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História Boy, your love is all I think about - Roses are red, violets are blue, you're beautiful, I love u


Escrita por: cecifrazier

Notas do Autor


grrr o espaço do título não é tão grande, droga

DESCULPA A DEMORA, SÉRIO
Eu tô em uma nova escola, então, tô estudando mais porque tenho coisas para fazer, finalmente

AAAA GENTE OBRIGADA PELO COMENTÁRIOS, AMO DEMAIS VOCÊS
Vou tentar não mais demorar tanto, sei que muita gente fica sedenta pra ver o que vai acontecer entre esses dois pudinzinhos, mas, vou logo dizendo que vai ter uma pequena evolução na relação deles

ENFIM SEM SPOILER
Boa leitura! <3

Capítulo 4 - Roses are red, violets are blue, you're beautiful, I love u


 

Mil anos no espaço 

Não preencheriam esse buraco 

Ainda meio desfocado 

Dentro de mim localizado 

 

E essa dor canalizada 

Na minha essência perfurada 

Foi apenas camuflada, maquiada 

E perfumada 

 

Keith suspirou pela provavelmente milésima vez naquela tarde. Fazia horas que começara o poema com o "tema" que Lance pediu, e não passava de duas estrofes! Leu e releu inúmeras vezes, simplesmente não conseguia continuar; travou, não conseguia pensar em mais nada. Existiam sim poemas com apenas duas estrofes, porém, Keith gostava dos grandes, daqueles que você começa a escrever e quando vê, já o transformou em um livro. Era desses que Keith adorava escrever. 

 

Lance, quem sabe, não se importasse com o tamanho. Keith achou o poema bom, apesar de tudo, e, aparentemente, o latino gostava do que ele escrevia. 

 

Quando pegou o celular, o coração começou a bater mais rápido. Detestava se sentir dessa forma, pois, parecia que explodiria a qualquer momento! Antes que sua coragem se esvaísse por completo, Keith abriu o chat com Lance e digitou o poema. 

 

Keith Kogane: Mil anos no espaço 
Não preencheriam esse buraco 
Ainda meio desfocado 
Dentro de mim localizado 

E essa dor canalizada 
Na minha essência perfurada 
Foi apenas camuflada, maquiada 
E perfumada 

Keith Kogane: Hey, Lance, fiz o poema que me pediu. 

 

Fazia algumas horas desde Lance esteve online pela última vez, então, esperaria pacientemente até que ele respondesse. Na verdade, por dentro estava morrendo de ansiedade, mas, ninguém precisava saber daquilo. 

 

Outra coisa que Keith adorava fazer era ir à praça para pensar e ver o movimento. Gostava, principalmente, dos cachorros levados para passear com seus respectivos donos. Haviam várias cores, tamanhos, raças... Keith amava animais, até mesmo aqueles gatos ariscos que ameaçavam azunhar sua cara. 

 

Pois bem, o ano mal começara e já foi chamado de emo várias vezes. Para provar que todos estavam errados e que ele não era um gótico como diziam, Keith sairia, estava decidido. Seria algo mais para clarear seus pensamentos do que outra coisa.  

 

Ele pôs o celular no bolso da calça e pegou uma jaqueta vermelha com detalhes brancos; a sua preferida, tinha ela há anos. Saiu do quarto, um pouco relutante. Às vezes, tinha medo de contar ou pedir algo ao seu pai, pois, apesar de Akira ser compreensível, Keith era praticamente mergulhado na insegurança. Tinha medo dele acabar descobrindo certas coisas, por mais que nunca tenha feito algo realmente preocupante. 

 

Paranoias à parte... 

 

— Pai, eu vou dar uma volta. — Keith disse ao abrir a porta do quarto dele.  

 

— Aonde vai? — Akira perguntou, o olhando por cima da tela do notebook. 

 

— Vou lá na praça. — Respirou fundo. — Andar, pegar um Sol, ver gente civilizada... 

