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História Break Of Dawn - Confrontation


Escrita por: fknlatin

Notas do Autor


Espero que gostem desse capítulo
Essa é uma das partes mais tensas que eu tava louca pra escrever.
Grande parte do cap é inspirado na música The Road Between da Lisa então espero que gostem.

Boa leitura 🐱

Capítulo 51 - Confrontation


Fanfic / Fanfiction Break Of Dawn - Confrontation

"Tão perto, não importa quão longe."- Nothing Else Matters, Metallica.

Jornal Folha de S. Paulo- 7 de dezembro de 1995

Michael Jackson desmaia e é internado

O cantor Michael Jackson, 37, desmaiou ontem à noite no palco do Beacon Theater, em Nova York, durante ensaio para um especial de fim de ano que seria veiculado pela TV paga a cabo HBO.

Jackson desmaiou por volta das 17h30 locais (20h30 horário de Brasília) e foi levado para o Beth Israel North Medical Center, um dos mais caros hospitais de Nova York, no lado leste de Manhattan.

Segundo John Hanchar, porta-voz do Serviço de Emergência Médica (que o levou do teatro para o hospital), o cantor estava semiconsciente, pálido, falava com dificuldade e queixou-se de tontura.

Hanchar afirmou que o desmaio foi causado por uma crise de pressão baixa. A pressão de Jackson chegou a 7 por 4. A pressão de uma pessoa normal é de 12 por 8.

Segundo boletim divulgado às 23h de ontem pelo hospital, ele chegou com desidratação e pressão baixa. Sua condição é estável e ele foi submetido a vários exames.

A única pessoa que recebeu autorização para visitar o cantor foi sua irmã, Janet Jackson. Segundo os médicos, há grandes chances de ele ser liberado hoje.

Jackson ensaiava para um especial de fim de ano, que seria gravado sexta e sábado e estava programado para ir ao ar no domingo.

A HBO não quis antecipar se pretendia cancelar o especial. Segundo um porta-voz da rede, a única preocupação no momento é com a saúde do cantor.

Entretanto, ontem, após o desmaio, alguns dançarinos continuaram ensaiando para o especial.

A HBO proibiu que os dançarinos e músicos que estavam participando dos ensaios na hora do desmaio dessem entrevistas.


- De jeito nenhum! Foda-se ele. Eu não vou. Por que iria?

-Seu marido desmaiou e está hospitalizado depois de sofrer uma arritmia cardíaca, todos esperam que a senhora apareça.-Um dos sucessores de Michael dizia do outro lado da linha.-Eu não estaria aqui implorando por isso senão fosse necessário. Vários fotógrafos já estão em frente ao hospital, já se tornou uma grande notícia!

-E é óbvio que eu não vou me safar desse maldito circo tão facilmente, não é?!-Bufo encostando minhas costas na cadeira do escritório.

-Senhora Jackson, a imagem do seu marido é importante agora. O que as pessoas achariam se sua esposa não o visitasse?

-Que se foda, sei que vocês não irão parar de me infernizar. Eu vou nessa porra de hospital, reserve uma viagem para hoje a noite. Mas não espere um show de romantismo.-Coloco o telefone no gancho sem me preocupar em ouvir sua resposta.

8 de dezembro de 1995

 O Beth Israel North Hospital, local onde Michael estava internado, precisou instalar uma linha de telefone com mensagens gravadas, utilizadas diariamente, para informar o seu estado de saúde. A imprensa havia se reunido na frente do hospital esperando que sua mulher, ou seja, eu chegasse para ficar com ele.

É claro que eu apareci, com meu sobretudo e óculos pretos saindo do carro e sendo guiada pelos seguranças para dentro do prédio enquanto sentia inúmeros flashes contra meu rosto.

(P.O.V. Michael J.)

Meu pessoal conversou comigo depois que minha situação de saúde se estabilizou no mesmo dia que fui internado. Eles obviamente queriam falar sobre Lisa e sobre a minha imagem pública. Disseram o que eu já sabia, ela precisava estar ao meu lado para evitar mais rumores afinal, até Diana Ross havia agendado uma visita para me ver.

