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História Bloodsport - Vamos Conversar


Escrita por: Sunnyes

Capítulo 7 - Vamos Conversar


Eu e Kentin estamos na Young's agora. Um olhando para o outro, aparentemente sem saber o que dizer, ele sentado no banco da frente e eu no de trás. Estamos na mesa dos fundos, longe dos outros poucos clientes. Lá fora está úmido e quente, provavelmente vai chover daqui a algumas horas. 

Depois da revelação, o treinador Boris chegou no ginásio e nos mandou “dar o fora”, porque “o ginásio é exclusivo para treinos e não para namoricos dos estudantes”. Eu mal consegui ficar ofendida com isso, estava em estado de choque. Ainda estou, na verdade. Não fiz nada além de assentir quando Kentin propôs a vinda até aqui para podermos conversar melhor — e também não abri a boca o trajeto inteiro, o que resultou num silêncio desconfortável — mas como conversar se não consigo dizer nada? Tudo o que consigo fazer é estender minha mão até o copo de milkshake de chocolate que Kentin comprou para mim e tomar um gole.

— Então — Kentin se inclina sobre a mesa, afim de observar melhor o meu rosto. Ele parece meio envergonhado depois que me mostrou seus... “poderes de lobo”. — É muita coisa para digerir?

— O meu melhor amigo de infância é um lobisomem — Eu digo, pausadamente, mais para mim do que para ele. — Isso é quase um Meu Namorado É Um Zumbi, e aquele filme é péssimo.

Eu simplesmente não consigo evitar fazer piadas em situações quando não faço a mínima ideia do que dizer. 

— Tudo bem, eu sei que você não sabe bem como começar essa conversa — E é claro que Kentin sabe disso. — Então pode fazer qualquer pergunta. Qualquer pergunta que vier à sua cabeça.

Engulo mais um pouco do meu milkshake, coloco o copo de vidro em cima da mesa e me endireito no banco. Me inclino para frente, imitando sua posição. Fito o seu rosto. Sobrancelhas levemente franzidas, ele está tentando disfarçar a tensão. Seus olhos verdes não se desviam dos meus, a não sei ocasionalmente para os meus lábios. Provavelmente ele quer ter certeza de que eu não vou começar a gritar, sei lá. E quanto aos seus lábios, estão esticados em uma linha fina. Penso por alguns instantes.

— Você pode falar com os cachorros ou alguma coisa assim? — Eu inclino a cabeça para o lado. Mais cedo, a Pepper, a labrador do vizinho, cavou um buraco na frente de casa e eu tive de espantá-la. Foi a primeira coisa que veio na minha mente. Acho que ainda não estou conseguindo realmente acreditar nisso.

Kentin fica quieto por um bom tempo, antes de erguer uma sobrancelha.

— Essa pergunta é séria? 

— Que pergunta queria que eu fizesse? — Volto ao meu milkshake.

— Eu não sei — Kentin dá de ombros, visivelmente confuso. — Eu nunca estive em uma situação assim antes. — Ele pega o meu copo e dá um gole, mesmo comigo protestando. — Bom, eu acho que não. Eu nunca tentei. Mas eu acho que consigo saber o que eles estão sentindo.

— Como assim? — Junto as sobrancelhas e pego o milkshake de sua mão.

— Eu consigo sentir quando qualquer um está triste, feliz, com raiva — Ele comenta, um tanto quanto envergonhado.

— Como?

— Pelo cheiro — Kentin explica e suas bochechas ficam levemente vermelhas.

Eu não aguento e, talvez pelo nervoso ou talvez pelo quão absurda essa situação é, eu dou uma gargalhada. Kentin apenas me encara no começo, como se se perguntasse se eu enlouqueci por completo, mas então ri comigo.

— É sério? — Eu pergunto, ainda rindo um pouco. — E, eu não sei, qual o cheiro da raiva?

