1. Spirit Fanfics >
  2. Brasil: Potência Tropical >
  3. Acabou a brincadeira.

História Brasil: Potência Tropical - Acabou a brincadeira.


Escrita por: Sigma_3737

Notas do Autor


Aproveitem a leitura.

Capítulo 48 - Acabou a brincadeira.


 Cidade do Rio de Janeiro, Brasil.

 Brasil estava com sangue nos olhos. O imperador convocou uma reunião dos ministros para que fosse discutida mudanças e reformas que seriam benéficas para a nação. Havia problemas sociais graves no país. As aulas presenciais voltaram e isso trouxe um problema a tona: inúmeras escolas ao longo do país não tinham condições mínimas para poder ensinar um aluno e educa-lo de forma plena. Muitos alunos ficaram marcados durante a pandemia e a matéria muitas vezes não chegava aos alunos. 

 Outro problema era a questão das passagens públicas, cujos preços aumentaram, dos salários mínimos que muitas vezes não supriam as necessidades básicas dos trabalhadores e suas famílias. As ondas de criminalidade e fome também eram altíssimas.   

 As mudanças precisavam ocorrer rapidamente. O que deixava Brasil furioso era o fato do primeiro-ministro não ter comparecido à reunião. Brasil estava de saco cheio daquele homem. Na reunião com o presidente da Rússia nada de produtivo foi dito pelo ex-presidente agora primeiro ministro, quem fez as negociações para a obtenção dos fertilizantes foi o brasileiro e de quebra conseguiu fortalecer grandemente o país.

 Ele não comparece as reuniões com os ministros e só sabe se desculpar dizendo estar fazendo “tarefas oficiais”. Mas o imperador, a personificação do Brasil e o povo brasileiro não querem desculpas, querem resultados. A reunião de emergência que convocou com o primeiro-ministro havia chegado. Esta reunião teria a presença do imperador e do príncipe herdeiro. Era o momento de confrontar o primeiro ministro. 

 Brasil estava sorria determinado. Parecia um psicopata. Após uma conversa privada com o imperador e com o príncipe herdeiro, o imperador usou do quarto poder para promulgar uma lei muito necessária, trazendo um elemento fundamental para a prosperidade política que prevaleceu no segundo reinado: A Lei dos Testes de Aptidão Política. Agora todos os políticos e candidatos a política deveriam fazer uma espécime de prova para saber se possuíam conhecimento e aptidão intelectual suficiente para ocupar um cargo político. Agora o primeiro-ministro iria ter de provar que era capaz.

 -Bom dia, vossa excelência. Posso lhe fazer uma pergunta?- Brasil falou para o primeiro-ministro que já estava sentado em sua cadeira.

 -Bom dia, pode sim.- O primeiro-ministro falou e Brasil o colocou contra a parede.

 -Eu e Vossa Majestade não vimos o senhor na reunião dos ministros que foi realizada ontem. Onde estava?- Brasil perguntou já sabendo a resposta.

 -Eu estava realizando assuntos oficiais, tá ok?- O primeiro-ministro respondeu sério e Brasil sorriu debochado.

 -Posso saber que tipo de assuntos oficias são realizados em uma passeata de moto no interior do Paraná?- Brasil falou mostrando em seu tablet uma postagem no Instagram onde o mesmo aparecia na passeata. O primeiro-ministro ficou mudo. 

 -O imperador utilizou do quarto poder para poder trazer de volta a vigor uma lei do segundo reinado: A Lei dos Testes de Aptidão Política.- Brasil falou sério e o homem fez uma cara de completa confusão. Brasil suspirou cansado e se pôs a explicar.

 -Todos os políticos e candidatos a cargos políticos devem fazer um teste para poder comprovar que possuem conhecimento e  aptidão necessários para a vida política que iram tentar se englobar.- Brasil explicou e o primeiro-ministro riu debochado.

 -Temos que fazer um ENEM para poder ser político. Jamais ouvi tamanho absurdo.- O primeiro-ministro falou e Brasil colocou em sua frente uma série de papéis. 

 -Isso é sério?- O primeiro-ministro perguntou desacreditado.

 -São cinquenta perguntas que envolvem geografia, história nacional e internacional, biologia básica, economia e matemática avançada, língua portuguesa e inglesa, sociologia e filosofia política e social. Se o senhor acertar pelos menos 90% o senhor é aprovado e pode permanecer no cargo. Mas se não alcançar a pontuação necessária ou se recusar a fazer o senhor será deposto de seu cargo e estará suscetível a prisões e a pena capital.- Brasil falou e o imperador entrou na sala com o príncipe herdeiro o seguindo.

