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História Break Of Dawn - Allegations


Escrita por: fknlatin

Notas do Autor


WOW
Mais um capítulo, e dessa vez maior :0
Mas antes, eu gostaria que vocês me dissessem como eu estou escrevendo. Comentem alguma crítica ou sugestão, ok?
Enfim, bora pra leitura

Capítulo 6 - Allegations


Fanfic / Fanfiction Break Of Dawn - Allegations

"Não ligo para o que os outros dizem. Se tenho você, estou bem. Você traz vida ao meu coração"-Shower, Becky.

18 de Agosto de 1993

Já faz uma semana que eu passei o fim de semana com Michael em Atlanta, lá ele insistiu em pagar a minha hospedagem mas eu não deixei. Obviamente não dividimos o quarto pois eu ainda me sentia desconfortável com aquele tipo de intimidade. É claro que eu queria , porém eu sentia que isso era errado e minha consciência geralmente é maior que meus impulsos.

Estava me vestindo para dormir e me peguei pensando em Michael. A última vez que o vi foi no dia que voltei de Atlanta e não falava com ele por telefone fazia dois dias. Tentei ligar para ele hoje, mas quem atendeu foi um segurança dele que disse que ele estava em uma reunião. Eu não sei a razão e espero estar errada, mas sinto que algo ruim está acontecendo. Deixo aquelas ideias de lado e, depois de dar uma olhada nas crianças em seus quartos, vou dormir.

(...)

Acordo com o telefone tocando. Abro meus olhos levemente me preparando para a luz do sol que geralmente invadia o quarto, mas o quarto ainda estava escuro. Me viro para o criado mudo onde o telefone ainda tocava e eu vi pelo despertador que ainda eram 3:00 AM. Me sento e finalmente atendo o telefone.

-Alô.-Falo com uma voz mal-humorada e preguiçosa.

-Lisa? Meu Deus, que bom que você atendeu! Eu precisava tanto falar com você...-Escuto uma voz chorosa e logo reconheço Michael.

-Oi, o que houve?

-Eles querem me extorquir, eu não acredito que estão fazendo isso comigo!

-Eles quem? O que está acontecendo, Michael?!-O escuto respirar fundo. Parecia que estava chorando há horas.

-Se lembra da família Chandler? Aqueles da família de Jordie, o menino que eu disse que era meu amigo.

-Sim, eu me lembro de você comentando sobre eles, mas qual é o problema?

-Ah, Lisa... Eu estou tão assustado com tudo isso...

-Mas, por que? Aconteceu algo com o garoto?

-Eles me acusaram de pedofilia e querem que eu dê 22 milhões para calar a boca deles.-Ele falou tão rápido que eu precisei de uns 5 segundos para digerir a informação.

-Ok, isso é realmente muito sério. Por que fizeram isso com você? Eles não eram seus amigos?

-Isso tudo foi armado pelo Evan, o pai de Jordie. Ele o fez mentir na frente de um psicólogo só pra conseguir um documento que supostamente provaria que eu fiz algo com o filho dele. Amanhã começa a segunda fase a minha turnê e eu não sei nem se conseguirei subir naquele palco.

-Você precisa se acalmar. Só gente maluca acreditaria nessa história ridícula e se insistirem a gente manda esses imbecis se foderem!-Falo e escuto a sua risada fraca do outro lado da linha.

-Só você mesmo, Lisa...-Ele diz depois de uma leve risada.-Toda essa porcaria tem enchido a minha mente.

-Eu estou com você. Logo, eles irão desistir dessa extorção assim que perceber que é um plano falido.

Acho que ficamos conversando por mais uma hora, até que Michael percebeu o quanto eu estava com sono e decidiu desligar me desejando boa noite. Não demorei para pegar no sono, mas estava preocupada com Michael. O tempo que eu passei com ele foi o suficiente para perceber o quanto ele era sensível e solitário e eu imagino que ele deve estar se sentindo traído. Ele realmente gosta desse garoto e da família e o que eles fizeram não é justo.Eu realmente acredito que ele jamais faria uma coisa como aquela.

29 de Agosto de 1993

Havia acabado de levar Danny até a porta depois dele vir visitar as crianças e ter mais uma daquelas conversas que eu sempre tento evitar, mas nunca consigo. Daquelas conversas do tipo "seja coerente, Lisa! Estamos casados há anos e não podemos jogar isso pela janela. Pense nos nossos filhos" e e toda aquela chantagem que ele já deveria ter aprendido que não funciona comigo.

