História Brawley School - You make me smile

       ------------------------------------Giovanna-----------------------------------

"@camerondallas espero que tudo fique bem'' 

"@camerondallas NUNCA te deixaremos, suas fãs estão aqui por você"

"fique forte, eu te amo ;( @camerondallas"

Entrei no twitter do Cameron, comecei a descer o mouse pelas mentions dele, tinham milhares de milhares de fãs mandando força pra ele, a cada segundo que atualizava, eram mais milhares, nos trends a tag #StayStrongCameronDallas estava em primeiro desde que ele entrou para a reabilitação, esse foi o primeiro dia em que tive a coragem de entrar na conta dele e começar a ver o que diziam, eu evitava, evitava pensar em qualquer coisa relacionada a isso, não queria me machucar, não queria me lembrar de que ele tava longe.

 " @camerondallas: Gente, aqui é a Giovanna... só quero que saibam que o Cameron vai ficar bem, tudo vai dar certo"

Escrevi com lágrimas nos olhos, minhas mãos tremiam e eu encarava a tela do computador me segurando para não chorar, a cada segundo isso ficava mais dificil, a cada segundo eu me sentia mais sem chão. Ele ia ficar bem, era o que eu queria acreditar, e era o que eu mais rezava pra acontecer.

- GI, TEU CELULAR TA TOCANDO – minha mãe entrou com tudo no meu quarto com o celular na mão.

- Ta mãe, brigada – peguei o celular e atendi sem nenhum animo, sentei na cabeceira do celular e comecei a falar – Quem é?

- Giovanna? –  assim que a voz do outro lado da linha começou a falar, saquei que era o Shawn e meu coração quase pulou do peito.

-SHAWN? - levantei da cama quase que imediatamente, minha voz tava tremula e coloquei a mão na boca para evitar qualquer risco de eu começar a chorar –  EU SENTI TANTA A TUA FALTA.

- Desculpa te ligar desse número, eu to sem celular, eu queria falar contigo...– o tom de voz dele me deixou preocupada.

- O que foi?

- Eu soube do que aconteceu.

- Eu tava fora de mim Shawn, isso nunca, nunca, NUNCA –  comecei a enfatizar o - vai acontecer de novo.

- Se você se machuca, eu me machuco - ele deu uma pausa, por uns incontaveis segundos, inspirou ar e começou a falar de novo - Juntos, lembra?

- Juntos - repeti, e de inevitavel, o choro começou.

-------------------------------------------Victoria----------------------------------------------------

- GIOVANNA!!! –  interrompi ela no celular.

- QUE FOI?? - ela virou pra mim segurando o celular com o queixo.

- Vou sair com o Nash, só volto de madrugada –  peguei meu casaco que estava pendurado na porta do quarto e desci as escadas, abri a porta e o Nash estava me esperando encostado no carro, sorrindo.

- Quem que é essa linda? –  ele falou rindo, me segurando pela mão e me fazendo girar.

- Sua namorada –  me aproximei dele.

- Minha? –  ele me puxou pela cintura, encostando os lábios dele nos meus.

- sua –  repeti e o beijei, um beijo seguido de um abraço, encostei minha cabeça no peito dele e coloquei meus braços envolta, ele fez o mesmo, me abraçando pela cintura e ficamos assim, até que voltei meu olhar para cima e ele me deu um beijo na testa.

- Vamos? 

- Não sei o que tu ta esperando –  afastei ele de mim e fui até o carro sorrindo, fazendo um charme pra ele.

- Não posso contigo –  ele mordeu os lábios e sorriu.

O Nash deu a partida e dirigiu até a balada ''super bowl'' era numa boate grande, de dois andares, com uns sofás embaixo e encima a parte vip.

- A gente é aqui no povão mesmo – Nash me puxou pra onde todo mundo tava dançando depois de eu ficar encarando por meia hora a parte vip, aquela gente toda bem vestida lá encima.

- Nem queria ficar ali mesmo –  comecei a sorrir e acompanhei ele.

Quando tocamos o pé na pista de dança começou a tocar Can't Hold Us do Macklemore & Ryan Lewis e o Nash amava essa música, ele começou a fazer uns movimentos imitando um rapper e eu começava a rir vendo ele dançar que nem um retardado ali na minha frente.

