Escrita por: Babygirlco
Onde está meu final feliz?
Estou tão cansada de fugir
Quero dizer, está nas minhas veias
Quero dizer, está no meu cérebro
Meus pensamentos estão correndo em um círculo
Como um trem de brinquedo
Eu meio que sou como uma foto perfeita
Com uma moldura quebrada
E sei exatamente quem culpar
Meus pés finalmente tocaram o solo do Reino e com Hoseok em meus braços caminhei até os enormes portões, os guardas abriram rapidamente dando-me passagem. A aura negra do ambiente chegava a ser um pouco intimidador porém apenas apressei meus passos enquanto sentia o boneco encolher-se em meus braços.
AC : Querida, que surpresa agradável! — minha tia sorri e caminha animadamente em minha direção — Oh, Hoseok, olá! — acena animadamente para o boneco que lhe dá um sorriso.
— Vocês já se conhecem? — pergunto confusa e minha tia apenas assente.
AC : Sim, digamos que somos velhos conhecidos não é Hoseok? — o mesmo assente e sai inesperadamente dos meus braços. Acho que ele já estava agoniado de ficar em meus braços o tempo todo.
— Por essa eu não esperava....— murmuro.
AC : Ai querida eu senti tantas saudades! — exclama dando-me um abraço apertado. — O que faz aqui, hm? — pergunta com uma sombrancelha arqueada assim que desfaz o abraço.
— Apenas vim atrás de respostas, preciso utilizar a biblioteca Real, posso? — solto de uma vez a pergunta sem fazer enrolação.
AC : Claro querida, sabe que pode vir aqui quantas vezes quiser — diz com um sorriso dócil no rosto — Preciso encontrar seu tio para resolver algumas questões do Reino mas não se preocupe, seus irmãos estão aqui — explica dando um selar demorado em minha testa e caminhando em passos rápidos para o corredor.
Suspiro com um sorriso no rosto entorpecida com as lembranças que surgiram em minha mente, eu era feliz aqui.
Em passos silenciosos seguimos adiante, estávamos num corredor onde possuíam quadros da família. Em cada pintura podia-se notar de longe o quão feliz minha família estava, tinha quadros da minha tia Ana com o tio Tae. Além de ter um onde tinha apenas meu pai e eu ainda bebê em seus braços, sua feição triste enquanto encarava meus pequenos olhos me fez ter um pequeno aperto no peito.
— Chegamos... — a voz baixa de Hoseok me desperta e eu encaro a enorme porta de madeira.
— As respostas que preciso estão aí dentro...— engulo o seco — Por que sinto que tudo vai mudar a partir de agora? — murmuro e o boneco me encara.
— Porque somente os que possuem sangue real pode parar isso — diz com uma feição séria e com suas pequenas mãos abre a porta — Está na hora de estabelecer o Império.
Meus olhos passearam pela enorme biblioteca e uma sensação estranha tomou conta do meu coração. Em passos hesitantes segui até a fileira de livros, todos possuíam títulos e observações comuns em relação ao que eu estava procurando.
— Será que não existe este livro? — suspirei e um brilho chamou minha atenção, estava no andar de cima da biblioteca. — Hum? — voei até o andar de cima e peguei o livro que tanto brilhava, assim que minhas mãos tocaram no livro suas pedras começaram a brilhar e então apagaram completamente. Com a curiosidade presente abri o livro e sua primeira página me deixou um tanto confusa — Família park?... — sussurrei e ainda flutuando me dispus à ler o conteúdo. A cada página que lia me surpreendia cada vez mais, ali continha a história de todos as linhagens de minha família. Assim que parei na última folha minha sombrancelha se ergueu, ela possuía desenhos e alguns códigos, era uma pista, se eu descobrisse aquilo conseguiria encontrar as respostas que tanto desejo ter.
Desci e encarei Hoseok que mal piscava os olhos de tão concentrado que estava. Me sentei numa mesa e encarei aquela folha tentando entender o significado.
— O que foi S/n? — perguntou se aproximando e seus olhos encararam a folha. — Oh entendi, não parece ser tão difícil, vai conseguir — sorri consolador — Apenas se esforce.
— Não entendo Hoseok, o quê isso significa? — questiono e me disponho a ler em novamente.
Muitos desejam possuir o segredo que durante anos protegeu os reinos. Uma organização que pode destruir uma ameaça que trás dor de cabeça aos mundos. Porém se o segredo cair em mãos erradas resultará na destruição total dos reinos.
Por isso decidimos então deixar uma pista onde somente aquele possui sangue real poderá decifrar.
