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História Blur - Prelúdio


Escrita por: UchihaSpears

Notas do Autor


Olá
Obrigada pelos favoritos.

Capítulo 2 - Prelúdio


Faltavam alguns minutos para ás duas da tarde. Sasuke estacionou seu Aston Martin prateado em frente ao restaurante marcado pelo o Naruto, jogou a chave do carro para manobrista e em seguida um aviso “cuidado”. O manobrista não poderia pagar por aquela máquina inglesa de dois milhões. Ele tinha dinheiro e exibia, não se importava com quanto esbanjava. Não era á toa que frequentava a lista dos solteiros mais cobiçados do estado de Illinois ou do país. Era uma espécie de Tony Stark da advocacia.

O Owen & Engine era um restaurante inspirado nos moldes dos pubs britânicos da época Vitoriana. Requintado e refinado. Era um dos lugares favorito de Sasuke, seu amigo sabia e compartilhava dos mesmos gostos.

— Sasuke. — ele acenou para o amigo. 

Impecável. Sasuke sempre andava em seu estilo inconfundível, vestido em seu terno feito exclusivamente para ele.

— Pontualidade britânica. — os dois se cumprimentaram discretamente. Sasuke logo olhou para a mesa e viu a mulher de idade ao lado do amigo, ele a conhecia de algum lugar. Olhou estreitamente para ela, tentando forçar a memória.

— Desculpe Sasuke, mas pelo jeito não conhece a presidente do país. — Sasuke bateu a mão de leve na testa. — Essa é Senju Tsunade a quadragésima quinta presidente do país, já ouviu falar? — antes que Sasuke respondesse, Tsunade tomou a palavra.

— Enfim consegui falar com o grande Uchiha Sasuke. — disse ironicamente, não disfarçou a situação desconfortável qual estava.

— Me desculpe.

— Perdoado. — Sasuke assentiu. — Mas não vi aqui para falar de política.

— Eu cuido de alguns dos negócios de sua família. Só não lembro qual empresa agora. — a família Senju além de ser uma tradicional família no cenário da política norte-americana, possuía muitas empresas no ramo do petróleo. 

— Temos muitas empresas, mas não vim tratar delas. Recusou minhas ligações, então não tive saída. — ela falava, Sasuke notou que era bastante conservada para sua idade e aparentava ser uma mulher reservada e não por menos, sua família era uma das mais poderosas do país e ela era a presidenta. — Minha filha, melhor minha sobrinha, mas a trato como filha desde os cinco anos. Ontem o síndico do prédio dela descobriu o corpo de um homem ruivo, assassinado a golpes de tesoura. — Sasuke a observava e olhava o seu relógio, tempo para ele era dinheiro. — Não se preocupe com o tempo, eu tenho dinheiro.

— Não é o tempo e sim o fato de não trabalhar nessa área, creio que meu caro amigo sabe. — ele olhou estreitamente para Naruto, qual apenas deu um sorriso insonso.

— Não é um simples caso, Sasuke.

— Minha família quer alguém em quem possa confiar e a sua família vem provado isso durante o tempo, seu avô era amigo intimo do meu pai. Enfim, creio que a minha Sakura não seria capaz de matar alguém e muito menos esse homem.

— O namorado. — Sasuke completou.

— Eu não sei se era o namorado dela. Sakura é reservada e como ela me ver como mãe, ela me contaria que estaria em um caso. Eu sei que ela não fez isso... — ela pausou. — Me desculpem, celular. — foi atender em um lugar reservado, parecia surpresa com aquela ligação.

— Onde está ela? — Sasuke perguntou ao Naruto e fitava as reações da mulher ao celular.

— Não sabemos, ela sumiu. A questão é que não é simplesmente com Sakura, vai muito além.

— Você a conhece? — falou já impaciente com toda aquela situação. 

— Ela é minha paciente. — ele pegou uma colher de açúcar e colocou em sua xicara de café. Naruto era um renomado psiquiatra de Chicago, já tinha lançado diversos livros e dado palestras sobre psicologia e distúrbios de personalidade em vários lugares do mundo. Era uma referência na área. — Cuido dela há um ano e três meses. 

— Ela é louca, então.

— Não generalize, ela não é louca.

— Permita-me montar o cenário: Ela teve uma crise dessas e matou o namorado. Mesmo não atuando na área, eu sei que ela será declarada inocente, legítima defesa e pelo tal transtorno é só apresentar um laudo médico. Não tem juri e nada.

