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História Blue Night - Capítulo 7


Escrita por: LuthorMC

Capítulo 7 - Capítulo 7


- Você precisa mesmo ir? _ Kara tinha um bico enorme não querendo que a morena fosse embora.

- Por mim eu ficaria querida, mas tenho muito trabalho para fazer ainda antes que minha noite termine. _ Lena estava triste por ter que se afastar dela, se não fosse aquela maldita apresentação, onde teria que expor seu corpo por dinheiro poderia ficar com ela.

- Deixa ao menos eu te levar então, já esta tarde. _ Kara olhou para o relógio que marcava dez horas da noite.

- Não, você já está de pijama, aproveite para descansar e ter uma boa noite de sono. _ se aproximou dela e beijou seu lábios novamente. – O taxi já está me esperando la embaixo. _mesmo contrariada a médica aceitou, com mais um beijo de despedida, Lena foi embora deixando a loira sentindo falta do seu corpo quente e seus carinhos.

Fechou a porta do apartamento e arrastando seus passos voltou para o seu quarto, sua cama estava bagunçada com lençóis revirados, pelos amassos trocados com a morena, um sorriso surgiu em seus lábios se lembrando da tarde que passou ao lado dela, e o quanto foi maravilhoso terem feito amor pelo resto da noite.

Se deitou na cama, agarrando o travesseiro que a pouco comportava os cabelos negros e sedosos.

- Mãe encontrei a mulher perfeita. _ ela falou para si mesma cumprindo sua promessa.

Apenas o barulho estridente do celular, fez com que a loira voltasse para sua realidade, bufou ao ter que sair da cama quentinha para buscar o aparelho na sala onde tinha deixado. Ao se aproximar verificou no visor quem estava lingando. Fechou sua expressão ao ver que era seu pai.

- Droga, esqueci o jantar. _ somente após a ligação lembrou do compromisso com Zorel e Monel. – Se bem, que era muito mais interessante estar com Lena. _ seu rosto se suavizou, com um sorriso malicioso. – Estou viciada nessa mulher. _ falou em alto e bom som antes de desligar a chamada, voltou para o quarto.

Já deitada com o travesseiro que Lena usava em seu braços, um pensamento se apossou dela.

A imagem de Alex no hospital falando sobre Monel, por mais que não quisesse acreditar não podia negar que tudo fazia sentido. A ruiva não tinha sido a primeira a tentar abrir seu olhos, se lembrou de quando começou a namorar o herdeiro das indústrias Matthws.

- Kara, ele não é quem você pensa. _ o irmão mais novo de Monel a alertou assim que se viram sozinhos após o almoço em família em que Monel apresentou a loira como sua namorada. Kara sempre atribuiu essa acusação, por ciúme, por Monel ser o mais velho e assumiria a direção das empresas.

A forma como ele a tratava também, foi uma das coisas questionadas por ela, ele era sempre possesivo e ciumento e muitas das vezes grosseiro.

Se virou na cama pegando seu celular e enviando uma mensagem para a melhor amiga. Ficar com dúvidas não iria levar a nada, teria que resolver logo. Sabia que a ruiva dormia tarde e pelo horário, poderia jurar que ela ainda estava na delegacia.

- Alex, eu sei quem pode te ajudar sobre seu caso. _ esperou a resposta dela. - Lucas Matthws deve saber muito mais do que pensamos. _ Alex ficou contente pela mensagem, conseguiu plantar a dúvida, e se agora Kara quem queria respostas. Sabia que ela tinha pensado em todas as possibilidades e precisaria de provas para tirar suas conclusões.

- Ótima ideia, marque um encontro com ele. _ Alex entranhou a amiga estar acordada até tão tarde, não estando de plantão. – O que faz acordada até agora?

- Lena estava aqui, foi embora a pouco. _ do outro lado, Alex não escondia a cara maliciosa que estava fazendo.

- Então como foi?

- Acreditaria se te dissesse que foi perfeito? _ ela sorria para o telefone.