Permiti que falassem com ela para aparecer aqui e, surpreendentemente até para mim, ela cedeu. Eu não sei se quero realmente que ela fique comigo, mas quando ela chegou eu verdadeiramente me arrependi de ter concordado com essa manobra de relações públicas.

Lá estava Lisa Marie, com fogo nos olhos. Ela analisou o quarto todo com o olhar, inclusive os presentes dos fãs- pôsteres enquadrados da estrela infantil Shirley Temple, do Mickey Mouse e do Topo Gigio, um estranho e pequeno rato-fantoche que ficou popular nas décadas de 50 e 60. Finalmente ela virou seu rosto para mim. Percebi que observou os meus braços furados com agulhas, um recebia soro e o outro um medicamento prescrito pelo médico. Eu sabia que estava mais pálido, fraco e magro que o normal. Lisa pareceu perceber, mas não se comoveu. Reuni minha coragem e decidi começar a conversa.

-Oi, Lisa. Como vai?

-Como vou? Você ainda pergunta?!-Ela logo começou a gritar.-Onde você esteve todo esse tempo, Michael? E por que está aqui, afinal?

- Eu sofri uma crise de batimentos irregulares do coração e...

- Eu não quero saber disso! Acha mesmo que eu vou acreditar nessa merda de "exaustão" e "desidratação"?!-Ela me interrompe fazendo aspas com as mãos.- Eu sei muito bem que você costuma ter ataques de pânico e eu tenho quase certeza que você passou por um. Agora o que eu quero saber é: Por que? Anda ansioso com alguma coisa, Michael? Ou isso tudo foi o início de uma merda de overdose? Que inferno, eu disse para você parar com essa merda!

-O que?! Você está supondo coisas malucas, Lisa. Pare com isso, por favor.-Eu podia sentir meu coração bater fortemente no peito. Sempre evitei confrontos e tinha uma mulher furiosa invadindo meu único porto seguro naquele momento, meu quarto naquele hospital.

-Será mesmo, Michael?!-Ela continuava a gritar.- É claro que você está desestabilizado, um ataque de pânico abalaria facilmente seu sistema corporal. Claro que não é essa apresentação que você está para fazer, você já fez dezenas iguais a essa. O que anda te deixando ansioso, afinal? Está me escondendo algo?

-Se acalme, ok? Você só está criando encrenca e causando problemas. Como não quer que eu tenha ataques de pânico assim?

- Ah, então agora você admite que esse papo de grave desidratação na verdade é um ataque de pânico?! Você não havia falado há menos de 5 minutos atrás que eu estou "supondo coisas malucas"?

-Você está fazendo meus batimentos cardíacos aumentarem...

-Onde esteve durante esses meses, Michael?!-Ela mais uma vez me interrompeu aos gritos.

- Eu fiquei resolvendo problemas em Los Angeles e Nova York.

-Mentira! Acha mesmo que eu não vi os jornais dizendo que você estava na Europa com os filhos dos Cascio?! Eu acabei de vê-los pegando o elevador!

- Eu passei um curto período lá, mas...

- Eu liguei durante todo esse tempo para o clínica onde aquela sua amiguinha enfermeira trabalha. E ela não estava em momento algum! Você tem ligação ou sabe sobre isso?

-Não, eu não sei..-Minha voz falhou enquanto minha mente tentava criar uma desculpa.

- Eles disseram que ela não aparecia por semanas! Eu juro que se eu tivesse o endereço dela teria aparecido na porta para ver se ela conseguiria mentir melhor do que você.

-Lisa, ela não foi ao trabalho porque precisou ser hospitalizada.

-Você disse que não sabia nada sobre isso, Michael! Que porra você está escondendo de mim?

- Eu não estou me sentindo bem. Por favor, vá embora.

-Ótimo. Eu quero ir embora. Isto tudo é uma loucura.-Ela gritou uma última vez e saiu pela porta batendo-a.