— A questão não é essa. Olha, a Sakura não o matou. — o advogado o olhou confuso e de cenho alto. — É complexo explicar isso pra você, mas o que eu sempre te digo é que o cérebro humano tem capacidade de criar as situações absurdas e das mais mirabolantes. Sakura apresenta um caso raro, mas que existe. Ela anda á margem do transtorno dissociativo de personalidade , ela sofre de desvio de personalidade.

— Eu a encontrei. — a mulher voltou à mesa, estava branca e um pouco trêmula.

— Ela está bem?

— Ela está no Mercy Hospital. — a mulher pegou sua bolsa e supirou. — Sakura.

— Quer um copo d´agua? — ofereceu Naruto, Sasuke também percebeu que tinha algo errado. Tsunade estava pálida e fora de si. — Algo com a Sakura, ela está machucada?

— Ela está no hospital. — o tom de amargura foi perceptível. — Minha menina foi estuprada. — disse tentando assimilar a magnitude do caso. — Ela deu entrada no hospital ontem, eu tenho que ir lá, eu tenho que ir.

— Eu irei com você. — ela assentiu. — Sasuke, venha preciso de você. 

Pensou em dizer ao amigo pela milionésima vez que não trabalha com esse tipo de caso, mas parece que não iria adiantar. O Uchiha apenas seguiu o comando, aquela situação a cada minuto tinha uma nova revira volta e ele pareceu interessado no ocorrido, não tinha a mínima intenção de pegar o caso, mas viu que a história iria longe. Ficou chateado por não ter comido algo, era seu horário de almoço.

— No seu carro ou no meu? — perguntou Naruto quando saíram do estabelecimento. 

— No meu. — os dois entraram no Aston Matin prateado. — Gostou? — se tinha algo que ele não economizava era no seu gosto por carros, era um eterno apaixonado e um amante irrefreável da velocidade. Qual compartilhava desde o tempo da faculdade com o amigo Uzumaki.

— Estupendo. — disse ele sentindo o acolchoado e deslumbrado pelo painel de controle. — Precisamos testar isso no autódromo, final de semana está livre?

— Sempre. Então... — ele acelerou o carro, qual seguia o da Tsunade. — Como é a história dessa maluca?

— Ela não é maluca. O caso da Sakura, como disse, é raro e o primeiro com qual lido, sempre li sobre isso, mas nunca imaginei que teria o privilegio de poder lidar com um.

— Privilegio de lidar com a desgraça da outra, que sádico.

— Olha quem fala, então... Ela tem um desvio de personalidade.

— Ela fica brava do nada?

— Deixa-me explicar isso, não me atrapalhe. — Sasuke deu de ombros. — Pessoas sofrem de distúrbio de personalidades, ela apresenta um grau elevado de um transtorno dissociativo de personalidade, sabe que esses tipos de pessoas costumam ter uma diferente noção da realidade, apresentam um nível de confusão mental e construções falsas sobre si, porém, o caso da Sakura vai bem além disso. Pois, ela assume três vidas completamente diferente, como um surto. Então, o corpo físico da Sakura matou o homem, mas a mente não foi a dela, entendeu?

Sasuke prestava atenção no amigo e ao mesmo tempo a estrada. Mesmo com o Naruto explicando detalhadamente cada sintoma que a paciente apresentava e deixando claro que ela não era louca, ele tirou suas próprias conclusões: ela é louca de qualquer jeito.

Seu telefone vibrava constantemente e era Ino, com certeza ele estava atrasado e tinha alguma obrigação para fazer. Preferiu desligar o celular.

— Você sempre me colocando em confusão, incrível.

— Sasuke, eu te conheço desde os oito anos e sei muito bem que não está se aguentando de curiosidade. — o Uchiha fez um gesto indignado e Naruto sorriu.

— Se ela foi violentada isso gira em legítima defesa, e associando ao transtorno, e usando um laudo como te disse, apenas pedir um laudo pericial que comprove a doença.

***

Tsunade estava ao lado de Sakura, não foi fácil ela sair da Casa Branca e viajar até Chicago. Ela tinha uma agenda extensa na capital do país e várias reuniões. Um simples deslocamento da presidente gerava notícias, ela teve que ir até Chicago escondida. Gostava de manter sua família reservada e mais quando o assunto era sua filha Sakura, qual ganhou a guarda da irmã quando ela tinha cinco anos.

O médico tinha contado que ela fora violentada. Para a surpresa de Tsunade, quando chegou, a polícia já estava registrando o depoimento dela. Sakura estava perplexa diante das informações ouvidas.

— Eu não matei ninguém. — repetia para si mesma em um estado de choque e inquieta. 

Havia acordado em um hospital com fortes dores em seu corpo, ouviu a verdade e ficou perplexa, sentiu seu mundo desabar no momento que soube que tinha matado alguém, nunca faria isso.

