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História Blue Flames - Sobre fraquezas


Escrita por: KwonGee

Capítulo 4 - Sobre fraquezas


- Eu nunca estive nesse lugar meus pais vão me matar – choramingou roendo as unhas – Sempre fui um ótimo aluno – continuou a fazer a cena que eu considerava deveras humilhante.

Yoongi realmente não tinha cara de quem se metia em encrencas, bem contrário a mim. Ele parecia estar prestes a ir para a forca e não apenas ter uma conversa com o diretor.

- Meu Deus! – exclamou desesperado – Vou ficar de castigo para o resto da minha vida miserável.

- Cala a boca – com o olhar um tanto neurótico ordenei que o mais velho parasse de ser um maricas. Céus, odiava gente que tinha medo de tudo.

E a verdade era que eu não descontei nem um por cento da minha raiva com aquele mísero tapa em Jimin, era preciso bem mais. Ações um pouco mais radicais como arrancar a pele leitosa e usar de tapete para lembrar para sempre a minha vitória. Também podia o congelar e olhar seus olhos sem vida para o resto de minha existência... Enfim, todas eram ideias muito boas.

O diretor girou a maçaneta de sua porta e Yoongi se remexeu inquieto na cadeira, cruzei os braços continuando com minha postura desajeitada.

- Vocês... – começou com a voz calma. Já esperava a suspensão de alguns dias, ou se eles forem radicais, expulsão – Podem ir.

Minha boca deve ter ficado aberta por bons segundos assim como a de Yoongi. Como assim poderíamos ir embora? Sem sermos punidos por causar um fuzuê danado no refeitório?

Arqueei a sobrancelha desacreditado da escolha do homem. Eu já tinha sido transferido por coisas menores...

- Obrigado senhor Byun – Taehyung surgiu ao seu lado com um sorriso simpático – Farei de tudo para que a cena não se repita.

- Eu sei, é um aluno ótimo Kim. Cuidado com quem se relaciona – olhou em minha direção rapidamente.

Jimin, que havia entrado na diretoria junto ao de cabelos vermelhos, saiu da sala e passou por nós que nem um furacão. Era bem provável que ele estivesse com medo de levar uma surra, foi o que pensei.

- Vou ter, até mais – acenou dando as costas para o diretor.

- E vocês – apontou em nossa direção com os dentes trincados – É bom que não arranjem mais problemas, não serei piedoso. Principalmente com você, Jeon Jungkook. Saiba que tenho conhecimento do que fez com a inspetora hoje e adicionei uma ocorrência a sua ficha – declarou.

- É mesmo? Estou pouco me fodendo para a minha ficha. Se eu for expulso pelo menos não terei que olhar para essa sua cara corrupta e... – fui puxado bruscamente para o lado. Yoongi me fitava desesperado.

- Vamos Kook, tudo está resolvido – continuou a me arrastar pelo corredor até que não pudéssemos mais ver a face estática do diretor.

Parou quando chegamos perto o bastante do corredor do terceiro ano, provavelmente porque pretendia assistir a quarta aula.

- Você é doido. Kim Taehyung não estava mais lá para livrar nossa pele – foi só ele dizer isso que algo se acendeu dentro de mim. Sentia o meu orgulho ser levemente amassado e poderia salivar ao misturar toda a raiva que já tinha sentindo hoje.

- Qual é a sua sala? – questionei ao Min.

- Aquela ali – apontou para a segunda porta do corredor. Mas por que.... Jungkook não! – tentou segurar meu braço em vão.

Sem me preocupar em bater, escancarei a porta do terceiro ano A vislumbrando diversos olhares surpresos. Até mesmo o professor ficou sem reação, era bem provável que em todos os anos de sua carreira nunca tivesse presenciado uma invasão daquelas. Era fácil visualizar meu alvo, um pontinho extremamente quente em meio a todos os amenos.

Marchei até sua cadeira em passos pesados e decididos comtemplando seu rosto adotar aos poucos um sorriso cretino. Quem ele pensa que é?

- Escuta aqui – apontei o dedo bem no meio da sua cara – Não preciso que me envolva em nenhuma das suas falcatruas. Não preciso de você nem da proteção da sua influência. Só vou agradecer se controlar o seu namoradinho abusado ou eu vou passar por cima dele que nem um trator – voltei a respirar e tentei controlar todas as marcas de expressão que eram evidenciadas em minha testa.

