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História BNA - II (Brand New Animal) - O Travesseiro Voador


Escrita por: faemrye

Notas do Autor


( capítulo editado 30/12/23 )

Capítulo 1 - O Travesseiro Voador


Fanfic / Fanfiction BNA - II (Brand New Animal) - O Travesseiro Voador

★彡

Michiru 

 

 

— Finalmente chegamos! — Comemorei, soltando minha mochila no chão e sentindo o respingo de areia no meu pé.

 

Depois de duas semanas combinando de vir para a praia, finalmente viemos. Nazuna e Nina estavam quase me batendo por demorar tanto para arrumar as minhas coisas. Sim, elas duas criaram uma enorme amizade durante esse tempo, afinal, têm muito em comum.

 

Durante esses dois anos, muita coisa mudou, bom, não muita. Eu e a Nazuna agora moramos juntas em um apartamento na cidade, graças à prefeita. A Nina vive nos visitando. Já eu, mal paro em casa; na maioria das vezes, estou na Beastman Co-op com o Shirou. A tia Melissa ainda mantém o meu quarto intacto, então constantemente eu o uso. 

 

Eu e ele de vez em quando estamos juntos. O considero um grande companheiro.

 

Já o Jackie e sua turma continuam jogando beisebol e estão melhorando a cada partida. Eu participo dos jogos às vezes; é bom para descontrair.

 

A cidade está mudando a cada dia que passa. A prefeita quer liberar o acesso para que os humanos possam entrar em Animália, mas isso ainda é um assunto muito delicado e gera sempre discussões.

 

O Shirou não apoia essa ideia.

 

Falando em humanos, eu ainda não deixei a cidade para visitar meus pais. Não é que eu não queira... é só que—

 

— Me arrastou até aqui para ficar parada vendo o mar? — Shirou comenta, tirando-me dos meus pensamentos.

 

— Eu não trouxe você, você que se ofereceu para vir.

 

— Óbvio, você passou a semana toda dando sinais de que queria que eu viesse.

 

— Eu? — Fiz-me de desentendida.

 

Shirou apenas suspirou, deixando escapar um pequeno sorriso enquanto balançava a cabeça em negação.

 

— E quem mais seria?

 

— Se eu te convidasse para vir, você inventaria alguma desculpa.

 

— Então, ao invés de simplesmente me convidar, você preferiu passar duas semanas inteiras me perturbando?

 

— Sim. — Respondi simples, com um enorme sorriso vitorioso nos lábios. — E deu certo. Não deu?

 

— Hun.. — Ele resmunga, abrindo a mochila e jogando em minha direção o protetor solar que havia tirado dela. — Usa.

 

— Em você?

 

— Eu não preciso disso. — Fiz bico.

 

— E eu preciso, né? — Perguntei sarcasticamente, cruzando os braços.

 

— Óbvio, senão você vai ficar "aí aí aí, tá ardendo, aí aí aí" — Ele falou, imitando a minha voz de forma zombeteira, balançando os braços sem ânimo.

 

Fechei a cara. Tá certo que ele tem razão, mas mesmo assim.

 

Peguei minha mochila do chão e joguei nele, e sem nenhuma dificuldade, ele agarrou a mochila no ar.

 

— Palhaço, eu não falo assim. — Reclamei, fazendo meu melhor bico de pato.

 

— Vocês poderiam terminar de brigar depois? — Nazuna comenta. — Temos muitas malas para arrumar.

 

— Afinal, por que vocês pediram para gente trazer tanta roupa? — Perguntei.

 

— Porque...! — Nazuna diz, virando o rosto para a Nina.

 

— Porque eu consegui um quarto para a gente aqui no hotel! — Nina diz, batendo palminhas.

 

Ah, o hotel, sim. O grande Hotel Moon. Já que a prefeita quer abrir as portas para que os humanos visitem Animália, algumas empresas começaram a investir em lugares temáticos para atrair turistas. Eu já deveria imaginar que a Nina conseguiria algo assim para a gente.

 

— Um hotel? — Perguntei, levantando uma de minhas sobrancelhas.

 

— Sim! Eu consegui os melhores quartos para a gente! — Disse animada. — Mas como ele acabou de abrir... eu só consegui 3 quartos.

 

— Sem problemas, é só dividir os quartos. — Disse simples.

 

— Sim, mas...

 

— ...mas a Melissa e o Gem disseram que iriam vir também. — Nazuna finaliza.

 

— Eu pensei em dividir assim... Eu e a Nazuna ficamos com um, Melissa e o Gem ficam com o segundo, e você e o Shirou ficam com o terceiro. — Nina explica. — Já que vocês dois vivem juntos e tal...

 

— Certo, vou embora então. — Shirou diz, já colocando a mochila nas costas.

 

— Não! Os quartos são enormes, cada quarto tem duas suítes e uma sala grande. Vocês podem dividir de boa.

 

— Bora logo. — Comento. — Eu 'tô com fome, foi uma viagem cansativa.

 

Assim que termino de dizer, encaro o Shirou esperando sua resposta.

 

— Vou mesmo ter que dividir o quarto com você? — Ele reclama.