Seu mundo estava descontrolado e mergulhado em um caos.  E o pior, não sabia o que tinha acontecido.

— Senhor detetive, por favor, deixe minha filha nesse momento. É um estado de choque para nós e em sigilo por enquanto. — Tsunade estava consternada, já conhecia o sofrimento de sua menina de longo tempo. — Lhe darei todas informações que quiser no corredor, não aqui, respeitem minha menina.

— Vamos sedá-la. — era a única saída para amenizar o estado da Haruno.

Tsunade beijou a testa da sua menina e a esperou adormecer; saiu em companhia do detetive Maito Gai.

— Não sabia do namoro da sua filha? — ela meneou a cabeça negativamente. — Ela é usuária de alguma substância?

— O senhor não compreende que não quero falar? — seu tom saiu um pouco choroso. — E que eu saiba, não se fala nada até ter um advogado é o meu direito como cidadã americana, compreenda.

— Claro senhora presidente, desculpe-me. — ele retirou-se por respeito ao momento.

— Como ela está? — Naruto se aproximou, Sasuke estava com as mãos no bolso da sua calça.

— Sedaram-na, ela teve um choque enorme ao saber. — a mulher começou a chorar e o psiquiatra a abraçou.

— Entendo o seu momento, Tsunade. — Naruto olhou por cima do ombro dela e viu o amigo pensativo. 

— Disse algo ao policial? — Sasuke a perguntou. 

— Não, só quando contratar um advogado. Eu sei dos meus direitos.

— Fez o certo. Naruto, como a sedaram e eu não poderei falar com ela no momento, eu vou indo, quer carona?

— Sim, eu vou com você. Tsunade, estarei aqui com o Sasuke amanhã. — o advogado o olhou de lado.

— Obrigada aos dois, creio que estarei aqui amanhã. — despediram-se discretamente. 

— Não gosto de hospitais. — Sasuke falou, ali não era um dos melhores ambiente para ele. — Me causam um sensação ruim, é como se aquilo voltasse novamente.

— Isso é uma fobia, podemos cuidar disso.

— Engraçado.

Naruto sabia exatamente de onde provinha essa angustia do amigo. Sasuke tivera leucemia na infância e passou meses em tratamento, até conseguir sua cura.

Os dois entraram no elevador. Sasuke afrouxou sua gravata novamente, estava suando. — Vai ficar com o caso? – perguntou, exclusivamente, para fazer o amigo relaxar e esquecer seu trauma.

— Não é a minha área, meu amigo. — bufou e levou a mão ao cabelo. — Qualquer um advogado vai atestar que ela é louca. — Naruto o encarou sério. — Tem transtorno, está bom?

— Acabou mesmo com a Ino?

— Incrível como você muda de assunto.

— Merda! Eu estou te ajudando, você está suando. Vai ter um ataque já, já.

— Acabei. Ela já está de boa e flertando com outro. Superou bem. — o amigo não deixou de ri.

— Eu achei que ela seria a escolhida de pelo ao menos uns dois anos, por trabalhar no mesmo ramo, ela entenderia sua compulsão por trabalho. Contudo parabéns pelos seis meses.

— Obrigado. — disse debochado. — Mulheres são problemáticas. Há uns quinze dias eu dormi com uma, ela era interessante, mas acordei e não estava mais na cama.

— Te deixou? — ele meneou a cabeça positivamente. — Deixaram Uchiha Sasuke, você disse o seu nome?

— Fiz questão. — os dois entraram no carro, Sasuke ligou se telefone e tinham dezenas de mensagens e ligações perdidas, seria um longo final de tarde.

Betado por Icunha . 


Notas Finais


Aviso 1

Bem, semana passada eu postei a divulgação dessa fanfic no grupo SasuSaku, dai alguém que me disse que parecia com o livro Conte-me Seus Sonhos do Sidney Sheldon , então eu fui procurar e pelo ao menos o enredo é parecido, no caso das personalidades, fiquei até surpresa, pois nunca li esse livro. Então avisando desde já, não é plágio e muito menos adaptação, pois nunca li de verdade e geralmente, quando eu me baseio em alguma obra eu sempre inicio e digo que me inspirei, caso alguém aqui leia minhas fanfics sabem.

Aviso 2
Não faço psicologia, então tudo que escrevi sobre esse tema é fruto de alguns artigos que estou lendo.

Espero que tenham gostado, no próximo cap vamos conhecer a Sakura ou alguma personalidade dela. Nos próximos caps vocês vão compreender aos poucos.
Reviews? Xo.


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