— É tão difícil de explicar — Ele balança a cabeça, o sorriso aberto no rosto. — Acho que se parece com o cheiro de quando se acende um fósforo.

— Faz sentido — Tomo mais um gole do meu milkshake. — E o que mais você consegue fazer? Quer dizer, você disse mais cedo, mas eu não prestei muita atenção.

— Bom, eu corro muito rápido — Ele sorri, orgulhoso. — E sou bem forte também.

— O quão forte? — Ergo as sobrancelhas.

— Eu tenho quase certeza que consigo erguer essa mesa com você em cima — Dá para ver que Kentin está se divertindo ou, pelo menos, está bem mais tranquilo do que mais cedo. Essa afirmação, por incrível que pareça, me faz sentir bem segura.

— Acho que não, eu sou bem pesada — Brinco. 

— Ah, e eu consigo ouvir tudo também — Ele acrescenta.

— Tipo o quê? — Apoio o queixo nas minhas mãos.

— Eu consigo ouvir as batidas do seu coração e de quase todo mundo aqui — Ele aponta para o resto do saguão. — E com isso dá para saber se as pessoas estão mentindo, por exemplo.

— Mentira — Fico boquiaberta.

— É sério. Nos primeiros dias, ouvia tudo mesmo. — Ele arregala os olhos, dando ênfase no que diz. — Eu ouvia uma goteira há três quartos de distância. Eu quase enlouqueci naquele acampamento. A trompeta logo de manhã era horrível, parecia que entrava nos meus ossos.

— E você se acostumou? — Pergunto.

— Se lembra que eu disse que contei a minha história para meus colegas de quarto? — Kentin pergunta e eu assinto com a cabeça. — Um deles, John, era um coiote. Ele me ajudou em tudo. Como controlar tudo, principalmente.

— Um coiote? — Pisco algumas vezes, sem entender.

— Sim, não existem só lobisomens, pelo que ele me disse — Kentin olha em volta, para o caso de que alguém esteja ouvindo. — Sabe, coiotes e lobisomens são bem parecidos, a não ser pelo fato de que não dá para virar um coiote, você nasce um. A mãe passa metade do poder para o filho e tudo mais.

— Uau — Digo, fascinada. — Isso significa que tem mais... criaturas por aí? Como vampiros e bruxas?

— Eu acho que sim — Kentin diz, com certo receio, no entanto. 

— E isso não é bom, é? — Concluo, minha animação se dissipando. E então eu lembro de algo e meu coração dispara. — Espera, o que tudo isso tem a ver com o que aconteceu com... Bom, você sabe.

— Você reparou nos meus olhos, não reparou? — Kentin pergunta. Demoro uns instantes para entender que ele não estava falando dos seus olhos verdes, mas seus outros olhos. — É uma maneira de nos identificarmos. 

— Como lobisomem? — Tento acompanhar.

— Também. — Ele abre um pequeno sorriso ao ver como estou prestando atenção, mas esse sorriso logo se fecha. — Mas também na hierarquia. 

Bebo mais um pouco do refresco.

— Veja, os meus olhos são amarelos. Um amarelo opaco, mais pro âmbar, porque eu sou um ômega, sem matilha. — Franzo o cenho enquanto ele explica. — Os olhos de um beta são laranjas. E os olhos de um alfa...

— São vermelhos? — Arrisco e Kentin assente. — Mas o que quer dizer?

— Os ômegas são aqueles sem matilha, como eu disse, e estão na parte mais baixa dessa hierarquia. Então tem os betas, que são aqueles que servem a um outro lobisomem, bem mais forte, que é o alfa. — Agora ele fala baixo, enquanto mais cedo ríamos. O assunto foi aos extremos bem rápido. — Só o alfa pode morder pessoas normais para transformá-las em lobisomens, então ele está no topo.

— Então aquela pessoa era um alfa, tudo bem — Coloco meu copo na mesa. — Mas por que ele estava lá?