E ao final de tudo Taehyung riu. Mostrou o formato bonito que seus lábios fazem quando seus dentes estão à mostra. Tranquilamente ele apoiou o cotovelo na mesa e descansou sua cabeça ali e ficou me encarando.

- Você é adorável sabia? – balancei a cabeça negativamente fazendo uma mesura – Essa ruguinha aqui no meio da sua testa – colocou o dedo em cima do local a qual se referia – Ela sempre está aqui – desceu o digito o arrastando até minha bochecha. Meu estômago se revirava e eu sentia que minha ressaca matinal havia voltado.

Por isso, antes que eu colocasse tudo para fora em meio aos alunos do terceiro ano, sai correndo da sala me sentindo momentaneamente perdido. Entrei no primeiro banheiro que vi e encarei minha face suada no espelho. Acontece que era a primeira vez que eu ficava sem palavras e ações em meio a uma situação que não me agrada. Estava acostumado com reações assustadas e tão raivosas quanto as minhas mas nunca com sorrisos e um olhar pacífico. Nunca com dedos eletrizantes passeando por minha pele. Kim Taehyung nunca ficava nervoso? Porra eu bati no namorado dele e denunciei seus atos promíscuos, será que não era o bastante?

Parecia que meu coração batia em minha garganta. Pode a beleza ser a causadora de reações tão intensas? Porque isso o Kim tinha para dar e vender e ainda sobrava.

Era estranho. Aquela agonia voltava e eu queria expulsá-la arrancando todos os fios do couro cabeludo. Sentia que poderia cair me contorcendo no chão a qualquer momento, porque as informações enviadas ao meu cérebro não podiam ser reais, elas eram absurdas ao mesmo tempo que incompreensíveis. Chicoteavam meu corpo sem parar me fazendo gostar da ardência que se espalhava. Acho que eu precisava voltar a ter consultas com um psicólogo.


[...]


Não teria nenhuma aula extra hoje, por isso agradeci quando o sinal que indicava a última aula soou. Esbarrei em diversos corpos até chegar na saída, suspirando em alívio ao visualizar o automóvel do meu padrasto. Pensei que ele não poderia vir me buscar por causa de seus plantões corridos. Caminhei mais devagar por estar prestes a chegar ao destino que ansiava e tive a passagem bloqueada.

Uma jovem de cabelos coloridos vestida em um uniforme bem mais curto que o usual. Ela era bem bonita mas parecia um tanto acabada, talvez devido ao cigarro que descansava no meio de seus dedos, liberando aquela fumaça fedida que eu abomino. Odeio fumantes.

- Cara você é foda – espalmou as mãos no meu peito rindo – Nunca vou esquecer o som da sua mão se chocando contra a bochecha de Jimin. Merece todo o meu respeito – sortiu divertida.

Seu sorriso era completamente diferente de tudo que a compunha. Um adverso gritante em meio a uma confusão externa que gritava promiscuidade e tristeza, os dentes à mostra eram puros e brilhavam no vazio. Não pude deixar de me identificar, acho que era exatamente assim que as pessoas me viam.

- Se não gosta de Park Jimin também tem o meu respeito – ela finalmente se livrou da nojeira em suas mãos não se importando em tacar no chão enquanto ria cúmplice para mim.

- Já podemos montar a nossa irmandade – sugeriu como se fosse algo super sério – Hyuna – estendeu a mão direita.

- Jungkook.

- Eu sei.

Depois de ser abordado de uma maneira espontânea e um tanto estranha, finalmente entrei no carro sem me importar com o tempo que fiz Derek esperar.

- Quem é aquela? É bem bonita – não esperou que eu respondesse para adicionar sua conclusão feita à partir de uma mera análise a distância. O sorriso malicioso de Derek me assustava um pouco mas fiz de tudo para contribuir.

- Acho que ela gosta de mim. Gostosa né!? – torci para que meu nível de falsidade estivesse bem alto hoje.

Por que eu estava fazendo aquilo? Simples, acho que Derek desconfia da minha sexualidade. Na Califórnia ele sempre enfatizava o quanto era desnecessário que eu passasse tanto tempo com Ryan. E uma vez eu e o de olhos verdes estávamos em um amasso quente na cozinha que terminou comigo ajoelhado para o aliviar com minha boca, Derek chegou no meio do boquete e não sei se conseguimos disfarçar muito bem pois o mais velho ficou um bom tempo me encarando de rabo de olho.

