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História Bloquinho azul - Não é tão ruim


Escrita por: Chansooyah

Notas do Autor


Oin pessoas <3
Bem, não demorei dessa vez! Gente quero agradecer muuuuuito mesmo a todos que comentam e favoritam essa Fic <3 Vocês são perfeitos e eu amo vocês demais <3

Boa Leitura e nos vemos lá embaixo! *---*

Capítulo 6 - Não é tão ruim


 

 

 

O clima entre Kim e o Do havia melhorado muito nas ultimas horas, isso se considerar que passaram a maior parte do tempo dormindo - e o moreno obviamente arrumou um jeito de se agenda agarrar ao corpo alheio durante a madrugada. E ao contrário do que Jongin pensou, que seria expulso a vassouradas, o menor pareceu não ligar quando acordou.

Jongin estranhou, mas não perguntaria. Vai que a sorte vira para o outro lado?

Depois do jantar com Luhan e Sehun Kyungsoo parecia mais leve, calmo e sereno, não sentia-se mais tão incomodado com a presença do autor. Até conseguiram trocar algumas palavras sem farpas quando chegaram do jantar e foram dormir em paz, um grande avanço para ambos. E Jongin parecia querer explodir de felicidade.

Kyungsoo havia abaixado a guarda!

Mas Jongin fez questão de acabar com todo o clima bom que havia entre os dois. Durante aquela manhã, o moreno resolveu fazer mais uma de suas boas ações, dentre elas: Aparar as plantinhas do Kyungsoo.

O menor ama o verde, mas o fato de morar em apartamento limita seu sonho ter um jardim, sendo assim, foi criativo ao montar uma mini hortinha com variadas plantinhas numa área arejada de sua dispensa. As plantas iam de vasos de flores e bonsais até temperos naturais. Kyungsoo sempre cuidava de suas "filhas" diariamente, sempre durante as manhãs.

E o autor, em uma tentativa de ajudar Kyungsoo, destruiu acidentalmente o pequeno mundo verde do outro.

O alvo havia saído cedo naquela manhã, alegando que precisava ir ao mercado comprar algumas coisas. Deixar a casa com Jongin, um ainda desconhecido, ainda não parecia muito seguro mas ignorou tais pensamentos. E esse foi seu erro! O pseudo-desastre que vivia em sua casa encontrou as plantinhas e teve a nem tão brilhante ideia de fazer algo para agradar Kyungsoo; Com o auxilio de uma tesoura que encontrou, resolveu dar uma melhor aparência para as plantas, como via os jardineiros fazerem, mas acabou deformando e machucando as coitadinhas. A cada tentativa de consertar seu erro, piorava ainda mais. Foi acidental, é claro, mas isso não diminui o fato de que Kyungsoo ficou arrasado quando chegou do mercado e contemplou aquela cena.

Sua vontade era de jogar Jongin pela janela da dispensa. Espera, pensamento bem... Iria fazer coisa pior! Suas plantinhas eram tão preciosas...

Enquanto o menor buscava em sua mente os métodos mais dolorosos para assassinar para Jongin, indeciso sobre arrancar o órgão sexual deste para o fazer engolir ou cortar sua garganta e o deixar sangrar até a morte, o dito cujo tentava se redimir de todas as formas. O restante da manhã seguiu com Jongin se desculpando sem parar.

Sem ter outra escapatória, o moreno teve que apelar para... Os doramas!

Kyungsoo havia comentado em seu bloquinho sobre amar doramas, era um de seus passatempos favoritos. Ele conseguia deduzir tudo o que aconteceria nas novelas coreanas antes mesmo de ver, ainda assim, aquelas séries românticas sempre lhe arrancavam sorrisos e lágrimas no final. Kyungsoo não é de chorar à toa, mas alguns doramas são tão envolventes que o faz quase alagar a com suas lágrimas!

E o Kim não era tão diferente de Do. Seu amor por séries e filmes de romance é grande, pois, lhe transmitiam inspiração. Não possuía um dorama favorito, ou um com qualquer tipo de destaque, porque na sua opinião todos o tocaram profundamente.

Convencer o menor foi a parte difícil. Ele negou por diversos minutos, tentando impor sua resposta como definitiva, todavia o Kim não parecia disposto a desistir da ideia. No final, o menor cedeu e o sorriso de Jongin não poderia ser mais largo.

Possuía um plano infalível.

