História Boreal Transformation. - Capítulo 7

– Se alimentar? – Eleonor se assustou.

– Oh, não é desse jeito que esta pensando. – Akantis se dirigiu até uma das grandes portas duplas que haviam.

Eleonor, apesar das batidas rápidas de seu coração, a vontade de sair logo dali, e a curiosidade sobre o ser, seguiu Akantis.

Era um salão grande, de jantar,  com uma mesa de 16 lugares, 1 lugar em cada ponta da mesa, e 7 nas laterais.

– Está com fome? – Akantis perguntou, já sentada na cadeira da ponta.

Eleonor estava na porta ainda.

Seria certo aceitar um pedido, e comer juntamente com um vampiro?

– Bem....

– Por favor, sente-se. Não vou lhe morder.

– Devo mesmo confiar? – Eleonor ia até uma cadeira da lateral, ao lado de Akantis.

– Tem outra escolha?

Não, ela não tinha outra escolha. Afinal, estava a mercê de Akantis.

Na mesa, não havia nada. Mas fumaças negras começaram a surgir, e dar lugar a travessas e taças. Eleonor olhava com os olhos arregalados. Nunca havia visto nada igual.

– Como... É possível?

– Há muitas coisas que não sabe nem imagina.

Após olhar, e analisar cada detalhe da comida, como uma inspeção minuciosa, Eleonor provou a primeira garfada.

O gosto era o mais delicioso de todas as comidas que já tinha comido. De tão boa, abriu seu apetite de tal maneira, que não parecia que ela estava com medo da comida ter origem de uma fumaça.

– Como pode ser tão bom se...

– Era fumaça?

– É?

Analisando Akantis agora, ela não parecia ser um monstro, do qual os vampiros tinham fama. Ela parecia uma mulher normal, tirando o fato das presas de tamanho incomum.

Após jantarem, Eleonor pegou o seu celular, que por divino milagre ainda estava em seu bolso, e viu que estava com a tela rachada. Avaria provavelmente feita na queda.

– O que é isso? – Akantis olhou curiosa para o aparelho.

– É... Um celular...

– Instrumento de bruxaria?

– Não. {Risos} é um aparelho de comunicação, com varias outras funções.

– Hm... E depois não é bruxaria.

– Todos tem um hoje em dia.

– É necessário para a sobrevivência da raça humana?

– Vendo por um lado... Sim.

Ela explicou um pouco mais sobre o “instrumento de bruxaria” para Akantis. Depois, a mesma ofereceu-lhe um quarto para passar a noite, ou melhor, madrugada, já que passava das 3 da manhã.

– Este quarto irá servir?

Eleonor entrou e observou cada detalhe. Havia teia nos cantos da parede e do teto. Muito pó, mas nada que uma batida de lençóis não resolvesse. Uma cama de casal, e um criado mudo ao lado, e um pequeno guarda-roupa.

– Sim... Vai servir...

– Então, até de manhã.

Akantis fechou a porta. Eleonor sentiu segurança, mas devia sempre estar atenta. E se toda aquela história fosse verdade, ela era importante e Akantis não ia fazer nada contra ela. Mas não deixava de poder ser mentira.

Para tornar o quarto um pouco mais confortável (ou menos sujo)  ela bateu os lençóis, e o travesseiro. Deixou acesa as velas do criado mudo, e se deitou.

Não era um hotel 5 estrelas, mas fazer o quê. Estava presa ali.

Ela tentava se manter acordada, mas infelizmente o cansaço ditava as ordens ali.

Querendo e ao mesmo tempo não querendo acordar daquele “sonho dormiu.