- Quando vou conhecer?

- Logo, vamos marcar algo para você conhecer minha Lena.

- Olha ela, é possessiva. _ Kara caiu na risada, com o comentário da amiga, conversaram por mais algum tempo, Kara iria marcar um almoço para os três.

***

Zorel caminhava de um lado ao outro em sua sala, um corpo de whisky girava em suas mãos enquanto ele esbravejava, jogando seu celular longe por não ser atendido. Por sorte o aparelho quicou sobre o sofá antes de cair em cima do tapete felpudo preto que enfeitava o chão da sala.

- Ela deve estar ocupada. _ Monel tentava deixar seu sogro um pouco menos furioso, sabia que quanto mais bravo ele ficava logo sobraria para ele por não saber o que sua noiva estava fazendo, o mais velho odiava mulheres que achavam que tinham controle sobre suas vidas.

Já passava da meia noite e Kara permanecia acordada perdida em pensamentos sobre seu dia, talvez Lena não soubesse, o quanto foi ótimo ter ela ao seu lado em momentos como esse, era sempre difícil essa época do ano quando as lembranças de sua mãe estavam mais vivas, a Luthor tinha o dom de amenizar esses sentimentos. Seu telefone tocou novamente e dessa vez era Monel, sabia que tinha faltado ao compromisso, mas agora não iria atender. No dia seguinte resolveria mais esse problema.

A única coisa que importava agora era dormir e sonhar com a morena de olho verdes.

**

Na manhã seguinte, Kara acordou cedo como de costume, após um banho relaxante, ouviu o interfone tocando, se apressou a atender, se perguntou quem poderia ser, somente Lena e Maria sabiam que ela estava ali.

- Senhorita Zorel uma encomenda para a senhora. _ o porteiro informou.

- Pode assinar e trazer aqui em cima? _ ela perguntou, assim poderia continuar se arrumando para o trabalho. Desligou o interfone quando ouviu ele concordar. – Vou liberar o elevador. _ Manoel era um senhor simpático, o mesmo porteiro desde que Kara tinha comprado o apartamento, ele tinha uma expressão carinhosa lembrava muito um avo. – Será que Maria mandou algo? _ pensavam em voz alta voltando para o quarto.

Alguns minutos depois uma batida de leve foi ouvida na porta, ela sabia quem era e com uma certa curiosidade abriu a porta, encontrando um senhor sorridente, seus óculos de grau deixava ele ainda mais fofo, na verdade o que mais chamou atenção, foi o buque enorme nas mãos da dele, girassóis lindos destacavam-se.

- Chegou para você. _ ele estendeu para ela que aceitou.

- Obrigada, tem cartão? _ ela perguntou analisando as flores e aspirando seu perfume.

- Tem sim. _ ele mostrou a ela onde estava, e se despediu voltando para o elevador tinha deixado a portaria sozinha por alguns minutos. Ela fechou a porta com cuidado já com o cartão em mãos, deixou as flores presas pelo seu antebraço enquanto abria o envelope.

Bilhete

Desejo a você um dia repleto de sorrisos.

Quero que a felicidade faça parte do seu dia.

Com carinho Lena.

Kara sorriu diante o gesto, Lena sabia que aquele dia era um dia difícil e para lhe ajudar, mandou flores com o significado de felicidade. Um sorriso brotou em seus lábios a ponto de deixar uma ruguinha em seu nariz.

Com passos lentos foi até a cozinha a procura de um vaso, o encontrando dentro do armário aéreo, encheu de água e colocou seu buque com os galhos imerso na água apreciou a linda visão. Até sua consciência a chamar de volta.

- Para variar estou atrasada de novo. _ reclamou para si mesma, se apressando para ir ao trabalho. Esperando que o elevador chegasse ao seu destino o estacionamento ela aproveitou para agradecer, Lena pelas flore.

***

- O que você quer? _ ela falou furiosa ao telefone.