Sozinhos e com a luz apagada, assistindo doramas... A mente de Jongin quase explodia de tantas situações que imaginava. Ah, aquele seria seu trunfo! Kyungsoo esqueceria totalmente de sua burrada com as plantinhas e... Tcharam! Poderia beijar o menor!

Animado e ansioso, o Kim dividiu seu plano em três passos:

1. Abraço de lado aconchegante.

2. Deitar a cabeça no ombro do menor e ir se aproximando.

3. Beijar o menor.

Em sua cabeça o plano era perfeito, infalível! Jongin lembrava-se de já ter feito isso outras vezes, muitas delas no cinema, e a estratégia funcionou perfeitamente. Por que com Kyungsoo seria diferente?

Seu aliado da vez não era o cinema, mas uma versão mais moderna e cômoda; a Netflix. Kyungsoo não era assinante, mas isso não o impede de ser um parasita que suga a Netflix de seu melhor amigo, Luhan. Ser amigo do chinês não é tão ruim.

Kyungsoo já assistira boa parte dos doramas disponíveis pelo aplicativo em sua TV, o que tornou a busca por uma série inédita um pouco cansativa, mas satisfatória no final. O escolhido possuía 14 episódios de longa duração, isto é, passariam toda a tarde assistindo. Passaram toda a tarde assistindo o tão amado dorama, com pequenas pausas para comer. Kyungsoo estava com preguiça de cozinhar e Jongin não sabia nem ligar o fogão, então decidiram pedir comida chinesa. Galã como é, Jongin pagou.

A tarde passou tão rápido que mal repararam quando o anoitecer chegou, e Jongin sentia vontade de envolver o lindo pescoço do moreno menor por ele tentar deduzir tudo o que iria acontecer e interagir demais com a história. Perdera a conta de quantas vezes o menor xingou a protagonista por não beijar o garoto que ela gostava.

Céus, Kyungsoo estava conversando com o dorama!

Ele praticamente vibrava a cada cena de beijo e quando a vilã tenta afastar a protagonista de seu amor o garoto ficava irritado e xingava a mulher aos quatro ventos. Jongin não sabia se achava o menor adorável ou engraçado

Já passava das onze da noite quando faltava apenas um capítulo. O momento de colocar seu plano em prática se aproximava. Jongin não sabia o exato motivo, mas se sentia muito nervoso.

Kyungsoo estava choroso desde o sexto episódio, e agora só faltava encher um rio. Jongin não sabia quantos lenços o menor havia usado até agora, mas a lixeira transbordando ao lado da cama denunciava que a quantidade não era pequena.

Jongin resolveu dar o primeiro passo.

Abraço de lado aconchegante.

O maior levou seu braço esquerdo discretamente na direção do alvo e o abraçou pelos ombros o puxando levemente, se surpreendendo quando este aconchegou-se no abraço desajeitado e deitou a cabeça em seu ombro. Fácil até demais.

Primeira parte, perfeita!

Jongin estranharia se sua empolgação não estivesse tão alta. Avançaria para o segundo passo.

Deitar a cabeça no ombro do menor e ir se aproximando.

Como o menor estava com a cabeça em seu ombro, Jongin não conseguiria cumprir a parte do "deitar a cabeça no ombro". Riscou mentalmente essa parte e prosseguiu com algumas alterações em seu plano.

Jongin desceu a mão que antes estava no ombro do menor e a colocou na cintura do mesmo, acariciando o local com o polegar, aguardando para ver se o menor se afastava. Quando não obteve objeção, o Kim avançou um pouco mais e virou a cabeça na direção do menor somente para cheirar os fios cor ébano, sentindo um cheiro confortável de cafeína. Ele usava shampoo de café? Kyungsoo tremeu levemente com o ato e Jongin sentiu sua tensão.

O Do não é burro, já havia percebido onde Jongin queria chegar, mas não se afastou e fingia ainda estar distraído com o dorama.

Jongin respirou fundo contra os fios do menor arrepiando-o, procurava coragem para dar continuidade ao segundo passo. Se aproximou lentamente do menor, até que a ponta de seu nariz tocou a bochecha do mesmo. Kyungsoo continuava parado, sua respiração desregulada evidenciava a consciência diante das ações do Kim. Começando por um breve selar no maxilar, o moreno maior iniciou uma trilha de beijos, contornava a bochecha cheinha e pálida com seus lábios, os selares cada vez mais próximos do canto de sua boca, até que...