 -Vão me matar por não passar em um teste?- O primeiro-ministro perguntou debochado.

 -Não. O senhor irá para a forca pelos crimes de genocídio generalizado. O senhor em seu discurso de “é só uma gripezinha” fez inúmeras mortes direta ou indiretamente, principalmente das minorias pobres e dos indígenas. O senhor será julgado e condenado à forca mais cedo ou mais tarde. Mas o senhor pode prolongar o seu tempo de vida fazendo e passando este teste.- Brasil falou e era visível o ódio que ele sentia por aquele homem. 

 O mesmo engoliu seco e começou a fazer o teste. Dois membros da guarda imperial, os soldados de elite responsáveis por proteger o imperador e a família imperial, estava ali, do lado de dentro da sala vigiando a porta. Não havia escapatória. Começou a fazer o teste e se esforçar para fazer. Tinha uma hora para fazer o teste. O imperador e o príncipe herdeiro se sentaram e cadeiras e observavam o homem fazer a prova.

 A reunião ocorrera daquela forma inusitada. Brasil estava focado em observar cada movimento do homem que o liderava. Não se importava com as consequências. Esta era uma ordem direta do imperador. O mesmo realmente estava tentando e o timer do celular não ajudava. O timer do celular tocou fazendo o sangue do homem gelar. O tempo havia acabado. 

 Brasil pegou o gabarito da prova que o primeiro-ministro fez e comparou com a folha de respostas que carregava consigo e começou a corrigir a prova na frente do homem. Pela primeira vez viu o homem chorar, chorava de medo. Era compreensível, todos temiam a morte mesmo sabendo que mais cedo ou mais tarde ela chegaria. Não havia acertado nem 30% da prova. Brasil pegou o mesmo desesperado de medo e se compadeceu por ele. 

 Seu coração era muito puro. Não se sentiria bem sabendo que decretou a morte de alguém, por mais ruim que essa pessoa fosse. Brasil lembrou das palavras que usou para convencer os BRIC’S a fazer as pazes com os Estados Unidos. Não conseguiria dormir a noite sabendo que matou uma pessoa por vingança ou revanchismo. Ele merecia sim a morte mas sabia que era errado que uma pessoa interferisse nas decisões do divino. Seria decisão de Anhangá, o deus do submundo, decidir quem vai e quando. Brasil conversou com o monarca e o herdeiro ao trono e chegaram a uma decisão chamando os guardas. O primeiro-ministro ficou desesperado. Era agora que seria declarado morto antes da morte lhe abraçar.

 -Ele reprovou no teste e está oficialmente deposto do cargo. Levem este homem para a prisão de São Cristóvão do Sul.- Brasil falou e o guerdas concordaram mas não se aproximaram.

 -Não vai para a forca. Não quero me rebaixar ao seu nível tão sujo e doentio e tenho certeza que o imperador também não quer. O senhor ficará preso em uma prisão de segurança máxima pelo resto de sua vida. Me agradeça por poupar a sua alma tão imunda.- Brasil falou para o homem com desprezo.

 -Podem levá-lo.- Brasil deu a ordem aos guardas imperiais que se aproximaram e o levaram embora. 

 Tanto para os membros da realeza quanto para o próprio Brasil como nação soberana e independente era necessário mudança e agora a maior delas. A partir de hoje iniciariam juntos uma caminhada para o futuro, um futuro de igualdade, paz e prosperidade.

 Cidade de Washington, Estados Unidos da América.

 Seis meses. Esse foi o tempo que se passou desde a visita oficial de Índia e Brasil a Casa Branca e muita coisa mudou na vida de Estados Unidos. Seu país estava a beira de uma nova guerra civil e sabia que este cenário seria o mais provável e sangrento. A deposição e prisão da presidenta sob a acusação de interferir na ordem nacional, causar o caos e pânico generalizados, ameaçar a integridade e união do país e diversas outras leis violadas, foi muito bem vinda. 

 O novo presidente era um homem já conhecido na política. Um homem que estudou e se formou em economia e administração nas melhores universidades da França e era uma pessoa muito carismática.  O objetivo de seu mandato seria unir uma nação dividida. Melhorou as relações dos Estados Unidos com as potências dos BRIC’S e manteve o país neutro na questão da Guerra da Coréia, que por sinal passou por uma reviravolta. O bloqueio ao mar do Japão e o saque de navios comerciais japoneses fez o governo nipônico declarar guerra à Coreia do Norte. China não se opôs pois o japonês tinha um motivo para tal. A guerra estava próxima de seu fim definitivo. 