- Se eu concordar vai contar para sua mãe?

- Vai ter que confiar em mim.

- Dispenso, pactos com satanás sempre saem caros.

Eu ri porque era verdade. Já tinha vivenciado alguns casos com pessoas que poderiam ser comparadas ao rei do inferno. Sentia que estava prestes a viver mais um...


[...]


- Mãe! – abri a porta gritando – Derek me chamou de satanás .

As oportunidades da vida vem e vão, estar preparado para agarrá-las é essencial. Claro que eu não perderia a chance de deletar meu padrasto, esperava ansiosamente pelo dia em que seus deslizes virassem escorregões.

- Não faça isso, Derek! Você tem que dar exemplo. Peça desculpas ao Kook pela ofensa – sua voz abafada vinha da cozinha.

Cruzei os braços e aguardei que o outro começasse a cumprir a ordem. No começo da relação da minha genitora e de Derek eu inventava diversas mentiras para compromete-lo, no fim não deu muito certo mas pelo menos consegui causar vários conflitos e fiz a senhora Jeon perceber que ele não era o homem dos sonhos. Apesar de que eu sempre faltava com respeito com o mais velho, minha mãe nunca deixava que ele fizesse o mesmo, por isso, ele sempre se rendia e levava a culpa até quando não tinha feito nada demais. Era uma boa tática para agradar Junly.

- Desculpa Jungkook – falou alto revirando os olhos – Prometo que não direi mais o que você é – essa parte foi sussurrada.

- Estou ouvindo isso – Jeon Junly surgiu arrumada para o trabalho – Vocês me dão muito trabalho, é exaustivo lidar com dois homens – chegou até mim e selou minha testa carinhosamente – Tem almoço pronto filho, vamos Derek – o chamou para ir para o trabalho.

- Mãee... – prolonguei a sílaba e suavizei a voz.

Existe um Jeon Jungkook para cada circunstância. No jogo da manipulação vence quem consegue moldar melhor a situação a seu favor, digamos que eu tenho certa habilidade nisso.

- Eu quero reformar aquele quarto e preciso de dinheiro.

“Aquele quarto” era um cômodo pequeno com um banheiro acoplado que tinha no quintal. Eu costumava brincar muito lá quando criança, as paredes ainda eram riscadas e o velho colchão ainda descansava sob o piso branco que ficou bem amarelado. Lembro de como era gostoso estar lá em tardes preguiçosas, eu corria ansioso para a pequena estrutura sempre que tinha uma chuva de verão. Deitava no colchão e fechava os olhos enquanto escutava os pingos grossos provocarem sons de pedras se chocando contra as finas telhas que compunham o teto. Ás vezes até meu pai aparecia lá, logo depois mamãe trazendo pães assados. Era a época em que eu era feliz. Ela nunca mais voltaria. Enfim, eu tinha ótimas ideias para o quarto...

- Filho, ainda estamos nos estabilizando aqui. E sua escola é muito cara não sei se é uma boa ideia estourar o limite do cartão – crispou os lábios pensativa.

Se ela estava refletindo eu ainda tinha chance, por isso continuei.

- Por favor. Não vai ficar assim tão caro. Vão ser só algumas telhas, uma porta nova, tinta e uns móveis simples – enumerei ocultando a reforma que queria fazer no banheiro e as janelas novas que também queria comprar.

- Acha que é pouca coisa? – riu balançando a cabeça negativamente.

- Você me arrastou para esse lugar de merda... – comecei ficando realmente irritado de ter o meu desejo negado. Já tinha cedido aos caprichos de minha mãe quando ela quis mudar de país e seria apenas isso, não abro mão do que quero e luto até o fim para ter. Se eu desejo eu tenho e fim de história.

- Eu te dou – Derek interrompeu evitando uma nova discussão – Pode usar meu cartão para comprar o que precisar para a reforma – abriu a carteira tirando o objeto de lá e o estendendo para mim.

- Derek... – Junly o repreendeu.

- Vamos fazer isso por ele querida. Além do mais, já fui jovem e acho que sei porque quer reformar o quarto. Deve ter haver com aquela jovem de hoje – insinuou quase acertando em cheio nas minhas pretensões. Será que Derek lia pensamentos? Espero que não, afinal eu estaria fodido pois o mesmo saberia que eu pretendia levar uma pessoa para lá, e obviamente não era uma garota.

