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História Boss - Chapter nine


Escrita por: jvrbara

Notas do Autor


FINALMENTE O TÃO ESPERADO CAPÍTULO.
sem spoilers, deixarei suas avaliações para o final.
belíssima leitura, amores!!

Capítulo 9 - Chapter nine


Fanfic / Fanfiction Boss - Chapter nine

          ─ Christian! ─ minha voz saiu num tom baixo, apenas para chamar a sua atenção, tentando entender o modo que ele havia agido. Meu coração parecia bater mais forte a cada minuto e um turbilhão de coisas passavam em minha cabeça, enquanto o Nathan nos olhava assustado, mas ao mesmo tempo confuso com aquilo. Eu não esperava por aquela reação, e muito menos vinda dele.

          ─ Vem, vamos sair daqui. ─ Paul apareceu, tirando o loiro daquele meio e apenas assim eu percebi que as pessoas ao nosso redor haviam parado de dançar, ou sequer conversar, a atenção estava presa àquela tensão que acabou de acontecer, até a música pareceu ficar mais baixa.

          ─ Desculpa. ─ disse ao Nathan que continuava com seu olhar confuso antes de ir ao encontro do Christian que, pelo que vi, foi levado para o lado de fora do salão de festa, aos fundos do local.

          ─ O que foi, Christian? Está gostando da Wright agora é? Que merda foi aquela que você fez? Quer chamar a atenção de todo mundo na festa? Quer que essa notícia chegue no exterior? ─ Paul o repreendia, sussurrando, como não quisesse que ninguém o ouvisse, mas eu não demorei até me aproximar deles com certa rapidez.

          ─ O que você tem na cabeça? ─ não foi possível esconder a raiva em minha voz, ele havia sido um babaca ao agir daquele jeito, ainda mais na frente de todos.

          ─ Como é que é? ─ assim como eu, ele também agia com brutalidade ao seu tom de voz, me olhando com raiva, mesmo que o Paul estivesse entre nós tentando afastar o Christian que parecia se aproximar de mim a cada palavra que pronunciava.

          ─ Rose! ─ Nathan vinha em minha direção com um olhar preocupado, ele parecia querer ajudar, mas ao contrário disso, ele só fez piorar em ter vindo.

          ─ E você, cara? Eu contratei você para tirar as fotos da festa e dos meus convidados, não os agarrar, eu pago você para isso, está me ouvindo? Não é para você ter contato com nenhum deles. Você é um mero empregado! ─ as palavras ríspidas do Christian pareciam cortar não só ao Nathan como também a mim, ele parecia mesmo cuspir as palavras e aquilo me entristecia, mas ao mesmo tempo me enfurecia.

          ─ Chega! ─ o repreendi novamente, subindo meu tom de voz desta vez, eu não ia deixar que ele falasse com meu melhor amigo daquela forma, com ninguém! Ninguém merecia ouvir palavras tão rudes, nem receber tal tratamento. ─ Você não tem o direito de falar com ele assim, eu não vou permitir, está me entendendo?

          ─ E quem é você para permitir algo? Quem manda aqui sou eu e se eu quiser colocar ele pra fora nesse exato momento eu coloco. ─ retrucou, apontando para o moreno que apenas nos encarava sem ação.

          ─ Pessoal, pessoal... a festa está tão boa lá dentro, vamos curtir, vamos aproveitar a noite, sem brigas, já deu, não acham? ─ a voz tranquila, mas ao mesmo tempo irritante e debochada do Paul era ouvida, me fazendo revirar os olhos com aquilo, mas de certa forma serviu para acalmar um pouco toda aquela tensão, apesar do Christian e eu ainda nos encararmos sem desviar o olhar um minuto sequer.

          ─ Preciso falar com você... à sós. ─ não demorou muito para o Paul e o Nathan entender o que eu havia falado e finalmente sair, me deixando sozinha com o Christian que continuava a me olhar, aparentemente decepcionado, ou triste, ou ainda enfurecido, eu não sabia, era uma das poucas vezes que eu não conseguia descrever como ele estava se sentindo, ou o que estava pensando. ─ O que aconteceu ali? Por que aquela reação? Christian! Você viu a forma que o tratou, ele é meu melhor amigo, eu já havia comentado com você sobre ele.

          E eu realmente havia, dentre uma das vezes que saímos juntos fomos a uma exposição, o que me fez lembrar perfeitamente do Nathan, quando resolvi conta-lo sobre ele, sobre a nossa adolescência e o quanto eu sentia falta dele, mas parece que esta noite ele resolveu ignorar tudo, principalmente com o modo que falou com ele.

          ─ Viu o modo que ele agarrou você? E o quanto aquilo chamou atenção para todos? Haviam dezenas de fotógrafos lá, Wright. Você tem noção da repercussão que haveria?

