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História Bloom. - Frans - A Sombra de Guarda-chuva.


Escrita por: 5ono

Capítulo 12 - A Sombra de Guarda-chuva.


Fanfic / Fanfiction Bloom. - Frans - A Sombra de Guarda-chuva.

Quando Frisk menos percebeu, sentiu seu ombro queimar. Asgore havia desferido outro golpe nela.

A morena cambaleou para trás, apoiando sua mão na árvore do quintal. Ela franziu sua expressão, tomando um impulso absurdo com seus pés, atacando Asgore.

 — Argh! — Asgore reclamou de dor, Frisk havia dado um golpe forte na cabeça do mesmo, fazendo-o se atordoar por alguns segundos.

Frisk imediatamente parou, assustada. — Pai, você ta bem?!

 — s-sim, eu só me assustei. — Asgore diz, ele logo deu um sorriso, orgulhoso. — parabéns, querida. Você conseguiu me vencer.

Frisk apenas sorriu de volta por educação. Ela sabe que Asgore estava pegando leve com ela. Afinal, Frisk estava exausta, e seus golpes nem causavam efeito nenhum em Asgore. Ele estava fingindo.

 — sua mãe disse da recompensa, não? Bem, parabéns. Agora você pode usar o carro. — Asgore anda pelo quintal, como se nada tivesse acontecido. Ele se agacha próximo a algumas flores. — É bom saber se defender... Eu não achava que você realmente iria querer treinar, você parece ocupada.

 — até que nem tanto. — Frisk comenta, ela se senta na grama, seus braços estavam doendo, junto de sua cabeça. Sua dor de cabeça voltou.— Bem, como vão as coisas com a... Mamãe e a Chara?

 — ah? Ha ha... — Asgore ri, um pouco confuso. Ele parecia cansado de ter que tratar de assuntos pesados desse tipo. Apenas suspirou, e soltou tudo. — sua mãe está tentando aceitar tudo, mas ela e Chara não estão falando abertamente. Bem... Foram fazer exames hoje, elas voltam mais tarde.

 — enquanto o Asriel?

 — ele e Chara vão participar de um curso de preparação para pais de primeira viagem... — Asgore suspira novamente, aos poucos ele começou a arfar, com medo. — eu nem acredito que isso está acontecendo.

Frisk ficou em silêncio, ela não sabia o que fazer, então apenas tentou fazer com que suas palavras alcançassem seu pai.

 — Tudo vai ficar bem, afinal... — Frisk faz uma pausa, arriscando as palavras. — Asriel e Chara realmente se amam, não?

 — filha, me perdoe, mas eu não me importo se eles se amam ou não. — Asgore diz, então ele finalmente encara Frisk. — eles vão ter uma criança, um... Bebê. E nós não sabemos se essa criança vai chegar a nascer... — Asgore passa a mão pelo rosto, como de costume.

Asgore parecia exausto. Mais tarde, Frisk iria descobrir que seu pai não conseguiu dormir naquela madrugada, já que sua cabeça entrou em desespero quando ficou sabendo sobre Chara e Asriel.

O loiro ficou em silêncio, pensando.

 — por favor, querida... Dê apoio ao seus irmãos, pois você não sabe o quanto que eles devem estar sofrendo. — Asgore diz, e então ele dá um sorriso. — sinto muito por tudo isso estar acontecendo, justo agora que você começou com o projeto Delta, e... Bem, você fez amigos, e era pra ser seu momento, mas...

 — tudo bem, eu não me importo com isso. — Frisk dá um sorriso, fazendo o loiro ficar aliviado. — eu vou tentar voltar a falar com eles... Eu juro que vou tentar.



Um olhar presunçoso seguia Frisk pela sala, Alphys estava a quase meia hora digitando na frente do computador, mandando um texto formal para uma companhia de jornalismo.

Undyne estava numa cadeira do laboratório, quieta. Porém, ela parecia tensa, e isso a fez ficar encarandk Frisk.

