História Boy, I can feel your heart - Ele está aqui...

Eu me movo sensualmente pelo recinto e sinto todos os olhares masculinos sobre mim. Eu sei que sou a mais bela daqui, eu sei que sou desejada por todos e que todos pagariam o quanto eu quisesse para me ter em suas camas. Entretanto, meus caros, eu comando.

Chego na bancada e peço um drink a James, um Martine para aquecer a garganta. Hoje ele virá me ver. O moreno que me leva às alturas, o moreno que é diferente de todos os outros, o moreno por qual eu me apaixonei.

Eu confiro a hora no meu relógio de pulso, são 11 da noite. Um pouco mais tarde do que ele costuma aparecer por aqui. Arlong está olhando fixamente para mim, eu não dormi com ninguém hoje. Mas ele não pode fazer nada, eu sou a prostituta mais cara daqui, a mais bela de todas. Seu maior lucro! Arlong, desconfiado, se aproxima e pergunta:

– Nami, o que aconteceu com aquele pirata? Ele não vem mais lhe ver?

– Eu tenho certeza que sim, Arlong. Logo ele estará aqui!

– Monkey D. Luffy, seu nome corre a Grand Line depois que invadiu Marine Ford e Impel Down e conseguiu sair vivo. Ele já é considerado praticamente uma lenda. Você é bela, Nami. Não me admira que ele tenha cedido aos seus encantos. – Ele diz, passando as costas dos seus dedos da mão sobre a pele macia da bochecha, tratada com os mais caros cremes hidradantes e leite de rosas.

Arlong Park é um local de luxo onde os piratas podem passar a noite e esvair as preocupações e fúrias do mar. Em outras palavras, só a elite frenquenta esse local. Na maioria das vezes, também temos aqui marinheiros, mas a grande parte deles não concorda com a existência de locais como esse. São a favor do símbolo da família, dos valores que ela representa. Por outro lado, os piratas não. Eles são os caras maus da história, pra eles pouco importa o que é certo e o que é errado. O mundo já é corrupto por si só, eles costumam dizer, e eu meio que concordo com isso. Arlong é o dono deste local, ele é o nosso chefe, em outras palavras. Ele não nos toca, mas fica com 75% do que ganhamos, acho que ele cobra toda a sua frustração com isso. Quer dizer, ele não nos toca, mas eu sei que ele me deseja. A questão aqui é que eu sou a mais desejada.

Eu cresci nesse local sob os cuidados de minha irmã Nojiko. Nós fomos adotadas por incrível que pareça por uma marinheira chamada Bellemere, mas ela acidentalmente morreu, engolida por um tubarão. Eu não me lembro muito bem, eu tinha pouco mais de 3 anos. Só sei o que Nojiko me contou. E ela me contou que o mundo é cruel. O mundo é cruel, Nami.

O único local que nos abrigou foi o Arlong Park. Primeiro, como ajudantes da cozinha, serviço gerais. Nojiko continua como empregada do Arlong Park, mas assim que cheguei à puberdade, Arlong tratou logo de colocar seus olhos de gavião em mim, eu sou bela, muito bela. Ele poderia cobrar todos esses anos a partir de então. Nós já tínhamos o dinheiro que precisávamos para viver com conforto. Mas sabe o quê? Eu gosto da vida que levo. Eu tiro muito dinheiro dos homens que passam por aqui. Muito dinheiro...

– Ele certamente virá... – Ele continua - Ele não seria tão bobo de deixar uma gazela tão preciosa à sua espera sem dar o ar de sua graça. Olhando pra você, eu sei que ele certamente virá.

– É claro que sim, ele virá!

– Você não dormiu com nenhum outro homem hoje, não é verdade?

– Não. Nenhum. Ele me pediu que assim eu fizesse e que cobreria o prejuízo.

– Cobrir o prejuízo da prostituta de luxo mais cara do Arlong Park, ele é mesmo um homem muito astuto. E apaixonado, certamente. Não pense em nos deixar, Nami. Eu preciso de você aqui...

– Eu não penso em deixar esse local, Arlong. Eu gosto daqui. Gosto muito...

– Nami, ele está aqui! – Vivi, uma das meninas que aqui trabalham, e também minha confidente depois de Nojiko, anuncia a chegada de Luffy.

Ele está aqui, meu coração grita e pulsa descontrolado. Ele está trajando sua bermuda azul, blusa vermelho sangue com os botões mostrando suas saliências. Músculos e tendões em seus devidos lugares, bem definidos. Em seu peito, uma cicatriz em forma de X, provavelmente resultante de alguma luta muito importante, uma vez que ele é um dos mais temidos piratas da Grand Line. Em sua cabeça, está o chapéu de palha que muitos falam ter herdado do pirata Shanks, o ruivo, muito conhecido por sua bravura e força. É assim que ele se encontra, com seu estilo despojado, mas que não por isso o deixa menos sexy. Em seus ombros está pendurada minha peça de roupa favorita, sua capa com o símbolo do bando dos Mugiwaras.

– Boa sorte, Nami. Faça um bom trabalho! – Arlong sussurra no meu ouvido.

– Não preciso de sorte, apenas de uma boa dose do meu charme e sensualidade. – Eu asseguro e ele nos deixa a sós.

Eu faço como sempre. Me dirijo para o quarto mais luxuoso do recinto, o último do corredor que fica no segundo andar. Ele me segue, em uma distância de 5 passos entre nós, e eu tenho certeza que ele está examinando cada parte do meu corpo, o meu caminhar gracioso.

Eu estou vestindo um vestido vermelho com um decote V, com uma longa calda. Um colar de pérolas que dá um toque especial e sensual ao look. Meus cabelos ruivos cheirosos e bem tratados chegam até a cintura em ondas extremamente graciosas, onde ele adora perder seus dedos, os enrolando e brincando, depois do sexo.

Como sempre, assim que chego no quarto, entro e ele trata de fechar e trancar a porta por ele mesmo. Tudo muito programado, já estamos acostumados, e há algumas pequenas regras, definidas por ele, que eu devo seguir. Eu fico em pé à beira da cama de dossel, esperando por seus toques. Lentamente, ele se aproxima de mim e arfa em minha nuca, assim que afasta meus cabelos com seus dedos longos. Eu já estou tão viciada e ansiosa por seus toques que eu luto para não soltar um gemido. Ele não pode me ver tão submissa, pelo menos, não por enquanto. Ele desce suas mãos pelos meus ombros e chega até a minha cintura trazendo consigo o vestido. Feito isso, o vestido cai por si só e ele me estende a mão para que eu saia dele. Eu o faço. Ainda de costas para si, ele sobe suas mãos pelo meu corpo até meus seio e os encaixa nas palmas de suas mãos quentes. É perfeito, cabem perfeitamente, como se fossem feitos para ele. Eu não me contenho e gemo baixo.

Por alguns segundos, ele para o seu trabalho habilidoso e eu escuto o barulho de roupas sendo tiradas.

Oh, toque-me mais Luffy, toque-me logo, eu anseio por seus toques.