1. Spirit Fanfics >
  2. Boy, your love is all I think about >
  3. He's crazy and cubano como yo, my love

História Boy, your love is all I think about - He's crazy and cubano como yo, my love


Escrita por: cecifrazier

Notas do Autor


mano, o tempo tá passando muito rápido o que tá acontecendo socorro

pra mim só tinha passado 1 mês desde o último capítulo, mas já vai fazer 2 meses

que isso

Capítulo 6 - He's crazy and cubano como yo, my love


 

Nenhum deles imaginava ter seus sentimentos correspondidos. A sensação era muito melhor do que já haviam imaginado nos pensamentos mais íntimos. Lance e Keith, pouco a pouco, sincronizavam as batidas de seus corações. Pouco a pouco, ficavam cada vez mais próximos e então, se deram conta do grande amor que florescia ali. Foi em uma quarta-feira, praticamente 2 meses depois, que Lance finalmente decidiu oficializar o relacionamento deles, indo muito além do que um “fica fixo”.  

 

A chuva forte atingiu a cidade vorazmente. Muitos correram para suas casas após o término da aula, vencidos pelo cansaço de esperar o tempo clarear. Keith e Lance foram os últimos alunos a ficarem na escola. Recusaram até mesmo a carona de Katie, afinal, os dois amavam ficar na companhia um do outro, mesmo que tivessem de enfrentar uma tempestade. 

 

E lá estavam eles, sentados na arquibancada da quadra coberta. 

 

— Já tá escurecendo, Lance. — Keith olhou para o céu chuvoso com a expressão raivosa. — Droga de chuva! Papai já mandou mensagem perguntando quando eu volto. 

 

— Diz que você tá com o seu namorado. — Lance piscou, com uma risadinha. 

 

— Ah, tá. — Virou o rosto levemente corado. — Nem namorados somos, não fique dizendo coisas assim. Somos só amigos que se beijam. 

 

— Sério? — Por um momento, o cubano se sentiu culpado por ter dado aquela impressão. De fato, não havia o pedido oficialmente em namoro. — Hmm, vem aqui comigo, amorzinho. 

 

— Pra onde? — Keith apenas foi quando o outro lhe puxou pela mão. — Ei. 

 

Lance não dizia nada. O mais novo se deu conta do que ele queria quando percebeu para onde estavam indo: banheiro. Eles de vez em quando se pegavam dentro de uma das cabines. Eram amigos inseparáveis e além disso, meninos. Quem desconfiaria daquela linda “amizade" totalmente hétero? 

 

— Lance! Caramba, eu preciso ir pra casa. — Keith exclamou mas já era tarde. Lance praticamente o jogou para a cabine maior do banheiro, a reservada para cadeirantes.  

 

— Não vai não. — Sussurrando, ele trancou a porta. Era como um predador diante de sua presa. — Vamos, só um pouco. 

 

Não, eles ainda não tinham feito “aquilo". Chegou bem perto uma vez que Lance visitou a casa de Keith, quando o pai deste não estava. Porém, o Kogane estava tão nervoso que não passaram das carícias mais profundas.  

 

Olhos negros e azuis, ambos encarando um ao outro, a ponto de se engolirem a qualquer momento. Lance devorava seu amigo/ficante/quase-namorado de tal forma, que Keith teve sensações intensas por todo o corpo. E elas só aumentaram quando o cubano o pressionou contra a parede, apertando suas coxas enquanto cheirava seu pescoço branco, com marcas já amareladas de chupões antigos.  

 

— Tão cheiroso... — Lance murmurou, mordiscando a pele e em seguida, a chupou devagar. 

 

— Ah... — Keith fechou os olhos. Afundou os dedos entre as madeixas castanhas do mais alto e com a outra mão, segurava em seu ombro largo. — Me beija. 

 

Lance não esperou por um segundo pedido, beijando-o imediatamente. Beijava com tanta paixão, que Keith sentia-se derreter naqueles braços tão calorosos. Não conseguia pensar em mais nada, apenas no moreno à sua frente. Ou melhor, quase colado em si. 

 

— Nós já temos que ir... — Keith conseguiu enfim dizer após terminarem o beijo. 

 

— Eu sei. — McClain abriu um sorrisinho. — Mas é que eu não consigo mais me ver longe de você... 