Por outro lado, a morena não se incomodou com os olhares da ruiva. Ela estava ali, tomando o molho que sobrou da comida ocidental que Alphys havia pedido por aplicativo.

 — enviei! — Alphys berrou, empurrando a mesa com o pé, fazendo sua cadeira de rodinhas ir pra trás. Finalmente o barulho da loira teclando se cessou.

 — você vai mesmo esperar que eles simplesmente acreditem que existe outras criaturas habitando a superfície? — Undyne pergunta num tom de desânimo.

 — claro que vão. — Frisk diz, olhando para a ruiva. — a Alphys deixou uma surpresa no texto, não?

 — s-sim! — Alphys dá um sorrisinho convencida. — eu tive uma ajudinha do Papyrus...

 — os CD's do Mettaton e seu programa, e também... — Frisk faz uma pausa. — eu já conversei na editora que eu costumava trabalhar... E... — ela faz uma pausa, falando calmamente. — eu pedi para considerarem o e-mail de Alphys.

 — ...puts... — Undyne murmura, ela estava tensa, mas agia como se já esperasse aquela pressão. — se algo der errado, é só voltarmos para o subsolo, né?

 — vai dar certo, Undyne. Não se pr-... — Frisk é interrompida.

 — se der errado, você vem com a gente, humana.

 — eu iria, mesmo se vocês não quisessem. — Frisk fala, e solta uma risada doce. Mas Undyne bufa, ainda tensa. Alphys estava confiante naquele dia, ela saiu saltitando pelo laboratório, totalmente alegre. — minha família são os monstros, sem eles eu não tenho muito o que fazer por aqui.

— falando nisso, quando vai ser a reunião com os Dreemurr...? — A loira pergunta, parada.

 — ah... — Frisk murmura, um pouco estonteada. — estamos com uns problemas... Acho melhor você falar com eles.

 — daqui a pouco eu terei que me reunir com o Skeleton, bem... — Alphys murmura, revisando sua agenda. — hoje não temos muito o que fazer, se quiser voltar para casa...

 — ah, só isso? — Frisk diz, se espreguiçando. — bem, eu já vou voltar para casa então...

Undyne e Alphys trocam olhares confusos, e então voltam a olhar para Frisk.

 — uh? O que foi? — Frisk pergunta, percebendo os olhares.

 — eu pensava que você iria ficar para a reunião com o Sans.

 — eu preciso? — Frisk pergunta, olhando ambas.

 — não, m-mas... — Alphys desvia o olhar.

 — o Sans fica menos neurótico quando você ta junto.

 — isso não é verdade, vocês que ficam se mordendo. — Frisk ri, se levantando. — com eu aqui ou não, vocês ainda vão se atacar.

Undyne dá um sorriso, franzino suas sobrancelhas. Ela cruzou os braços, e ficou ali, observando.

 — eu realmente preciso ir, tenho umas coisas para resolver... — Frisk diz, se virando para sair. — bom descanso, Alphys. Vejo vocês depois...



Frisk estava calibrando sua câmera após ter levado-a no conserto. Na tentativa de achar um bom lugar para testar a câmera, ela acabou achando Chara, no fundo do corredor do primeiro andar.

Ela estava sentada numa poltrona que Asgore costumava usar para leitura, ali, ela estava virada para trás, vendo a janela distraídamente. Já estava escuro, e o pouco do azul que sobrou do dia ainda pairava pelo horizonte.

Frisk puxou a câmera, esperou alguns segundos até focar, e bateu uma foto de Chara. O flash fez ela encarar a morena, que estava sorrindo.

 — estou testando meu flash novo... — Frisk murmura, conferindo a foto.

Chara não disse nada, após ficar com uma feição brava, ela deu um sorriso agradável, e voltou a olhar a janela.

Frisk ainda ficou ali, parada.

 — hey, Chara... — Frisk a chama, e Chara aponta para a janela, batendo de leve.

 — tem um cara ali, já faz umas três horas... — Chara diz, batendo no vidro.