Um som irritante e estridente os interrompeu. Jongin pragueja irritado algum palavrão ao constatar que era seu celular tocando. Ah, estava tão perto...

- A-acho melhor atender... E se for importante? – diz o menor em um timbre baixo e o maior só o ouviu pela proximidade dos corpos. Foi Kyungsoo quem apanhou o aparelho para entregar a Jongin, mas não evitou torcer o nariz em desgosto ao encontrar no visor da tela a imagem de um garoto branquelo ao lado de Jongin, os dois sorriam. Lá em cima dizia "Taemin". Kyungsoo formou um bico nos lábios. – Quem é Taemin?

— Vou atender. - Jongin pegou o celular à contra gosto das mãos de Kyungsoo e o atendeu, ainda sem responder sua pergunta. – Alô? Espero que seja algo importante para você me ligar. – o moreno estava impaciente e Kyungsoo apenas observava calado. – Oque?! Você me ligou apenas pra isso? É melhor que você tenha um ótimo motivo para viver, porque amanhã eu mesmo te mato pessoalmente!

Não demorou muito para Jongin finalizar a ligação com um suspiro frustrado.

— Pra que esse tal de Taemin te ligou? – inquiriu Kyungsoo curioso.

— Apenas para dizer que a tartaruga dele teve filhotes.

— Ahn... Eu dou meus parabéns? – o alvo parecia confuso e Jongin riu baixo levantando-se do sofá, seguindo para fora da sala. – Aonde vai? – perguntou e o moreno respondeu curtamente que estava com "sono". Kyungsoo suspirou pesadamente e se afundou no sofá quando ouviu o som da porta de seu quarto se fechando. – Aish, eu também queria aquele beijo...

Kyungsoo pegou o controle e voltou para todas as partes que perdeu. A essa altura do campeonato, o dorama já havia perdido toda a emoção.

 

•°•°•

 

Já passava das onze quando Kyungsoo fora para o quarto procurar por descanso. O menor avistou Jongin dormindo em sua cama pela iluminação baixa do abajur no criado mudo. Para Kyungsoo aquele dia fora perfeito, mas não acabou tão bem quanto ambos esperavam. Kyungsoo resolveu agradecer ao moreno, mesmo que este estivesse dormindo.

Kyungsoo deitou-se na cama ao lado de Jongin ficando de frente para este e o menor se enfiou entre os braços do maior procurando um conforto para dormir. Quando achou uma posição confortável o menor levantou a cabeça levemente e roçou seus lábios aos do maior.

— Obrigado pelo dia maravilhoso. – sussurrou contra os lábios do outro.

— Eu é quem agradeço. – o maior sussurrou de volta e abraçou a cintura de Kyungsoo o puxando para mais perto fazendo com que este tomasse um belo susto, pois achava que o maior dormia.

— Posso te beijar? – perguntou roçando os lábios. Para Jongin fora uma provocação, mas não havia sido proposital.

— Já deveria ter feito... – sussurrou, seu hálito quente alcançando os lábios fartos do menor.

Kyungsoo segurou o rosto do maior pelos dois lados e selou seus lábios. Eles ficaram assim por alguns minutos antes do maior aprofundar o beijo para algo mais intenso. Jongin puxava o menor para cada vez mais perto em busca de mais contato, e o menor fez o mesmo quando suas mãozinhas escorregaram para a nuca do maior. Sem malicia alguma as línguas se acariciavam em uma dança que os dois nunca aprenderam, mas sabiam de cor. Eles pareciam ter sido feito exatamente um para o outro.

Os dois perderam a conta de quantos minutos se passaram desde que aquele beijo iniciara, e quando se afastaram estavam mais ofegantes do que nunca. Como se tivessem corrido uma maratona. Kyungsoo e Jongin observavam pela luz fraca do abajur os lábios um do outro vermelhos como cerejas. Kyungsoo sorriu e deu um selinho em Jongin antes de se virar de costas para este.

— Boa noite, Nini.. – disse baixo e desligou o abajur.

— Eu já estou tendo uma ótima noite.

O maior depositou um selar no pescoço de Kyungsoo antes de abraçar a cintura de Kyungsoo ficando de conchinha com este. Jongin achou adorável o jeito que Kyungsoo estremeceu com o contato. Isso comprovava o quão sensível o menor era aos seus comtatos físicos. Kyungsoo deu gracas aos Céus por estar escuro e por ele estar de costas para Jongin, pois suas bochechas tomaram tons acima da coloração vermelha.

