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História Blood Sacrifice - (Chensung - Chenji) - Chenle, o próprio Diabo.


Escrita por: yeol_yeol

Capítulo 9 - Chenle, o próprio Diabo.


Jisung olhou para o menino que dormia tranquilamente no banco de seu carro. Suspirou, enquanto dirigia de vagar, sem rumo.

Park não seria maluco de levá-lo para casa, seus pais odiariam ver o filho chegar bêbado, sendo menor de idade e ainda por cima acompanhado de seu noivo. Jisung cogitou até mesmo levá-lo para sua casa, mas sabia que também não seria muito bom...

O pior de tudo foi quando Zhong começou a querer acordar. Céus, ele estava desconfortável, obviamente acordaria mais rápido. Jisung olhou para si, vendo-o se remexer. Já era de madrugada.

Park parou o carro, e viu o menino abrir os olhos, um pouco perturbando. Ele parecia estar perdido, e realmente estava. Mas Jisung não gostou nem um pouco, e estava pronto para começar seu interrogatório.

Quem dera o menino estar sóbrio. Zhong estava bêbado ainda. Assim que olhou para Jisung, franziu o cenho, tonto. Park nunca teve tanta vontade de querer brigar com alguém. Seus músculos tensionaram, mas não fizeram nada.

Jisung pegou uma garrafinha da água e lhe estendeu. Chenle ficou encarando-o por alguns segundos, até que ele mesmo abriu a garrafa e estendeu novamente, com Chenle a pegando. Estava muito estranho, mas confortável.

Chenle bebeu a água, fechando os olhos por alguns segundos e jogando sua cabeça para trás, e quando os abriu, direcionou um olhar malicioso. A dualidade de Chenle era muito para Jisung conseguir lidar.

O menino era impactante.

Seu olhar ganhava um tom avermelhado, vivo, tão vivo que chegava a brilhar, Jisung jurava nunca ter visto coisa mais linda, a pele branca do chinês sobre a pouca luz, que atravessava as janelas do carro, repousando sobre si, apenas um pouco, mas o suficiente para que o deixasse aterrorizante, mas lindo.

Seus fios negros eram lisos, que ficavam sobre duas testa, quase sobre seus olhos, e seu sorriso malicioso, ao mesmo tempo debochado, era o motivo de Jisung perder um pouco sua postura.

Chenle estava sem entender o que fazia, mas era excitante até mesmo para si. Aos poucos, desviou o olhar de Jisung. Seu corpo tremia, juntamente aos arrepios que percorriam seu corpo, o olhar de Jisung lhe dava arrepios, mas eram bons.

Suas bochechas ficaram mais brancas, porém ele não ficava mais sóbrio, Jisung sabia que ele ficaria mal depois de tanto beber. Zhong riu, levemente, se virando e abrindo a porta. Jisung quase teve um surto. Abriu sua porta imediatamente, apenas saindo e vendo o rapaz lhe encarar.

- Eu sei o que estou fazendo, Jisung – disse, sério, sem se embolar, então, Jisung duvidou, ele não estava cem por cento bem, se corresse provavelmente cairia de tontura. Mas ele já começava a raciocinar um pouco, entender com quem estava, e como estava.

- Você é doido! – bateu a porta do carro, a rua estava vazia, dando liberdade para ambos – O que aconteceria se eu não estivesse lá!? Céus, você é tô irresponsável! Vou me casar com uma criança?

Jisung falava, mas Chenle não dava a mínima. Na verdade nem entendia metade das palavras, ele ficava mais pacífico quando estava bêbado e Jisung tirava sua prova.

- Eu não pedi para me ajudar.

- E nem pediria, você não conseguia ficar em pé – debochou. Zhong suspirou. 

Fechou a porta do carro, e se virou.

- Vai mesmo sair? Não sabe nem onde estamos! – brigou, mas Chenle nem de virou para retrucar. Jisung apenas o seguiu, pegando-o pelo braço. Zhong ficou surpreso, sem saber como reagir, na verdade, Jisung estava certo, ele nem sabia onde estava.

- Jisung, para, eu não quero sua ajuda. Agora me solta – disse sério, olhando nos olhos do mais alto, Jisung negou, o puxando até o carro e o “jogando” contra a porta, e mesmo com a força elevada, Chenle não sentiu nada, apenas uma vontade imensa de sorrir, ele estava tão bêbado que qualquer coisa lhe dava vontade de rir.

- Você é um babaca, sabia? Eu estou tentando te ajudar, porquê se você morrer, quem vai ter que esperar novamente para se casar sou eu.