Você não pode fazer isso comigo
Cada palavra sua é como um tapa-olho
Escondendo a verdade e rasgando-me
Me corta, me faz louco, eu odeio tudo
Leve tudo embora agora, eu te odeio.
Eu sei que você está hesitante
Porque mesmo se eu te contar a verdade, ela voltará em forma de cicatriz
Eu não direi clichês como: Seja forte.
O que eu te disse?
Eu disse que você superaria
Eu não podia acreditar
Se seríamos capazes de superar ou não
Isso não é uma miragem
Nós conseguimos
eu sempre estive aqui
Você veio até mim
Eu acredito em sua galáxia
Eu quero ouvir sua melodia
As estrelas em sua galáxia
Como elas aparecerão no seu céu
Não se esqueça que no final do meu desespero
Eu encontrei você
Você é minha última razão
Em pé na borda do precipício
Viva.
Dias em que você odeia ser você
Dias em que você quer desaparecer
Vamos fazer uma porta no seu coração
Se você abrir essa porta e entrar
Eu estarei lá, esperando por você
Tudo bem se você acreditar, isso vai te confortar, essa loja mágica
Como uma rosa florescendo
Como uma flor de cerejeira se espalhando
Como um lírio murchando
Como aqueles lindos momentos
Eu sempre quero ser o melhor
Então eu sempre fui impaciente e ansioso
Me comparar se tornou algo diário
Minha ambição, que costumava ser uma arma
Se tornou uma prisão e um laço
Mas olhando pra trás, pra ser honesto
Eu não acho que queria ser o melhor
Eu queria ser o conforto de alguém
Eu queria tocar o coração de alguém
Eu quero levar embora sua tristeza, sua dor.
Como um pequeno grão
De poeira
Que flutua no ar
Se eu fosse a neve que voa pelo vento
Eu poderia
Te alcançar mais depressa.
Quanto mais terei que esperar?
Quantas noites mais terei que permanecer acordado
Até que eu possa te ver?
Passado o fim deste frio inverno
Até que a primavera venha de novo
Até que as flores floresçam de novo
Fique aí um pouco mais.
Você mudou?
Eu não me importo, apenas cante, cante comigo e eu irei te revelar o que tanto guardo.
— Isso é estranho, parece até que… — paro de falar e pisco diversas desacreditada. Será isso?! — Não pode ser… — me levantei rapidamente e caminhei até as janelas do castelo, contei até dez e respirei fundo rezando para que isso desse certo —
Terminando a melodia senti meu peito formigar e então uma luz surgiu em cima do livro. A luz se ergueu e veio em minha direção pousando em meu anel. Minha visão ficou turva e antes de apagar completamente ouvi Hoseok me chamar desesperado.
•••••••
Tudo estava escuro, os reinos estavam em repleta escuridão, tomados pela aura negra.
V/P : As trevas querem tomar o Reino mas eu não irei permitir! — gritou furiosa enquanto seus olhos ganhavam uma coloração roxa. Me estremeci ao escutar sua voz grave e assustadora, aquela era mesmo minha mãe?
AC : Irmã por favor se acalme, não pode se descontrolar — minha tia se aproxima pondo a mão em seu ombro — Devemos chamar eles? — pergunta e depois de um tempo minha mãe suspira e assente. — Ótimo, sabe que está fazendo o certo, não se preocupe ele vai se sair bem, possui seu sangue — sorri e minha mãe a encarou temerosa.
V/P : Por isso tenho medo, ele carrega meu sangue… O sangue da rainha das trevas.
AC : Que de trevas só possui apenas o Reino mesmo — sorri — Irmã não se preocupe, hum?
V/P : Está bem — suspira e com chamas verdes em ambas as mãos ergue suas asas e voa até o céu negro — Sou Vitória Park, rainha dos reinos das trevas e dos oceanos, com estas chamas inicio meu chamado e ordeno que a nine empires se erga novamente! — diz em alto e bom som, lançando as chamas no chão, fazendo uma fumaça esverdeada ir até o céu.
Ela disse nine empires? Espera, quer dizer que minha sabe o que significa isto?! Olho curiosa para o céu e me surpreendo ao ver nove garotos se colocarem ao lado de minha mãe com suas armas, eram armas celestiais, estas só podiam ser usadas por seres cujo sangue é de linhagem real. Quando todos desceram pude ver com clareza suas faces e me surpreendi com o que meus olhos haviam visto.