E assim dormiram. Não foi como Jongin havia planejado, mas saiu ainda melhor.

 

•°•°•

 

Kyungsoo estava repensando sobre sua primeira impressão de Jongin. Ele era um bom rapaz, afinal.

Haviam acordado bem cedo para arrumar o apartamento antes do expediente do Do, e por mais incrível que pareça, Kyungsoo conseguira arrumar todo apartamento junto do moreno sem quebrar nada. O Do pensou até mesmo que Deus ouvira suas orações pela primeira vez, porque, com tanta coisa ruim que acontecia consigo, ele achava que apenas satanás ouvia elas. 

O dia parecia perfeito, Jongin fora buscá-lo assim que o baixinho largou e Kyungsoo não se sentiu nem um pouco desconfortável com as mordomias.

Kyungsoo estava adorando ser paparicado.

E Luhan não estava gostando nada de ver seu amigo se iludindo. O chinês não faz ideia de quais sejam as verdadeiras intenções do Kim, por isso não vai nem um pouco com a cara do mesmo. 

Engoliu seco a vontade de ser grosso com o moreno quando o moreno lhe desejou "bom dia", pois precisa fingir se uma pessoa civilizada, então apenas reprimiu a vontade de dar um tapa na cara daquele homem que estava confundindo a cabeça de seu pequeno Soo e lhe desejou uma boa tarde.

Desde que Jongin aparecera, sua coruja olhuda andava muito estranha em sua concepção. O chinês sabia que havia uma pintada de 'paixão reprimida', afinal o Do não consegue parar de falar dele por mais de cinco segundos. O chinês agradeceu aos céus quando o baixinho foi embora, pois não teria mais que ouvir o nome “Jongin”.

Já eram quase quatro da tarde quando Kyungsoo chegou em casa. Jongin o havia levado de carro, e, por  algum motivo, o Do sustentava um sorriso largo no rosto.

Não sabia ao certo o porquê de estar tão sorridente, e se negava a aceitar que fosse pelos beijos que trocara com Jongin no dia anterior. Iria ferir seu orgulho masculino –quase inexistente.

Jongin, por outro lado, permitia transparecer sorrisos largos e um brilho no olhar toda vez que encarava o garoto miudinho. 

Ainda no carro, a caminho do próprio apartamento, o Do passou a ostentar um grande bico nos lábios,  quase tocando o próprio nariz. Suas bochechas se encontravam levemente coradas e seus olhos vez ou outra iam parar no culpado de todo aquele constrangimento. Jongin, é claro.

Kyungsoo realmente havia gostado do dia anterior, porque, apesar de suas preciosas plantinhas terem sido maltratadas, Jongin conseguiu preencher o resto do dia de uma forma maravilhosa. Ele fez Kyungsoo sentir certas... Sensações. Sente seu rosto queimar só de lembrar da sensação das borboletas voando em seu estômago, conseqüência do simples atrito entre os lábios de ambos. 

O Do mal conseguira pregar os olhos depois daquilo. Passou vários minutos, talvez horas, pensando em Jongin.

 

 

Após o dia anterior, o Kim acredita ter avançado um grande passo com Kyungsoo. E de fato havia avançado, mas o Do era orgulhoso demais para admitir.

 

Jongin é um amorzinho consigo. Kyungsoo não gosta admitir, mas adora esse jeito de Jongin. É bem confuso, sim, mas todo mundo têm seus complexos. Kyungsoo possui muitos, não daria para contar nos dedos nem se juntasse os mãos e os pés.

Jongin cortou sua linha de pensamentos repentinamente, com uma programação para aquele dia. Havia decidido que iriam dali para um parque de diversões, embora o moreno de olhos grandes tentasse negar que iria

E como Kyungsoo já sabia, Jongin nunca aceita um "não" como resposta.

— Aish, é só hoje, Soo, vamos lá! Vai ser divertido! – Jongin tentou novamente e sacudiu o baixinho pelos ombros. Seria uma cena um tanto engraçada, se não fosse pela expressão de poucos amigos do moreno menor.

— Já disse que não, Jongin! Não estou afim de ir ao parque, hoje eu quero ficar em casa de moletom. – rebateu. Foi uma pequena mentira, porque ele não queria ficar em casa, mas também não queria ir num parque de diverção.

Jongin é insistente e persuasivo. E sua insistência chega a ser irritante.

— Por favor, é só hoje!

— Não.

— Por favor, Soo, eu nunca te pedi nada!