- Primeiro de tudo, eu não vou morrer, nem você – disse sério, revirando os olhos, enquanto Jisung se aproximava, até que estivesse colado consigo. Chenle tentou ignorar, mas era complicado. Sentia que estava se afogando no próprio sangue, como se estivesse borbulhando por dentro. Era trágico como sua mente brincava consigo - E seria bom você se casar com uma pessoa madura, não uma criança irresponsável. Se livra logo de mim...

Jisung estava se cansando daquilo, mas o cheiro do menino era o suficiente para lhe deixar tonto de sede. Tão lentamente, ele estava se viciando. Era como um vício sem volta, daqueles que nenhuma terapia pode parar. Colocou um de seus braços ao lado de Chenle, o prendendo ali. Sua outra mão foi ao encontro de sua cintura, a apertando e arrancando um arfar surpreso de Chenle. Jisung estava ficando louco, sim. Já não ouvia seus pensamentos, ou as diversas vozes em sua cabeça, ele apenas queria acreditar que Chenle estava ali, e que poderia fazer parte de si.

- Odeio brigar com você...- disse entre os dentes, aproximando ambos os rostos, deixando com que suas respirações se chocassem. Chenle não entendia Jisung, hora estava lhe xingando por ser imaturo, outra estava lhe provocando, e tentando evitar brigas. Isso lhe tirava a sanidade, sua mente pesava, como se estivesse se auto sabotando.

- Humhum, acredito – debochou, sendo puxado pela cintura novamente, ele não entendia aquele comportamento estranho e Jisung apenas estava cedendo aos seus desejos, mas aquele cheiro não saia de sua cabeça.

Chenle se sentiu estranho, de um jeito que nunca se sentiu, sendo segurado por Jisung, era como se fosse muito mais maduro, Jisung o segurava como um adulto, ou pelo menos parecia. Seus pontos de vistas eram confusos

- Você não percebe? Se não nos entendermos, vai dar errado... Todo esse casamento...

- Você não quer se entender comigo, você só quer que eu deixe você ser meu usuário, não adianta mentir para si mesmo.

Aquilo foi realmente inesperado. Jisung o prensou, nem sabia o que estava fazendo, era como se estivesse fora de si. Park suspirou, enquanto aproximava seu rosto com o do menor, e Chenle travava.

Zhong tocou seu peito, o impedindo de se aproximar. Seus olhos se encontraram com os de Jisung. Por que eles sempre acabavam nessas situações? O frio parecia não ser mais inimigo, congelando suas bochechas, pela ventania excessiva. Os olhos do chinês pareciam adentrar sua alma. Uma culpa insistente caiu sobre seus ombros, como se estivesse se forçando a ficar ali.

Jisung olhou para as mãos do chinês, e se separou, bruto. Novamente, Zhong não entendia nada.

- Quer saber, faz o que você quiser...- disse, com as mãos na cintura, e Zhong suspirou, jogando a cabeça para trás, se acostando melhor no carro, enquanto Jisung pensava no que fazer – Entra no carro – mandou.

Uma ou duas lâmpadas se apagaram, era de madrugada, um horário onde poderiam esperar que ninguém estaria na rua. Chenle agia como se não se importasse, porque ele apenas estava assustado, aquele misto de coisas em seu peito.

Muita confusão para poucos anos de vida.

Chenle não retrucou, ele realmente queria ir embora. Apenas entrou e suspirou. Todavia, quase errou os pés, tonto e sem senso de direção. Park o ajudou, recebendo um resmungo baixo.

Park fechou a porta e suspirou alto, irritado com toda aquela situação. Chenle ficou meio apático, apenas olhando para a janela. Jisung entrou e ele fechou os olhos, cansado.

Jisung apenas xingou, vendo que em poucos minutos, o menino já havia dormido novamente... A mente de Chenle pedia por um descanso. Seus olhos pesaram, ele não pôde evitar. E Jisung estava cansado de apenas brigar com aquele com quem passaria anos, décadas, séculos.

A noite era mal-iluminada, a lua fazia maior parte do serviço, grande, lua cheia. Seu brilho era essencial para que Jisung enxergasse o que os postes da cidade não lhe mostrava.

Seus dedos se apertaram no volante, enquanto sua respiração falhava, consideravelmente. O cheiro do rapaz estava ficando cada vez mais forte, presente no carro.

O ar condicionado do carro, esfriava o clima, mas ambas as peles já era gélidas o suficiente, mesmo que não sentissem frio no momento, a brisa que acertava ambos, deixavam-os um pouco desconfortáveis.

