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História Blue strings (Larry Stylinson) - Tudo me leva de volta a você


Escrita por: Wulfric

Notas do Autor


Olá, amores! Espero que me perdoem pela maldade que eu fiz, porque eu sou um ser humano totalmente amável u.u
Boa leitura!

Capítulo 8 - Tudo me leva de volta a você


Fanfic / Fanfiction Blue strings (Larry Stylinson) - Tudo me leva de volta a você

Harry havia dormido no sofá, mesmo eu tendo insistido para que ele dormisse na cama comigo. As olheiras embaixo de seus olhos e sua aparência absurdamente cansada, aliada ao fato de que meu notebook estava em seu colo, aberto em uma página de pesquisa, indicavam que ele não havia pregado os olhos à noite.

– Bom dia. – Ele murmurou algo em resposta e se levantou, vindo até a cozinha comigo e se sentando nas cadeiras encostadas à bancada. – Como está? – Eu fiz a pergunta mais idiota possível, já que era óbvio que não estava nada bem, mas eu não tinha nada melhor para falar.

– Eu preciso vê-lo.

– Você acha que é uma boa ideia, Harry? – Eu perguntei enquanto colocava uma xícara de chá a sua frente.

– É claro que é uma boa ideia. – Ele falou como se eu tivesse feito a pior pergunta do mundo, quando, na verdade, eu só estava preocupado com uma possível piora da situação. – Ver Louis é sempre uma boa ideia, principalmente nesse momento. Ele precisa de mim. – Sua voz soou mais baixa e seus ombros baixaram.

– Eu sei, eu só estou preocupad...

Eu não tive tempo de terminar responder, pois a campainha tocou, fazendo o garoto a minha frente dar um pulo no pequeno banco e encarar a porta com os olhos cheios de expectativa. Eu caminhei lentamente e abri a porta, encontrando Louis e Liam ali.

Eu não consegui fazer nada depois disso, nem mesmo formular uma frase em minha mente. Tudo o que eu vi foi um vulto ao meu lado e um Harry chorando, se jogando nos braços de Louis, agarrando-se a ele como se precisasse disso para viver.

– Me desculpe. – Ele dizia abafado pelas lágrimas e pelo corpo do namorado. – Eu te amo. Por favor, eu te amo. – Seu desespero era tanto que meu estômago deu um loop em ansiedade, o que me fez trocar um olhar significativo com Liam.

– Pare de pedir desculpas. – Louis, com o rosto banhado pelas lágrimas, disse enquanto segurava o rosto de Harry com as duas mãos, para que assim ele pudesse olha-lo. – Você não deve pedir desculpas. Po-por nada. – Sua voz falhou por conta dos soluços e meu coração se quebrou. – Eu te amo tanto, Harry! – Pude ver que o cacheado abriu um sorriso mínimo e resolvi intervir.

– Entrem. – Eu dei espaço para que todos passassem. – Se a Sra. Thatcher nos encontra fazendo algazarra no corredor, ela nos mata.  

Eu ri ao citar nossa síndica, uma senhora de idade extremamente rígida, que dava olhares tortos a Harry e Louis quando os encontrava, o que só fazia Harry abraçar e beijar ainda mais Louis, o que me arrancava gargalhadas, principalmente quando ela fazia o sinal da cruz.

– Na verdade. – Louis disse secando as lágrimas com a manga do moletom. – Eu quero levar Harry a um lugar, posso?

– O namorado é seu, Lou. – Eu ri, achando graça de seu pedido, como se precisasse da minha permissão.

– Eu vou a qualquer lugar com você. – Harry disse sorrindo e encarando o namorado. Abraçou sua cintura, como que incentivando-o a andar. – Você não precisa nem pedir. – Percebi que os ombros de Louis pesaram e nem podia imaginar o que se passava em sua mente.

Louis assentiu e os dois se foram. Harry parecia feliz, mas o mesmo não se podia dizer de seu namorado, que parecia ter levado uma surra na noite passada, andando devagar, com os ombros caídos e o semblante destruído.

Enquanto para Harry bastava estar novamente ao lado de quem amava, a mente de Louis parecia continuar a castiga-lo e seu corpo era o reflexo disso.

E então, após os dois entrarem no elevador, eu me vi sozinho, parado à porta, com Liam.

– Você quer entrar? – Eu quebrei o silêncio constrangedor que havia se instalado.

– Na verdade, eu vim até aqui porque pensei que gostaria de me ajudar em algo. – Eu ergui as sobrancelhas em sua direção, inquirindo-o, e ele continuou. – Quando Louis me ligou ontem, eu fui direto para seu apartamento e encontrei um verdadeiro cenário de guerra lá. Achei que seria bom que, quando ele e Harry voltassem, não tivesse mais bagunçado, para que eles não fiquem lembrando o que aconteceu.

– É, seria melhor se as coisas estivessem arrumadas. – Eu concordei com ele, que abriu um de seus sorrisos desconcertantes em minha direção. – Mas será que você pode esperar eu terminar de tomar café? Eu estou realmente com fome... – Abri um sorriso envergonhado e o seu se alargou ainda mais.