 

— Como assim? — Era a primeira vez que escutava Lance dizer coisas assim. 

 

— Eu te amo, Keith. — Juntou toda a coragem que possuía para proferir tais palavras. Não se importava o local que se declarava fosse um banheiro, nem nada. — Eu te amo. 

 

— Que... — Keith mantinha os olhos arregalados. O calor todo subindo para seu peito e rosto, a pele tão quente como se pegasse fogo.  

 

— É isso. Eu te amo, te amo. — Lance pôs as mãos nas bochechas do outro. — Eu te amo... E antes de tudo, me diz aí... Você me ama como eu te amo? 

 

— Eu não esperava por isso... — Foi tudo o que Keith conseguiu pensar no momento. 

 

Que idiota o cubano se sentia naquele momento. Talvez fora precipitado demais, e ainda achava que havia sido insensível em não dar certezas ao garoto. Mas, parece que ele mesmo não tinha certeza de nada.  

 

— Sei... — Lance deu de ombros. — Esquece isso. Vamo embora, também já tenho que ir. 

 

— O que?! — Keith fez uma expressão de raiva. — Você acaba de dizer que me ama do nada, me exige uma resposta e depois me manda esquecer? Qual é, Lance! Me deixa falar, por favor. Faz tempo que eu venho pensando na melhor forma de me declarar, mas agora eu não consigo expressar nem metade do que eu pensei em dizer! 

 

— Não pensa, deixa sair. — Lance disse calmamente. 

 

— Eu sou apaixonado por você faz tempo, só vim me tocar disso ano passado. Eu não queria sentir isso por pensar que você jamais me corresponderia. E olha só onde estamos! Eu te amo e você não faz ideia de quantas vezes por dia eu penso... Na gente... 

 

— Agora sou eu quem não esperava por isso. — Com um sorriso pequeno, Lance beijou os lábios trêmulos de Keith. — Você é tão lindo.  

 

E o Kogane nem acreditava no que tinha acabado de acontecer. Não disse metade das coisas que gostaria, de fato. Porém, a sensação lhe era melhor das que imaginara sentir. 

 

— Tá, agora me diz... quer ser meu namorado, mullet?  

 

— Seu palhaço. — Keith riu baixo. — Claro que eu quero. Pensei que nunca ia me pedir. 

 

— Desculpe, sou tímido. — Lance pôs as mãos sobre o rosto, imitando o gesto esporádico do “emo”.  

 

E apesar dos pesares e dificuldades, lá estavam eles, completando seu primeiro mês de namoro. Eles preferiam não deixar muitas pessoas saberem, por isso, evitavam trocar carinho em público. Keith já pensava em apresentar o namorado para seu pai, mas quando questionava Lance sobre ele fazer o mesmo, o latino sempre mudava de assunto. Isso causava desconforto em Keith. Era como se Lance não quisesse assumi-lo. 

 

Nesse um mês, eles foram tomar sorvete. Tudo parecia bem, exceto pelo fato de Keith estar com muitas coisas na cabeça.   

 

— O que foi, amor? — Lance perguntou preocupado.  

 

— Ah, não foi nada. — Keith forçou um sorriso. Entretanto, ele sempre fora péssimo em esconder emoções. 

 

— Não mente pra mim. — Tocou no queixo do mais novo, levantando seu rosto. — Me fala, o que aconteceu? 

 

— É só aquilo que conversamos... — Keith suspirou. — Você não parece querer que sua família me conheça. 

 

— Não é isso. — Na hora, Lance entendeu o que se passava pela mente do namorado. — Já te expliquei, é complicado. Meu pai não é como o seu, ele não entenderia. 

 

— A vida é sua. Seu pai não vai entender que você só está querendo ser feliz?  

 

— As coisas são tão simples pra você, né? — Dessa vez foi Lance a suspirar longamente. — Não quero que se sinta mal, mas eu não posso te apresentar pra minha família. Pelo menos não agora. 

 

— Você liga demais pro que eles pensam. — Keith desviou o olhar.  