Jisung tombou a cabeça para o lado, acelerando um pouco mais, vendo que Chenle estava realmente apagado. Park não conseguia lutar contra si mesmo, Chenle sempre parecia estar diferente, ele gostava de deixar claro que jamais abaixaria a cabeça, mesmo que não fosse essa a intenção de Jisung.

E logo, ele sabia que lutar contra seus demônios era perca de tempo, Chenle era o próprio. Lentamente, Zhong ia adentrando seus pensamentos, até que Jisung já estivesse totalmente submisso aos seus olhares, cheiro, e gosto.

Chenle era o próprio deus da morte, seu olhar luxuoso, sua aparência ousada e seus diversos tipos de lidar com tudo. Mesmo não querendo, era sua natureza, e Jisung odiava saber que era submisso a tudo aquilo.

Odiava saber que Chenle o tinha na palma da mão em pouquíssimo tempo. Dentre tudo, os olhos de Chenle sempre revelavam seus pensamentos, ele tinha mal em seu olhar, seus olhos eram a própria perdição. Jisung odiava tudo aquilo...

Olhou para o menino, ele não tinha culpa. Nenhum dos dois tinha.

[...]

Jisung o pegou no colo, colocando o rosto do chinês contra o seu peito. Enquanto abria a porta de casa, torcendo para que a mãe não o visse chegar aquela hora da madrugada, e que Sungchan não viesse saber como ele estava.

O coreano apenas entrou, fechando a porta com cuidado, enquanto Chenle se ajeitava em seus braços, Chenle era incrivelmente leve, e ao mesmo tempo, se contorcia inteiro, grudando em Jisung como se este fosse seu travesseiro. Park resmungou.

Tirou seus sapatos com dificuldade por não poder ver seus pés, e apenas seguiu, silenciosamente, subindo as escadas, tomando cuidado com tudo, não querendo ser percebido por ninguém. E falhou.

- Jisung? Já chegou? – sua mãe indagou, esta estava na sala, ele parou na escada, xingando mentalmente.

- Sim... Vou subir...- respondeu rápido.

- Seu pai saiu para caçar, você deveria ir...- ela disse séria.

- Papai faz isso por diversão...- apertou o menino em seus braços – não por necessidade...

- E você?

Jisung ignorou e subiu, indo até a porta de seu quarto.

Jisung pensou, mas a perdeu, vendo o menino ressonar baixo, enquanto afundava seu nariz na curvatura do pescoço de Jisung. Era incrível como ele parecia ser um anjo dormindo, nas Jisung sabia de como o menino era o próprio passe livre para o inferno.

Entrou no quarto, depois de caminhar pelo corredor com cuidado. Fechou a porta com um pouco de força, causa de seu mau humor.

Sentou o menino na cama, enquanto, se abaixava, até ficar na altura do menino, enquanto tirava sua jaqueta, a jogando em qualquer lugar do quarto, e logo tirando seus sapatos, Chenle estava realmente muito mal, nem fez a menção de acordar.

Jisung o deitou com cuidado, depois, o cobriu, pensou um pouco, suspirando e tomando coragem para desabotoar a calça do chinês, para que ao menos ficasse confortável. Tirou sua coberta, e sem nem olhar direito a desbotoou, voltando a cobrir seu corpo, e se virando, enquanto colocava ambas as mãos na cabeça.

Jisung pensou, e apenas saiu do quarto, fechando a porta. Precisava pensar mais em si.

[...]

Chenle se revirou na cama, e Jisung tirou os olhos do computador, o menor estava inquieto. Há um tempo estava se movimentando demais.

Lentamente, puxou mais a coberta, se cobrindo até os ombros, virado para o lado. Seus cabelos estavam bagunçados, e sua camisa totalmente amassada. Mas ele não parava de se mexer, e isso já estava irritando Jisung.

Mas ele sentia que havia algo errado. O coreano apenas suspirou, fingindo que estava sozinho no quarto, mesmo que o cheiro do menino estivesse ficando impregnado em seus lençóis, em seu quarto, sua mente. Ele deveria saber desde o começo que aquilo estava sendo errado.

Seus olhos desviaram do monitor do computador, e foram para Chenle novamente, como o menino poderia ser tão... Apenas ser ele.

Park não encontrava adjetivos para o mais novo, apenas jogou a cabeça para trás, suspirando. Precisava de um descanso.

Foi rápido, quando se deu por si, um peso sobre suas coxas lhe chamou a atenção, e antes que pudesse abrir seus olhos, o cheiro do chinês já estava em si, tão perto que poderia sentir o gosto.