Frisk se aproxima da janela, vendo uma homem parado, um pouco longe da calçada. Ele estava com um guarda-chuva, não dava para ver muito.

 — nem está chovendo, por que ele está com um guarda-chuva? — Frisk diz, e Chara pega o celular.

Após alguns segundos, Chara volta sua atenção em Frisk.

 — bem, a previsão pra essa noite é de chuva. Ele deve estar preparado... — Chara diz, e então suspira, um pouco atordoada. — Frisk, você ainda está naquele projeto?

 — uh... Sim...? — Frisk diz, um pouco receosa em contar para Chara.

Chara suspira, novamente. Ela parecia bem cansada.

 — só por favor, não tome decisões erradas. Eu estou falando sério... — Chara diz, lançando um olhar ameaçador. Aquilo teve zero efeitos em Frisk, que ignorou e mudou de assunto.

 — você já pensou num nome...?

 — uh... — Chara se assusta com a pergunta, mas então dá de ombros. — eu não sei se estou pronta para ser mãe...

 — você não está mesmo. — Frisk diz, afirmando com a cabeça.

— era pra você me apoiar... — Chara diz, rindo da irmã.

— eu não vou mentir. — Frisk fala, e então toma fôlego para falar. — você estava agindo tão estranha assim por causa da gravidez?

— ah... — Chara bufa. — mais ou menos... — ela aponta para Frisk. — eu estava brava com você, você não deveria saber do segredo dos monstros.

— mas por quê?

— eu não posso te contar... Só, não estraga tudo, ta bom?! — Chara diz, ela parecia nervosa.

— você não precisa se preocupar com isso. — Frisk afirma, Ela lança um olhar determinado para Chara, que responde com um olhar entediado. 

— falando nisso... — Frisk faz uma pausa. — você lembra que você tentou esfaquear Sans, né?

 — sim, eu lembro. — Chara cruza os braços. — eu não me arrependo.

 — você precisa pedir desculpas para ele. — Frisk diz, séria. — por que foi para o monte Ebott com uma faca?

 — aquela faca é um antigo presente, ok? — Chara diz, e então se enrola em seus pensamentos. — como sabia que eu estava lá?

 — eu não sabia, eu só chutei. — Frisk diz, e se senta ao lado da irmã. — nós temos muito o que conversar.

 — não estou num momento muito bom para conversas... — Chara diz, e então aponta para sua barriga. — nós vamos fazer ultrasom, mas eu não quero que o Asriel vá. Ele é muito emocionado... Se você puder ir, seria bem melhor do que ir com a mamãe.

 — então estamos bem novamente? — Frisk diz, um pouco tímida com seu gesto.

Antes de Chara responder, ambas grunhiram de dor. Elas começaram a ter dores de cabeça.

 — ugh... Você também sentiu isso? — Chara reclama, percebendo que Frisk também estava com uma expressão desconfortável.

 — sim... — ela faz uma pausa. — pode ser algo que a gente comeu...?

 — falando em comida... — Chara faz uma pausa. — onde você esteve naquela noite? Eu não te vi no jantar e nem no almoço do dia seguinte. — Chara se questiona, e então faz outra pausa. — depois do monte Ebott...

 — uh... Eu estava na casa do Sans.

 — espera... Você dormiu lá?

 — sim, mas não foi nada de mais. Apenas assistimos alguns programas do Mettaton e... — Frisk estava contando distraidamente, quando ela se vira para a irmã. — por que eu preciso te contar isso?

 — ugh... — Chara murmura, fazendo uma expressão de nojo. — você já conheceu o pai dele?

 — na verdade, eu não quero saber muito sobre isso.



Frisk estava deitada, ela não conseguia dormir por conta de sua dor de cabeça. Ela amaldiçoou Papyrus por ter distraído-a quando foi na farmácia pela última vez.

Ela ficou encarando o teto, se esforçando para ficar imóvel.

Quando fechou seus olhos pro alguns segundos, viu uma sombra cobrindo de rosto com o travesseiro agressivamente.