 

— Confia em mim, eu tô fazendo isso mais por você do que por mim. Meu pai é tipo aqueles caras “tradicionais" que elegem um cara pior ainda nas eleições. Minha mãe não se importa com o que eu faça desde que meu pai esteja de bem com isso, ou seja, ela sempre vai estar ao lado dele. Se eu te apresentasse agora, nós teríamos muitos problemas. Mas eu não tenho vergonha alguma de dizer que namoro o emo mais lindo da cidade.  

 

Keith sentiu o peito aquecer com aquelas palavras. Talvez estivesse sendo egoísta por pensar da forma que pensava. Naquele momento se lembrou das vezes que Lance reclamava do pai quando ainda estavam no fundamental. Lembrou-se também dos roxos que vira nos braços de seu namorado, e dele dizendo que apenas havia caído da escada. As peças de encaixavam agora... 

 

— Me desculpa. — Keith tocou na mão de Lance. — Você é tão bom pra mim e eu fico sendo egoísta. Desculpa. 

 

— Ei, não precisa se desculpar. — Lance abriu seu tão maravilhoso sorriso. — Tá tudo bem. Mas já sabe, né? 

 

— Sei o que? — Keith franziu as sobrancelhas. 

 

— Você me feriu. — E então, o drama começou. — Precisa me dar muito amor e carinho, pois meu coração sangra. Seu impiedoso. 

 

— Você é um dramático. — O Kogane riu, voltando a tomar o sorvete de chocolate que derretia lentamente. — Papai vai gostar de você. 

 

— Ele já sabe que tu é gay? — Lance perguntou.  

 

— Bom, não exatamente... — Colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha. — Mas ele é como um tipo de “pãe” pra mim, sabe? Acho que ele deve ter percebido algo no meu jeito, até porque nunca questionou nada. 

 

— Que sorte a sua.  

 

— Sorte a nossa, você quis dizer. — Keith piscou.  

 

— Você tá passando tempo demais comigo. — Lance balançou a cabeça. — Daqui a pouco vão te chamar de Lance dois.  

 

— Daqui a pouco vão te chamar de mullet também. Acha que eu não percebi que está deixando o cabelo crescer também?  

 

— Isso não vem ao caso! — O latino virou o rosto com a taça de sorvete em mãos. Realmente, estava deixando o cabelo crescer por influência do namorado. Achava o cabelo deste tão bonito que queria saber como ficaria em si. — Eu acho legal, e daí? Isso virou crime? 

 

— Calma, gracinha. — Keith sorriu de lado. Aquele comportamento mais “dominante” do mesmo deixava Lance sem ação. Ele não era mais o mesmo com Keith agindo assim!  

 

— Deixa eu ir logo pagar. — Lance murmurou enquanto se levantava. Droga, por que se sentia como um garotinho de doze anos apaixonado? O mullet sequer fazia ideia do poder que possuía sobre ele. 

 

° ° ° ° ° ° 

 

No final da tarde, como quase sempre, Lance acompanhou Keith até sua casa. Ele tinha esse sentimento de protegê-lo a qualquer custo e tinha necessidade de saber se o amor da sua vida estava bem. Não, ainda não havia dito essas coisas para Keith. Nunca foi bom com palavras, por isso deixava muitos de seus pensamentos guardados somente para si mesmo. 

 

— Então... te vejo amanhã? — Lance perguntou nervoso.  

 

— Amanhã é domingo, acho que o papai vai querer me levar pra estrada. — Keith tocou delicadamente no rosto do namorado. — Talvez só segunda agora. 

 

— Entendi. — Sorriu triste. A cada dia que passava, sentia cada vez mais falta de Keith ao seu lado. — Tudo be... 

 

Os dois gelaram quando a porta da casa fora aberta e Akira saiu. Eles se afastaram imediatamente por conta do susto, deixando a situação mais constrangedora que o normal. Não estavam fazendo nada, porém para um bom entendedor, meia palavra basta. Ou no caso, meio gesto. 

 

— Você é o Lance, não é? — Akira perguntou enquanto descia a pequena escadinha e aproximava-se dos adolescentes. — Faz um tempão que não te vejo. Você cresceu bastante.  

 

— A-ah, pois é! — Lance riu de nervoso. — A escola tá tão corrida que eu tô meio sem tempo. Quer dizer, os estudos estão corridos. Sabe, vestibular, prova... essas coisas.  

 

— Entendi. — Akira olhou de relance para Keith, que não dizia nenhuma palavra. — Engraçado... vocês não são da mesma sala?  

