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História Born To Die - Nos vemos no inferno


Escrita por: daniellybiebs e iamthalita

Notas do Autor


Boa leitura!

Capítulo 53 - Nos vemos no inferno


PDV MADISON 

 São sete horas da manhã quando alguém toca a minha campainha loucamente, dormi muito pouco, várias vezes eu senti vontade de correr até a casa do Justin e pedir pra ele vir dormir comigo, muitas vezes eu senti vontade de desistir do tempo, ele era o amor da minha vida, mas mesmo assim eu precisava de um tempo dele. 

 Quando abro a porta dou de cara com o Justin, encostado ao lado da porta me olhando, ele ta vestindo a mesma roupa da noite anterior e seus olhos estão inchados. 

  - Justin... - Tenho vontade de brigar com ele, mas eu não posso. - O que você ta fazendo aqui? - Pergunto. 

  - Eu dormi aqui... E eu não queria entrar, por mais que eu tenha a chave, eu queria dar um tempo a você... - Ele diz me olhando com cautela. - Posso entrar? 

  - Justin eu disse que queria um tempo... - Digo tentando o lembrar, eu queria puxar ele pra dentro de casa e o abraçar. 

  - Mas eu pensei que o tempo já tivesse passado, você passou a noite sozinha... - Ele diz e um sorriso se abre nos meus lábios. 

  - Você não existe... - Digo tentando não parecer uma idiota. - Entra. - Falo. 

 Ele entra e vai direto pro sofá e deita lá, fecho a porta e fico olhando pra ele lá. 

  - Você não vai vir aqui? - Ele pergunta. 

 Vou até lá e ele faz sinal pra eu me sentar no sofá ao lado dele, me sento e ele deita a cabeça nas minhas pernas e eu fico o olhando... Como pode alguém ser tão lindo? Alguém ser tão perfeito pra mim. São tantas coisas que eu tenho que pensar, mas eu não consigo... Penso na droga e eu sinto muita raiva, mas ele não vai fazer aquilo de novo, ele viu como fiquei com raiva e assustada com aquilo. Penso em como ele me escondeu tudo aquilo de mim durante uma semana e me sinto sendo deixada pra trás. Penso em como ele sofreu sem mim durante todos aqueles dias e nele desejando outra pessoa... A dor é insuportável...  

 Sem perceber eu estou passando as mãos pelo seu cabelo e algumas lágrimas ainda descem pelo meu rosto.  

  - Não pense nas coisas amor... - Ele diz me olhando. 

  - Eu não quero você fazendo essas coisas de novo Justin, eu não quero... Eu não quero me relacionar com você fazendo esse tipo de coisa, se você for preso amanhã eu posso ir junto, e ai o que vai ser da gente? Eu não quero mais ver droga na minha frente e nem na minha casa e principalmente não quero saber de você querendo outras mulheres, você faz ideia de como dói? - Respiro fundo e ele está me olhando sério.  - Mas eu não posso pedir essas coisas... Eu não tenho esse "poder"... 

  - O que? - Ele se levanta e se senta ao meu lado, ele pega minha mão e a segura. - Eu passei a noite toda do lado de fora pensando em tudo o que eu fiz, eu sei que sou todo ferrado Mad mas eu simplesmente não posso te deixar ir, eu não consigo... Eu sei que fiz toda essa merdas ai, mas eu não consigo te deixar. Madison você pode me mudar, você já me mudou na verdade, você vive fazendo eu querer ser diferente, ser o melhor pra você... Eu não desejo ninguém além de você, aquilo na boate com aquela menina foi exatamente porque ela era um pouco parecida com você... Ela me lembrava a menina que eu mais amo e a única que eu já amei... Eu não quero mais ninguém! 

  - Isso tudo é muito difícil... - Digo. 

  - Eu sei... - Ele diz e se aproxima mais de mim me abraçando, ficamos assim por muito tempo, sem dizer nada, eu choro com ele me abraçando e não tem coisa melhor, ele sempre me ajuda...  

  - Você passou a noite toda aqui? - Pergunto depois de um tempo. 

  - Eu não queria ir embora... Eu não ia me sentir bem estando mais longe ainda de você. - Ele beija minha cabeça. 

  - Você deve estar sentindo dor no corpo... - Digo tentando me afastar, mas ele me aperta tanto contra ele que não dá. 