- O QUE É ISSO? – falava pra ele ( gritando por causa da música) me matando de rir.

- É COMO SE DANÇAR COM ESTILO – ele me respondia, fazendo mais ainda danças estranhas, descendo no chão, rodopiando e me puxando junto, entrei na dele e comecei a fazer aquela dança com a mão na cabeça, segurando um pé.

- OLHA COMO TODO MUNDO TA COM INVEJA DA GENTE– ele me puxou pra perto e apontou pras pessoas ao nosso redor que ficavam encarando.

- ELAS NÃO TÃO COM INVEJA NASH – comecei a rir – É PORQUE A GENTE É ESTRANHO MESMO.

- EU NÃO LIGO – ele me puxou pela cintura e tentou me beijar, tentava negar porque não conseguia parar de rir.

- EU TAMBÉM NÃO – encarei ele por uns segundos e o beijei, passei minhas mãos pelo pescoço dele e ficamos extremamente colados um no outro, a ponto de conseguir ouvir o coração dele bater, quando se afastamos, ficamos se encarando, sorrindo e quando fizemos isso começou a tocar You Make Me Smile do Uncle Kracker, era uma música calma e nesse momento pareceu que tudo ao nosso redor ficou embaçado e tudo em foco era apenas eu e ele ali, juntos, balançando calmamente de um lado pro outro, sorrindo de orelha a orelha, encarando um ao outro e escutando aquela música que tinha tudo a ver com a gente.

''Você é melhor que o melhor

Eu tenho sorte só de ficar na sua vida

Nada se compara ao lugar para onde você me leva

E quando os meus bons tempos começam a desaparecer

Você me faz sorrir como o sol

Você me faz dançar como um idiota

Esqueço como se respira

Só de pensar em você, vou à loucura

 você me faz sorrir

Mesmo quando você se vai

De alguma maneira você aparece

Não sei como vivi sem você

Porque toda vez que estou ao seu redor

Eu vejo o melhor de mim dentro dos seus olhos''

Eu não sei explicar o que sentia por ele, acho que nunca ia conseguir realmente descrever um terço de como eu amava aquele garoto, tudo que ele significa pra mim não tinha como colocar em palavras, era um aperto no meu coração que me deixava quase sem ar, é como quando eu simplesmente pareço que vou pra outro mundo quando penso nele, é incrivel como alguém consegue cair de paraquedas na sua vida e se tornar o seu céu, seu tudo.

- é só isso que importa – ele me puxou e me beijou.

- mas a gente ainda tem que da um jeito naquela alice – comecei a apontar o dedo pra ele, sorrindo.

- só depois disso – ele mordeu os lábios e me segurou pelo colo, me fazendo travar as minhas pernas por trás das costas dele, enquanto ele me segurava apertando minha bunda e dando beijos de leve no pescoço, ficamos se pegando assim, se jogando de um lado pro outro, uma vez era na parede da escada, na outra era na parede do banheiro.

- COM LINCENÇA – o matt nos cutucou.

- MATT? – olhei surpresa e dei uma olhada envolta e vi que todos os guris menos o Shawn e o Jack G estavam ali – O que vocês tão fazendo aqui?

- Eu terminei com a Pietra e resolvi aproveitar meu dia de solteiro pra vir aqui – ele deu um sorrisinho, ele parecia meio triste, mas era assim que ele resolvia as coisas.

- AONDE TA A GIOVANNA? – o Carter veio cambaleando com um copo de vodca na mão.

- Ela ficou em casa, Carter – comecei a rir porque a situação dele tava muito engraçada.

- Vocês podem nos deixar a sós? – o Nash me puxou pela cintura e começou a beijar pelo pescoço.

- DESCULPA, não incomodamos mais – o Aaron saiu tirando todo mundo dali e levando pra pista.

Matt P.O.V

Se a Pietra terminou comigo então eu oficialmente não pertencia mais a ninguém, eu posso até ter me importando um pouco com o que aconteceu mas nada que fosse me deixar morfando em casa.

- TURNNNNNNNNNN UPPP – levantei o copo de bebida pra cima e me joguei nos meios dos meninos.

- SEM NAMORADA PRA TE ATRAPALHAR HOJE – o Carter gritou do outro lado da balada.

