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História Brasil: Potência Tropical - Obrigado Rússia.


Escrita por: Sigma_3737

Notas do Autor


Aproveitem a leitura.

Capítulo 4 - Obrigado Rússia.


  Os BRIC’S estavam todos reunidos no avião particular de Rússia, forma que Rússia, Índia e África do Sul chegaram ao território brasileiro. A preocupação era visível nos rostos de todos. Brasil, de certa forma, se tornou um refém de si próprio e quem sofre não é apenas ele mas também sua família e amigos.

 -Sizokwenzani? (O que iremos fazer?)- África do Sul perguntou muito preocupado.

 -О чем? (Sobre o que?)- Rússia perguntou inerte.

 ब्राजील के बारे में, यह बुरा है और आपको इसकी परवाह नहीं है। (Sobre o Brasil, ele está mal e você parece não se importar.)- Índia bradou irritado.

 -В отличие от вас, который плачет по нему, у меня есть план его спасти. (Diferente de vocês que ficam chorando por ele, eu tenho um plano para salvá-lo.)- Rússia falou se encostando no banco da aeronave que acaba de decolar.

 Os olhares de todos ali se voltaram para o russo. Olhares de esperança.

 -你的计划是什么?(Qual é o seu plano?)- China falou ansioso para ouvir tal plano.

 -Давайте военным путем вмешаемся в Бразилию и отнимем у власти этого мерзкого человека.  Кто меня поддерживает? (Vamos intervir militarmente no Brasil e tirar aquele homem nojento do poder. Quem me apoia?)- Rússia falou sério e os outros membros o olharam com dúvida.

 अगर हम ब्राजील में सैन्य हस्तक्षेप करते हैं, तो संयुक्त राज्य अमेरिका और यूरोपीय शक्तियां हस्तक्षेप करेंगी... (Se intervirmos militarmente no Brasil, os Estados Unidos e as potências europeias iriam se meter…)-  Índia falou pensativo.

 -У Соединенных Штатов нет бизнеса.  Он может вмешиваться в дела Ирака, Ирана и Афганистана, но разве мы не можем помочь нашему другу? (Os Estados Unidos não tem o que se meter. Ele pode interferir no Iraque, no Iran e no Afeganistão mas nós não podemos ajudar o nosso amigo?)- Rússia falou o óbvio.

 -Kepha iRussia, i-United States… (Mas Rússia, os Estados Unidos…)- África do Sul falou temeroso. 

 -Соединенные Штаты к черту.  Я не прошу одобрения, я говорю, что сделаю это, и у меня есть поддержка моего лидера.  Кто из вас поддерживает меня? (Os Estados Unidos que vão pro inferno. Não estou pedindo aprovação estou dizendo que vou fazer e tenho o apoio do meu líder para isso. Qual de vocês me apoia?)- Rússia bradou intransigente com sua decisão.

 -我支持。(Eu apoio.)- China falou depois de pensar.

 -मैं भी इसका समर्थन करता हूं। (Eu também apoio.)- Índia falou confiante.

 -Kodwa bekungeke kube ngcono uma izwe elilodwa lisiphazamisa, ngaphandle kwalokho u-Alfred angasebenzisa izaba zomfelandawonye wempi. (Mas não seria melhor se um único país de nós interferisse, se não Alfred poderia usar a desculpa de coalizão de guerra.)- África do Sul falou e todos concordaram.

 -Поскольку у меня возникла идея и меня поддерживает мой лидер, я вмешиваюсь.  Я буду говорить с Ватиканом, поскольку он отвечает за разрешение конфликтов в ООН. (Como eu tive a ideia e eu tenho o apoio do meu líder, eu intervenho. Vou falar com o Vaticano já que ele é responsável pelas resoluções de conflitos na ONU.)- Rússia falou.

 -我会给你后勤和外交支持。 这样就没有人介入了。(Eu vou te dar apoio logístico e diplomático. Assim ninguém se mete.)- China falou confiante pondo a mão no ombro do russo.

 -मैं आपको लॉजिस्टिक सपोर्ट भी दूंगा। (Eu também vou te dar apoio logístico.)- Índia falou tomando uma decisão.