- Você se esqueceu do compromisso de ontem? E posso saber onde você estava? _ Monel falava com uma voz firme exigindo explicações.

- Eu dormi na casa da Alex, e me esqueci da reunião. _ mentiu ao mesmo tempo que revirava os olhos, tentando se livrar das perguntas do noivo. Não poderia dizer para ele que não apareceu porque perdeu a hora enquanto estava com Lena.

- Seu pai não gostou nada disso.

- Se me ligou somente para isso, tenho pacientes. _ ela desligou o telefone na cara dele e voltou para emergência onde sabia ter pessoas que precisavam dela.

O dia no hospital foi corrido, emergências chegam a todo momento mantendo a médica extremadamente ocupada.

Já na delegacia não estava muito diferente, Alex continuava com sua busca por respostas sobre os casos do Willian, assim como o envolvimento do Monel.

- Alex, chegou para você. _ o Policial Gomes, se aproximou deixando sobre a mesa da colega uma pasta de papel na cor parda ao lado do computador dela.

Ela pegou a pasta com rapidez, estava esperando aqueles documentos a dias, Kieran não tinha entrado em contato por mais de uma semana. Retirou de dentro alguns relatórios e começou a ler atentamente as impressões.

A única certeza que ela teve foi de que eles estavam armando algo, Kieran não sabia o nome de seus novos cúmplices, e a única coisa que pode relatar foi as características. Relatou tudo o que sabia sobre os novos contratos que eram fechados no estabelecimento.

Como Kieran tinha informado, algumas novas mulheres tinham chegado ao novo estabelecimento que também era dirigido pelo investigado. Algo brilhou na mente genial da agente.

- Guilherme, o que acha de darmos uma volta? _ ele estava ocupado levando um preso algemado para a cela, mas isso não impediu de ele dar um sorriso de satisfação confirmado. – Te espero aqui. _ desde a morte do Willian ela se perguntava o que ele fazia no porto de Santos, um lugar tão longe da sua jurisdição, talvez seria um ótimo lugar para investigar.

Duas horas e meia depois, Alex e Guilherme caminhavam em passos lentos pelo porto mais importante de São Paulo.

- O que estamos procurando? _ ele falou pousando sua mão sobre sua arma na cintura.

- Qualquer coisa suspeita. _ falou olhando ao seu redor.

Os dois se separaram e ela se esgueirou pelos containers de várias cores que formavam corredores a sua volta, com sua arma sempre perto de sua mão direita em sinal de alerta, preparada para qualquer eventualidade. Tudo parecia dentro dos conformes em um porto daquele tamanho, alguns navios estavam ancorados enquanto muitos funcionários descarregavam suas cargas para um outro compartimento de conferência. Aquele porto aceitava vários tipos de mercadorias, de mantimentos a obras primas.

Alex, admirou o trabalho deles por um momento analisando algumas caixas catalogadas e também algumas fisionomias de trabalhadores, sua atenção foi chama ao encontrar uma cabine de controle vazia, o encarregado da cabine se afastava usando seu capacete de proteção branco e em suas mãos um prancheta.

Em um movimento rápido e calculado ela entrou na cabine de cor verde. Para sua sorte o computador estava ligado mostrando um e-mail aberto relatando o nome da empresa e qual mercadoria estava sendo descarregada, ali mostrava o produto, quantidade e destinatário.

Ela minimizou essa aba aberta na tela, e passou seus olhos rapidamente pela área de trabalho do computador, atrás de um programa que lhe desse o registro de todos os navios que atracaram no porto pelos últimos meses. Seus olhos castanhos sempre atentos ao homem que estava distante. Pela janela de vidro da cabine ela conseguia ter um ótimo acesso de onde ele estava.

Sorriu satisfeita quando abas abriram no computador, clicou em imprimir e esperou até ouvir o barulho da impressora trabalhando, após finalizar fechou o programa e abriu o que estava aberto quando entrou na cabine, deixando tudo como estava.