(P.O.V. Lisa M.)

Saí do quarto como se tivesse sido disparada de um canhão. Passei por todos no corredor e os ignorei do mesmo jeito que fiz quando cheguei. Havia membros da família Jackson, seguranças, funcionários do hospital e a equipe de Michael e eu não estava com paciência para falar com nenhum deles. Enquanto me dirigia para o elevador pude ouvir uma voz masculina, provavelmente do médico, me chamar.

-Senhora Jackson! Meu Deus! O seu marido não pode ser perturbado assim. O estado dele é delicado. Se for para agir assim, a senhora não pode visita-lo.

Apesar da minha mente ter preparado uma série de xingamentos, me contive a lhe dar apenas um olhar cortante. Foi o suficiente para calar sua boca e abaixar sua cabeça em sinal de vergonha. Senti outra pessoa me observar e dirigi meu olhar em sua direção, era a minha sogra. Enquanto o elevador não abria a senhora Jackson veio até mim e recomeçou o sermão.

-O que há de errado com você, Lisa? Você é tão mimada! Não acredito que fez isso com Michael.-Assim que ela terminou a frase o elevador se abriu.

Eu apenas entrei e mandei um olhar raivoso, não foi algo que eu pude controlar. Antes que eu pudesse dar uma resposta mal criada e explodir ali mesmo as portas se fecharam entre nós. Em menos de 2 minutos eu já estava de volta no carro sendo levada para longe daquela bagunça.

No dia seguinte- 9 de dezembro de 1995

- Absolutamente não. Me desculpe, mas esse foi o decidido.-Pude ouvir do outro lado da sala.

Bill, o chefe da segurança e que estava me acompanhando durante minha estadia em Nova York, conversava com os responsáveis pelo Michael no hospital para convencê-los a me deixar vê-lo. Mas pelo o que eu pude ouvir, isso não era uma opção para eles. Depois de algumas tentativas o homem alto e negro apareceu com uma feição de decepção.

-O que houve, Bill?-Me levantei da cadeira.

-Depois que a senhora saiu daqui ontem, foi feita uma reunião da família Jackson e ficou decidido que a senhora é uma presença hostil para o Sr. Jackson agora.

-O que? Presença hostil?- Meu tom de voz inconscientemente aumentou.

- Eles querem proteger o senhor Jackson. Acreditam que mais visitas suas não irão ajuda-lo, principalmente agora que descobriram gastroenterite nos exames dele. Ele precisa de repouso, sra. Jackson.

-Ótimo então! Me leve de volta para o apartamento e agende uma viagem o mais rápido possível de volta para Los Angeles. Eu não vou ficar longe dos meus filhos, aguentando essa merda sozinha.-Respondi me dirigindo ao elevador e apertando o botão.

Bill não ousou dizer mais alguma coisa, apenas me acompanhou e me levou em segurança até o carro, garantindo que os jornalistas não chegassem até mim. O caminho até a Trump Tower foi silencioso, igual ao dia anterior. Entrei por uma entrada dos fundos evitando os paparazzi e me dirigi com os seguranças para o andar em que estávamos hospedados.

-Sra. Jackson.-Ouvi Bill me chamar antes que eu abrisse a porta do apartamento e me viro.-Eu sei que não devo me meter e já peço desculpas por isso, mas não vá agora. Espere mais uns dias, eu posso falar com o pessoal do hospital para que a senhora fale com ele mais um vez. Ele está realmente mal, além da gastroenterite, descobriram um desequilíbrio físico que afeta o fígado e os rins, algo assim.

-Tudo bem, Bill. Eu vou pensar sobre isso, ok? Obrigada.-Respondo depois de um suspiro.

11 de dezembro de 1995

-Lisa Marie, Michael está bem?