 

— E eu não sou civilizado o suficiente pra você? — O pai riu. — Acho bom que saia um pouco de casa, pode ir. Quer dinheiro pra comer alguma coisa?  

 

— Não, não precisa. — Keith sorriu. — Daqui a pouco eu volto. Tchau, te amo. 

 

— Também te amo. — Akira viu seu filho fechar a porta. 

 

 

. . .

 

 

O clima estava ameno, nem quente e nem frio. As nuvens um tanto acinzentadas davam a impressão que choveria a qualquer momento, porém, nada disso desanimava Keith. A praça tinha pouca gente, e ele se sentiu melhor automaticamente. 

 

Keith caminhou ao pequeno parquinho para crianças. Detestava aquela areia entrando em seus sapatos. Viu ambos balanços disponíveis e sentou-se em um deles, realmente, não era mais criança, pois, mal cabia no brinquedo. Mesmo assim, fechou os olhos e começou a se balançar. 

 

Quanto mais o tempo passava, mais Keith pensava em seu futuro meio incerto. Pensava em como e quando se assumiria ao seu pai, que curso escolheria na faculdade, que carreira seguiria durante toda a vida, como ficaria a situação com Lance... Não devia passar tanto tempo pensando nisso, mas, era uma de suas maiores preocupações no momento. 

 

Criou esperanças, por esse motivo tinha medo. 

 

Medo de se machucar ainda mais. 

 

— Acho que vai chover. — Keith estava tão distraído que não percebeu alguém se aproximar. Seu coração parou ao ouvir a voz, porém, abriu os olhos desejando que o dono não fosse quem imaginou ser. — Também gosta de ficar no balanço? Poxa, que coincidência. 

 

— Você por acaso está me seguindo? — Keith perguntou. As bochechas avermelhadas pelo mix de emoções. — Posse te denunciar. 

 

— Ah, você não faria isso. — Lance pôs a mão direita sobre o peito, fingindo estar magoado. — Como pode ser tão cruel justamente comigo? 

 

— Pare de fazer drama. — Keith riu baixinho. — Você que me magoou, te mandei mensagem com o seu poema e você nem leu. 

 

— Você me mandou mensagem?! — Lance fez uma expressão surpresa. — Eu já devia ter saído nessa hora, deixei meu celular em casa. Desculpa! 

 

— Relaxa, Lance. — Ele pegou o celular do bolso. O latino falava demais, e mesmo que Keith preferisse o silêncio, gostava do jeito extrovertido. Então, ele abriu sua conversa com Lance e entregou o aparelho ao mesmo. — Aqui, lê. 

 

— Vejamos... — O outro segurou o celular, passando a ler silenciosamente. Em certo momento, Lance arregalou os olhos, como se houvesse se surpreendido com algo. — Wow. 

 

— E então...? 

 

— Que profundo, Keith, meu Deus. — Lance entregou o celular. 

 

— E isso é bom ou ruim? — Keith o olhava com expectativa. 

 

— É ótimo! Eu adorei! — Exclamou. — Faz tipo você parar pra pensar sobre a vida, sabe? Sobre as coisas que acontecem com as pessoas, como problemas internos, inseguranças... Você é incrível, Keith. 

 

— Nossa. — Ele murmurou, desviando o olhar. Ouvir Lance falar tudo aquilo sobre sua pessoa era simplesmente maravilhoso, e nessas horas detestava ficar com vergonha e perder as palavras. — Obrigado. 

 

O coração de Lance se aqueceu. Conhecia o mullet suficientemente bem para saber que conseguira deixá-lo feliz. Estava cada vez mais e mais apaixonado, e era tão bom. 

 

— Já sei. — Lance se levantou de repente do balanço, atraindo a atenção do Keith. — Vamos comer um lance pra comemorar. 

 

— Ah, eu não trouxe dinheiro. — Keith lamentou-se. 

 

— Mullet, eu tô te convidando, eu vou pagar. 

 

— Mas, eu não quero te fazer gastar. 

