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História Born To Die - Eu faria tudo de novo


Escrita por: daniellybiebs e iamthalita

Notas do Autor


Tenham uma boa leitura :D

Capítulo 47 - Eu faria tudo de novo


 “Perdoe-me por isso, você sabe que eu amo você Emily e a nossa única e linda filha, a Madison é tudo pra mim e é por isso que preciso me afastar de vocês, eu preciso seguir minha vida... Se eu continuar por perto ele pode vir atrás de vocês e eu não suportaria algo acontecer com as minhas meninas. Eu amo você e eu espero algum dia ter a oportunidade de conhecer minha filha um pouco melhor, estou acabando com tudo aqui, mas espero um dia poder continuar toda a nossa história. Eu amo vocês. Marshall.”

 PDV MADISON  

 ~UMA SEMANA DEPOIS~ 

  - Ele pediu pra você almoçar com ele. - Diz Celia. A empregada da casa do Marshall.  

  - Mas eu não quero... - Digo penteando meu cabelo. - Desde que cheguei aqui sempre almocei no quarto, por que agora eu iria almoçar lá com ele? 

  - Por favor menina, ele vai acabar me despedindo se eu não te levar até lá... 

 Celia tinha um poder de convencer as pessoas que era incrível, será que até ela o Marshall ameaçava, a mulher era sempre tão simpática. 

  - Tudo bem, me convenceu. 

 Ela foi andando na minha frente, era a primeira vez que eu saia do quarto. Já havia se passado uma semana desde que conversamos frente a frente, e Celia sempre vinha aqui me pedir para ir almoçar com ele, e eu sempre rejeitei... Eu não queria estar ou ser próxima dele, eu não conseguia o ver e nem sentir como meu pai. Mas eu precisava de respostas, precisava falar coisas para ele, eu precisava me livrar de todas as perguntas da minha cabeça. 

 Assim que cheguei na mesa do local ela estava forrada de comida, parecia aquelas casas de famílias grandes, com muita comida e muita gente rindo, mas havia apenas duas cadeiras, isso era gozado.  

  - Pode se sentar ai, eu já volto. - Diz Celia me deixando sozinha. 

 "Ótimo, além de ser obrigada a vir almoçar aqui, ainda vou ter que almoçar sozinha com tudo isso de comida" penso irritada.  

  - Ele teve que sair... Peço desculpas menina. - Diz Celia com os ombros curvados. 

  - Tudo bem. - Digo me levantando. - Eu já imaginava que nem pra vir ao almoço que ele me chamou pra vir ele viria. 

  - Não, sente-se ai... - Ela diz tentando me convencer. - Almoce. Ele disse pra mim ficar lhe fazendo companhia na sua refeição e depois é pra mim lhe dar a chave. 

  - A chave? - Pergunto confusa. - Que chave? 

  - Não posso falar ainda... - Ela fitou o chão. - Olha eu sei que ele não está aqui, mas assim, ele vem tentando te chamar para comer o café da manhã, para almoçar, para jantar com ele desde que você chagou aqui, e justamente hoje ele teve que sair, não o julgue mal. 

  - Não o julgar mal? - Digo em deboche. - Me desculpa mas a senhora não deve fazer ideia do que ele fez comigo! 

 Ela pede desculpa pelo o que falou e pede para eu me sentar e comer, depois não diz mais nada. 

 Como ela pediu eu almocei, não comi nem metade de toda aquela comida e assim que me levantei ela me entregou uma chave e pediu para eu segui-la. 

  - Essa casa é nova... - Ela diz. - Nem ele mesmo conhece a casa direito... Não repare na bagunça das caixas. 

 Ela abriu uma porta e percebi que ali era o escritório dele, havia uma mesa grande e uma balança, calculadora e um computador. Havia prateleiras de livros, mas sem os livros e em uma cadeira ao lado das prateleiras havia uma pequena caixa de madeira. Celia pegou a caixa e me entregou, e disse: "Ele disse para você ver o que tem dentro assim que estiver sozinha". 

 Então ela me levou de volta para o quarto e só quando ela me deixou sozinha abri a caixa. Havia vários papéis, uma foto, uma corrente com um pingente e algumas cartinhas, cartinhas de amor e que eram da minha mãe. Tirei tudo que tinha lá dentro e joguei na cama e comecei a ler tudo. Aqueles papéis eram a certidão de nascimento e de óbito da minha mãe, a foto era eu e a minha mãe, o pingente abria tinha uma foto de nós três lá dentro, e as cartinhas era as cartas que a minha mãe escrevia para ele... Depois de ver tudo eu me deitei na cama e chorei... Eu não passei tempo o suficiente para saber diferenciar a voz da minha mãe de qualquer outra mulher ou de poder gravar o rosto dela na minha cabeça, e isso era o que mais doía, po que as lembranças que eu tinha dela eram todas contadas pelo meu avô, ou lembranças que eu mesma inventava quando era criança. 