          ─ Repercussão por eu abraçar um fotógrafo que é o meu melhor amigo? ─ minhas palavras mostravam o quão indignada eu estava, ainda mais pelo seu modo de falar esta noite, desfavorecendo um profissional, eu não lembro dele agir assim antes, com ninguém.

          ─ Você entrou comigo, portanto era a minha acompanhante, não tinha nada que você estar se envolvendo com outro que não fosse eu. ─ como ele estava sendo egoísta!

          ─ Eu sinceramente não entendo você... ─ já não era mais possível controlar o que estava prestes a sair da minha boca, eu estava com medo que ele pensasse que eu queria apressar as coisas, afinal, sabia que ele não era disso, mas eu não podia mais guardar isso pra mim, engolir essas palavras mais uma vez. ─ O que nós temos? Somos namorados? Amigos? Colegas de trabalho? Por que uma hora você me trata como uma coisa, e outra hora como outra.

          Foi inevitável não notar as expressões confusas e nervosas do Christian, ele podia disfarçar qualquer sentimento, mas esse não, pelo menos não naquele momento, tê-lo em minha frente, sem conseguir olhar em meus olhos, com suas mãos passando persistentemente nos seus cabelos mostrava sua preocupação diante minhas palavras, ele sabia que eu estava certa e, por mais que eu esperasse um fora de sua parte, ele pareceu procurar uma resposta cabível, uma justificativa, o que chegou a me surpreender.

          ─ Rose, eu não posso... ─ sua voz se mostrava diferente, ao invés de alteração e grosseria, agora persistia a calmaria, e talvez, o medo. ─ Não posso tomar nenhuma decisão precipitada, eu só... ─ suas pausas enquanto falava deixava meu pequeno coração apertado, meus olhos estavam fixos nos seus que agora estavam tão próximos. Christian segurou meu rosto com suas grandes mãos, acariciando a parte de minha bochecha e fazendo nosso contato visual ser intenso. ─ Eu não posso perder você. ─ talvez aquilo fosse tudo o que eu precisava ouvir, pela primeira vez, eu pude conhecer um Christian diferente, um Christian receoso, preocupado, mas não era uma preocupação qualquer, era uma preocupação de me perder.

          ─ Ei, você não vai. ─ e assim como ele, eu segurei o seu rosto levemente, até me aproximando mais um pouco, deixando a distância entre nossos rostos limitada. ─ Eu estou aqui, não vou embora, nada vai me fazer ir, ninguém vai mudar isso, eu te prometo.

         
Eu gostaria de ter sempre contatos como este com ele, o sentir carinhoso, arrependido, próximo a mim, de uma forma que fazia eu me sentir suficiente para ele. O acontecimento da festa apenas me fez ver que havia sim sentimentos da parte dele, Christian demonstrou seus ciúmes, apesar de ser de uma forma que eu não aprovo, mas ainda assim, eu me sentia bem em saber que os meus sentimentos são recíprocos por ele.

         Resolvemos voltar para a festa e desta vez, ficamos um pouco mais juntos, claro que depois que eu praticamente o obriguei a pedir desculpas para o Nathan, mas tudo ocorreu bem, ele não era o tipo de cara que gostava de dançar, mas eu preferi fazê-lo companhia, apenas andamos pelo local, bebericamos um pouco e eu tive que observar alguns “puxa-sacos” do Christian conversando sobre trabalho no meio da festa, eles não cansam?
 

[...]
 

          ─ A reunião será daqui a cinco minutos. ─ a assistente do Christian dizia ao pé do seu ouvido e eu já podia vê-lo revirar os olhos, o que me fez rir.

          ─ Você vai, não é? ─ sua voz rouca e baixa atingiu meu ouvido e me fez arrepiar um pouco com seu sussurro.

          ─ Eu vou sim. ─ sussurrei de volta, ainda com meu rosto virado para o computador. Christian se afastou de meu ouvido e me olhou, puxando uma cadeira rodizio para sentar ao meu lado.

          ─ Tem uma coisa que vou falar, quero que todos estejam presentes. Vai ser uma surpresa pra todos e principalmente para você. ─ ele tinha um sorriso contagiante e empolgado, era raro ver o loiro assim, posso afirmar que gostava bastante.

          ─ E o que seria? ─ perguntei mordendo o lábio inferior, ansiosa, com certeza.

          ─ Quer estragar a surpresa? ─ ele ergueu uma das sobrancelhas, se afastando de mim, mas antes, deixando o delicado beijo em minha bochecha como sempre, era incrível como aquilo sempre me deixava com um sorriso por horas no rosto.

          ─ E aí? O que ele falou? ─ Betty, curiosa, entrou na minha sala assim que o Christian havia saído.

