"Dentro do meu sonho azul
Eu quero ter você
Mesmo se você disser não
Dentro dos meus olhos
Dentro do meu sonho azul
Eu quero te abraçar
Mesmo se você disser que não podemos
Dentro do meu abraço"
Nossa relação era vermelha, quente. Não no sentindo sexual, não. Nós eramos quentes como irmãos, quentes de carinho. Era isso que nós dois diziamos, mas no fundo nunca foi verdade.
Eu nunca fui uma pessoa romântica, eu sempre tive medo. Eu não queria chorar, não queria quebrar meu personagem, minhas regras por um amor que eu não tinha certeza se era de verdade. Eu nunca consegui sair da minha zona de conforto por você.
E eu te culpei. Eu vi em seus olhos uma negação, um pedido mudo pra eu me afastar. Eu te via como algo melhor do que eu podia ter, eu fui covarde e te interpretei mal. Eu nunca percebi seus sentimentos.
E voltei para o lado azul, para o lado frio sem você. Eu deixei o vermelho das chamas daquela paixão se apagar, eu as ignorei, sufoquei.
Eu ainda te olho e desejo. Eu ainda quero você e ainda te culpo pela minha falta de coragem. Você é como um sonho. Mas meu sonho não é vermelho, não é quente.
Meu sonho é frio e azul. O sonho que tem você não é como o nosso passado.
Eu só vi negação em seus olhos, mesmo que eles só contessem amor. Eu te afastei. Eu disse que era você quem não queria meu abraço.
"Nós não podemos."
Foram as únicas palavras que eu guardei em meio a tantas doces que se perderam. Eu não te mereci. Eu fugi e voltei para o lado azul. Eu tive medo de ser consumido por aquele vermelho e voltei para o lado sem você. O lado onde você é apenas um sonho.
De volta ao lado azul.
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