 Agora tudo que eu tinha dela, era o amor que ela sentia pelo Marshall e por mim. Mas o amor dela por mim, eu não sabia como era e nem podia senti-lo. 

 PDV JUSTIN 

  Acordo com um barulho insuportável de alguém tocando a campainha da minha casa. Pego uma camiseta e saio do quarto até a porta. Assim que a abro me arrependo, é o Nolan. 

  - Eu realmente estava pensando que você só havia ficado brincando, mas você realmente levou a sério. - Ele diz entrando. - Por que você não apareceu mais no FBI? 

  - Eu disse que havia me cansado e ainda estou. - Fecho a porta e me jogo no sofá. - O que você quer Nolan? Eu não vou voltar para aquele lugar! 

  - Você ta realmente falando sério? Você vai voltar o merda que era antes e vai desistir dela? 

  - Cala a porra da sua boca! - Digo me levantando do sofá e ficando de frente pra ele. - Quem você pensa que é pra chegar aqui e falar merda pra mim?  

  - Você é ridículo, você não merece a porra do amor que ela sente por você! 

  - Foda-se o amor dela, ela não ta mais aqui, ou ta? Você ta vendo ela aqui? Ela resolveu me abandonar, só estou tentando esquece-la! 

  - Ela foi sequestrada pelo PAI dela Justin! - Ele diz gritando o "pai".  

  - E esse filho da puta a matou, o que eu posso fazer? 

  - Você não tem provas nenhuma de que ela está morta! 

  - E você tem alguma que ela está viva? 

  - Tenho, a foto que você recebeu aquele dia era o que pra você?  

  - Aquela foto já faz semanas, ele nunca mais entrou em contato com você Nolan e nem vai. Ele já matou ela, não tem mais o que fazer! 

  - Como você pode ser tão frio? 

   - Estou sendo realista! 

  - Você é ridículo! - Ele diz caminhando até a porta e abrindo. - Por que você acredita que ela te abandonou? O que você tem na porra da sua cabeça? 

  - Ela foi sem mim, eu me ofereci pra ir junto com ela e ela não quis. 

  - E você acha que ela armou tudo? Você é mais doente do que eu pensei. Eu espero muito que quando ela volte, ela te dispense. Eu sinto muito por ela ter perdido tempo com você! 

  - Ela não vai voltar Nolan. 

 Ele sai da minha casa batendo a porta e volto a me jogar no sofá, sem nada na cabeça e sem nada no coração. 

 PDV MADISON 

  - Da pra gente conversar agora? - Marshall diz entrando no meu quarto. 

  - Tem tempo agora? - Pergunto irônica. 

  - Desculpa pelo almoço, eu realmente tive que sair pra resolver algo importante. 

  - Já estou vendo o que é prioridade pra você. 

 Ele me olha assustado pelo o que disse e depois pega a cadeira onde ele se sentou a uma semana atrás e a coloca ao lado da cama e se senta. 

  - Você é prioridade pra mim! - Ele diz firme. - Pelo visto você viu a caixa... 

  - O que você queria que eu visse exatamente? Ou como queria que eu me sentisse?  

  - Não sei... - Ele diz me olhando. - Só queria que você visse isso... 

  - Marshall, vamos lá... Eu só estou aqui pra você por todo esse papo de vinte anos em dia, então, vamos acabar logo com isso. - Ele volta a me olhar assustado. 

  - É engraçado como as vezes você toma iniciativa rápido e é muito corajosa, isso em você me lembra a sua mãe. 

  - Você fala dela com carinho... - Digo me apoiando nas costas da cama. - Por que você a deixou Marshall? 

  - É uma longa história... - Ele diz coçando a cabeça. - Muito longa mesmo. 

  - Eu acho que tenho tempo né?-  Digo sarcástica. 

  - Tudo bem... - Ele diz com a voz firme e me olhando sério.  

 Posso ter toda a iniciativa do mundo, posso ser a pessoa mais corajosa do mundo, mas estou com medo... Eu não devia ter medo, mas o que ele dizer aqui e agora pode mudar tudo. 