— Eu não sei, Rubs — Kentin suspira. — Mas quando você disse que o aconteceu com os Cooperman foi causado por lobos, eu meio que entendi na hora.

Juntei as sobrancelhas, esperando que ele explicasse.

— Como Armin disse, não tem motivo para lobos atacarem pessoas assim, e até as autoridades perceberam isso. Mas aqueles ferimentos no Troy também não podem ter sido feitos por nada humano. — Ele sussurra.

— Você acha que um lobisomem fez isso?

— Eu acho que o alfa fez aquilo. — Kentin diz e eu quase não pude ouvir. 

— Mas por quê? — Eu estou muito confusa. E um pouco assustada.

— John me disse que os alfas podem absorver o poder dos seus betas. — Não importa o quão Kentin tente se manter sério, seus olhos denunciam a sua apreensão.

— Isso quer dizer que...

Sinto frio de repente.

— Troy, George e Tom eram lobisomens também.

E então eu tenho a impressão de estar definhando, encolhendo. Acho que agora minha ficha caiu. Isso tudo é bem maior do que eu estou pensando. Olho em volta, de repente com medo de todos aqui. Aquele cara, sentado há quatro mesas de distância, ele pode ser um vampiro. E a sra. Calloway, no balcão? E se ela for, eu não sei, um tipo de fada? E Armin, Nathaniel, Alexy e Sam? 

— Rubs — Kentin me chama, mas eu ainda estou olhando para os outros clientes. Sinto suas mãos quentes no meu rosto, que delicadamente me fazem olhar para os seus olhos. — Ei, olha para mim. Está tudo bem. Eu estou aqui.

Isso deveria ser algo bom? Afinal, Kentin é um lobisomem. Eu não devia ter medo dele? Não. Eu confio nele. Vai ficar tudo bem.

Um minuto depois, meu coração volta ao normal. Kentin está segurando minha mãos por cima da mesa e não tira os olhos de mim. Acredito que ele quer ter certeza que eu não vá ter um ataque. Outro ataque.

— Você quer que eu te leve para casa? — Ele pergunta.

— Explique melhor — Eu peço, ignorando a oferta. Eu quero saber tudo o que puder, tudo o que ele sabe. Eu preciso.

Kentin balança a cabeça e abre a boca.

— Por favor. — Eu o interrompo.

Ele suspira.

— Eu não sei a história toda — Ele começa, baixando o olhar para nossas mãos. — Nem se é verdadeira ou não, mas acho que não estamos podendo julgar isso. Só sei que tinha um cara que era um alfa há muito tempo, e sua matilha era enorme, porque ele sempre queria mais poder. Sabe, quando um alfa transforma humanos, ele vai ficando mais forte e, quanto maior a matilha, mais força todos os integrantes têm.

Eu estou ouvindo, o encarando. 

— Então ele descobriu uma coisa. Se um alfa matar o seu beta de um jeito certo — Sua voz vacila por um momento, quase como ele tivesse repulsa. — Os poderes do beta passam para ele.

— Mas se quanto mais gente na matilha mais poder, por que matar todo mundo? — Sussurro.

— Parece que o poder é divido entre os membros, então não é tanto assim — Kentin dá de ombros, ainda evitando contato visual. — Mas do outro jeito, o alfa rouba toda a energia só para ele.

— Mas como você pode ter tanta certeza que eles eram lobisomens? Pode ter sido qualquer outra coisa — Essa pergunta sai involuntariamente.

Eu não quero acreditar que qualquer um pode ser um lobisomem. Eu não sei em quem confiar.

Kentin ergue os olhos para mim.

