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História Blue Magic - Quem é ela


Escrita por: S2LunaS2 e morgabao

Notas do Autor


Bem gente, não sei o que falar, depois dessa demora toda
u/////u
eu sei sou uma mega de uma irresponsável >.<
mas não me odeiem, trouxe um cap novinho para vocês

Capítulo 3 - Quem é ela


Com os pequenos grãos de areia percorrendo seus cabelos, Max se via deitada em meio às areias da praia. O Entardecer a muito se prosseguia, e agora apenas restavam alguns minutos da fraca luz sola de que punha em direção ao oriente.

Se levantando enquanto estalos percorriam todo o seu corpo, Max tentava se lembrar de quanto havia voltado a praia.

Sua cabeça pesada e latejava conforme as memórias começavam a inundar sua mente, uma tempestade havia surgido, ondas gigantescas misturadas a ventos furiosos a faziam ser atirada de um lado para o outro a levando cada vez mais para longe da costa e mais afundo no mar aberto.

Seus músculos doíam, e sua cabeça já latejava, Max não sabia quanto tempo estava em meio aquela tempestade, mas não conseguia mais ver a costa e muito menos a praia. Sua visão começava a escurecer, com uma ultima onda a arremessando no ar, seus dedos se escorregavam de sua prancha, enquanto a água inundava seus pulmões.

A dor percorria o seu corpo, enquanto seus pulmões latejavam e sua visão começava a escurecer, se corpo pesava enquanto lentamente as aguas do oceano engoliam seu corpo a tragando cada vez mais para o fundo.

Dessa vez a verdade era certa, ela iria se encontrar com Chloe. Perguntas inundavam a mente de Max imaginando o que aconteceria quando morresse se perguntava se acabaria se tornando uma protetora do oceano coo Chloe, se ela ainda manteria a mesma idade de quando ela se foi, se veria a mesma garota de cabelos loiros e olhos azuis que tanto se divertia com ela quando eram crianças.

Quando já havia aceitado seu destino, um par te braços a erguia para fora da água, o ar passava por sua boca e inundavam seus pulmões, enquanto as tosses não paravam de sair Max teve uma leve visão de sua salvadora.

Ela não podia acreditar, não tinha como ser verdade, foi apenas um relance, mas assim que olhou para aqueles olhos, ela sabia quem a havia salvado, seus cabelos antes tão compridos e loiros agora permaneciam curtos com um tom de azul marinho, e uma causa azul agora tomava o lugar de onde um dia suas pernas havia estado.

--Chloe...—

Foi tudo o que pode dizer antes  que sua mente sucumbisse ao cansaço e a falta de ar, sua visão começava a escurecer e o desespero tomava conta, ela não podia perde-la, não de novo, não assim, precisava ter certeza de que era ela.

Levando sua, mão até o colar, Max tentava por uma ultima vez falar o nome de sua amiga que até então jurava que se encontrava enterrada em meio às ondas do oceano.

--Chlo...—

Mas já era tarde, sua mente finalmente sucumbia à exaustão, enquanto sua visão escurecia Max apenas pode dar uma ultima olhada no que até então tinha certeza, era sua antiga amiga que voltara dos mortos para lhe salvar.

 Enquanto o que restava das areias da praia deixava seus cabelos ao se levantar. Max nem ao menos pode acreditar no que havia se lembrando, o fantasma de sua amiga havia ressurgido vindo do reino dos mortos para salva-la de se afogar. Como isso era possível? Chloe havia morrido quando ainda era uma criança, aquela Chloe de cabelos azuis parecida ter quase a mesma idade que ela.

Mas aqueles olhos, aquele rosto. Enquanto caminhava para sua camisa, memórias e mais memórias sobre o rosto de sua amiga inundavam sua mente,  e a cada passo, a cada momento Max se convencia cada vez mais de que sua amiga a havia lhe salvado.

Nomes e mais nomes de séries sobre fantasmas que voltavam do reino dos mortos surgiam em sua mente, mas ainda havia algo que a incomodava.

A cada passo, a cada momento, Max tentava mais e mais se convencer de que não era o fantasma de Chloe que havia voltado para lhe salvar, e a cada momento mais e mais os pensamentos de Max tomavam a forma do rosto de sua melhor amiga.