Mantive o óculos escuros e os olhos para frente e ignorei o repórter enquanto entrava junto com a comitiva no hospital. Estava ainda me recuperando dos últimos acontecimentos, nem sei sobre o que falarei com ele. Felizmente estava mais calma que antes, consegui ignorar o fato da equipe de Michael ousando insinuar que eu não era necessária lá, que eles tinham coisas bem na mão. Então, novamente, eu não estou realmente chocada. Porém algo estava errado, e eu não conseguia entender o que era.


Meu coração batia em meu peito aceleradamente enquanto subia o elevador. Sei que Michael está pelo menos estável, e provavelmente era exaustão combinada com uma infecção viral e outros problemas não tão sérios. Ainda assim, eu me sentia mal com a maneira que a nossa última conversa acabou. Precisei de alguns dias para poder vê-lo de novo. Talvez fosse isso que estava aumentando minha ansiedade: o fato de que ele talvez não me quisesse lá. Sua distância e preocupação nas últimas semanas não passaram despercebidas, e seu tempo longe de mim aumentou gradualmente.

Out on the road between nowhere and hell
I caught a glimpse of my reflection in you
But they can't believe I still want you around

(Entre a estrada que dá para lugar nenhum e o inferno
Eu vislumbro meu reflexo em você
Mas eles não conseguem acreditar que eu ainda te quero por perto
)

Fui rapidamente conduzida ao seu quarto, e meu coração parou ao vê-lo mais disposto que antes, porém ainda pálido, fraco e com os olhos fechados. Soltei um pigarreio para chamar a atenção e me pronunciei.

-Todo mundo poderia sair?

-Não queremos que você o perturbe.-Alguém disse atrás de mim.

-O que você disse?-Exigi quando me virei e encontro um dos acessores de Michael.

-É... Está tudo bem.-Michael interveio.

-Todo mundo fora.-Ordenei olhando apenas para Michael, já sem paciência. Foi um longo e tenso minuto que se seguiu quando todos saíram da sala. Respirei fundo quando finalmente estavamos sozinhos e caminhei em direção a ele.

-Hey.-Disse ele com um sorriso forçado.

-Oi.-Respondi quando me sentei na beira da cama e peguei sua mão.-Michael, eu tenho tanto medo. Me desculpe por ter explodido com você antes, eu estou preocupada.

-Estou bem. Eu disse a eles para não te preocuparem com isso...-Meus olhos se arregalaram ao ouvir sua resposta.

-Você está falando sério ?! Você é meu marido. Eu não preciso encontrar tudo isso num maldito jornal, claro que eles deveriam me avisar.

-Eu estou apenas... Eu só estou exausto, nada sério, e eu sabia que você faria uma tempestade por causa disso.- Ele suspirou.

-É uma tempestade!-Afirmei-As pessoas não desmaiam e sofrem uma arritmia cardíaca a toa.

-Eu estive tão estressado, você sabe. Sem comer, sem dormir.-Ele disse enquanto se recostava nos travesseiros.-Nada que eu não possa lidar, e eu sei que seus filhos pre...

-As crianças estão bem. Eles estão com saudade de você. Agora preciso falar com os médicos. Eu quero saber se há outra coisa.

-O que você está tentando descobrir, Lise?-Ele perguntou.-Se drogas estão envolvidas?

- Sua saúde é minha maior preocupação!

-Sim, bem, eu sei que você está me observando como um falcão.-Ele retrucou revirando os olhos.-Então deixe-me te tranquilizar: foi apenas exaustão e desidratação. Você não precisa falar com ninguém.

Hung on the line between addiction and this
I can't believe you said I hurt you again
But I can't afford to let you get away
And I cannot take the darkness when you stay

(Pendurada na linha entre o vício e isto
Eu não consigo acreditar que você disse que te feri de novo
Mas eu não posso me dar ao luxo de deixar você ir embora
E não posso suportar a escuridão quando você fica
)

-Michael, qual é o seu problema?-Retirei minha mão da dele.-Eu venho aqui para estar com você e você tem essa atitude?

-Você quer mesmo reclamar de mim sobre isso?! Olha, eu não estou disposto a ouvir você me importunando...