 -Ngizokunikeza futhi usekelo lokuhlela.  Ngizosiza njengoba ngingakwazi. (Eu vou te dar apoio logístico também. Vou ajudar como eu puder.)- África do Sul falou determinado.

 -Спасибо. (Obrigado.)- Rússia respondeu.

 A viagem de avião foi tranquila. O jatinho parou em cada capital para o desembarque do membro que ali morava. Primeiro Cidade do Cabo, depois Nova Deli, então Pequim e bastava Moscou. Quando o avião decolou do aeroporto de Pequim Ivan se levantou e foi a cabine do piloto.

 -Нам нужно сделать последнюю остановку. (Precisamos fazer uma última parada.)- Rússia falou sério e o piloto mesmo focado nos céus chineses conversou com a nação.

 -Да, сэр, куда? (Sim senhor, para onde?)- O piloto perguntou.

 -Поехали в Рим. (Vamos para Roma.)- Rússia respondeu com um leve sorriso.

 Cidade de Roma, Itália. 

 Vaticano estava em sua casa. A mesma ficava fora da Santa Sé e tinha perdição de seu “irmão” Itália para morar ali. Um palacete europeu de paredes brancas, detalhes leves em dourado barroco e telhas portuguesas. A casa ficava no meio de uma área rural e se destacava em meio ao verde.

 Alessandro, personificação da Cidade do Vaticano, estava sentado em sua mesa trabalhando quando ouviu a campainha tocar. O mesmo se levantou para atender a porta. Vaticano possuía uma aparência infantil mesmo que fosse competente e responsável. Tinha cabelos cacheados loiros dourados e uma pele branca como leite que destacava seus olhos azuis que brilhavam como safiras. Somado as vestes papais que usava davam a ele a aparência de um pequeno e fofo querubim. Vaticano pegou um pequeno banco e colocou em frente ao enorme portão da casa. Ele era o menor país do mundo tendo 1,10 de altura. Após puxar a maçaneta desceu do banco e abriu a porta vendo uma muralha de músculos a sua frente. Se Vaticano era o país mais baixo, Rússia era o mais alto. A grande diferença entre Vaticano, de 1,10 de altura, que olhava de baixo para Rússia, de incríveis 2 metros de altura era notoria. A visão de Rússia em ver a “criança” lhe olhando com os olhos brilhantes e bochechas brancas era extremamente fofo, mesmo que não fosse admitir.

 -Доброе утро, Ватикан, мы можем поговорить? (Bom dia Vaticano, podemos conversar?)- Rússia perguntou vendo o pequeno anjo ao seus pés.

 -Patet. (Claro.)- Vaticano deixou Rússia entrar e fechou o portão atrás de si.

 Cidade de Washington, Estados Unidos da América. 

 Alfred, personificação dos Estados Unidos, estava em uma reunião de portas fechadas com seu presidente. Ambos conversavam sobre as questões Talibã e Taiwan. Um homem de terno entrou na sala dizendo que Canadá estava ali e precisava falar com Alfred. Segundo o homem era urgente. O canadense entrou com seu celular na mão. 

 -Good morning Alfred. How are you? (Bom dia Alfred. Como você está?)- Canadá falou nervoso.

 -I am fine.  Please be brief, I'm in a meeting. (Eu estou bem. Por favor seja breve, estou em uma reunião.)- Estados Unidos falou.

 -See the official note that the Vatican has released on the official UN website. (Veja a nota oficial que o Vaticano lançou no site oficial da ONU.)- Canadá falou nervoso e mostrou o celular para Estados Unidos.

 “Foi aprovado pelo congresso da ONU a intervenção militar humanitária russa no Brasil. O objetivo da intervenção é remover o presidente brasileiro do poder e fazer novas eleições democráticas no país. A crise humanitária no Brasil se agravou desde a pandemia…” 

 O restante da nota não importava para Estados Unidos. Que direito Rússia tinha de intervir na democracia? 

 -I cannot allow that to happen. (Eu não posso permitir que isso aconteça.)- Estados Unidos bradou irritado entregando o celular ao presidente.