Pegou algumas folhas da impressora e as dobrou colocando dentro do seu casaco de couro, sem ser vista se afastou da cabine verde antes que alguém a pegasse ali. As vozes de dois homens ficavam cada vez mais evidente avisando-a de que alguém se aproximava, foi fácil se esconder entre os corredores de containers.

Guilherme caminhava entre os trabalhadores, ouvia uma conversa aqui outra ali, mas nada que pudesse levantar suspeitas. Quando olhou para o seu relógio notou que já tinha se passado mais de uma hora, teria que procurar pela agente e conferir que estava bem.

A encontrou escorada em seu carro, um óculos escuro escondia seus olhos castanhos e não revelava para onde estava sua atenção.

- Vamos? _ ele perguntou abrindo a porta do carro, após acionar o alarme.

- Sim, já consegui o que queria. _ os dois se acomodaram no carro perdendo o cinto de segurança, enquanto ele colocava seu carro para ganhar velocidade na estrada.

- O que achou? _ ele perguntou se tirar sua atenção da rua.

- Os relatórios de todos os navios que atracaram aqui nos últimos meses. _ ele a olhou por um segundo impressionado.

- Como conseguiu isso sem mandado.

- Tenho meu jeitinho de conseguir as coisas.

- Resumindo você roubou. _ ele deu a seta do pisca, para que o carro atrás deles passassem.

- Digamos que peguei emprestado. _ ela sorriu, ele deixou que ela fizesse seu trabalho, enquanto ele sentia a brisa do túnel verde que passavam agora, ela estava seria quando começou a estudar os papeis em suas mãos. – Tem alguma caneta aqui?

- Dentro do painel. _ ele se esticou tocando no botão para abrir o compartimento e entregando a ela uma canta na cor azul.

Ela aceitou, e começou seu trabalho rabiscando as folhas, analisando os horários de chegadas e saídas com as datas e nomes dos navios e suas cargas. Alguns deles desembarcavam no porto de santos com alguma frequência, em horários aleatórios, com a ajuda do celular dela e do de Guilherme onde ela anotava tudo que achava importante.

- Tem dois navios, que chegaram nos mesmo horários as duas da madrugada do dia vinte e oito de Junho e a duas semanas atrás no dia dezenove de Setembro, de origens internacionais com mais de uma toneladas de vinhos. _ Guilherme aproveitou que parou o carro no sinal vermelho encarou sua amiga.

- Ta certo que recebemos vinhos internacionais, mesmo o nosso país sendo um dos maiores produtores de vinho

- Sim o Rio grande dos sul, consumimos muitos vinhos internacionais, mas não é normal uma carga tão grande em três meses. _ ela circulou na folha o nome dos navios que trouxeram essa carga. – Navio Buarque e Comandante Lira. _ Os dois continuaram com sua conversa e suposições.

**

- Querida estava com saudades. _ Falou depositando seus lábios no pescoço de pele macia da morena, Lena aproveitou que Will deu uma pausa em seus ensaios, e foi visitar a cardiologista.

- Mas, nos vimos ontem. _Lena estava ofegante sentindo os toques mais ousados das mãos fortes em seu corpo.

- Eu sei, mas qualquer minuto longe de você é uma eternidade para mim. _ Kara com beijos direcionava Lena para o seu quarto. Com delicadeza, ela abria os botões da camisa social preta que Lena usava, sem cerimonias mordeu o colo dela exposto sendo coberto apenas pelo sutiã branco, com delicados bordados.

Lena emaranhou seus dedos nos cabelos dourados, guiando a boca faminta que tinha ânsia em devorar o seu corpo.

- Você é linda sabia. _ Um gemido ecoou pelo apartamento, a morena foi pega desprevenida quando Kara puxou uma parte do tecido para baixo deixando o seio esquerdo a mostra para sua boca.