- Eu estou te importunado?!-Repeti, incrédula.

-Você sempre pensa o pior.

-O que diabos está acontecendo?-Exigi depois de um curto período calada.- Por que tenho a sensação de que você não me quer aqui?

-Você me estressa!- Ele responde aumentando sua voz.

-Tudo o que fiz foi vir aqui para estar com você! Eu já te pedi desculpas, o que mais você quer? Você não teria feito a mesma coisa por mim?-Me levantei e ele se recostou nos travesseiros fechando os olhos.-Além disso, como posso ignorar o tempo que estamos sem nos ver?

-Porque eu sei o que você está pensando, e estou cansado de ser policiado por você!

-É isso? Ou há algo mais? Algo que você não está me dizendo...

-Eu não quero fazer isso agora, Lisa.


Então havia algo.

You're all I see
And it's definitely my fault
You're all I see
But don't come near me at all

(Você é tudo que eu vejo
E isto definitivamente é minha culpa
Você é tudo que eu vejo
Mas não chegue perto de mim
)

Tive uma sensação doentia na boca do estômago quando minha intuição me disse que não era apenas exaustão ou o estresse do trabalho. Havia algo mais que Michael estava mantendo em segredo. E esta não foi a primeira vez que eu tive esse pressentimento. Acontecera por meses, e eu tentei afastar os sentimentos, até chegar num ponto onde era impossível ignorar.

-Não foi exatamente assim que eu planejei as coisas também.- Comecei.- Mas eu sei que há algo acontecendo... Algo ruim.

-Isso é porque você está sempre pensando o pior.-Ele repetiu. Balancei minha cabeça em negação.

-Não, Michael. Sua reação com a minha presença aqui está me dizendo alguma coisa.

-Sim, que eu não preciso disso agora.-Michael rebateu.- Não preciso de todas essas perguntas e acusações.

-Eu não te acusei de nada. Eu acabei de dizer que algo está acontecendo, apenas isso!

-É a mesma coisa.

How many roads between your world and mine
How many broken doors and how many fights
I changed my furniture to make you go away
I'm still overwhelmed at how much space you take
(Quantas estradas entre seu mundo e o meu?
Quantas portas quebradas e quantas brigas?
Eu mudei minha mobilia para te fazer ir embora
Eu continuo sobrecarregada devido ao tanto de espaço que você deixou
)


-Que seja.-Mumurrei. Um silêncio caiu entre nós por longos segundos até eu tomar coragem para quebra-lo.-Eu estou aqui porque eu tinha que ver você, ter certeza que você está bem. Você é meu marido. E eu te amo. Quaisquer que sejam os problemas que estamos tendo, isso não mudou. Mas é claro que para você eu só estou atrapalhando o caminho.

-Pare de interpretar a vítima, Lisa. Eu já estou lidando com merdas o suficiente.

A vítima?! Anteriormente, eu estava gritando que era ele quem estava atuando no papel de vítima. Mas minha expressão, depois de muito esforço, se manteve calma. Eu não estava ali para brigar, estava ali para resolver nossas vidas.

-Diga-me para sair.

-O que?

-Diga. Diga que você quer que eu vá embora, e eu vou.-Eu respondi, estreitando os olhos.

-Olha, eu acabei de dizer que não posso fazer isso agora!-Ele gritou.

You're all I see
And it's definitely my fault
You're all I see
But don't come near me at all
(Você é tudo que eu vejo
E isto definitivamente é minha culpa
Você é tudo que eu vejo
Mas não chegue perto de mim)

-O que está acontecendo? Michael, Lisa, esta não é a hora.-Katherine advertiu aparecendo na porta com Janet e Rebbie logo atrás. Aparentemente, a discussão foi aquecida o suficiente para que fosse ouvida do lado de fora.

-Eu só estou tentando descobrir o que está acontecendo com ele.-Me defendi.-Eu sou sua esposa. Eu quero saber o que está errado, como isso aconteceu.