 -You can't do anything.  First, when you interfered in Iran, Iraq and Afghanistan, Russia did nothing against it.  Second, Russia, China and India have made it clear that if any nation tries to prevent this military intervention, the three will declare war on this nosy nation, and third, Vatican supported and approved the intervention. There is nothing to do. (Você não pode fazer nada. Primeiro, quando você interferiu no Iran, no Iraque e no Afeganistão, Rússia nada fez contra. Segundo, Russia, China e Índia deixaram claro que se alguma nação tentar impedir esta intervenção militar os três declararão guerra a está nação enxerida e terceiro, Vaticano apoiou e aprovou a intervenção. Não há o que se fazer.)

 Estados Unidos estava de mão atadas. A OTAM, mesmo poderosa, não podia enfrentar uma coalizão tão poderosa assim e certamente um terceira guerra mundial seria iniciada desta vez por culpa dos Estados Unidos. Sem falar que outras nações que estão contra a super potência americana, tal com os estados islâmicos e nações árabes, poderiam apoiar China, Rússia e Índia. Canadá estava certo, não havia o que se fazer.

 Cidade de Brasília, Brasil. 

 O presidente brasileiro estava em uma reunião com seus ministros. Brasil adentrou a sala sem sequer ser convidado. Trazia consigo uma carta nas mãos. 

 -Bom dia senhores. Recebi uma carta da ONU e gostaria de compartilhar o conteúdo dela com os senhores.- Brasil falou nervoso.

 -Fale logo, tá ok?- O presidente bradou.

 -Resumindo a ópera. Uma intervenção militar internacional no Brasil foi aprovada. Será efetuava pela Rússia e os soldados russos iram desembarcar no nordeste e marchar até Brasília para tirar o senhor do poder. E se estiverem se perguntando o porque saibam que a razão é o desmatamento e as queimadas na Amazônia, a má gestão da pandemia e os descasos com o povo, especialmente os nativos indígenas. É isso.- Brasil concluiu e o medo dominou os ministros.

 -É isso? É isso? É só isso que tem a dizer. Nós mandamos você tratar a China bem.- O presidente falou incrédulo. 

 -Mas não é a China que está intervindo, é a Rússia.- Brasil tinha um ponto.

 Três dias se passaram e a notícia já foi lançada na mídia. Houve pânico por parte dos nordestinos que temiam serem massacrados pelos russos. Quando chegou o quinto dia, navios de guerra da Rússia se aproximaram da cidade de Recife e tropas russas desembarcaram. Os russos chegaram aos montes com tanques, veículos de guerra e helicópteros de combate. Os soldados estrangeiros se destacavam por suas camisetas pretas, devido ao calor que os russos não estavam acostumados, e pelas armas na mão. Luciano questionou Ivan sobre o porque dos tanques e teve como resposta: “Eslavo não brinca em serviço”.

 Marcharam Pernambuco a dentro e não feriram nenhum civil. Com o passar dos dias o medo da população acabou. Os russos passavam pelas cidades pequenas do interior e eram saudados como heróis. Os soldados estrangeiros comiam de graça, tinham combustível entregues a eles pelo povo e dormiam em pousadas e hotéis. Nenhum soldado brasileiro se manifestou para combater o invasor mesmo com as ordens do presidente. Quando os russos chegavam nas poucas aldeias indígenas que havia no caminho, os nativos faziam festas e danças para comemorar a presença dos russos. Era óbvio que ninguém do país tropical queria o presidente no poder, tal como era óbvio que os soldados russos estavam gostando da forma como eram saudados.

 Em 10 dias de intervenção os russos chegaram em Brasília e o presidente tentou deixar a cidade mas a população o cercou e perseguiu. Ocorreu então uma mini guerra civil na capital onde os apoiadores do presidente tentaram defender o líder e a oposição a seu governo, junto ao povo insatisfeito, tentavam lincha-lo. Os russos chegaram a capital e o medo tomou conta da população, afinal os russos prepararam as armas. 

