Eu não tenho que gostar se for uma boa ideia... — Sua voz igualmente estava tremula e baixa.
Com todo esse frio, mal consigo pensar... Então eu apenas voltei ao básico: conservação de temperatura, dois corpos juntos tendem a se auto aquecer.
— É simples...apenas precisamos nos livras dessas roupas encharcadas, e ficarmos bem perto... - Incrivelmente eu consegui falar, como bem ela disse: nessa situação, não tenho tempo para enrolar, mais devo admitir... Que não ver seu rosto ajudou muito, certamente cara a cara eu não teria coragem.
O silencio que se seguiu me deixou tenso.
E então eu escutei aquele som, o som do zíper se abrindo.
— o que esta esperando? Tire logo esse moletom... — sua voz inundou meus ouvidos, e logo entrei em movimento. Retirando o moletom o joguei de lado, literalmente tirei um peso do corpo, e como era de se esperar, minha pele estava pálida. Não movi um músculo, meu corpo estava contraído, droga... Mal consigo mover os dedos das mãos.
Foi então que eu senti, aquelas mãos frias tocarem meus ombros, elas deslizaram lentamente por meus braços, e por fim se aquietaram em meu abdômen formando um abraço caloroso.
— não vai... Tirar a calça? Eu tirei... — Seu rosto descansava em minhas costas, sua respiração é quente.
— Tirou? Estou bem por hora... — respondi permanecendo meio cabisbaixo.
— não é muito justo... Você não esta se aproveitando, esta?! — Ouvindo suas palavras percebi meu corpo se aquecer. — não... Se por acaso eu estivesse-me "aproveitando." teria pedido que tirasse também as roupas de baixo. — meus dedos se mexiam lentamente.
— Mesmo que você pedisse... Eu não tiraria! — ela deslizou lentamente, continuando ao pé do meu ouvido. — Mais se fosse você a retira-las... Eu não poderia fazer muita coisa...
Bom... É uma boa sensação, a muito eu não sentia isso... Sentia meu sangue se aquecer.
— não quero me aproveitar... — minha voz saiu pouco audível.
Sua mão direita novamente se moveu, passando por meu rosto delicadamente, e chegando aos meus úmidos cabelos. — Se aproveitar... Acho que sou eu que estou me aproveitando, me desculpe! — ela chacoalhou mansamente meus cabelos, fazendo gotículas de agua subiram ao ar.
Meus olhos lentamente se fecharam, meu corpo se tornou leve, e aquela ânsia... Parecia mais uma vez sumir.
- À vontade...
||
Irônico... Eu mais uma vez ia fazer a mesma pergunta: Estou vivo?!
Nos últimos tempos a escuridão tem sido uma realidade diária, e mais uma vez estou no escuro. De maneira alguma o breu me incômoda, ele ate mesmo é tranquilizante... O real problema esta naquela sensação que ainda pendura... Mesmo agora, eu sinto essa fome infernal. Meu corpo esta pesado... E realmente estou enrolando em abrir meus olhos, é bem mais fácil ficar no chão. Mais depois de tudo que eu disse aquela garota... Eu não tenho o direito de ficar no chão.

Notas Finais


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