— Sabe, nós sentimos quando outra pessoa é sobrenatural também. John me contou que deve ter sido por isso que eu me contei tudo para ele. Mesmo sem perceber, nós acabamos simplesmente sabendo. Eu não sei quanto aos Cooperman, mas, quando eu passei por Troy no dia em que cheguei, eu senti e, pelo jeito que ele me olhou, ele sentiu também. Então, quando fiquei sabendo da festa, achei que era uma boa oportunidade. Queria conversar com ele, por isso eu fui. Mas quando entrei na casa, eu tive um mau pressentimento. Um instinto, eu não sei. Senti que algo ruim ia acontecer, então fui para a sacada esperando que Troy fosse falar comigo.

— E aí eu apareci — Murmurei. — E logo depois o alfa.

— É. 

— E por que você não foi falar com Troy? — Estreito os olhos. — Por que me levou para casa?

Ele fica quieto e desvia o olhar.

— Kentin? — Eu chamo.

— Eu não sei, tá legal? — Ele aumenta um pouco a voz, mas depois percebe e a controla. — Só pareceu a coisa certa, eu não podia deixar você lá.

— Certo — Eu digo, calmamente. Apesar de não achar uma atitude sensata, afinal, ele devia ter ido procurar Troy, mas não há nada que possamos fazer. Troy já está morto. Estremeço com meu próprio pensamento. — Mas como você sabe se alguém é um lobisomem?

— Eu não sei, é como quando você sente que tem alguém te observando. Você só sabe. — Ele explica e minha mente tem um lampejo. 

— No dia que você voltou e nós dois nos encontramos no caminho do colégio — Minha voz sai tão baixa que eu mal a escuto. — Eu tive essa sensação.

O rosto de Kentin fica impassível, mas então ele franze o cenho.

— Não, deve ser só uma coincidência — Ele diz.

— E... — Eu começo, mas me arrependo.

Se eu contar sobre isso, vou parecer uma louca? Ignoro esse pensamento, afinal, loucura é descobrir que lobisomens existem.

— E? — Kentin ergue uma sobrancelha.

Meu estômago revira. 

— Eu tive um sonho. — Mordo o lábio.

Eu conto o sonho para Kentin, e ele escuta tudo com atenção. Quando termino, ficamos em silêncio, ambos sem saber o que dizer.

— Talvez... — Ele arrisca. — Talvez seja outra coincidência. Uma coincidência muito estranha, mas...

— Sim — Eu concordo, no fim das contas. O que mais poderia ser? E eu sempe tive sonhos esquisitos, de qualquer forma. — Enfim, você não consegue descobrir quem é o alfa?

— Eu não sei — Tanto eu quanto ele percebemos que essa frase está se tornando um tanto quanto repetitiva. — Não acho que dê para sentir sempre se a pessoa é sobrenatural ou não, talvez tenha como esconder isso.

Que ótimo. Assassinos andando por aí e nós sequer podemos identificá-los. Eu estremeço com essa ideia.

— Como se mata um alfa? — Pergunto, num sussurro.

Kentin olha para mim com uma expressão que não consigo discernir. 

— John me disse que prata é fatal para todos, assim como acônito — Kentin me conta. — Acho que vale para alfas também.

Prata é bem clássico. Acônito, esse nome não me é estranho. É uma flor bem comum subindo a montanha da saída da cidade, então os pais costumam avisar os filhos sobre ela, por ser venenosa. Ela tem outro nome, um mais popular. 

— Mata-lobos? — Encaro o copo de milkshake vazio. — Que irônico.

— Eu sei — Ele ergue as sobrancelhas.

Percebo que ainda estamos de mãos dadas. Kentin também nota isso. É um momento desconfortável, mas gosto disso, dessa sensação de amparo. Suas mãos são quentes, parece que todo o seu corpo é. Costumávamos andar de dedos entrelaçados, mas agora é diferente. Não é?

— No que você está pensando? — Ele pergunta, sussurrando.

— Em nada — Maneio a cabeça. Estranho a pergunta, ela parece tão pessoal. — Só... O que nós vamos fazer, Ken?

— Eu sempre odiei esse apelido — Ele murmura.

