História Bonequinha de luxo. - Daddy

—Vou te levar para casa... Para a minha casa certo?

  Aquelas palavras, foram como um onda de calor, que subiu todo o meu corpo, que ainda estava em estado de choque com o que acabará de acontecer. 
   É muita coisa para minha mente processar, eu quase fui estuprada e agora vou passar a noite na casa do homem mais rico de Seul? Isso será um sonho? Minha vida querendo pregar uma peça em mim?
  
  —Certo? —Sou retirada de meus pensamentos ao escutar sua doce voz, mas ao mesmo tempo tão seria, tão boa de se escutar, como uma música de melodia dócil.

—Hã...—Nesse momento eu simplesmente travei, não conseguia falar, e nenhuma palavra ou qualquer outra coisa passava em minha cabeça, me deixando cada vez mais atrapalhada com meus próprios pensamentos, como de costume.

  —Vou... Vou levar isso como um sim...—E então, novamente sua voz corrompeu cada pedacinho de meu corpo, me fazendo entrar em delírios por dentro de meu ser; deixando meus corpo dançar uma música leve, apenas com o som da sua voz.

  Então ele ligou o carro, e começamos a andar pelas ruas coloridas e iluminadas de Seul. As vezes eu me pergunto... Será que em outros países é assim? Umas luzes fortes e coloridas, tomando conta de toda uma cidade. Lembro-me do Brasil, era um país tão lindo e ao mesmo tempo tão feio. Um equilíbrio perfeito entre a beleza e a feiura, algo tão único e tão estranho.
   Passávamos pelas ruas de lá, onde a mesma tinha alguns bares abertos, e dentro dos mesmos podia-se ver alguns homens extremamente bêbados, colocando todas as suas raivas, mágoas, todos os seus problemas, em uma garrafa de bebidas... Como se a mesma fosse uma pessoa na qual você pudera contar tudo o que sente.

  —O que a senhorita tanto pensa? —Pergunta Jimin, com uma voz um tanto seria e levemente rouca.

—Na vida... —Respondo dando um ar meio triste nas palavras por mim ditas.

—A vida não é ruim princesa, basta você saber como vivê-la.—Ele responde com um sorriso sacana no rosto.

—Eu acho que não sei vivê-la...

   Ele não me respondeu,e um silêncio tomou conta do carro, me dando uma certa inquietação e desconforto por estar onde eu estou... No carro dele, uma pessoa tão inteligente, culta e rica... Ele seria o homem perfeito para mim... Apenas a sua arrogância é um pouco... Broxante?  Acho que usei essa expressão errada mas, dane-se, eu estou apenas pensando.
   O carro parou, e eu fiquei um pouco confusa, já que não era um farol vermelho ou algum morador de rua pedindo esmola. Então olhei para o lado e vi que ele parou em um... Restaurante?
  Eu fiquei o olhando entrar dentro do restaurante, e notei que ele de costas era tão bonito quanto de frente. Suas costas eram largas e ele tinha um bumbum avantajado... Tão lindo.

   Ele vai me deixar aqui dentro do carro? Trancada?!

Antes que eu terminasse de resmungar mentalmente, ele abriu a porta do carro e ofereceu sua mão para me auxiliar a sair de dentro do carro.
 
—Estou com fome... E você? —Ele me pergunta ainda segurando minha mão.

  E novamente eu tremi com sua mão, colada a minha, nossos dedos entrelaçados, e seus olhos negros me cercavam procurando minha resposta...

—E... Eu estou com um pouco de fome. —Respondo um pouco envergonhada, e ele solta minha mão, me fazendo resmungar um pouco.
  Entramos lá dentro, e era tão lindo, tão chique, tinha paredes com uma cor meio vinho, e o chão era branco, as mesas de vidro,e os lustres... Eu sempre fui um pouco "fascinada" por lustres, eles são tão delicados, tão lindos. Os garçons se vestiam com um terno e luvas brancas, e levavam consigo, bandejas de alumínio, com comidas e bebidas.
  —É lindo não? —Ele pergunta, me tirando de profundos pensamentos.

—Hã... É sim, extremamente lindo... —Respondo um pouco distraída.

Ele novamente me deixou no vácuo não me respondendo.
  Então, sentamos em uma mesa aleatória, que ficava praticamente no "centro" do restaurante, bem em baixo do lustre principal, que era enorme.
  Ele chamou um garçon e pediu sua comida, era uma lasanha só que  um pouco mais chique, já eu, pedi minha comida preferida! ___(sua comida preferida) que estava no cardápio, e parecia ser o prato mais barato de lá... Ele pediu um vinho antigo e não demorou muito para os nossos pedidos chegassem. Eu praticamente devorei o meu prato, devido a minha fome, que era tamanha.
  Ele soltava alguns sorrisos ao me ver comendo, o que me dava uma certa vergonha e muito desconforto, então comecei a comer mais lentamente, tomando cuidado para não sujar todo o meu rosto.
  —Quer um pouco? —Jimin perguntou, me oferecendo uma taça de vinho.