– Tudo para o meu loirinho faminto. – Ele segurou meu maxilar e deu um selinho rápido em meus lábios. Tão rápido que eu nem pude sequer retribuir, ou negar, que é o que eu dizia para mim mesmo que faria.

Ele se sentou no sofá e eu continuei a preparar meu café, tentando convencer a mim mesmo que não tinha gostado tanto assim do beijo e dizendo o tempo todo que eu teria negado se tivesse tido tempo de reação.

– Você está escrevendo uma música nova. – Ele quebrou o silêncio, me fazendo engasgar ao ver que ele estava com meu caderno de músicas em mãos.

– Eu ainda não terminei. – Eu falei enquanto caminhava até ele no intuito de tirar meu caderno de suas mãos.

– Me deixa ler o que você escreveu até agora. – Ele insistiu, caminhando para longe de mim. – Parece um pouco triste. É para a peça?

– Liam! Eu estou te pedindo para devolver! – Eu esbravejei.

– “Acordo para te dar um beijo, mas não há ninguém. O cheiro do seu perfume ainda está preso no ar. É difícil.” – Ele começou a recitar e eu senti minha garganta se fechar. – “Ontem, eu achei que tinha visto sua sombra por aí. É engraçado como as coisas nunca mudam nesta velha cidade.”

– Chega! – Eu tirei o caderno de suas mãos de forma rude e uma das páginas se rasgou. – Olha o que você fez, seu imbecil! – Eu disse absurdamente irritado, caminhando até meu quarto para guardar o caderno.

– Me desculpa. – Ele tentou se justificar. – Eu só queria ler, você que tirou o caderno de minhas mãos daquele jeito.

– Claro, agora a culpa é minha. – Eu fui irônico. – Qual é o seu problema com a palavra não? Porque você não sabe ouvi-la, não é mesmo? – Minha voz saiu um tom mais alto e a expressão assustada de Liam demonstrava o quanto isso era incomum.

– Eu sempre li as suas composições, você nunca me disse não.

– Talvez esse seja o problema. Eu preciso aprender a te dizer não! – Eu desabafei.

– Ei, venha aqui. – Ele me puxou pela cintura. – Me desculpe. – Ele acariciou meu rosto e eu senti a pele em que ele tocou queimar. – Eu compro um caderno novo pra você. – Ele tentou me beijar e eu vire o rosto, fazendo com que seus lábios encontrassem apenas meu maxilar.

– Eu não quero um caderno novo. – Eu me afastei dele, comemorando internamente essa vitória.

– Tudo bem. – Ele suspirou. – Nada de caderno novo.

– Vamos logo arrumar aquele apartamento.

Eu não o toquei mais, apenas fui até a porta, indicando que eu gostaria que ele saísse. Fizemos o caminho até o andar debaixo em silêncio, o clima havia pesado e eu estava tentando me decidir se me sentia culpado ou não por minhas atitudes anteriores. Mas qualquer pensamento meu foi totalmente esquecido quando eu entrei no apartamento de Harry e Louis.

Eu fiz um som que denunciava meu espanto e Liam olhou para mim compreensivo, porque provavelmente ele havia tido a mesma reação ao ver o estado em que se encontrava o local.

– Será que ele... – Eu nem tive coragem de continuar a falar, mas Liam pareceu entender o que eu dizia.

– Não, ele não bateu no Harry. – Ele suspirou. – Mas pelo que ele me disse, foi quase. Ele estava totalmente transtornado quando eu cheguei, foi assustador.

Liam começou a contar o que havia encontrado quando chegou aqui, enquanto nós começamos a trabalhar e limpar todo o local. Pelo que ele dizia, Louis se acalmou com o tempo e então passou a chorar como se não houvesse amanhã, dizendo que fazia mal ao Harry e que ele nunca mais poderia chegar perto do namorado.

Levamos algumas horas para arrumar tudo e já estava tudo em seu devido lugar, menos as fotos, já que os porta-retratos haviam sido quebrados.

– Nós deveríamos sair e comprar porta-retratos novos para colocar as fotos. – Eu comentei, enquanto analisava as fotos em minha mão. – Eles são bonitos juntos. – Me permiti abrir um sorriso. – Como se eles se completassem, combinassem perfeitamente. Como se fosse certo estarem juntos, sabe? – Eu disse sonhador e senti que Liam parou atrás de mim, olhando por cima de meu ombro para as fotos e me causando arrepios por conta de sua respiração em meu pescoço.

– Sabe o que mais combina? – Ele abraçou meu corpo e começou a distribuir beijos em meu pescoço. – Eu e você na sua cama agora. – Ele alternou as palavras com beijos. – O que acha?

– Não. – Eu me virei e coloquei a mão sobre seus lábios para que ele não falasse e não me beijasse, duas coisas que me fariam acabar cedendo. – Eu tenho compromisso. – Disse rápido e sem pensar, me livrando de seus braços logo depois.

– Comprar porta-retratos não é exatamente um compromisso, Niall. – Ele debochou.