Demoro uns segundos para entender que o chamei de “Ken”. É verdade, Kentin nunca gostou que eu o chamasse assim, mas eu o chamava do mesmo jeito só para irritá-lo. Com o passar do tempo, ele se acostumou. Mas parece que, com o tempo que passou naquele acampamento e o fato de ter virado um ser sobrenatural, ele se esqueceu de algumas coisas, além de ter mudado em outras.

— Não tem nenhum nós, Rubs. — Kentin diz e automaticamente minha boca se abre.

— O quê? — Puxo minhas mãos contra mim e Kentin fecha os olhos por alguns instantes, provavelmente prevendo minha reação. — Como assim, não tem um nós? Nós temos que fazer alguma coisa, Kentin. — Dou ênfase em seu nome, já que ele odeia tanto o apelido.

— E o que nós podemos fazer? — Ele pergunta. — Rubs, se eu sozinho não posso fazer nada, não são os seus sessenta e poucos quilos que podem.

— Devíamos contar aos outros, em primeiro lugar — Sugiro e Kentin suspira. — O quê? Eles também precisam saber, Kentin. 

— Por quê? — Ele ergue uma sobrancelha. — Porque você decidiu, é isso?

— Porque eles merecem saber. — Digo, como se fosse óbvio. E é. — Por que você está discutindo tanto comigo desde que voltou? Não me lembro de você sendo assim antes.

— Eu me lembro de você achar que está sempre certa, mas você não está — Kentin comenta, os olhos verdes adquirindo um tom de raiva. — Me desculpe se nunca tive coragem de te dizer isso antes.

— O que isso tem a ver? — Franzo o cenho e balanço a cabeça. — Pessoas estão morrendo e vamos apenas sentar e assistir?

— Eu sei que pessoas estão morrendo, e esse é o problema — Kentin bufa. — Quantas pessoas você acha que ele matou, Rubs? Você acha mesmo que foram só três? Quantos corpos ainda estão por aí? O quão forte essa cara é?

— Eu só quero ajudar — Exclamo. 

— É, mas você não pode. — Ele encerra.

Eu fico quieta, porque detesto admitir que ele tem razão. Paro de sustentar o olhar de Kentin e encaro a parede logo atrás dele. A pintura verde com detalhes dourados, descascando aqui e ali.

— Isso é loucura. — Constato, falando baixo.

— Me desculpe, Rubs... — Ele soa arrependido. — Eu... Eu não me acostumei com as emoções ainda, é como se tudo fosse mais...

— Você pode me levar para casa, por favor? — O corto. Já tive o suficiente disso por hoje.

— Rubs... — Kentin chama.

— Por favor. — Repito.

Kentin chama a garçonete, paga o milkshake e vamos para o carro. Começa a chuviscar assim que eu fecho a porta da caminhonete, então fico feliz por ter pedido a carona mesmo podendo ir a pé. Mas eu não pedi a carona simplesmente porque achava que ia chover, não é? Eu queria que a minha palavra fosse a última.

O trajeto até minha casa é rápido, mas parece durar uma eternidade com nós dois em silêncio. Ele estaciona e eu não sei bem o que fazer. Uma parte de mim está me condenando por ser grossa e quer pedir desculpas enquanto a outra ainda acha que estou certa. Talvez ele tenha razão. Inspiro e expiro.

— Eu... — Digo e escuto minha própria voz, tão baixa e frágil. Desisto de continuar a falar (até porque não sei exatamente o que dizer) e puxo a maçaneta da porta da caminhonete.

— Ruby — Ele tenta mais uma vez, mas eu saio do carro. 

Enquanto caminho para dentro de casa, sentindo os finos pingos de chuva caindo no meu rosto, observo o buraco que Pepper deixou ali mais cedo. Cruzo os braços e os aperto. Malditos canídeos.


Notas Finais


Não tenho muito pra dizer não, só que me sinto mal por demorar
Mas tô escrevendo com bastante carinho sz


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