 

— Por quê?! Tá achando ruim? — Respondi. Ele levantou os braços em rendição.

 

— Não, que isso... estou apenas dizendo.

 

— Tá, então vamos. — Nazuna diz, cortando de uma vez a conversa.

 

Nina então saiu andando até a entrada do hotel que ficava logo ao lado da praia.

 

Assim que entramos, dois funcionários vieram pegar nossas bagagens e nos ofereceram algo para beber. O lugar era incrível, bem decorado em uma temática havaiana.

 

Paramos na recepção para pegar a chave de nossos quartos e, com as chaves em mãos, subimos. Nina e Nazuna pareciam duas piriquitas animadas. Saíram do elevador igual a duas malucas, correndo pelos corredores.

 

Nina acabou tropeçando em uma das malas e caiu no chão feito um saco furado de batatas. Aqueles que murcham quando caem no chão e rasgam.

 

Ri. E vi o Shirou tampar a boca para rir também.

 

— Amiga, você está bem? — Nazuna pergunta, segurando o riso.

 

A Nina solta uns gemidos de dor e se levanta do chão com a ajuda da Nazuna.

 

— Suas amigas. — Shirou comenta.

 

— Shiu. — Dei um tapa de leve em seu ombro e o vi sorrir de canto.

 

— Isso aí, sua amiga cai e tu fica parada, né Mori? — Nina reclama.

 

Mori era como a Nina e a Nazuna inventaram de me chamar. Elas pegaram as últimas letras do meu nome, Michiru Kagemori. A Nina diz que lembra "Amore", que é como ela chama as pessoas próximas dela, ela diz que é mais moderno do que falar "Amor" ou "Amada". Enfim...

 

— Não mandei ninguém correr pelos corredores igual a duas retardadas. — Disse por fim, começando a rir alto.

 

As duas não aguentaram e começaram a rir também. Olha, duas malucas. A Nazuna mudou muito depois que conheceu a Nina. Isso me deixa feliz de certa forma.

 

Chegamos na porta dos quartos e nos despedimos; as duas foram para o final do corredor e eu e o Shirou ficamos.

 

Nós nos encaramos por alguns segundos até que o Shirou abriu a porta. A sala era gigante, carregava a mesma temática que todo o hotel. O chão era laminado de madeira clara. Os sofás, bem centralizados no cômodo, também eram de madeira, cobertos por colchões avermelhados e almofadas coloridas.

 

— Caramba... — Comentei maravilhada.

 

Shirou apenas entrou, se jogando no sofá.

 

— Você não vai nem ver o quarto?

 

— Se quiser ver para mim... — Ele respondeu, dando de ombros e fechando os olhos.

 

Bufei, ele não tem jeito. Larguei minha mochila no chão e segui até um dos quartos localizados na lateral da sala.

 

O quarto também era temático. Um quadro bonito estava pendurado na parede e fazia par com o tapete estendido que cobria uma boa parte do local.

 

— O quarto também é incrível! — Gritei para o Shirou ouvir.

 

Me aproximei da cama e me deitei, fechando os olhos. Depois de um tempo, senti uma parte da cama afundar.

 

— Vamos ficar aqui por quanto tempo? — A voz cansada do Shirou me fez abrir os olhos.

 

O mesmo havia deitado ao meu lado.

 

— Já quer ir embora? — Reclamei.

 

— Não... — Ele suspirou. — Só estou cansado.

 

Me sentei na cama, encarando o Shirou. Peguei um dos travesseiros que estava ao meu lado e bati de leve em sua cabeça.

 

— Dá pra você relaxar um pouco? Aproveita... Você vive sério.

 

— Eu não vivo sério.

 

— Não?

 

— Está me chamando de chato?

 

— Ah.. Não.

 

Shirou então pegou o travesseiro de volta e jogou em mim.

 

— Bobo. — Disse, forçando uma cara brava, mas logo a desfiz e comecei a sorrir diabolicamente. Peguei novamente o travesseiro e bati um pouco mais forte nele.

 

Logo uma pequena luta de travesseiros começou.

 

— BATE FRACO! — Reclamei.

 

— Você lutou contra ferais e está reclamando de pequenas batidas de um travesseiro de penas? — Ele perguntou ironicamente, me dando um golpe na cabeça.

 

Eu peguei o travesseiro e concentrei toda a minha força para bater. Meus braços tomaram uma forma grande e musculosa. Ficamos um tempinho assim, até que o Shirou resolveu tacar o travesseiro em mim; eu, ninja do jeito que sou, abaixei e o travesseiro voou pela janela aberta.

 

Nós nos olhamos em silêncio, ambos com cara de surpresa, e corremos para a janela. Conseguimos ver perfeitamente o travesseiro cair como uma pedra na areia da praia.

 

— Culpa tua.

 

— Minha?!?

 

— É, você que abaixou.

 

— Ah, então era pra eu levar a 'travisseirada na cara, né?

 

Ele deu de ombros, tornando a rir e se deitou na cama.

 

 

 

 

 


Notas Finais


Então gente.. eu espero que vocês tenham gostado desse cap 💕

um enorme beijo! vejo vcs na próxima

ʕ•̫͡•ʔ♡ʕ•̫͡•ʔ


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