— Já sim, e eu disse que não!

— Por favorzinho... – fez aegyo.

— Aish, Jongin! – Kyungsoo pegou sua bolsa e bateu com ela no braço do moreno. – Tudo bem, nós vamos ao parque, mas eu quero estar em casa cedo, antes das sete. – bufou. Ele odiava engolir orgulho ou voltar atrás da própria palavra, e Jongin fazia-o engolir o voltar atrás da própria palavra com freqüência. 

— É sério, Soo? – os olhos do moreno brilharam.

— Quer que eu desista?

— É claro que não Hyung! Vamos logo!

O sorriso de Jongin não poderia ser mais largo. E ele tem um sorriso lindo, o Do assumiu.

 

•°•°•

 

 

Jongin parecia uma criança no parquinho. Desde que compraram as entradas, o moreno maior não parava de falar em quais brinquedos queria ir, mas não sabia qual visitar primeiro. Kyungsoo só o encarava, dando de ombros. Mão estava nem aí para qual brinquedo iria primeiro. Gostava de todos, exceto um, tanto que impôs uma condição: aceitaria ir em qualquer brinquedo, com excessão a roda gigante. Queria sumir com qualquer possibilidade clichê de romances, onde o brinquedo para no alto e de repente surge um clima.

Odeia esse tipo de clichê.

Ignorando este fato, Kyungsoo passou a prestar atenção em um Jongin indeciso entre carrinhos bate-bate e xícaras giratórias.  Kyungsoo optpu pelas xícaras, porque se recusava terminantemente a entrar em um brinquedo apertado e infantil como carrinho bate-bate.

Sempre considerou esses brinquedos infantis demais, mesmo quando era criança, ele não entrava em um brinquedo daquele tipo. Já Jongin era praticamente uma criança, que não hesitou em ir na primeira oportunidade.

— Soo, você quer ir em qual brinquedo agora? – Jongin perguntou assim que saiu dos carrinhos bate-bate, tirando Kyungsoo de seus devaneios.

— Ah, pra mim tanto faz.

— Nossa, até parece que você queria ter vindo Soo! – Jongin fez bico.

— E eu realmente não queria ter vindo. – rolou os olhos. – Vamos logo em alguma coisa, depois vamos comer. 

— Vamos naquele ali! – Jongin apontou para um brinquedo alto. Kyungsoo olhou na direção do brinquedo e vislumbrou uma torre muito alta com quatro pessoas em volta, elas subiam, desciam e giravam muito rápido. O estômago de Kyungsoo embrulhou só com a cena.

— N-nesse logo no início? – engoliu seco. Ele não tinha medo, adorava adrenalina, mas o brinquedo parecia mais alto do que da última vez que havia ido. – Não prefere as xícaras?

— Calma, Soo, depois do primeiro brinquedo você estará com mais adrenalina no sangue e será muito mais divertido! – sorriu. – vamos? 

Tinha opção?

— Vamos... – forçou um sorriso, mas sem mostrar os dentes. Jongin segurou a mão de Kyungsoo e o puxou para a fila do brinquedo. A fila estava grande. – Puxa, a fila está muito grande, que tal irmos em outro e depois voltamos aqui? – Kyungsoo tentou e Jongin riu. 

— Nada disso, iremos nesse primeiro!

Kyungsoo bufou, mas não contrariou mais Jongin.

 

 

•°•°•

 

Já passava das sete horas, eram quase oito e meia e o parque logo fecharia, mas Kyungsoo mal ligou para o horário porque estava muito animado. Ele e Jongin andavam pelo parque animadamente após terem descido da montanha russa. Kyungsoo havia adorado toda a adrenalina e estava muito mais solto e animado. Eles haviam ido em vários brinquedos, e isso aumentou a adrenalina de Kyungsoo aos ares.

Ele e Jongin riam de tudo e de qualquer coisa. Eles já haviam lanchado umas duas vezes e compraram até doces. Kyungsoo achou idiota quando Jongin lhe comprou algodão doce, mas ao mesmo tempo foi adorável.

Eles já haviam ido em vários brinquedos, alguns eles iam umas três vezes de tão legais, A aquela altura eles já deviam ter ido em todos os brinquedos, 

Ou melhor, quase todos.

— Qual brinquedo vamos agora? – Kyungsoo perguntou sorridente.

— Roda gigante!

O sorriso de Kyungsoo se desmanchou na mesma hora.