Tudo estava num completo breu, Frisk não conseguia ver o rosto, mas mesmo assim, se debateu.

Ela soltou um grito, que saiu abafado por conta do travesseiro.

Num susto, ela acordou daquele pesadelo. Ela estava lacrimejando, um pouco tonta com o sonho que teve.

Ela olhou por volta, e estava de manhã.

— ai... Merda... — Frisk diz, sentindo seu corpo se arrepiar.

Toriel abre a porta do quarto, ela tinha uma expressão tensa.

 — querida, está tudo bem?

 — s-sim... Foi só um pesadelo.

 — Bom dia... Bem, eu ouvi os gritos, pensei que tivesse se machucado. — Toriel diz, preocupada. — estou indo pro trabalho, ok?

 — Ok... Bom dia também... — ela passa a mão pelo rosto, sua respiração estava voltando ao normal.

Toriel fica mais um tempo ali, antes de fechar a porta.

Frisk ficou um tempo no celular, ela ainda estava tensa pelo o que aconteceu.

A casa estava quieta, parece que Asgore também havia saído. Talvez Chara e Asriel não estejam acordados ainda.

Passou mais ou menos uns vinte minutos, e então Frisk passou a ouvir passos vindo do corredor.

 — uh... Chara? Asriel? — Frisk fala alto, ainda sonolenta. Ela queria falar com qualquer um de seus irmãos. — pode vim aqui? Por favor...

Os passos pararam, e a maçaneta do quarto girou lentamente, quando abriu, Frisk demorou um pouco para reconhecer o rosto que estava ali.

Era Mad Dummy, ele estava sorrindo.

Frisk não conseguiu reagir a tempo, sua alma já estava para fora de seu corpo, e Mad Dummy já havia corrido para o lado da cama, ele estava segurando os ombros de Frisk.

 — Shhh, se acalme, querida embaixadora. — Mad Dummy disse, fazendo um sinal com o dedo indicador.

 — S-SOCORRO! — Frisk gritou, ela debatia sua perna agitadamente, tentando acertar um chute em Mad Dummy.

Mad Dummy deu um tapa no rosto de Frisk, e então segurou o queixo dela. A feição dele estava totalmente insana, dava para sentir sua raiva transbordando.

 — eu disse para você se acalmar. — Mad Dummy disse, e então ele ficou uns segundos pensando se iria usar magia, até que deu outro sorriso horrendo, e sacou um facão. — já que você gosta de monstros, eu vou te matar do jeito humano. O que acha disso? Legal? Né?

 — Não, não... Por favor...— Frisk tentou falar entre murmuros, ela estava chorando, parecia que havia perdido sua voz. Mas seu corpo se debatia muito, ainda tentando lutar pela sua vida.

Mad Dummy segurou o facão pela boca, e prendeu as pernas de Frisk usando seu joelho, pressionando-a contra a cama. Na tentativa de faze-la parar de se debater, ele deu um soco em seu estômago.

Frisk não tinha mais energia pra se debater, ela apenas fechou os olhos, ela estava totalmente presa. Seu coração estava disparado e seu corpo inteiro tremia de medo.

Quando ouviu a porta ser esmurrada, ela abriu os olhos de novo, e viu Asriel usando magia para lançar uma orbe de fogo no rosto de Mad Dummy. O mesmo, estava despreparado para aquela intervenção, e caiu do outro lado da cama.

Asriel avançou em Mad Dummy, segurando-o.

Em seguida, Chara apareceu, correndo para Frisk.

Ela abraçou a morena, levantando-a da cama.

— V-Você ta bem?! — Chara pergunta, olhando Frisk de cima a baixo, e voltando para o abraço.

Frisk não respondeu, ela estava muito assustada. Ela apenas abraçou Chara, e passou-se a chorar.

Naquela manhã, Asriel conseguiu conter Mad Dummy. Assim, os Dreemurr ligaram para as autoridades.


Notas Finais


Oi voltei '³'


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