   Eu nunca bebi, eu nem sei o gosto do vinho, mas agora sou maior de idade né? Eu não vou morrer com um gole.  
  Então eu aceitei a taça de vinho, e quando eu deixei o líquido roxo, entrar em contato com minha boca, meu corpo todo se arrepiou, com o gosto do vinho. Era um gosto doce e amargo ao mesmo tempo, um gosto viciante, que me fazia querer mais a cada gole.
 
    Depois de algum tempo, eu devo ter bebido umas duas garrafas sozinhas. Eu estava completamente bêbada, minha visão estava turva, minha cabeça, pensava em mil coisas de uma só vez, e isso, junto com o gosto do vinho me dava náuseas. Eu nem conseguia pensar direito.
   
                Jimin ON.
 
     Ela estava completamente bêbada, soltava palavras aleatórias, sua voz era solta, e falha, dando a impressão que ela iria vomitar apenas falando. Então resolvi parar com as bebidas, e como eu imaginei, ela reclamou por causa das bebidas.

   —Oppa!.... Hum... Onde esta as *ri*,onde esta bebidas? Eu quero elas... *ri* você pode me dar a sua?

  —Eu estou tomando a minha...—Respondo.

—Então faz assim, coloca a bebida na boca, e transferi da sua boca para minha? *ri*...

—Ai ___, o que eu faço com você?

—Sexo talvez?

  Sem dúvidas, ela estava totalmente bêbada.

   Eu resolvi pedir a conta e ir embora logo, foi uma péssima escolha, trazê-la para cá, ou melhor, foi um erro ter lhe oferecido o vinho.

  Eu levei ela até la fora, pois estávamos indo para o carro, mas para a minha surpresa, ela vomitou tudo o que comeu e tudo o que não comeu. Eu segurava seus cabelos para ela poder vomitar sem suja-los.

  —Você está bem ___?

—N... Não *ri*.

   Eu levei ela até o meu carro, e a coloquei lá dentro, colocando o cinto na mesma, e percebi, que o mesmo apertava um pouco seu corpo, o que parecia causar um certo desconforto a ela, e não vou mentir, isso me excita. Vê-la com esse desconforto, e seu corpo sendo pressionado contra o banco... Eu queria fazer bondage*com ela.
   Voltei ao meu estado "normal" e me sentei no banco do motorista dando partida no carro.

       Quebra de tempo
  
   Chegamos na minha casa, e para a minha infelicidade, ela já não estava tão bêbada. Era divertido escutar algumas palavras recheadas de malícia vindas dela.
  Eu a tirei do carro e entramos na minha casa.

              Você ON.

Eu já não estava mais tão bêbada, mas estava com uma dor de cabeça péssima, era como se alguém estivesse pressionando minha cabeça bem forte, no ponto de explodi-la.
  Eu notava cada detalhe da casa dele, que era realmente maravilhosa, ele tem um gosto refinado, lustres, janelas enormes... Na sala, tinha um lustre lindo, ele não era enorme mas conseguia ser mais bonito que o lustre do restaurante. O chão era de um piso negro, as paredes eram um "cinza" claro, os móveis eram de couro branco, e a mesa de centro era negra com detalhes dourados, na lateral da sala, tinha um piano de cauda lindo, negro...
   Eu me apaixonei pela casa dele... Ela era tão perfeita, tão linda.
 
  —Toma esse remédio, vai melhorar sua dor. —Ele diz me entregando um comprimido branco.

  Eu coloquei o remédio na boca e engoli o mesmo com a água e devolvi o copo para Jimin.
  Ele me guiou até o quarto que eu vou ficar... E saiu.
  Eu estranhei no começo já que não sou acostumada a ter um quarto tão grande como esse.
   Eu estava entediada, então resolvi passear pela casa, e percebi que tinha muitos cômodos na mesma, ela era realmente muito linda e cheia de detalhes... Eu fui andando por um corredor e percebi que nele, tinha apenas uma porta toda vermelha que me chamou a atenção, e eu sempre fui muito curiosa, resolvi ver o que tinha lá dentro.
  Então eu fui caminhando pelo corredor até chegar na porta, e quando coloquei a minha mão na maçaneta, Jimin segurou o meu pulso.

—O que pensa que vai fazer? —ele pergunta com uma voz fria e seca.

—E... Eu só fiquei curiosa!

—A não ser que você queira ficar cheia de roxos, não entre ai!

—Por que roxos?

—Hum... Se você entrar vai descobrir.