          ─ Eu não sei, mas... acho que vou ser pedida em namoro.

          Tudo bem, eu poderia estar exagerando, por que ele faria uma reunião apenas para me pedir em namoro no trabalho? Mas a reunião havia um outro propósito, então poderia ser uma bela oportunidade para assumirmos para todos do trabalho. Eu já falei que amo surpresas?

          Antes da reunião começar, eu fui até minha maleta de primeiros socorros e, diferente das outras, ela havia batom, perfume, maquiagem, de tudo, menos do que se é esperado: remédios. Espirrei um pouco de perfume em partes variadas de meu corpo, coloquei brincos maiores, arrumei melhor meu cabelo colocando para o lado e por fim passei um pouco de batom sobre meus lábios. Mas e se ele me beijar? Vou sujá-lo por completo!! Imediatamente, tirei o batom cremoso e passei um matte, para que se algo acontecesse, eu não passasse vergonha na frente de todos do trabalho.

          ─ Está pron... Uau, você vai para uma reunião ou uma festa, gatinha? ─ ri do comentário descontraído da Betty, mas logo em seguida arregalei os olhos, deixando que sua mensagem subliminar entrasse em minha cabeça, me deixando um tanto desesperada.

          ─ Eu estou muito arrumada? Exagerada? Devo tirar tudo? ─ perguntei, já começando a tirar os brincos, mas fui impedida pela loira que segurou minha mão enquanto ria de minha reação.

          ─ Ei, calma, você está linda, não está exagerada, vem, a reunião já vai começar.

          Suspirei de alívio, mas ainda assim assustada, nervosa e talvez um tanto curiosa.

          Como ele iria falar? Ele iria me beijar na frente de todos? Isso é constrangedor! Mas ao mesmo tempo é claro que eu gostaria.

          Entramos na sala de reunião, alguns homens e mulheres chiques já estavam sentados sobre as cadeiras luxuosas, meu lugar e o da Betty sempre ficava junto, Christian ficava distante, infelizmente, por ser o chefe de tudo e de todos, ficava com a cadeira na ponta da mesa, para que todos tivessem visão perfeita dele.

          Apesar de eu preferir ser exclusiva, ter apenas ele em meu campo de visão seria o suficiente..

 
          Christian estava muito concentrado com seu tablet enquanto sua assistente organizava o projetor para ele começar a explicar tudo. Minhas mãos suavam, meus pés balançavam em baixo da mesa e eu agradecia por ter várias folhas sobre a mesma, pois como o material da mesa é feito de vidro, todos veriam meu nervosismo e bom, me achariam uma maluca? É o mínimo, talvez.

          ─ Bom, já que estão todos aqui, vamos começar o quanto antes. ─ e com seu tom sério e profissional, Christian começou, levantando de sua cadeira. Ele deu uma rápida olhada para mim e sorriu discretamente como um cumprimento. Merda, minha respiração já começou a ficar desregular. Controle-se, Rose! ─ Como vocês sabem, a periferia de Seattle está, de fato, manchando a imagem da cidade e nós resolvemos escrever sobre, e divulgar meios para melhorar as condições dos moradores e claro, uma boa parte do dinheiro arrecadado será doado para essa região escassa. Por isso, convidei o Sr. Glesman para que possa nos ajudar, ele tem um centro de ajuda aos mais necessitados e nos dará uma assistência nesse nosso mais novo projeto. Primeiro eu gostaria de jornalistas para ir até o local, fotografar, entrevistar e relatar a vida, o dia-a-dia destas pessoas e então assim...

          ─ Não acredito que começaram a reunião sem mim. Isso é um insulto até mesmo para vocês, ignorantes! ─ interrompendo totalmente a reunião, uma mulher alta, de longos cabelos loiros invadiu a sala, desviando a atenção de todos para ela que parecia agir naturalmente apesar de tudo.

          ─ E quem você pensa que é para interromper a nossa reunião? ─ o homem com aparência de quase setenta anos se pronunciou, mostrando irritação em sua voz e em seu olhar. A garota dos belos cabelos quase chegando em sua bunda riu, debochada, ela estava mesmo confiante, ou será que era maluca? Essa dúvida quase me fez rir baixo.

          ─ Quem sou eu? ─ ela voltou a rir, deixando uma interrogação na cabeça de todos naquela sala. ─ Eu sou Madison Willians, simplesmente a noiva de Christian Price. ─ seu sorriso convencido se virou para a direção do Christian que estava paralisado, surpreso, assustado, não sei como descrevê-lo naquele momento, assim como todos naquela sala.

          Noiva?


Notas Finais


é tombo atrás de tombo mesmo. eu mesma ainda estou caindo.
comentem o que acharam e não se esqueçam de recomendar aos seus amigos!
até a próxima, babies!! ♥


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