  - Estou pior por ter te feito chorar... Consigo ver como você ta cansada... Eu sinto muito por tudo. - Ele diz e beija novamente minha cabeça. 

  - Tudo bem... Mas você devia ir pra casa, pelo menos pra tomar banho, dormir... - Ele nega com a cabeça não querendo ir. - Justin, eu vou estar aqui, quando você bater na porta eu vou abrir e a gente vai conversar como agora, por mais que eu queira você longe eu não consigo te tirar daqui. Mas você precisa ir! 

 Ele respira fundo e não diz nada. Eu o aperto mais contra mim e ele me aperta de volta. Eu sei que ele passou a noite toda lá fora chorando e triste, da mesma forma como eu passei no meu quarto. 

  - Só vou embora se você tomar um banho e ir dormir... E eu vou ir embora quando você estiver dormindo. - Ele diz. 

  - Você promete pra mim que vai chegar na sua casa e vai fazer o mesmo? - Pergunto. 

  - Faço qualquer coisa pra você tomar um banho e dormir... Você ta assim desde ontem e eu preciso que você fique bem, pelo menos um pouco. 

  - Tudo bem... - Digo 

 Ele se levanta primeiro e eu em seguida olho pra ele, e ele está sorrindo. É bom ver que pelo menos ele está sorrindo. Justin pega minha mão e me leva até o banheiro, ele abre a porta e a fecha ficando na minha frente. 

  - Pensei que eu fosse tomar banho... Sozinha. - Digo confusa. 

  - Eu quero ajudar. - Ele diz e o sorriso continua lá. 

  - Justin isso não é certo. Você sabe que não vai dar certo. - Digo mas ele vem andando na minha direção. 

 Ele tira minha blusa, depois desce e tira minha meu short e a minha calcinha juntos, ele volta a ficar de pé com um sorriso maior que o anterior, desabotoa meu sutiã e da um passo pra trás e fica me olhando. 

  - Você não vai entrar comigo. - Eu falo. 

  - Tem certeza? - Ele pergunta desapontado. - Posso ajudar a esfregar suas costas... 

  - Não Justin. - Peço e ele concorda. 

 Entro no banheiro e a água vem morna e tomo um banho devagar... Primeiro fico um bom tempo apenas me molhando e depois me ensaboo, quando volto a me enxugar algumas lágrimas vem junto. É difícil tomar banho com o seu namorado te olhando pelo lado de fora do boxe e principalmente saber o motivo de ele não estar tomando banho junto com você. Eu gostaria de lavar tudo da minha cabeça, queria tirar todas as coisas que ele me falou ontem. Respiro fundo e balanço a cabeça me negando a pensar sobre isso, eu estou exausta, e Justin tem razão, eu preciso dormir, eu preciso descansar. 

 Quando abro o boxe ele pega uma toalha e me cobre, mas continua parado na minha frente, com os braços em volta de mim e beija o topo da minha cabeça. Ergo a cabeça e ele está me olhando e ta tão perto que quase impossível não beijá-lo. Ele me beija e eu tiro meus braços de baixo da toalha e alcanço sua cabeça, mantenho ele perto. 

  - Por que você faz isso comigo? - Pergunto baixo. 

  - Eu vou errar muito amor... Eu vou errar muito com você, mas sempre que eu erro com você eu quero concertar tudo e fazer diferente. - Ele diz ainda de olhos fechados. 

  - Eu só queria saber porque você sempre erra e porque seus erros sempre são enormes a ponto de me fazer pensar se você merece um perdão... - Digo e meus olhos se enchem de água. 

  - Eu sempre errei, a vida toda... Mas ninguém nunca se importou, até eu conhecer você. - Ele abre os olhos e continua. - Me desculpa por isso, mas eu juro pra você que eu tento, eu realmente tento. 

  - Eu sei...  

 Estou deitada na cama de lado e ele está bem na minha frente, também deitado e me olhando. Em pouco tempo eu sinto minhas pálpebras se fechando... 

  - Eu posso voltar aqui amanhã? - Ele pergunta quando estou quase caindo no sono. 

  - Não - Resmungo. 

  - Por que não? - Ele pergunta insistente. Abro os olhos. 