 Os pensamentos duraram até chegar a sua casa. Antes de tocar a maçaneta de sua porta seus pensamentos cessaram, sabia que havia ficado fora por muito tempo, e que sua mãe provavelmente a estaria esperando com mais um discurso de como estava desperdiçando a sua vida com o surf e que ela já tinha idade para colocar sua vida nos eixos.

Respirando fundo, a mesma juntava cada grama de coragem que ainda lhe restava após o acidente para enfrentar a sua mãe.

 Abrindo a porta a mesma entrava numa sala escura, enquanto os barulhos de panelas batendo de encontro ao fogão ressoavam vindos da cozinha ao lado da sala, seu peito se encheu de esperança enquanto, ela caminhava o mais silenciosamente possível em direção as escadas que levariam ao seu quarto.

-- A onde você pensa que vai mocinha –

Um merda quase lhe escapa dos lábios ao ouvir a voz de sua mãe, á impedindo de subir rumo ao seu quarto.  

-- Só queria tomar um banho antes do jantar. —

Max falava tentando manter a ultima a esperança de que poderia subir para o seu quarto trancar a sua porta, e dormir por longas e longas horas.

-- Onde você esteve? E por que esta cheia de areia?--

-- Estava na praia—Dizia Max descendo as escadas enquanto seus ombros pendiam se dando por vencida.

Max não pode deixar de encarar os olhos azuis cheios de decepção pela resposta de sua filha, já fazia um tempo que a jovem morena de 40 anos havia adquirido desprezo pelo passatempo de sua filha e por aqueles que a praticavam, mas apenas recentemente, começou a demonstra-lo em larga escala.

--Max eu sei que você gosta da praia, mas... —

Antes que Vanessa pudesse terminar suas inúmeras queijas sobre como Max era irresponsável e precisava dedicar todo o seu tempo aos estudos, para entrar em uma boa faculdade, Max corria rumo ao seu quarto no alto da escada fechando a porta.

Ela sabia que sua mãe ficaria brava, mas a única coisa que não precisava nesse momento era uma briga desnecessária onde seu futuro seria o assunto principal.

 Mas o pior acontecia, assim que se deitava na cama Max podia ouvir o barulho dos malditos saltos de sua mãe subindo pelas escadas. Respirando fundo Max aproveitava os últimos 5 segundos de paz, antes que sua mãe entrasse praticamente arrombando a porta de seu quarto.

-- Você sabe como eu fico preocupada? -- e lá vem ela -- é sério Max todas as vezes que você entra naquele oceano não sei quando você irá voltar. –

“O típico discurso e uma mãe preocupada” pensava Max revirando os olhos, talvez em outras épocas essas palavras já houvessem tocado seu coração, mas devido à quantidade de vezes que Vanessa já o havia usado, seu efeito antes atordoante ao qual fazia o coração de Max já não mais funcionava.

-- Você sabe quantas vezes eu tive de ir à terapia, com medo daquele mendigo horroroso que mora na praia te estuprar. – Os olhos de Max se apertavam, enquanto controlava a sua raiva causada pelas pesadas palavras que sua mãe usava para se referir a Samuel. – Você sabe quantas noites eu passei em claro com medo de que você não voltasse de seu acampamento, ou pensando no que aquele louco poderia estar fazendo com você. —

  -- Ele não é um mendigo mãe. – Sussurrava Max enquanto sua mãe não parava de tagarelar mil e um coisas sobre o Samuel e os perigos que havia na praia e no oceano – Pense como eu iria ficar se você fosse levada por uma correnteza e não te encontrássemos, o que as outras famílias iriam falar, o que as pessoas iriam pensar. –

-- Eu não me importo com as pessoas mãe – Dizia Max com falta de ânimo.

-- Mas me importo. Eles vão pensar que sua mãe é uma desleixada, e eu não posso sustentar você para sempre Max, você precisa fazer uma faculdade ou pelo menos arrumar um trabalho. Minha amiga Annie fala que a filha dela sempre da uma parte do salário para ajudar em casa. —

-- A filha da Annie tem 29 anos mãe – Max já sentina a veia em sua testa começar a pulsar devido à raiva que sentia daquela conversa que já havia se repetido mais de 40 vezes.  