 

— Para de ser teimoso. — Lance riu, puxando Keith pelas mãos e fazendo-o se levantar. O mais novo acabou por tropeçar e praticamente caindo em cima do latino, que o segurou. Keith ergueu o rosto para encarar Lance, simplesmente aturdido. 

 

Oh, que clichê. 

 

— Sabe, eu nunca reparei que você tem olhos muito bonitos. — Lance foi o primeiro a se pronunciar, novamente rindo por conta da face avermelhada do outro. Keith se afastou de forma meio brusca, olhando para os lados como se procurasse algo. — "Relaxa", Keith. 

 

Keith ficara mudo, as palavras sumiram de sua boca como se algo sério houvesse acontecido. Percebendo, Lance pensou que passara dos limites, contudo, para sua total surpresa, o Kogane riu, divertido. A alegria estampada no rosto do garoto foi seu deleite, Lance fora hipnotizado, quase. 

 

— Eu pareci uma princesa caindo nos seus braços. — Keith arrumou coragem para enfim dizer o que pensou. 

 

— Geralmente, os príncipes ganham um beijo após salvarem as princesas. — Lance murmurou, aproximando-se até ficarem a poucos centímetros. Ele não gostaria de invadir o espaço de Keith, mas, não era tão paciente assim e precisava tomar um passo, visto que Keith era retraído demais para fazê-lo. 

 

O mesmo sentiu-se encurralado, pois, aquele era um dos momentos que as pessoas chamavam de "carta branca", ou seja, Lance estava literalmente insinuando querer um beijo. Sem muita saída, Keith olhou rapidamente para os lábios tão convidativos do latino. Ele que não perderia essa chance, vai que nunca mais teria uma na vida. Juntou a coragem antes que se esvaísse e beijou, sem demora, o garoto cujo aquecia seu coração. O contato, entretanto, pouco durou, tamanha timidez de Keith. 

 

Lance não acreditava, tanto que piscou diversas vezes, assimilando o ocorrido. Óbvio, jogou verde com o amigo, só que jamais pensou que Keith o beijaria de verdade, por isso sua incredulidade.  

 

— Tá... isso foi estranho. — Keith evitou olhar para Lance.  

 

— Foi mesmo. — Lance atreveu-se a dar mais um selinho nele. — Bem estranho.  

 

— Pare, Lance. — Murmurou baixinho, contendo o sorriso. 

 

 

. . .

 

 

Já escurecia enquanto Lance acompanhava Keith até sua casa. Pediram uma pizza e conversaram aleatoriedades, ignorando completamente os beijos trocados. O clima não ficou pesado como Keith imaginou, mas sim tranquilo, até mais leve. Lance estava mais calado que o normal, estringindo-se de fazer suas típicas piadinhas. 

 

— É aqui. — Keith disse ao chegarem. 

 

— Casa bacana. — Lance corriu. — Te vejo amanhã?  

 

— Sim. — Riu baixo, ele sempre fazia essa pergunta. 

 

— Legal. — Ele segurou o rosto do menor com a destra, aproximando seus lábios dos dele, trocando um beijo calmo, porém, mais longo.  

 

Keith dessa vez relaxou mais, tanto que fechou os olhos e segurou-se nos ombros de Lance. Um, dois, três selinhos trocados, apenas. Queriam muito aprofundar o beijo, mas, era algo tão novo para ambos que preferiram aproveitar aos poucos. 

 

O contato foi cessado, deixando Keith e Lance em silêncio por alguns segundos. 

 

— Então... — O latino coçou a nuca. — Tô indo. Minha mãe deve estar ligando pra polícia a essa hora.  

 

— Tá bom. — Acariciou os ombros dele. — Até amanhã. 

 

Lance encarou aqueles olhos negros tão profundos, querendo dizer a ele que o amava, que o desejava tanto. Seria repentino demais, não? Com tal pensamento, ele sorriu, murmurando um 'até' e se afastando do local.  

 

Keith esperou que Lance sumisse de seu campo de visão para suspirar alto e abrir o maior sorriso. Como estava feliz! Era tanta felicidade que talvez seu corpo entrasse em combustão a qualquer momento. E com esse sentimento dentro do peito, entrou dentro de casa, percebendo Akira sentado no sofá vendo a novela.  