  - Justin eu preciso ficar sozinha. Tenho muita coisa pra resolver e se você vier aqui eu não vou fazer nada... 

  - O que você tem que fazer? 

  - Falar com o Eric, falar com a Lili, tentar arranjar um comprador pra esse apartamento, voltar a fazer aulas de dança e se tiver sorte voltar a dar algumas aulas... 

  - Vender o apartamento? - Ele fala assustado.  

  - Sim... - Digo me dando conta que até agora não tive tempo pra pensar nisso direito, mas a verdade é que desde que voltei pra cá eu não me sinto bem, eu sinto falta do meu avô mais do que tudo, e eu preciso ficar longe disso, dessas lembranças. 

  - Você não pode fazer isso Madison. - Ele diz firme. 

  - Por que não? Eu não aguento mais ficar aqui... Esse lugar me trás muitas lembranças... 

  - Exatamente por isso, te trás lembranças e é onde você viveu... A parte mais importante da sua vida ta aqui.  

  - Mas eu não quero mais morar aqui Justin... Eu fico muito sozinha aqui e isso me faz mal, depois que eu voltei eu sinto muita falta de conversar com alguém... - Digo e fecho os olhos. 

  - Até nisso eu errei... - Ele diz e abro os olhos. - Não perguntei como você se sentia... - Ele me olha triste. - Mas não venda o apartamento Mad, é a única casa que você tem e o seu avô deixou pra você... Alugue ele para alguém, por algum tempo... Mas não o venda. 

  - Tudo bem... - O tranquilizo. - Não vou vender... E é verdade, é a parte mais importante da minha vida... 

 Ele não diz nada e me da um sorriso fraco. Ele me puxa para ele e então estou deitada em cima do seu peito enquanto ele passa a mão pelas minhas costas. 

  - Não me deixe... - Ele diz baixinho. 

  - Eu não consigo... - Falo. 

 Pego em um sono tranquilo, sentindo o peito do Justin subir e descer em baixo de mim, e imagino a gente em algum lugar onde nenhum problema dele viesse nos atrapalhar. 

  [...] 

 Abro os olhos e tudo está escuro ao meu redor... Por quanto tempo eu dormi? Me sento na cama e então vejo que Justin já foi embora, sinto um aperto no peito e tenho vontade de ligar pra ele, mas me controlo, porque hoje é meu ultimo dia pra pensar em tudo... 

 Levanto da cama e vou até a janela, as luzes dos prédios e dos faróis dos carros estão acesas, o céu está quase todo escuro. Volto ao dia que eu conheci o Justin, até então seu nome me causava um certo pânico, depois a raiva que eu senti dele foi tão grande que foi impossível sentir medo, eu queria literalmente matar ele. Depois ele me sequestrou... Parece que as pessoas gostam de me sequestrar... Tanta coisa aconteceu comigo, com a gente... Eu prendi ele, depois trabalhei com ele pra pegar meu pai... E finalmente chegamos onde estamos agora, o que eu sinto por ele é tão grande e tão diferente, eu nunca senti nada parecido por ninguém, nem quando eu era adolescente e me apaixonava por todo menino que ficava... E agora aqui estou eu pensando em tudo o que ele fez... Não é justo pra eu pedir pra ele parar com toda essa merda, eu o conheci fazendo exatamente o que faz, mas agora é diferente de antes, antes de eu ter sido sequestrada, eu cresci, eu me sinto mais madura e mais realista, e eu sei que não vai dar certo, o nosso relacionamento não vai dar certo enquanto a gente não resolver isso. Eu não posso ficar com uma pessoa que vai sair algumas noites pra enfrentar a policia, não posso viver com uma pessoa que vai matar qualquer um que impedir ele de fazer o que quer... Hoje eu vejo que a gente não vai dar certo se as coisas continuarem assim, dessa forma. Eu não sou uma mulher que quer casar e ter filhos com um traficante, eu não quero que meus filhos tenham o pai que eu tive... Você ta pensando em casar com o Justin? Ter filhos? Como vou deixar o homem que eu amo? Eu não vou deixá-lo! Mas eu preciso que ele entenda que eu não quero essa vida pra mim, não quero essa vida pra nós, se o que nós temos é realmente importante pra ele, acho que vamos precisar de uma longa conversa e uma grande mudança. 