 Estados Unidos fora chamado a Casa Branca pelo próprio presidente. O clima de desconfiança e revolta popular ainda era visível. Os estrangeiros e imigrantes, mesmo que de nações aliadas, estavam desconfiados do povo americano pela forma como os chineses, russos, indianos e brasileiros forma tratados no país. Os negros por sua vez temiam já que muitos cidadãos americanos desta etnia fora violentados e prejudicados pela inimizade com a África do Sul. Estados Unidos chegou ao Salão Oval e bateu na porta sendo convidado a entrar.

 -Did you call me, Mr President? (O senhor me chamou, senhor presidente?)- Estados Unidos perguntou respeitoso e olhou para o presidente que encarava entristecido para um mapa em sua mesa.

 -Where did we go wrong? (Onde foi que erramos?)- o presidente falou com uma voz calma e embargada de sentimento, sentimento esse que a personificação não conseguiu definir bem o que era.

 -Excuse me sir? (Perdão senhor?)- Estados Unidos perguntou se aproximando e vendo que o presidente olhava um mapa dos territórios de Brasil. 

  -Look.  This country is our neighbor.  He's as big and rich as we are.  It is one of the most multicultural and multiethnic countries in the world, and arguably the biggest.  He is just like us.  It's big, powerful, intimidating, and even though we hate to admit it, it's a global powerhouse. (Veja. Este país é nosso vizinho. Ele é tão grande é rico quanto nós. É um dos países mais multiculturais e multiétnicos do mundo, e sem dúvida o maior deles. Ele é igual a nós. É grande, poderoso, intimidador e mesmo que detestemos admitir é uma potência global.)- O presidente falou e olhou no fundo dos olhos de Alfred mostrando a ele um papel.

 -Brazil is investing heavily in building entire cities, they are not ready yet but when they are he plans to encourage people residing in favelas to move to these planned cities and have a decent living and housing.  He is incredible.  Even having people of different ethnicities and different cultures, he never suffered an attack or a terrorist attack.  Immigrants, regardless of where they came from, what color of skin they have, the language they speak or the religion they follow, are welcome.  His people united under a single flag.  Where did we go wrong? (Brasil está investindo pesado na construção de cidades inteiras, ainda não estão prontas mas quando estiverem ele planeja incentivar as pessoas residentes das favelas a se mudarem para estas cidades planejadas e terem uma moradia e vida decente. Ele é incrível. Mesmo tendo pessoas de diversas etnias e culturas diferentes nunca sofreu um atentado ou um ataque terrorista. Os imigrantes, não impostando de onde vieram, que cor de pele possuem, a língua que falam ou a religião que seguem são bem vindos. O povo dele se uniu em uma única bandeira. Onde foi que erramos?)- O presidente falou e Estados Unidos pôde entender. 

 Seu povo nunca foi unido de fato. Se uniam apenas quando estavam em guerra contra outra nação, então as pessoas, tão diferente entre si, se uniam contra um inimigo em comum, quando a guerra acabava voltavam a se odiar. Brasil e Holanda eram países multiculturais e não tinham problemas quanto a isso. Lideravam bandos de pássaros, todos de uma mesma espécie, soltos no céu, migrando para o mesmo lugar. Enquanto Estados Unidos tinha diversos passarinhos únicos de várias espécies dentro de gaiolas. 

 Ele também queria saber e tanto ele quanto o presidente sabiam o que precisavam fazer. Tinham que aprender como manter um país unido. O Reino Unido e o Império Austro-húngaro eram nações multiculturais e se fragmentaram, a América Espanhola eram agora vários países, mas Brasil se manteve. Como? Estados Unidos marcou com o brasileiro para passar um tempo no país junto com o presidente americano e sua esposa em uma viagem de estado. Queria que o brasileiro lhe mostrasse sua cultura e país. 

 Mesmo achando estranho o pedido do americano, aceitou a proposta de fazer um tour para ele, para o presidente e sua esposa. O presidente e sua esposa ficariam em hotéis de luxo nas cidades que visitassem e Alfred ficaria nas casas de Brasil em Recife e no Rio de Janeiro, além dos hotéis nas cidades extras que visitariam. Estava na hora de saber o segurado da união. 
 


Notas Finais


Espero que tenham gostado.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...