— Ah, mas eu não nesse brinquedo nem se satanás vir do inferno com a mão na cintura e dizer para mim entrar ali! – Kyuntgsoo falou apavorado. 

— Vamos, Soo! Esse é o último brinquedo, já fomos em todos os outros! – Jongin sorriu. – Depois desse brinquedo vamos para casa, tudo bem?  

Ah, Jongin só podia estar louco!

— Eu não entro nesse brinquedo nem a pau! – Kyungsoo tentava ser firme.

— Vamos Soo, sem ir na roda gigante não vai ter graça! É o principal motivo da gente ter vindo aqui! – falou animado.

— Como assim?

— Vamos ficar sozinhos na mesma cabine! – sorriu.

— É claro que não! – Kyungso cruzou os braços e bateu com o pé no chão, mas um Jongin impaciente o agarrou pelo braço e foi puxando-o até o brinquedo que, por mais incrível que pareça, estava com uma fila curta. Kyungsoo resmungou muito e tentou morder a mão de Jongin para este soltá-lo, mas Jongin foi mais rápido e desviou a mão da boca de Kyungsoo e o puxou para um abraço.

— Calma Soo... – apertou bem para que o menor não tivesse muitas oportunidades para se afastar.

— Me acalmar como? – sua voz saiu um pouco abafado por estar muito próximo do corpo de Jongin. 

— Você tem medo? – Jongin perguntou, e não resistiu acariciar os fios do baixinho,

— É c-claro que não! – mentiu. Ele morria de medo e sempre cagou para lugares muito altos, mas o pior era saber que ele ficaria sozinho com Jongin em uma cabine. Não que ele não quisesse, mas ele temia um clima tenso e estranho.

— Esse brinquedo é o último. Falta apenas ele, já passamos pela trilha do medo, montanha russa e etc. Fomos em todos os outros. Tem outros brinquedos mais radicais, só que eles estão em manutenção. Por favor, Soo... estamos aqui para nos divertir! 

— Por que você precisa de mim pra ir com você? – choramingou.

— Porque não tem graça sem você, Kyung! – Jongin se separou um pouco de Kyungsoo e segurou o rosto do menor com as duas mãos o forçando a encará-lo fixamente. – confia em mim?

Kyungsoo mordeu os lábios. Ele já estava arrependido de ter ido até o parque com Jongin.

— Ahn... acho que sim. – suspirou.

Quando ele e Jongin se deram conta já era a vez deles de entrarem em alguma cabine. Kyungsoo já entrou na cabine com um certo rubor nas bochechas, que só piorou quando Jongin sentou-se ao seu lado e passou o braço por seus ombros. E assim, o brinquedo começou a se mover.

Kyungsoo não sabia o que fazer, então optou por fazer o que julgava que qualquer um faria na sua situação: ficou brincando com os próprios dedos. Era visível o desconforto dos dois, e era o que Kyungsoo temia. Aquele clima tenso. Jongin queria puxar assunto, só não sabia como.

— E então... – começou. – gostou de hoje? – encarou o baixinho pela luz de fora que refletia dentro da cabine. Não era possível perceber o rubor de Kyungsoo, mas Jongin sabia que ele se fazia presente nas bochechas cheinhas de Kyungsoo naquele momento.

— Uhum... – foi baixo, mas devido à proximidade Jongin ouviu a confirmação. – e você?

— Hm... – fingiu pensar, e em seguida ri. – É claro que sim... – beijou o topo da cabeça do baixinho. – sabe Soo, essa semana com você está sendo divertida... – sorriu.

— Tirando o fato de que você quebrou todos os meus pratos. – Kyungsoo falou em um tom divertido, mas era verdade.

— Kyung...

— Huh? – gemeu baixo, incentivando o outro a continuar a falar.

Jongin usou sua mão livre para puxar o rosto de Kyungsoo e virá-lo em sua direção e ambos ficaram se encarando por alguns segundos antes de Jongin voltar a falar.

— Tem um pedacinho de algodão doce preso na​ sua bochecha. – o moreno disse, tirando o tal algodão doce e afastando-se em seguida. Kyungsoo corou dos pés aà cabeça, pois havia imaginado outra cena. Jongin estava fazendo um jogo consigo, é isto?

 Aish, por que seu coração está batendo tão rápido?

 

 

 


Notas Finais


E aí? Gostaram? Kkkk espero que sim, novamente muito obrigado a todos que favoritam e comentam!
Comentem e até a próxima!


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