 NARRADOR 

  - Então vamos fugir agora? - Ela pergunta. 

  - Sim! - Marshall responde entre dentes. 

  - E a sua filhinha vai ficar aqui? Em Atlanta? - Ela pergunta com ironia. 

  - Vai! 

  - Depois de todo o trabalho que tivemos pra pegar ela... - Ela continua a falar com ironia. 

  - Se eu soubesse que ela era minha filha desde o começo, eu nunca teria pegado ela. - Marshall diz amargamente. 

   - Qual é, agora vocês se conhecem, e tudo acabou bem! -  Ela diz com uma falsa alegria. 

 Marshall para o carro com uma freada brusca e encosta na estrada, a mulher olha pra ele confusa mas não diz nada, Marshall desce do carro e vai até o banco de trás e tira de baixo do banco do motorista uma arma e coloca no cós da calça, pega uma corda e vai até o lado da mulher e abre a porta e a manda sair do carro. 

  - O que você vai fazer Marshall? - Ela pergunta assustada. 

 Ele puxa os braços dela pra frente e com a corda ele amarra seus pulsos tão fortes que ela grita de dor, mais alguns minutos com os pulsos amarrados daquela forma e vai ficar marcado por muito tempo. 

  - Você é tão esperta, tem certeza que não sabe? - Marshall pergunta usando o mesmo tom de ironia que ela usou a minutos antes. 

 Ele puxa seus braços e a joga no mato, muitos caminhões e carros passa pela estrada, mas nenhum para. A mulher olha assustada para ele, sem saber o que fazer, ela sabia o que ele iria fazer. 

  - Você merece ser tratada da mesma forma como tratou minha filha, cadela! - Ele rosna com fúria. 

  - Eu tratei ela da forma como você queria! - Ela diz gritando. - Você nem sabia quem ela era! 

  - MAS VOCÊ SABIA! - Ele grita. - Você sempre soube e mesmo assim não me disse nada! 

  - Ela é uma bastarda, porque você se preocupa tanto Marshall? Você nunca deu a mínima por ninguém e do nada você muda? Quem você ta querendo enganar? 

   - Ninguém! - Ele sorri, um sorriso frio que não chega nem perto dos olhos. - Ninguém realmente me conhece.  

   - Então você é bom? - Ela ri. - Agora você vai querer me dizer que é bom? 

   - Eu não sou bom, eu nunca vou ser! - Ele tira a arma da calça e aponta pra ela. Ela arregala os olhos. 

   - Marshall eu só tava seguindo ordens! - Ela diz em desespero, seu filho está na sua cabeça e agora o arrependimento de ter se juntado com Marshall vem com força, ela nunca devia ter deixado o filho. 

   - E agora eu vou seguir as minhas! - Ele diz e sorri pra ela. - Uma ultima bala para o último Wallace. Essa arma é fantástica, é uma boa maneira de morrer, você não acha? 

   - Marshall, por favor, pense direito, você vai precisar de mim! - Ela implora. 

   - Eu nunca precisei de ninguém, eu só tava usando você o tempo todo, você tava tão preocupada em querer pegar minha filha e matar ela que nem percebeu! - Ele olha pra arma com carinho. - Você é estupida Pattie, tão estupida quanto seu filho! 

   - Marshall, por favor... - Ela pede. 

   - Eu imagino quantas vezes minha filha deve ter implorado. - Ele olha pra ela e então se lembra do pedido da sua filha. - Sabe, ela me pediu pra eu não fazer nada com você, porque ela não queria que o seu filhinho sofresse. Ela tem um bom coração, infelizmente pra você e pro seu filho eu não tenho. 

 Ele volta a aponta a arma pra ela e destrava, ele fecha os olhos e respira fundo, quando volta a abrir seus olhos estão mais sérios que antes e a raiva que ele sente é palpável. 

   - Você vai sofrer como ela sofreu! - Ele da um ultimo e único tiro na perna da mulher e ela grita de dor. - Você vai sangrar até morrer Pattie. - Ele sorri enquanto vê ela se esforçando pra tentar estancar o sangue da perna, enquanto vê ela chorando de dor. - Nos vemos no inferno.

  Continua..


Notas Finais


Adeus Pattie? :o
Comentem o que estão achando, é importante!!
Até breve *-*


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