  - Eu era um cara sem emprego, que morava com a mãe e que se mudava com muita frequência de casa e até de cidades... Conheci a sua mãe na escola e a gente começou a namorar escondido, ficamos nesse rolo até ambos terminarmos a escola, ela já sabia o que queria ser e eu não sabia nem no que era bom... Eu me dava mal em todas as matérias que existiam na escola ou na vida, eu ter terminado a escola foi um milagre e tanto. Eu amava ela mais que tudo e a única coisa que eu tinha certeza na vida era que eu gostaria de ficar com ela pelo resto da minha vida... Eu tinha uma namorada que o pai era advogado e tinha uma família perfeita, e eu além de viver sempre em qualquer lugar não tinha um tustão no bolso, sua mãe queria que eu fosse até a casa do pai dela pra assumir nosso relacionamento, e tudo bem... Até ai foi tudo bem, eu fui, o pai dela quase me matou e durante todo nosso namoro ele fez de tudo para fazer ela terminar comigo, porque eu não era bom pra ela, e a verdade é que eu realmente não era... 

  - E em nenhum momento você pensou em terminar? - Perguntei o interrompendo. 

  - Claro que sim, praticamente todos os dias... Principalmente quando ela queria sair e eu não tinha dinheiro, eu nunca tinha dinheiro. Enfim, foi ai que eu conheci o Paul, ele já era traficante e eu me tornei o braço direito dele, ele me ensinou a vender droga, depois me ensinou a traficar, a negociar, me ensinou a atirar, a dirigir um carro, a bater, a matar... Ele me fez ser o que eu sou hoje, mas até então eu só era o braço direito dele, eu fazia o que ele mandava, eu matava quem ele pedia pra eu matar, eu traficava pra ele, eu negociava, eu vendia... Ele apenas recebia. Existia vários de mim em todo canto da casa dele, ele tava sempre ensinando alguém. Eu comecei a trabalhar com ele enquanto namorava sua mãe, ela não sabia, ela só perguntava como eu comecei a conseguir dinheiro do nada e eu sempre dava uma desculpa esfarrapada pra sua mãe... Até que ela engravidou de você, agora eu não tinha só que levar minha namorada pra sair, agora era casa, filha e esposa... Eu não parei, eu me casei com a sua mãe e eu saia todas as noites pra vender ou pra fazer algum trabalho sujo pro Paul. Até que chegou o dia que sua mãe viu nos bolsos da minha calça cocaína, ela ficou tão mal, tão preocupada, ela já estava no sétimo mês da gravidez e acabou passando mal, então decidi parar, deixei o Paul e as drogas. Mas é aquela coisa, se você sabe uma forma rápida de ter dinheiro, dificilmente você vai parar... Mas eu deixei, por um tempo. Me mudei pra casa dos seus avós que antigamente não era aquele apartamento, e tive que ficar ouvindo que o pai da sua mãe ia ter que me sustentar, suportei tudo isso, tudo por você e por sua mãe, eu procurei emprego e conseguia fazer alguns bicos por ai... E assim foi até você nascer e fazer um ano de idade. 

  - Você diz que nos ama tanto e mesmo assim nos abandonou, isso não é amor, não pra mim. 

  - Eu... - Ele balançou a cabeça como se estivesse negando algo pra si mesmo. - Eu nunca na minha vida me senti tão feliz, tão bem e tão pai quando você nasceu... Madison quando eu te segurei pela primeira vez nos meus braços e olhei pra você, eu senti que devia te proteger de tudo, que eu devia cuidar de você. Eu nunca pensei que amaria uma criança tão pequena, tão inofensiva e tão linda. Você foi e é algo maior de tudo que eu já senti... Eu nunca havia sentido isso por nada, é uma coisa tão estranha, um dia você não se importa com nada, e no outro você se transforma, você me transformou. Eu nunca chorei tanto na vida como quando eu deixei você e a sua mãe, nunca senti tanta vontade de morrer, nunca me senti tão fraco... Vocês duas eram tudo pra mim, e eu faria qualquer coisa por vocês. Quando você fez um ano de idade, mais ou menos uma semana depois eu estava entrando na casa dos seus avós e o carteiro me entregou a correspondência, havia uma carta pra mim e quando abri havia um saquinho de cocaína dentro dela, e eu percebi que as outras contas que estavam destinadas ao seu avô estavam todas com saquinhos de cocaína. Eu entrei em desespero, não tinha como ele saber onde eu estava morando. Quando finalmente li a carta que era pra mim, ele disse "se você não pagar, eles vão pagar", era uma frase que o Paul vivia falando e naquele momento significava que se eu não voltasse pra merda dele, vocês duas e seus avôs iriam pagar.  

  - Então foi isso? Ele te mandou uma carta e você caiu fora?  

  - Talvez você não entenda, talvez nunca entenda, mas... Eu precisava fazer isso Madison, correr o risco pra que? Vocês valiam muito mais a pena do que eu... Sua mãe me fez prometer para ela que eu te protegeria de tudo, e que se algum dia alguma coisa acontecesse eu tomaria a decisão certa, eu sei que ela não estava falando disso, mas eu sentia que aquilo era o certo, e eu deixei vocês... 