 

— Cheguei. — O menino avisou, tentando parar de sorrir, mas, não conseguia. Ficaria difícil de esconder. 

 

— Que demora. — Akira olhou no relógio. — Mais de uma hora. Já ia chamar a polícia. 

 

— Que exagero. — Keith balançou a cabeça. — Acabei encontrando um amigo, ficamos conversando.  

 

— O Lance? — Só aquilo fez o corpo de Keith gelar. Claro que seu pai não sabia, porém, às vezes achava que ele possuía olhos em todos os lugares. 

 

— Sim. — Respondeu baixo.  

 

— Ah, que bom. — Akira se virou para o filho, sorrindo. — Eu estou feliz por estar se enturmando mais.  

 

— Eu também. — Keith riu.  

 

— Quer pedir uma pizza hoje? A gente pode terminar de ver aquele Star... É Star o que? War?  

 

— Star Wars, pai. — Recusar outra pizza talvez fosse o que qualquer pessoa teria feito após acabar de comer uma pizza, só que Keith amava comer aquilo. — Pede uma média, eu não tô com tanta fome. 

 

— Mas, eu estou. — Akira pegou o celular da mesinha de centro. — Vou pedir uma tamanho família.  

 

— Meu Deus. — A expressão de Keith se tornou enjoada. — Vai acabar vomitando. 

 

— Vou nada. — Ele riu.  

 

 

. . . 

 

 

Lance mais prestava atenção nas estrelas do que no caminho. Se declarar para alguém não fazia seu estilo, ele costumava sair e ficar com algumas pessoas, mas, não expusera seus sentimentos a alguém antes. Keith parecia nunca ter tido um relacionamento com ninguém antes e, de certa forma, Lance não sabia como agir. Não tinha certeza dos sentimentos do garoto e se fosse se envolver mais do que devia, provavelmente se machucaria. 

 

Droga, sentia-se tão idiota por estar apaixonado! O problema de fato nem era aquele, estava apaixonado por um garoto e isso o preocupava. Sua família não sabia de sua bissexualidade e, sinceramente, queria que eles continuassem não sabendo. Infelizmente, grande parte da escola achava que Lance era gay e, por não ser tão popular e nem ter uma fama tão boa, alguns alunos comentavam para mais pessoas. 

 

E como isso aconteceu? Lance, no auge de sua idiotice, inventou de dar em cima de Lotor quando ainda estava no primeiro ano. Nem se conheciam direito, apenas o achou bonito e resolveu jogar uma cantada, já que Lotor parecia gay demais da conta. Ah, se arrependimento matasse... 

 

Beijaram-se, nada mais do que uns amassos no banheiro. Se Lotor não tivesse falado para, praticamente, todo mundo, talvez não sentisse repulsa só de recordar daquele momento. Parecia que ele fazia jogo duplo, do tipo que te apoia e depois, te derruba. 

 

Provavelmente Keith soube dos boatos, caso contrário, não teria ficado tão tranquilo em beijá-lo mais de uma vez. Lance só não sabia que Keith sentia atração por garotos, foi uma surpresa. 

 

O medo se originou desde quando sua prima, lésbica, foi expulsa de casa e toda a família comentou sobre, inclusive seus pais. Falaram coisas tão feias que Lance não gostava nem de se lembrar. É, seria um desgosto, talvez acabasse sendo expulso também.  

 

Dizem que quando você se apaixona, acaba cometendo loucuras. Lance estava cometendo uma loucura desde o momento em que se aproximou de Keith há uns dias atrás, pois, ele tinha um objetivo. Keith seria seu, não importa o que dissessem, afinal, amava o menino.

 

 


Notas Finais


Aw vocês adivinharam, Lance é bi sim
Quem disse que ele ficou com o Lotor vai ganhar um biscoito
(eu na verdade decidi isso na hora qqqqq)

Até depois~~


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