Minha mãe ficou indignada com o que ouviu. Olhou para nós dois com a boca entreaberta e um olhar assassino.

- Você não vai transformar o quartinho dos sonhos em um abatedouro – sua voz saiu esganiçada e irritadiça.

- Mãe, não pretendo abater ninguém – desconversei puxando o cartão antes que meu padrasto mudasse de ideia. Me adiantei para subir logo as escadas e não participar da conversa séria que se iniciava na sala com o tema “Derek alimentando os desejos errados de Jungkook”

Tirei o blazer da escola e o dobrei colocando sob a cadeira giratória. Meu celular vibrou três vezes dentro da mochila e eu o peguei imediatamente. Quase não acreditei no que vi.


Ryan:

Eu te odeio.

Você acabou com a minha vida.

Não quero falar com você.


Ri sem humor enquanto me jogava na cama fazendo meu corpo quicar várias vezes no colchão. Fechei os olhos e tentei lembrar dos exercícios que a doutora Amber passava para mim. Usei um deles começando a contar até dez. O problema é que essa porra não funciona comigo.


Jungkook:

Então vai tomar no centro do seu cu.


Mandei e bloqueei o contato em seguida. Nem acredito que já cheguei a esperar algo desse idiota.

Só percebi que tinha cerrado os punhos quando minhas unhas ameaçaram adentrar minha carne, a contorção dos dedos eram fortes o bastante para isso. Tudo ao meu redor parecia tremer e eu sentia que podia estrangular a primeira pessoa que aparecesse na minha frente.

“Você não sabe lidar com a rejeição”

Foi o que Amber me disse em uma das consultas. Lembro de rir da cara dela achando as palavras absurdas, afinal eu não ligava para ninguém e foi isso que eu disse a ruiva.

“Você liga a rejeição com o seu pai porque acha que foi o que ele fez com você. É dai que vem raiva”

A frase voltou assombrando meus pensamentos. A garganta cada vez mais seca parecia prestes a fechar a qualquer momento, sufocava. Com dificuldades fui aos tropeços até o guarda roupas e busquei no fundo da gaveta de cuecas um caderninho. Não pensei muito ao abri-lo, estava desesperado. Apenas encarei a primeira folha tendo as malditas lembranças ruins. O caderno era mais um dos exercícios de merda passados pela psicóloga que consistia em admitir fraquezas. Na primeira folha tinha um título destacado escrito pela própria Amber “Meus maiores medos”. Logo abaixo, escritos por mim, se encontravam algumas palavras, curtas e amargas. Na primeira linha tinha uma frase: gostar de homens, na segunda: que minha mãe descubra.

Adicionei uma palavra as frases, na terceira linha com letra de forma: rejeição.


[...]


Os dias pareciam cada vez mais quentes. O suor escorria a cada passo dado debaixo daquele sol infernal, era agonizante sentir minhas cochas roçando uma na outra mesmo que eu usasse um calção, quase estava arrependido de ter aceitado a sugestão da minha mãe de ir comprar os móveis na loja do amigo dela, só aceitei por causa do desconto.

Da calçada observei a estrutura da loja. A impressão que eu tinha era a de que se respirasse lá dentro já teria que pagar. Dei de ombros e subi os degraus que levavam para a entrada composta por uma porta de vidro. Foi revigorante quando o ar frio entrou em contato com a minha pele.

- Posso ajudar? – a atendente me olhou da cabeça ao pés lançando uma pergunta duvidosa.

- Não, gosto de olhar as coisas tranquilamente e sozinho – rejeitei seu auxilio indo na direção dos móveis rústicos dispostos em uma seção. A mulher loira acompanhava meus movimentos de longe, parecia até que estava com medo que eu roubasse alguma coisa. Rondei por um bom tempo na loja luxuosa e já havia decidido tudo que compraria, foi indo para o caixa que por infelicidade fui descuidado esbarrando em um abajur enorme que estava em cima de uma mesa, o objeto caiu causando um barulho alto no ambiente silencioso e se espatifando no chão.

Nem tive tempo de soltar um palavrão, a atendente se encontrava na minha frente.

- Você vai pagar por isso – recolhia os destroços com pesar.

- Não vou pagar porra nenhuma, esse negócio tava ai no meio do caminho a culpa não foi minha – cruzei os braços decidido.