--E começou a trabalhar cedo. —

-- E ainda esta no mesmo emprego, e no mesmo cargo que tinha quando começou--  Max não podia deixar de revirar os olhos com tudo aquilo. “quem em sã consciência gostaria de ser caixa pelo resto de sua vida?”

Enquanto sua mãe continuava a jorrar um tsunami de reclamações sobre a praia e a maneira como Max estava conduzindo sua vida. Os pensamentos começavam a se voltar para sua antiga amiga que agora se tornara uma sereia e a havia salvado de cruzar as fronteiras pelo reino dos mortos.

Será que era isso que Samuel queria dizer quando falava em protetores do oceano? Será que Samuel também já havia visto alguma dessas criaturas?

Sua mente se inundava de curiosidade ao mesmo tempo em que temia com a ideia de seu amigo e professor, começasse a acreditar que devido ao ultimo tombo, sua cabeça começava a pender rumo à loucura.

-- Max você esta me ouvindo? –

-- Sim Mãe – Dizia Max nem ao menos se esforçando para esconder o pouco interesse que possuía na conversa.

Após um suspiro escapar dos lábios de Vanessa a mesma se pinha a sentar ao lado da filha.

-- Eu sei que você gosta de surfar Max, mas eu realmente quero que você tenha um futuro. -- Sua voz parecia cansada, como se a mesma já soubesse que não voltaria a alcançar o coração de sua filha apelando para o seu emocional. – Seu pai e eu sempre sonhamos em ter uma médica na família.—

Discretamente Max revirava os olhos enquanto sua mãe falava.

Sua mente era inundada de memórias que onde as imagens de órgãos do corpo humano, a fazia ficar enjoada, fora o fato de que ao se imaginar tendo de cuidar de uma pessoa doente ou fazendo uma cirurgia, já era o suficiente para fazer suas mãos começarem a tremer.

-- O jantar esta quase pronto—Dizia Vanessa ao sair do quarto de sua filha, percebendo que ela já mais conseguiria obter o interesse da filha.

Assim que ouvia a porta bater, a jovem voltava a se deitar na cama, com um único pensamento inundando a sua mente: Será que realmente havia visto uma sereia? E será que realmente aquela sereia era a sua antiga amiga ?

 

Ao longe de  Arcadia Bay no meio do oceano,  um petroleiro navegava sem nem ao menos saber que no fundo das águas obscuras do oceano um plano era traçado e criaturas se moviam com um único objetivo.

Algas se enrolavam nas hélices do navio, enquanto o primeiro esquadrão começava a se mover.

As lanças eram atiradas, as flechas eram atiradas, o barulho do casco se enchendo de buracos como se uma metralhadora atirasse no navio, inundavam a embarcação, em meio ao caos marinheiros começavam a acionar a carga enquanto pequenos fios de petróleo começavam a sangrar as águas do oceano.

 No fundo das águas quatro soldados de Atlantis começavam a entoar os cânticos de batalha, logo as pontas das flechas começavam a brilhar e antes que desse conta as explosões inundavam o petroleiro o carregando rumo as profundezas .

Enquanto vinham a chuva de destroços negros começando a tomar conta de uma parte do oceano,  os sereios se dirigiam ao ponto de encontro.

La encontraram  um vulto usando uma enorme capa os esperava.

-- Senhor terminámos a missão, tudo ocorreu como o planejado.—

-- Os civis foram evacuados antes do ataque? –

-- Assim como ordenou –

-- Muito bem voltem aos seus postos na cidade, e aguardem novas ordens –

Assim que terminava falar a imagem daquele que até então parecia ser o líder daquele pequeno grupo de terroristas marinhos começava a tremeluzir e desaparecer.

Um por um os homens começavam a sumir como se fossem miragens em um deserto, até apenas restar o vazio em meio às areias do oceano.

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No cemitério de navios naufragados, próximo a Arcadia Bay uma jovem sereia de cabelos azuis curtos, se deitava no convés de um navio pesqueiro se perguntando “como aquela humana sabia o meu nome?”.



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