- SEM NAMORADA OUVIRAM?? – cheguei num grupo de meninas que tavam dançando lá no meio e comecei a abraçar elas.

- Será que da pra me largar? – uma guria linda virou pra mim, ela tinha um cabelo ondulado castanho e uns olhos escuros que me hipnotizaram.

- Vai com calma garota – me aproximei mais dela, sorrindo.

- Meu nome não é garota, meu nome é Lara.

- Desculpa, Lara – enfatizei o lara, pra deixar claro que tinha captado o nome dela.

- Agora sai – ele me deu um super empurrão.

- O que eu faço pra você me deixar ficar?

- Da três cambalhota pra trás – ela falou rindo, com uma cara sinica fudida.

- BELEZA – dei meu copo pro Carter segurar e os meninos fizeram uma roda ao meu redor – Deixa eu só me preparar.

- Ta bom – ela cruzou os braços e ficou me encarando rindo.

- AQUI VAI – fui tentar dar a primeira cambalhota e cai de costas no chão, com tudo, fazendo um barulho que fez todo mundo encarar.

- AI MEU DEUS, TA TUDO BEM? – ela veio até mim e começou a me segurar.

- Vai ficar melhor se tu disser que eu mereço tua companhia por isso – comecei a sorrir.

- Ta - ela deu uma pausa e começou a sorrir – você merece, ela me deu a mão pra levantar e eu dei o braço pra ela pegar e fomos assim até a pista.

-----------------------------------------------Giovanna--------------------------------------------

- Shawn? – coloquei o celular pro lado pra tentar focar minha atenção no barulho que tinha escutado. – acho que tem alguém aqui dentro da minha casa.

- Não é a Victoria? 

- Não, ela saiu com o Nash.

- E a tua mãe? – a voz dele já era de preocupado.

- Ela também saiu – comecei a tremer, porque os barulhos eram de gente tentando arrombar a porta - Eu to com medo.

- FICA AI DENTRO - o shawn já estava desesperado.

- SHAWN – o barulho agora era de gente revirando as panelas la na cozinha.

- GIOVANNA, SE ESCONDE EM ALGUM LUGAR, FAZ SILENCIO, NAO DESLIGA A LIGAÇÃO.

- EU TO COM MEDO, EU TO COM MEDO – repetia.

- NÃO DESLIGA, EU TO INDO AI – a voz dele era ofegante, de quem já estava correndo.

- AI MEU DEUS – o barulho era de uma pessoa subindo a escada - SHAWNNNNNNN 

Shawn mendes P.O.V

- SHAWNNNNNNN – a ligação caiu, e tudo que escutei foram depois foram gritos.

Quando isso aconteceu meu mundo parou de girar, as gotas da chuva que caiam ficaram estáticas e meus olhos pesaram, deixei o celular cair da minha mão porque por fraçoes de segundos minha alma saiu do meu corpo e eu não conseguia me mexer, meu chão desabou e tudo que se passava na minha mente era um borrão preto, só quando consegui me mexer fui guiado pelo instinto, sai correndo até a garagem e coloquei as chaves na ignição, demorei ate fazer isso, porque minhas mãos tremiam como nunca tremeram antes, minha respiração tava ofegante e eu mal conseguia pensar direito, suava frio e comecei a gritar de raiva batendo no volante, mal esperei o portão abrir direito e dei a partida e corri até a casa da Giovanna, a uns 100 km por hora, atravessando todos os sinais vermelhos.

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- ENTÃO VOCÊ DEVE SER A PRINCESINHA DO CAMERON – um homem com um capus preto na cara me puxou pelo braço, ele tava acompanhado de mais dois caras que tavam armados - O QUE VOCÊ ACHA DE ELE TER FUGIDO SEM PAGAR A NOSSA DIVÍDA?

- QUE DIVIDA? EU NÃO SEI DE NADA E ELE NÃO FUGIU – tava chorando tão desesperadamente que mal conseguia falar.

- CALA A BOCA E PARA DE MENTIR – ele me empurrou pra cima da cama.

- EU JURO, EU NÃO TO MENTINDO.

- SE VOCÊ NÃO PARAR DE CHORAR VOU TE MATAR AQUI MESMO – ele apontou a arma pra minha cabeça - EU QUERO QUE TU LIGUE PRO CAMERON AGORA.