– Não é esse meu compromisso. – Eu revirei os olhos, tentando soar convencido. – Vou comprar os porta-retratos antes de ir ao meu compromisso.

– E com quem é esse compromisso? Porque eu não vou te deixar sair sozinho e você não tem amigos.

– Nossa, Liam, você é sempre tão babaca assim? – Eu olhei para ele incrédulo. – Eu tenho muitos amigos.

– E por que eu não conheço nenhum deles? – Ele ainda parecia desconfiado.

– Por que você deveria? Nós não somos nada.

– Como assim nós não somos nada? – Ele subiu sua voz e me encarou.

– Nós não somos. Você tem uma namorada. – Eu o desafiei.

– Nós somos amigos. – Sua voz falhou um pouco, porque esse papo não convencia nem ele mesmo. – E eu me preocupo com você e com quem você anda. – Eu suspirei diante de suas palavras. – Eu vou com você, já está decidido. – Ele se levantou e caminhou firme até a porta.

Eu não contestei, mas confesso que fiquei paralisado um tempo, tentando entender o que estava acontecendo ali. Fora o fato de que precisava pensar em um lugar para ir, porque eu havia mentido. Não havia compromisso e eu estava bem ferrado.

Pensei em ir até a casa de Nick, mas quando estava na metade do caminho me lembrei de Josh e seus amigos. Hoje era sábado, o pub deveria ficar aberto o dia todo e eles disseram que eu poderia voltar, portanto, eu disse o endereço para Liam e ele dirigiu até lá.

Assim que paramos à frente do lugar, o garoto a meu lado fez uma careta, reprovando o bar, o que me fez revirar os olhos.

– Eles são meio punks. – Eu expliquei.

– O que só piora tudo, punks não são boas companhias, eles fazem coisas erradas. – Eu o encarei totalmente incrédulo. Quem ele pensava que era afinal?

Ignorei seu comentário e entrei. Havia apenas uma mesa ocupada no canto, Margot estava organizando algo atrás do balcão e os meninos passavam o som em cima do palco. Assim que me viu, a garota acenou alegre.

– Achei que tinha desistido de nós. – Ela confessou e eu ri.

– Só estava ocupado... – Me sentei em um dos bancos que ficavam por ali e Liam se sentou a meu lado, ainda analisando tudo ao seu redor, o que me fez ficar irritado.

– Trouxe alguém dessa vez. – Ela piscou para mim e eu senti minhas bochechas esquentarem. – O que vão querer?

Eu não tive tempo de responder, pois Josh parou a meu lado, colocando a mão em meu ombro e me cumprimentando feliz.

– Me diz que veio fazer um som comigo dessa vez.

– Não. – Liam interrompeu. – Nós só viemos tomar uma cerveja. – Ele respondeu por mim e eu o encarei bravo.

– Eu amaria fazer um som com você. – Eu ignorei o garoto a meu lado.

– Desculpa. – Ele colocou as duas mãos atrás da cabeça, visivelmente envergonhado. – Eu não quero causar problemas entre você e o seu namorado.

– Ele não é meu namorado, é só meu amigo. – Eu escutei Liam bufar e seu braço enlaçou minha cintura, me trazendo para perto.

Eu o encarei bravo e antes que ele pudesse argumentar seu celular tocou. O nome de Sophia brilhou na tela e foi o suficiente para que eu me livrasse do seu abraço e me colocasse de pé.

– Você tem que ir. – Eu provoquei desgostoso.

– Eu te levo para casa. – Ele voltou a me puxar pelo braço.

– Eu posso levar o Niall mais tarde. – Josh disse com as bochechas coradas, provavelmente com receio de se intrometer.

– Viu? Josh me leva depois, você não precisa se preocupar. – Puxei meu braço.

– Não aja como uma criança teimosa. – Liam me olhava sério e desafiador e eu podia sentir os olhares de Margot e Josh sobre nós.

– Não me trate como uma criança, Liam. Eu já tenho idade o suficiente para cuidar de mim mesmo e se quer saber, estou cansado de você. – Desabafei. – Estou cansado de meu mundo girar a seu redor e de tudo sempre me levar de volta a você. – Sequei uma lágrima solitária que rolou por meu rosto. – Vá encontrar sua namorada e me deixe em paz.

Virei as costas e caminhei até o palco, sendo recebido por Ben e percebendo Josh a meu lado. Fiquei de costas tempo suficiente para que Liam partisse, me concentrando na tarefa de não chorar.

– Você está bem? – Josh passou as mãos em meu ombro e eu assenti.

– Agora eu estou.   


Notas Finais


Então, foi maldade fazer um capítulo Niam e não Larry depois do último capítulo? Claro que foi! Mas eu prometo que o próximo será Larry e que eu vou me esforçar para ficar exatamente como eu estou imaginando.
Por falar em maldade, usar This Town foi sacanagem, né? Eu sei, eu apelo desse jeito mesmo nas minhas fics hahahah' Mas não é que combinava perfeitamente aqui? Niall e eu somos conectados u.u
Sobre o Niall, finalmente ele encarou o Liam, não é? Antes tarde do que nunca.
Espero que tenham gostado.
XO


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