— Não pode ser…. — sussurrei desacreditada, diante de meus olhos estavam meus irmãos Jisung e Vernon, meu tio Taehyung, Namjoon, Yoongi, um garoto que não conhecia e outro que possuía madeixas vermelhas como fogo, seu rosto me parecia familiar mas não consigo me recordar a quê.
AC : Tenho certeza de que ganharemos essa batalha — minha tia sorri.
Xxx : Obrigada por confiarem em nossas capacidades — o garoto cujo rosto me é familiar se curva diante de minha mãe que sorri orgulhosa.
V/P : Tenho certeza de que o Reino está em ótimas mãos, Hoseok — sorri.
Minha boca se abriu diversas vezes porém nenhum som saía. Aquele era Hoseok, ele fazia parte da nine empires e era um humano. Agora tudo faz sentido.
" — S/n...— me abraça fortemente — Obrigado.
— Pelo o quê?
— Por me considerar alguém especial — sorri contra meu peito — Ninguém nunca disse isso para mim antes.
— Bom, pois agora serei a primeira — aliso seus cabelos — Só não conta pro Beomgyu que eu te chamei de melhor amigo se não ele me mata — falo brincando e o mesmo rir.
— Não contarei para ninguém — sorri — Esse será nosso segredo.
— Me pergunto quando tudo isso vai acabar — suspiro — Acho que meu sonho seria poder finalmente viver em paz com as pessoas que amo.
— Não se preocupe — sorri — Seu sonho está perto de se concretizar, basta ter um pouco de fé.
— Terei — aceno com a cabeça e me levanto, batendo minhas asas — Hoseok.
— Hum?
— Qual o seu sonho? — pergunto enquanto passo por cima das árvores do meu Reino.
— Meu sonho? — sorri triste — Ser humano novamente.
— Novamente? — pergunto e logo um sorriso cresce em meus lábios — Talvez eu possa te ajudar com isso. "
Se ele é um humano então como será que ele se transformou num boneco? Preciso perguntar. De repente tudo ficou escuro novamente e ao fundo pude escutar a voz de Hoseok me chamar enquanto suas pequenas mãos tocavam meu rosto.
— S/n por favor fala comigo! — suplicou e eu abri os olhos lentamente, encarando suas orbes.
— Argh! — gemo de dor e toco minha testa, minha cabeça estava doendo demais.
— O que foi? Está tudo bem? — perguntou e eu apenas sorri assentindo. Me levantei lentamente e o encarei por alguns segundos.
— Você sabia não é? — perguntei e o mesmo apenas abaixou a cabeça entristecido e acenou lentamente confirmando. Soltei um suspiro contrariada e o mesmo encolheu seus ombros.
— Me desculpa… Você deve estar com muita raiva de mim não é? — ele perguntou baixo com a voz falha. Ergui minha mão e o mesmo fechou os olhos pensando que iria lhe bater porém apenas pousei delicadamente minha mão em suas madeixas vermelhas.
Me pergunto porque será que minha mãe ou minha tia não o transformaram em humano de novo. Acho que isso talvez precise de uma magia de grande porte. Realmente não sei o motivo, parece que consegui mais perguntas para fazer.
— Eu concedo minha magia e realizo seu desejo de ser humano novamente — sorrio enquanto ele ergue sua cabeça surpreso. Pequenas luzes flutuam em voltam do mesmo e pousam seu corpo, o cobrindo completamente. Em questão de segundos elas viram borboletas de diversas cores e saem voando. Hoseok encarou suas mãos, pernas, tocou o próprio rosto e sorriu com os olhos cheios de lágrimas.
— Você… me transformou em humano novamente! — exclamou feliz e me carregou, me girando no ar enquanto tinha plantado em seu rosto um de seus mais lindos sorrisos — Obrigada S/n. — disse enquanto lágrimas escorriam de seus olhos.
Quebra de tempo
— Não é possível, droga! — o homem gritou furioso enquanto Yoongi possuía um pequeno sorriso no rosto.
— Parece que eles conseguiram papai, ela conseguiu — comentou e o homem encarou friamente a cicatriz que havia em sua mão.
— Não irei permitir que a nine empires ocorra novamente, não quando meu plano está quase completo — encarou seu filho e sorriu.
— O que vai fazer pai? — Yoongi ergueu uma sombrancelha estranhando a mudança de comportamento repentina do seu progenitor.
— Impedirei que a nine empires se junte novamente — se levantou e encarou o filho com um brilho diferente no olhar — Chame G-Dragon aqui.
— O pai do Vernon?! — perguntou — Para quê?
— Temos contas pendentes para acertar.
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