-Ele está exausto, Lisa Marie.-Minha sogra caminhou para o lado de Michael.-E discutir com ele não está ajudando.

-Eu não estou discutindo com ele.-Suspiro cansada.

-Tudo certo?-Revirei ao ouvir a intromissão de John Branca que apareceu no quarto igual a Sra. Jackson.

-Tudo está ótimo.-Respondo ainda olhando para Michael.

-Eu acho que meu filho só precisa de um pouco de descanso.-Disse a matriarca dos Jackson's para ele, mas seus olhos estavam em mim. Eu estava claramente em desvantagem ali, não lutaria mais.

And I can't have you right now
And I can't get it right now
And I can't have you right now
And I can't get it right now
(E eu não posso ter você agora
E eu não posso conseguir isto agora
E eu não posso ter você agora
E eu não posso conseguir isto agora)

-Sim, tudo bem... Apenas nos dê um minuto.-Pedi abaixando meu olhar para os meus pés, analisando meus sapatos pretos enquanto todos saíam.-Então? É isso que você quer? Você quer que eu vá embora?

-Eu só quero descansar.-Ele respondeu. 

Em outras palavras: sim, ele queria que eu saísse. Mantive a expressão passiva em meu rosto, mesmo que sua rejeição fizesse meu coração doer. Michael não queria ou precisava de mim. Talvez porque ele tenha terminado. De repente, me senti estranhamente deslocada.

-Eu... Eu estarei na cobertura por alguns dias se você precisar de alguma coisa.-Falei, mantendo a emoção fora da minha voz.-E se você não precisar... Então eu acho que vamos dar o próximo passo.

Ele pareceu confuso, mas apenas assentiu.

Eu sei que ele não vai ligar, mas vou cumprir meu dever. Esperarei saber quando ele vai estar bem fisicamente, e então voltarei para a Califórnia. Com o coração pesado, me viro e saio pela porta, sem olhar para trás. Eu não posso mais. Meu lado mais maluco desmoronaria e voltaria implorarando para ele. Porém eu já abri mão de muitas coisas, não farei o mesmo com o meu orgulho. Passei por todos no corredor em silêncio e fui até o elevador.

You're all I see, darling
And it's definitely my fault
You're all I see
But don't come near me at all
(Você é tudo que eu vejo
E isto definitivamente é minha culpa
Você é tudo que eu vejo
Mas não chegue perto de mim)

-Lisa, ele está todo acabado agora.-Me virei e encontrei Janet.

-Sim... Só estou fazendo o que ele quer.-Murmurrei.

-Eu não sei exatamente o que ele disse, mas eu podia ouvir que estava ficando ruim lá.- Janet começou. -Só não...

-Não o que?-A interrompi.-“Não diga nada para chatear ou machucá-lo"? "Não faça exigências para eele"? "Não espere que seu marido realmente queira que você esteja aqui para ele"?

-Me desculpe... Olha, basta dar-lhe um pouco de espaço, você sabe.-Disse Janet, um tanto sem graça.-Eu não sei o que está acontecendo...

-Nem eu, mas há algo acontecendo.-Intervi.-Eu posso sentir isso. Ele está escondendo coisas de mim.

-Eu não acho que é isso.- Janet discordou rapidamente, me fazendo soltar uma risada amarga.

-Confie em mim. Há algo que ele não está me dizendo. E quanto ao espaço, bem, ele tem isso o tempo todo, mas seja como for, ele pode ter mais. Eu não vou estar com alguém que não me quer.-Os olhos de Janet automaticamente se arregalaram ao me ouvir.

-Oh, vamos lá, não é tão ruim assim!

O elevador se abriu e eu entrei, seguida por Bill e por mais um guarda-costas.

Hung on the line between addiction and this
I can't believe you said I hurt you again
(Pendurada na linha entre o vício e isto
Eu não posso acreditar que você disse que te feri de novo)

-Sim. É, sim.


Notas Finais


Comentem se gostaram🐈
Não posso continuar a história nesse estilo se ninguém vai ler né


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