Com carinho Kara deitou o corpo menos sobre seus lençóis macios, sentiu-se afundar com a pressão do corpo maior sobre seu, mãos bailavam entre os corpos que queimavam a cada toque, bocas avidas se provavam.

- Tira. _ Lena puxou a blusa que a médica usava arrebentando alguns botões que rolavam pelo chão, apenas afastando seus rostos para que a o tecido caísse sobre a cama, mais uma peça de roupa ficou jogada pelo quarto, a morena se apoiou em seus cotovelos admirando a visão deliciosa de ver Kara, abrindo o zíper da sua calça jeans e puxando para baixo junto com sua calcinha.

- Deliciosa. _ falou ao depositar um beijo ventre a sua ventre, ouvir os gemidinhos rouco da outra a deixava ainda mais excitada. – Linda. _ subiu o corpo menor depositando um beijo doce em cada pedacinho daquele corpo exposto que tanto desejava. – Perfeita. _ seus lábios se aproximaram da orelha dela em um sussurro. – Eu amo o seu cheiro e como ele fica em meus lençóis. _ Lena sentiu sua orelha ser pega entre os dentes. - Você é a única coisa que eu quero tocar.

Lena estava entregue, seu corpo ansiava por mais, já não conseguia raciocinar, Kara sabia que ela estava precisando de mais, assim como ela.

Com beijos lentos e sedutores, Kara traçava um caminho com sua língua e dentes, outro gemido ecoou pelo quarto quando a médica usou seus lábios para estimulas os seios fartos a sua frente.

Lena deixou seu corpo cair na cama, usando suas mãos para apertas os tecidos brancos que aqueciam suas costas, depositando ali a sua força, não sabia até quando iria aguentar aquela tortura, seu outro seio sentiu o mesmo tratamento daquela língua faminta.

Os gemidos altos da morena se misturavam a voz doce de Elie Goulding que cantava deixando sua música ditar aquele momento entre elas.

- Me ame como só você faz. _ Lena cantou baixinho a tradução da música, e nesse momento sentiu beijos em suas coxas. – Me toque como você faz, como só você faz. _Kara não aguento mais, e saboreou o centro dela que estava extremamente molhada. – Ahhh, isso.... _ suas mãos enroladas nos cabelos loiros mostravam que não queria que ela saísse dali. Na tentativa de conter um gemido quando sentiu ser penetrada mordeu o lábio inferior e arqueou suas costas.

Kara estava concentrada, deixava sua língua acariciar o clitóris inchado de desejo enquanto dois dedos a preenchiam em um ritmo ditado pelo quadril da advogada, não demorou muito para sentir o líquido quente cobrir seus dedos. Lena tinha gozado, e Kara queria mais daquele corpo que amava.

Lena sentia suas pernas bambas após o segundo orgasmo, com o último resquício de forças que lhe restava, puxou a outra para cima.

- Quer.... me... matar? _ perguntou com dificuldade, Kara deitou seu corpo nu a cobrindo, e um sorriso satisfeito no rosto.

- Jamais. _ depositou um beijo caloroso nos lábios vermelho, permitindo que Lena sentisse o próprio gosto. Após os gemidos de minutos atrás agora gargalhadas eram o novo som que ecoava pela casa, Kara fazia cocegas na barriga da morena apenas para apreciar aquele som que agora era o seu preferido.

- Você não existe sabia. _ Lena tentava fugir dos dedos ágeis que atacava sua barriga.

- Lógico....que existo. _ ela tentou puxar o ar enquanto falava, cobriu a boca da loira com beijos, sua estratégia para ela parar com as cocegas. – Quietinha. _ virou as posições na cama, agora ela estava por cima, Kara se viu presa, aquela mãos gentis e olhos marcantes. – Se não se comportar eu paro. Kara obedeceu instantaneamente, sabia que Lena a levaria ao paraíso.

