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História BNA - II (Brand New Animal) - Andando Em Círculos


Escrita por: faemrye

Notas do Autor


rói gentinhaa.. cap novim com cheirim de álcool quentim pra vcs 👉🏻👈🏻

boa leitura 😚

( capitulo editado 31/12/23 )

Capítulo 6 - Andando Em Círculos


Fanfic / Fanfiction BNA - II (Brand New Animal) - Andando Em Círculos

★彡

Nina


 

Nunca vi a Mori tão agitada. Bem, exceto aquele Natal em que o frango se recusou a assar... mas isso é outra história. Depois do telefonema da prefeita, ela ficou inquieta. Quis sair correndo, mas a mãe dela começou a falar sobre faculdade e toda aquela conversa chata. Velha metida. Acabamos escapando sem dar resposta.

 

Entramos na sala da prefeita para entender mais sobre o sumiço do Shirou. A Mori entrou lá já explodindo:

 

— Como assim o Shirou sumiu?! — Ela entrou gritando, sua pele mais pálida que a lua. A prefeita, que estava olhando pela janela, se virou assustada.

 

— Srta. Michiru, por favor, mantenha a calma. Estamos preocupados também. — Um dos colegas da prefeita disse.

 

— O que aconteceu com ele?! — Ela ignorou o homem, indo até a prefeita.

 

— Michiru... antes de explicar, sente-se e respire fundo. Ficar nervosa não ajudará. — Barbary tentou acalmar a situação. Eu e Nazu estávamos lá, tentando manter a compostura. Estávamos quase surtando também, mas precisávamos ser fortes pela Mori.

 

A Mori tentou responder, abrindo a boca algumas vezes, mas não saiu nada. Ela suspirou e se sentou. Respirou fundo várias vezes até soltar um:

 

— Fala.

 

— Bem... obviamente enviei uma equipe de busca. Mas não quero criar pânico, então estamos investigando discretamente. — Barbary começou.

 

— Então nós vamos procurar por ele! — A Mori se levantou abruptamente, pronta para sair.

 

— Michiru! — A prefeita tentou detê-la.

 

— Vou encontrá-lo sozinha! Não vou ficar esperando procurarem por ele discretamente. — Ela disse entre dentes. Não sabia se deveria parar a Mori ou acompanhá-la. Ela estava preocupada demais.

 

— Michiru, volte aqui! — Barbary gritou, mas a Mori já estava fora da sala. Eu e Nazu fomos atrás dela, prontas para ajudar a encontrar o Shirou.



 

★彡

Michiru


 

Eu sabia que deveria ter esperado a Barbary falar, mas não consegui. Eles estavam vasculhando pela "encolha". Isso significa uma busca lenta, cautelosa. E eu simplesmente não posso esperar! Só de pensar que algo ruim pode estar acontecendo com ele... já me deixa nervosa! Não posso perder tempo, de jeito nenhum! Se alguém vai encontrá-lo, sou eu! Não desistirei até conseguir!

 

— Nina! — Chamei. — Você precisa descobrir onde fica esse laboratório!

 

— Pode deixar, amiga!

 

Nina pegou o telefone e, em menos de um minuto, descobriu. Corremos até lá, ou melhor, voamos. Não podíamos perder tempo, então levamos a Nina e voamos até o local. Quando chegamos, pousamos no telhado. Adentramos o prédio lentamente. Estava tudo uma bagunça, destroços e líquidos estranhos pelo chão. Eu precisava encontrá-lo. Sem hesitar, fechei os olhos e assumi minha forma de lobo. Respirei fundo, concentrando-me para captar um fragmento do seu cheiro.

 

— Vamos! — Disse, seguindo o rastro determinada. 


 


 

Seguimos o rastro por horas a fio e nada! Estávamos simplesmente rodando em círculos pela cidade, o cheiro dele era quase imperceptível, mas eu sabia que era ele!

 

— Mori... — Nina disse, percebendo minha frustração.

 

— Eu não entendo... Estamos nos movendo em círculos! O dia está quase terminando e ainda não encontramos nada!

 

— Como pode ser? — Nazuna perguntou, ofegante, apoiando-se na parede. Estávamos todas exaustas, corremos atrás desse rastro sem parar.

 

— Não faço ideia... o cheiro dele está em todos os lugares... É confuso, como se desse a volta... Se cruzando e nos fazendo andar em círculos!

 

O silêncio tomou conta de nós. Nenhuma resposta, apenas olhares que expressavam a mesma dúvida: "O que está acontecendo?". Ficamos em silêncio, tentando recuperar o fôlego e buscar soluções.

 

— Michiru? E se estão nos despistando? — sugeriu Nina.

 

— É uma possibilidade. Se for isso... como conseguiram o cheiro do...

 

Nina não terminou a frase. O pensamento assustador a congelou.