 

— Somos. — Era o latino quem respondia todas as perguntas.  

 

— É que eu não vejo o Keith preocupado com “essas coisas” como você diz estar. Ele agora só quer saber de sair com uma “amiga” dele... 

 

— Perai... — Lance olhou para o namorado com a testa franzida. — Você falou que eu era uma amiga?! 

 

— O-olha, eu... — Keith só queria se enterrar em qualquer buraco. — É-é que... é complicado...  

 

— Keith... — Akira suspirou. — Eu não quero estar investigando para descobrir o que preciso saber. Já lhe falei várias e várias vezes que pode falar qualquer coisa pra mim. 

 

— E-eu ia contar! Mas é que naquele dia eu tava nervoso e... acabei falando que era uma amiga... — Keith estava tão envergonhado.  

 

— Então, vamos. Essa é sua chance de falar a verdade.  

 

— Pai... — O Kogane mais novo olhou para Lance, que tinha cruzado os braços e batia o pé contra o chão. — O Lance... é meu namorado... desculpa por não ter contado antes. Desculpa, Lance, por dizer que você era uma garota...  

 

— Meu Deus, Keith. — Lance colocou uma das mãos na testa.  

 

— Sem drama, meninos. — Akira riu do que via, e bateu com as mãos em um dos ombros deles. — Espero que não briguem por causa disso. Ah, muito obrigado, Lance. Eu sempre quis conhecer a pessoa que deixou meu filho tão feliz de uma hora pra outra. Todo o dia ele chega em casa tão alegre. Pelo menos mais alegre que antes. 

 

— Que isso... — O latino sorriu tímido. — Ele que me deixa feliz todos os dias, por mais que as coisas sejam difíceis.  

 

— Gostaria de passar o domingo com a gente? — Akira perguntou. — Eu disse para o Keith que nós íamos para a estrada. Seria muito bom se você fosse também, assim nós nos conhecemos melhor. O que acha? Já está de noite, acredito que agora você precise voltar para casa. 

 

— Eu adoraria. — Lance abriu mais o sorriso. — Que horas eu tenho que estar aqui?  

 

— Deixe-me ver... — Ele pareceu pensar por um instante. — Às oito. Qualquer coisa posso passar na sua casa.  

 

— Não, eu venho aqui, não se preocupe. — Rapidamente respondeu.  

 

— Seus pais não vão achar estranho? — Akira perguntou. 

 

— Eles já acham tudo o que eu faço estranho, então não ligo. — Lance deu de ombros.  

 

— Tá bom, pai. — Keith finalmente se pronunciou. — Deixa o Lance ir logo.  

 

— Se acalme. Eu só estou interagindo com o meu genro. — Akira riu da face constrangida do filho. — Vou entrar, acho que estou atrapalhando.  

 

Então, o homem se despediu de Lance e caminhou até entrar em casa. Keith suspirou em alívio, mas seu coração ainda batia acelerado. 

 

— Garota... — Lance cruzou os braços novamente e virou o rosto. — Tenho bem cara de garota mesmo... 

 

— Amor, me desculpa. — Keith quase suplicou. — Eu tava nervoso, disse a primeira coisa que me veio na cabeça.  

 

— Relaxa, mullet. Sabe que eu não consigo ficar com raiva de você. Eu te amo. 

 

— Eu também te amo. — Sorriu pequeno. — Sobre amanhã... você vem mesmo? 

 

— Venho, claro. — Lance beijou a testa de Keith. — Isso é tão importante pra mim quanto pra você. Eu dou um jeito de fugir lá de casa.  

 

— Olha, se der problema ou algo assim... 

 

— Você sempre se preocupa demais. — Lance, mais uma vez, beijou Keith. Mas dessa vez, nos lábios. — Eu te mando mensagem assim que estiver saindo, tá bom? 

 

— Tá bom. — Keith enfim se tranquilizou. — Eu te amo.  

 

Vê-lo ir embora fazia o coração de Keith doer, assim como ir embora, fazia o de Lance se partir. Tinham pouco tempo de relacionamento, mas já estavam conectados de uma tal forma que havia se tornado inexplicável.

 

 


Notas Finais


É ISSO <3
Até depois~~


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...