- Vai pagar sim, você quebrou! – apontou o dedo na minha cara.

Empurrei a mão dela impetuosamente.

- Já disse que não vou!

- Vai sim! Ou eu chamarei a policia.

Nossos olhares declaravam guerra.

- O que está acontecendo aqui? – um homem alto vestido em um terno escuro apareceu me surpreendendo com sua voz grave. Fiquei momentaneamente viajante por causa da sua presença

- Senhor Kim, esse jovem quebrou um de nossos produtos e não quer arcar com o prejuízo – sem delongas a loira me acusou.

Senhor Kim?

Bem que aquele rosto me pareceu familiar...

- Eu não vi esse objeto pois ele estava no meio do caminho. Não foi culpa minha! Acredito que o descuido veio de quem arrumou – suavizei a voz, anteriormente estava prestes a gritar, e fiz minha melhor cara de inocente.

- Pode se retirar – falou sério olhando para a funcionária que obedeceu imediatamente.

Agora olhando de perto podia ter a total certeza de que ele era o senhor Kim pai do Taehyung. E essa loja devia ser apenas uma pilastra de seu vasto império.

- Peço desculpas pelo inconveniente causado por minha funcionária, não precisa pagar por nada o erro realmente partiu de quem colocou aquela mesa e abajur no caminho. Meu nome é Kim Taehee, sou o dono da loja e irei te atende-lo – estendeu a mão educado e eu a peguei imediatamente.

Olhando para o homem alto de cabelos castanhos nunca seria possível identificar que o mesmo perdera o filho recentemente. Nunca sofri pela morte de alguém e realmente não sei qual é o sentimento, me baseio somente em outras pessoas que vi passarem pelo mesmo, só que ele estava impecável. Aquele pingo de sofrimento no fundo dos olhos de Taehyung não era encontrado nos de Taehee. Agora eu entendia como ele tinha construído um império, com toda a sua postura e aparência perfeitas e sua face de gelo. Aos poucos, ao que ele me mostrava os móveis, pude identificar uma ótima lábia.

- Então é o filho de Jeon Junly, que surpresa – descansou a palma em meus ombros – Lembro de quando era criança, corria para lá e para cá junto de Jongin – sorriu olhando para o nada.

Se eu conheci Jongin será que também tive contato com Taehyung na infância?

- Sua mãe é espetacular salvou a vida de um dos meus filhos quando era pequeno – relembrou o passado enquanto um homem atrás do balcão passava o cartão efetuando a compra de tudo que escolhi. Digitei a senha rapidamente.

- Qual deles? – a pergunta saiu automática.

- O mais importante, meu herdeiro... – começou entusiasmado.

- Senhor Kim, preciso da sua atenção – um engravatado apareceu o requisitando. Taehee acenou positivamente.

- Preciso ir. Gostei de você Jungkook, chamarei sua mãe para nos visitar lá em casa vá junto com ela, ai eu te apresento o meu filho.

Nos despedimos e o poderoso Kim sumiu no meio dos diversos móveis.

Sorri ladino processando suas palavras, parece que Taehee tem um filho preferido. Interessante.


[...]


Imprensava o corpo alheio na parede o atacando como um animal faminto. Nossas línguas se encontravam em um deslize molhado e estalado. Levei as mãos para o local que me interessava e tive os dígitos segurados.

- Calma, Kook – Hoseok riu separando nosso ósculo – Você é muito safado!

- E você ainda não viu nada – tentei voltar a o beijar e novamente fui impedido.

- Vamos terminar de consertar as coisas logo – falou sério.

Eu tinha chamado Hoseok para me ajudar na reforma e limpeza do cômodo para que tudo estivesse pronto quando os móveis chegassem. Eu realmente gostava do Jung ele era uma ótima companhia e eu sentia que o quartinho seria muito bem aproveitado por nós.

- Ok, vamos terminar logo com a pequena reforma do cantinho da foda. Olha até rimou – me afastei rindo.

- Você não tem jeito mesmo – estreitou os olhos e voltou a me agarrar.

E foi ali no meio da tinta e de diversas coisas quebradas que decidi que não precisava mais voltar para Califórnia. Eu tinha muito mais aqui.

Naquela noite eu peguei o meu caderninho e adicionei mais uma palavra, na quarta linha:

Kim Taehyung.



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