 

— N-Não, não pode ser... — Nazuna tentou tranquilizá-la.

 

— Mas é uma possibilidade... — admiti. Mais silêncio. Minhas pernas já estavam falhando, sentei no chão, encostando a cabeça na parede.

 

—.. Não estou afirmando que seja isso... Mas... Se for verdade... Deve haver um lugar onde o cheiro dele estacionou... — Nina ofereceu uma ideia.

 

— Isso! — levantei-me. — Vou procurá-lo pelos céus!

 

— Será que vai funcionar? — perguntou Nazuna.

 

— Não sei... mas não custa tentar.

 

— Vai dar certo! Vai sim! — Nina se animou.

 

Então voamos, carregando Nina. No início, foi complicado me concentrar, rastrear o cheiro pelos céus é extremamente difícil. Mesmo assim, persisti. Voamos o mais baixo possível e encontrei um rastro tênue que apontava para um lugar isolado. Quando o cheiro começou a ficar mais forte, estávamos nos aproximando de um beco estreito. Foi quando meu telefone começou a tocar. 

 

— Alô?! — Disse após atender.

 

— Srta. Michiru? — A voz da prefeita Barbary ecoou do outro lado da linha, mal audível devido ao vento forte enquanto voávamos rapidamente.

 

— Sou eu! — Gritei, o vento abafando parte do som. Estávamos nos aproximando de um beco isolado e um cheiro familiar de sangue começou a preencher o ar, deixando-me inquieta.

 

— É sobre o Sr. Ogami... — Mal consegui escutar. Uma rajada de vento nos atingiu em cheio, tornando a comunicação ainda mais difícil.

 

Estávamos quase pousando no beco, e de longe já era possível observar uma aglomeração de pessoas no local.

 

— O quê?! Não consigo ouvir! — Gritei novamente pelo telefone.

 

— É sobre o Shirou! — A Barbary gritou. Nesse instante, aterrissamos no beco. Demorei um momento para processar a cena, mas o grito de Nina me trouxe de volta à realidade.

 

Olhei brevemente para ela e, em seguida, encarei o que a havia deixado em choque. A cena me paralisou. Senti um arrepio percorrer meu corpo. Minhas mãos tremiam, apertando o telefone com força. O cheiro familiar do Shirou... Ele esteve aqui, tenho certeza. O odor de sangue impregnava o ambiente.

 

A visão diante de mim parecia saída de um filme de terror. A parede do beco estava manchada de sangue que respingara por todos os cantos. Grandes peças de metal perfuravam a parede. Um rastro de sangue no chão, formando longas poças.

 

— Nós o encontramos! — A voz da Barbary ecoou como um eco distante. Eram apenas palavras perdidas no vento. Eu não conseguia me concentrar em mais nada além da brutal cena diante dos meus olhos. Meus joelhos fraquejaram, mas mantive-me de pé. "Ele é imortal", repetia para tentar me acalmar, enquanto ainda mantinha o telefone no ouvido, ouvindo a prefeita me chamar mais uma vez.

 

— Michiru? Ainda está aí?

 

— S-Sim... Barbary.

 

— Encontre-me no hospital do centro.

 

— Mas... ele...

 

— Ele está vivo, explicarei tudo quando chegar. — E ela desligou.

 

Naquele instante, minha mão caiu inerte em meu colo. Eu simplesmente não conseguia desviar o olhar daquela cena, era como se ela tivesse congelado minha alma. "Ele está vivo...", repetia para mim mesma, a frase ecoando em minha mente enquanto meu corpo todo tremia.

 

— Michiru! — A voz de Nazuna me trouxe de volta. Ela me chacoalhava. — O que aconteceu? Era a prefeita? O que ela disse?

 

Respirei fundo, muito fundo. Shirou estava vivo, eu sabia disso, e estava no hospital. Eu precisava vê-lo imediatamente. Liberei o ar que estava segurando e me levantei.

 

— Ele está no hospital. — Foi tudo que consegui dizer antes de sair correndo novamente. As meninas gritavam, tentei explicar rapidamente e retomamos nossa corrida em direção ao hospital.

 

Ao chegarmos lá, fui direto à recepção, perguntando pelo Shirou Ogami. Uma mulher chamou meu nome e me indicou que ele estava em um quarto no quinto andar. Peguei o elevador e corri até lá. Meu coração estava batendo rápido, eu podia senti-lo. Só parei quando cheguei à porta do quarto. Não hesitei, abri-a e me deparei com um espaço branco do hospital, onde Barbary e Gem estavam.

 

Olhei ao redor, até que meus olhos se encontraram com Shirou deitado na cama, todo enfaixado. Senti um suspiro escapar, minhas mãos tremiam incontrolavelmente.


 


Notas Finais


ér.. esse cap pra mim foi meio pesado..


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