Suas mãos imediatamente seguraram aquele, que supostamente era Chenle, ele não conseguia imaginar quando o menino acordou, e como tão rapidamente já estava sobre si. Um arrepio percorreu seu corpo, e quando abriu seus olhos, Chenle estava ali, diferente.

Suas pernas eram seguradas, Jisung não media forças para lhe segurar próximo a si. Seus olhos examinaram Chenle, tão profundamente. Zhong retribuía o olhar na mesma forte intensidade. Chenle se aproximou lentamente, enquanto Jisung ia se acostumando com sua velocidade, ele era rápido, alguns movimentos com as mãos, eram quase imperceptíveis aos olhos de Jisung.

Chenle, puxou a própria gola da camisa, deixando um de seus ombros a mostra, Jisung sentiu seu interior de contorcer em excitação. Sua clavícula marcada, sua pele branca, seu cheiro doce, tudo contribuía para que os pensamentos de Jisung fossem longes.

Então, quando Park olhou para seus olhos, via a mais brilhante criatura. Os olhos vermelhos intensos, eram a única coisa que tinha certeza estar vendo. Lentamente, o peso fora desaparecendo, juntamente ao brilho no olhar do chinês.

- Deveria cuidar em quem você confia.

Jisung acordou assustado. Seus olhos percorriam todos os lados, vendo que estava dormindo em sua mesa, recostado sobre ela e sentado na cadeira. Sua respiração estava extremamente descompassada, e quando olhou para sua cama, estava vazia.

Sentiu a claridade de seu quarto, já estava de manhã. Sua cabeça estava girando.

Jisung se levantou, olhando para trás, para os lados, buscando a criatura, enquanto tentava normalizar sua respiração. Foi até a porta do quarto, estaria ferrado se alguém o visse com Chenle. Tocou a maçaneta, trêmulo. Vendo que a mesma estava trancada, um pequeno sorriso apareceu em seu rosto, mas imediatamente sumiu. Pelo menos ninguém havia entrado no quarto.

 Seu corpo tremeu, ao ver a porta do banheiro de seu quarto de abrir. Chenle saiu de lá, com roupas suas, estavam enormes em si. E ele parecia muito irritado, ao mesmo tempo que inocente.

- Eu já estou indo – disse, colocando sua própria jaqueta, a camisa de Jisung ia até metade de suas coxas, então a levantou um pouco, colocando dentro da calça, mas boa parte estava para fora.

Jisung ainda estava atordoado, mas prestara atenção nas palavras alheias.

Chenle se sentou na cama, pegando seus sapatos.

- O quê? Como você acha que pode sair assim? Ninguém pode saber que você está aqui, garoto – disse sério, apontando para a porta.

- Eu não pedi para estar aqui, quem me trouxe para cá foi você, arque com as consequências.

- Vou foi inconsequente de sair para beber sendo menor! – brigou, recebendo um resmungo. Chenle só queria ir embora.

- Eu vou pagar por isso, mas não pedi para estar aqui. Nunca mais você vai precisar me esconder – disse sério, terminando de se calçar. Se levantou, e quando foi até a porta, Jisung segurou seu pulso.

- Que parte do “ninguém pode saber que está aqui” você não entendeu?

- Que parte do “Eu já estou indo” você – apontou – não entendeu? Por favor, Jisung – debochou – Eu não quero saber, vou sair e te garanto que nunca mais vou voltar, até porque eu sou imaturo né?

- Quê?

- Eu estava bêbado não inconsciente, Jisung.

Chenle não estava brincando. E Jisung também não.

- Você era tão quieto, eu jurava que era mais inteligente – Jisung o soltou com certa força – Se sair por aquela porta, seus pais vão achar que eu fiz alguma coisa com você, não sei qual é a sua religião, mas eu apenas quero respeita-la pelos seus pais, não por você.

- Parabéns, Jisung. Se acabou seu discurso ridículo, eu estou indo embora.

E não foi dito mais palavras, Chenle foi tão rápido que Jisung nem o viu abrindo a porta. Quando se deu por si, estava indo em uma velocidade absurda até o garoto, o segurando com força, Chenle prendeu sua respiração ao sentir as mãos do coreano em seus braços, o parando.

- Eu disse, que você não vai sair assim sem mais nem menos.

A voz de Jisung era grossa, extrema. Chenle tremeu, desviando seu olhar.

- Jisung? – ouviram uma voz distante.

- Estou descendo – mentiu, puxando o menino para seu quarto novamente.

- O quer que eu faça então!?

- Vamos sair juntos.


 Chenle se arrepiou por completo, vendo Jisung sério. 


Notas Finais


Irra??? Oq vcs acham hein??


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