***

As duas ainda estavam deitadas na cama, era cedo para Lena que só deveria estar na boate em três horas, queria aproveitar o momento o quanto pudesse, Kara estava deitada com Lena agarrada ao sua cintura, seu rosto escorado em seu peito, a mão que estava livre brincava com os dedos da médica, sentia os carinhos dela em seus cabelos negros bagunçados. Apenas lençóis brancos cobriam seus corpos perfeitamente encaixados como peças de um quebra cabeça.

Palavras não precisavam serem ditas, o carinho e o cuidado que tinha uma com a outra era o suficiente para saber que sentimento era recíproco.

- Está com fome? _ Kara perguntou depois de se afastar depositando um beijo na testa dela.

- Sim, o que tem na geladeira? _ beijou a bochecha da loira sem deixar de brincar com seus dedos. – Posso prepara algo.

- Hum, eu adoro tudo o que você faz. _ Kara apertou a morena em seus braços aspirando o seu perfume.

- Vamos, quero ver o que tem para fazer. _ Lena se desvencilhou do abraço retirando o lençol de cima e puxando a outra pela mão. Depois de um banho quente e devidamente vestidas as duas rumara para a cozinha.

Lena se parou na frente da geladeira analisando o que teriam, encontrou presunto, queijo, maionese e ovos.

- Tem pão no armário. _ Kara falou ao fechar a porta de onde tinha acabado de pegar o pão.

- O que acha de um sanduiche? _ perguntou pegando tudo que estava la dentro e deixando sobre o balcão de mármore.

- Perfeito, amanhã prometo fazer compras. _ sorriu envergonhada.

- Meu anjo não precisa ficar assim. _ Lena se aproximou depositando um selinho na médica e lhe dando um pedacinho de queijo na boca.

Enquanto Lena prepara os dois lanches, a cafeteira estava ligada passando café, ela arrumou o balcão colocado dois jogos americanos lado a lado, em cima de cada um depositou um prato com sanduiche dentro. A cafeteira anunciou que seu processo tinha acabado, duas xícaras de cafés foram servidos, o açúcar ficaria a gosto de cada uma.

Kara tinha ido até o quarto pegar seu celular que estava tocando, e a voz alterada podia ser ouvia da cozinha, Lena tentou não escutar a conversa queria respeitar a privacidade da loira, mas seu sangue ferveu ao notar que era o noivo dela.

- Não interessa onde eu estou, você não se atreva. _ Kara estava visivelmente irritada, a morena que estava na cozinha sentia seu corpo tremer de ciúme. Ser a outra era algo que não estava lhe agradando mesmo que tivesse sentimentos por ela, sem pensar muito Lena se levantou de onde estava sentada e entrou no quarto para pegar a sua bolsa, Kara desligou o celular na mesma hora que ela entrou pela porta.

Viu nos olhos verdes marejados a tristeza e se sentiu culpada pelo que estava fazendo.

- Não vai. _ Kara segurou o braço da menor que passava por ela, já segurando sua bolsa preta.

- Kara quando você resolver esse problema, me procure. _ O toque em seu braço não era rude, e nele podia sentir as mãos tremulas da médica.

- Tente entender. _ Suplicou.

- Entender que você só me quer como uma segunda opção? _ a voz dela saiu tão baixa que Kara só pode ouvir por que estava concentrada.

- Você nunca foi e sabe disso. _ se defendeu. – Sabe tudo sobre a minha vida e meu noivado sem amor.

- Se é sem amor, o porquê mante esse relacionamento? _ Lena perdeu a paciência.

- Quer falar sobre esconder algo? _ Kara se descontrolou, a Ligação de Monel tinha lhe tirado o resto de sanidade. – O que você esconde? O porquê não posso saber onde você mora? O porquê vive inventando desculpas, para não dormir aqui comigo?

- Você ainda não está preparada para saber tudo da minha vida, mas de uma coisa por ter certeza eu não tenho ninguém e nunca faria alguém que eu amo se prestar a esse papel de amante. _ Lena se desvencilhou do aperto da outra e furiosa saiu pela porta do apartamento. 

 



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