 Um deputado, membro da família imperial brasileira, foi o responsável por fazer um acordo com os russos e por fazê-los abaixarem as armas. O presidente foi preso e seria deportado a Nova York onde seria julgado pelo tribunal da ONU por crimes contra a vida humana, pela má gestão da pandemia que muitos consideram genocídio, e diversos outros ministros e políticos foram presos por crimes de corrupção. Os russos ficaram para mais uma última celebração onde o povo fez um enorme festa na capital para agradecê-los. 

 Luciano pode respirar de alívio. Assistiu tudo pela televisão. Acre e Rio Grande do Sul estavam ali ao lado do “pai”. Todos tinham medo do que podia acontecer e a felicidade foi geral quando o agora ex-presidente foi preso pelas tropas russas. Após a retirada das tropas russas do país, as novas eleições foram realizadas e o Partido Monárquico, cujo candidato conduziu as negociações com os russos e impediu uma possível tragédia, disparou nas pesquisas. As campanhas do mesmo eram voltados a mostrar os feitos do segundo reinado e, somado às novelas e obras culturais que já abordavam o assunto, conseguiu convencer a grande maioria de que a restauração da monarquia constitucional brasileira era a melhor opção para o povo e para o país.

 As campanhas eleitorais duraram cerca de um mês e o Partido Monárquico Brasileiro e o Partido dos Trabalhadores foram para o segundo turno. Novas campanhas foram feitas e desta vez houve uma imensa campanha na internet e aparições de historiadores e filósofos nos programas de televisão onde em suas entrevistas defendiam o fato da monarquia ter sido o melhor período da história do Brasil. No fim, o Partido Monárquico Brasileiro venceu e no começo de 2022 a monarquia seria restaurada com a coroação do novo imperador. 

Cidade do Rio de Janeiro, Brasil. 

Luciano não poderia estar mais feliz. Fez uma enorme festa em sua casa para comemorar e convidou os membros dos BRIC’S para comemorarem com ele. Convites esses que foram aceitos. Em meio a bebidas alcoólicas para as nações, e refrigerante para os estados, a festa seguiu até o amanhecer. Em nenhum momento durante a festa Luciano sentiu as ânsias e isso o alegrou ainda mais. 

 Quando chegaram as três da manhã Brasil acomodou os amigos que dormiriam ali em sua casa. A casa tinha somente quatro quartos e todos concordaram em dividir os quartos. China e Índia dividiriam o quarto de hóspedes, Rio Grande do Sul e Acre dormiriam no quarto do gaúcho que tinha uma cama de casal. África do Sul dormiria na cama de solteiro do Acre e Rússia dormiria com Brasil. Todos já estavam acomodados e de banho tomado. Bastava Rússia sair do chuveiro para Brasil apagar as luzes e ir dormir. Ligou os ar-condicionados dos quartos e voltou para o seu. Rússia já havia saído e entregou a toalha usada para o brasileiro que desceu e estendeu a mesma no varal junto com as outras. 

 Luciano voltou para o quarto e viu Rússia deitado com uma camiseta. Mesmo com o ar-condicionado ligado o russo parecia com calor. Brasil se deitou na cama. A mesma agora se fazia pequena para os dois países musculosos que a compartilhavam. Brasil se virou olhando para o russo que também o olhava. Os olhos violetas de Rússia se encontravam com os olhos castanhos de Brasil.

 -Прошу прощения. (Me desculpe.)- Rússia falou entristecido.

 -Por que está pedindo desculpa?- Brasil respondeu confuso. 

 -За вмешательство.  Я не мог сидеть на месте и смотреть, как ты медленно умираешь.  Пришлось вмешаться. (Pela intervenção. Eu não podia ficar quieto e ver você morrendo aos poucos. Tive que intervir.)

 Rússia falou agora tocando com a palma da mão o rosto do amigo moreno que sorriu para ele. Luciano tocou a mão do loiro a aconchegando em sua bochecha. Rússia também sorriu. Estava um clima de desejo no ar, mas nenhum dos dois pensou em tentar aprofundar aquele momento com medo da reação do outro. Brasil se aconchegou na cama se aproximando do corpo do eslavo e respondeu.

 -Obrigado Rússia.


Notas Finais


Espero que tenham gostado.


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