- NÃO TEM COMO, ELE TA EM UMA REABILITAÇÃO - peguei o celular e comecei a tremer.

- NÃO IMPORTA CARALHO, LIGA – ele me puxou forte pelo braços e depois me jogou na cama de novo.

Comecei a discar o número da clinica aonde ele tava, minhas mãos tremiam e as gotas da minha lágrima caiam na tela do celular.

- ANDA LOGO.

- TA CHAMANDO, TA CHAMANDO.

- Alo, aqui é da clínica Bem estar, com quem deseja falar?

- Com o Cameron Dallas, por favor, com o Cameron – minha voz era tremula, acho que ela conseguiu perceber o tom nervoso na minha voz.

- Desculpa Senhora, mas ele não está em horário de visita.

- É muito importante, por favor, por favor, por favor – comecei a repetir o por favor chorando.

- Claro - ela deu uma longa pausa - vou passar pra ele – acho que ela percebeu o que tava acontecendo.

- Alô? – quando escutei a voz do Cameron meu corpo todo ficou dormente, meu coração parou por alguns segundos.

- CAMERON? – desabei no choro.

- OLHA AQUI SEU FILHO DA PUTA, SABE AQUELA DIVIDA QUE VOCE NAO PAGOU? POIS É, OU PAGA ELA OU A GENTE MATA A SUA NAMORADINHA AQUI, ELA VAI TA NA ÁREA DO BETA, SE CHAMAR A POLICIA, ELA MORRE, SE NAO PAGAR, ELA MORRE, A ESCOLHA É SUA – ele pegou o celular da minha mão, falou isso pro Cameron e desligou.

Shawn mendes P.O.V

Parei o carro com tudo no gramado da casa dela, tava tão desesperado que até bati na parede do muro, subi as escadas com tudo e vi dois caras no quarto apontando a arma pra giovanna, que tava jogada na cama.

- SHAWN??? – ela gritou e veio pro meu abraço quando me viu.

- EU TO AQUI AGORA – abracei ela forte.

- QUEM É ESSE MULEKE? – o assaltante me puxou pela blusa e me jogou na parede me apontando uma arma – ME DIZ QUE TU NAO CHAMOU A POLICIA?

- NAO, EU NAO CHAMEI 

- TU SABE BEM O QUE VAI ACONTECER SE TU TIVER FEITO ISSO – ele largou da gola da minha blusa e quando fez isso sai correndo pra abraçar a Giovanna.

- O que você ta fazendo aqui? – ela começou a chorar nos meus braços – Não era pra você ta aqui, esse é meu problema.

- Juntos lembra? – comecei a chorar enquanto abraçava ela.

- Juntos – ela aconchegou a cabeça no meu ombro e caiu no choro de desespero.

Cameron Dallas P.O.V

Quando escutei essa ligação meu coração afundou, mal conseguia me mover, mal conseguia pensar, uma sentimento de raiva tomou conta de mim, entrei em desespero, um desespero tão grande que perdi controle sobre mim mesmo, comecei a quebrar tudo que existia no quarto, soquei o vidro que tinha na parede, mas tao forte que meu punho começou a sangrar, eu sai bufando de um lado pro outro no quarto, gritando e xingando tudo.

- EU VOU MATAR ESSES FILHOS DA PUTA, EU VOU MATAR ESSES FILHOS DA PUTA – sai em direção a porta e dei um chute tão forte que ela caiu.

- O QUE É ISSO, CAMERON? VOLTA JÁ PRO SEU QUARTO.

- CALA A BOCA - empurrei a enfermeira que veio tentar me impedir e sai correndo de dentro da clinica, quando já tava fora veio uns cincos seguranças atrás de mim, sai correndo com tudo e entrei em um matagal que tinha ali perto, quando despistei eles fiquei parado em pé andando de um lado pro outro, completamente desesperado.

- Giovanna, giovanna, giovanna – repetia isso e quando me dei conta tava jogado no chão, chorando de raiva e de desespero,  raiva deles e raiva de mim mesmo por fazer ela passar por isso.

Isso me fez perceber o qual estúpido eu tava sendo, o quão filho da puta eu era, eu ia ser melhor, eu ia fazer isso por ela, eu ia salvar a Giovanna, eu ia salvar nós, eu ia me salvar.