  - Você tem noção de como eu sofri sem você? Ou de como ela deve ter sofrido? Eu vivi sem um pai e uma mãe!  

  - Me desculpa... - Ele diz me olhando nos olhos. - Me perdoa por tudo isso e por todo o sofrimento que eu te causei, eu sempre faço coisas erradas, eu sei que faço, mas aquilo parecia tanto o certo, me perdoa... 

  - Não adiantou nada. - Digo segurando as lágrimas pra não chorar. - Ela morreu. 

  - Quando ela morreu eu fiz de tudo pra saber onde você estava, eu fiz de tudo pra poder te trazer pra mim, mas eu não te achei, seu avós haviam se mudado... Até então eu havia acreditado que sua mãe, seus irmãos e seu padrasto morreram em um acidente de carro, em uma viagem, depois de alguns anos descobri pelo próprio Paul que ele havia mandado matar eles... E eu o matei. 

  - Dai você se tornou, Marshall Scooter, o traficante e assassino mais louco que existe e mais perigoso? 

  - Mais ou menos... Era a única coisa que eu sabia fazer, então peguei toda a experiencia que eu tive com o Paul e usei ao meu favor, então roubei todo o poder que ele tinha... É como se fosse naqueles tempos antigos, quem matava o rei era o novo rei. Até hoje é assim no tráfico. 

  - Que bom pra você então, né? - Digo irônica.  

  - Eu faria tudo de novo se pudesse, eu teria feito diferente, eu me arrependo de cada merda que eu fiz... A culpa da sua mãe ter morrido foi minha e eu me culpo por isso todos os dias Madison, e eu sinto muito, muito mesmo por tudo, por tudo que eu te fiz passar mesmo não sabendo, eu errei, mas eu preciso e quero muito que você me perdoe, ou pelo menos entenda... Eu ainda te amo, eu ainda dou minha vida por você, ainda faço qualquer coisa por você, ainda te protejo e pra mim você vai ser sempre o bebe que mudou minha vida. 

  - Você matou meu avô... Como eu vou te perdoar? Você matou a única família que eu pensei que tinha... 

  - O que? - Ele me olha assustado. - Eu matei seu avô? Que história é essa? 

  - Ele foi morto, e a bala que foi encontrada no corpo dele veio da sua arma. 

 Marshall me olha espantado, como se não soubesse o que falar, ele fica parado me olhando sem entender e parecendo confuso. 

  - Eu nunca matei seu avô Madison. - Ele diz, finalmente. 

  - Não me venha com essa Marshall, não adianta se fazer de bom moço! - Digo irritada e com as lágrimas já bem longe de mim. 

  - Eu me fazer de bom moço? Madison eu sou seu pai e acabei de te contar tudo. Acabei de falar que me sinto culpado pela morte da sua mãe e eu sei que é minha culpa. Mas eu não matei seu avô, se eu soubesse onde seu avô estava e que você morava com ele eu não teria perdido tanto tempo. 

  - O FBI tem provas disso Marshall. 

  - Então eu realmente não sei da onde eles tiraram essas provas! - Ele diz irritado. - Por que eu mataria seu avô? Por mais que ele tenha me infernizado durante todo o tempo que fiquei com a sua mãe, ele nunca me expulsou da casa dele, e sempre nos ajudou... Eu não tenho motivo pra matar ele. 

  - Você matou ele por que queria se vingar do Nolan, porque o Nolan te deu as costas... 

  - O que? - Ele diz mais irritado que antes. - Essa é a maior bobagem que eu já ouvi! - Ele fica de pé e me olha sério. - Eu não mataria seu avô por raiva ou sei lá o que por causa do Nolan, se eu quisesse fazer ele ficar mal eu teria matado você, ou o babaca no Eric, não seu avô, isso não faz sentido nenhum! 

  - Então você ta falando que o FBI mentiu pra mim? 

  - Eu não sei, mas eu não matei seu avô, isso é ridículo Madison! - O celular do Marshall toca e ele o pega e olha pra tela. - É mais fácil acreditar em mim do que no FBI, vai por mim... Aquilo lá anda pior que eu, e olha que sou traficante, assassino, terrorista e tudo mais que eles inventam. - Ele vai andando até a porta e diz: - Eu tenho que atender, espero te ver no jantar Madison...

  Continua...


Notas Finais


E ai? O que acharam? u.u
Gente não esquece de comentar aqui no final, precisamos saber oq estão achando, rs
Até breve :P


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