Olho no relógio da sala que já são 10:30 PM. O show já deve ter acabado. Corro para o telefone e disco o numero do hotel que Michael havia me passado. Depois de chamar duas vezes escuto a voz de Michael dizendo "alô".

-Feliz aniversário, Turd!-Praticamente grito escutando sua risada.-Eu até te compraria um presente, mas o que eu daria pra um cara que mora em um lugar como Neverland e é duas vezes mais rico que eu?

-Você poderia me dar uma camisa vermelha, eu gosto dessa cor.

-Michael, você deve ter umas 50 camisas dessa cor.-Falo revirando os olhos e o escuto rir de novo.

-Enfim... Obrigado por lembrar, isso já deixou feliz.

-E como foi o show?

-Foi bom, o público cantou "Parabéns a você" no final. eles são ótimos! Quase esqueci de tudo que está acontecendo.

-E... Quanto ao...-Antes de eu terminar a frase Michael dá um suspiro longo. Parecia bem cansado.

-Às vezes eu acho que você é uma dos poucos que estão convencidos que eu sou inocente. Eu estou pirando com isso. Elizabeth e o seu marido, Larry vieram praticamente me socorrer disso tudo. Se não fosse pela presença deles aqui eu acho que já teria desistido de tudo.

-Vamos lá, se anime! Hoje é seu aniversário e isso logo vai passar.

-Tem ideia do quanto é difícil subir num palco com 40 mil pessoas te observando e fingir que tudo está bem quando todos acham que você é um criminoso? Você soube que a polícia foi até Neverland? Eles praticamente invadiram a minha casa e vasculharam até as lixeiras. Eles invadiram o pouco de privacidade que ainda me restava, Lisa!

-Eu soube disso no noticiário, mas se acalme. Você irá provar que é inocente e que tudo isso foi em vão. Olhe sua vida, Michael! Cara, você nunca perde.

-Eu batalhei tanto.-Ele diz soluçando. Acho que estava chorando de novo.-A vida toda, eu tenho me esforçado tanto. Eu não quero perder agora, Lisa.

-E nem vai. Isso é só um pesadelo que logo vai passar. Eles são uns imbecis que só querem dinheiro. Você é Michael Jackson e vai acabar com eles.- Escuto um riso nasalado seguido de uma fungada.-Você não está só, Turd.

-Eu estou praticamente rezando para que você esteja certa. Meus advogados disseram que as coisas pioraram um pouco depois que a mãe do Jordie passou para o lado do desgraçado do Evan, que se acha um pai exemplar só porque está usando filho pra conseguir grana.

-Essa é a prova que você não pode confiar em qualquer um, Michael. Como eles existe vários outros com você, eu já te disse isso.

-Você tem razão, eu preciso ver quem realmente está comigo e agora é um momento perfeito para ver quem vai pular do barco e quem vai permanecer.

Tento mudar de assunto e começamos a falar sobre meus filhos, Michael queria muito conhece-los. Eu  falava sobre o que cada um gostava e isso pareceu distraí-lo um pouco fazendo que ele esquecesse a bagunça que sua vida e sua carreira estavam. Michael estava cada vez mais perdido e desolado com tudo que estava acontecendo. A história já havia chegado aos tabloides e até entrevista o tal Evan e o garoto já deram. Não acho que isso seja atitude de um pré-adolescente traumatizado e um pai abalado.

Agora eu estava entendendo pelo que aquele homem passava. Todos ao seu redor o colocaram no topo e fizeram com que ele se sentisse inatingível para depois puxar o tapete. O erro de Michael foi confiar em quem não devia. Mas o que se pode esperar de um cara que se sente vitima da vida, não sabe quem é seu amigo e quem está lá só para conseguir um pedaço do bolo e não faz ideia do que é ter uma vida normal?

já eram 12:30 PM quando nos despedimos e eu subo para o meu quarto e tomo um banho rápido. Fico pensando no Michael e em tudo que estava acontecendo com sua vida e sem perceber pego no sono.

(P.O.V. Michael J.) 14 de Setembro de 1993

-As coisas não estão muito boas por aqui, Michael.-Escuto Elizabeth Taylor me dizer pelo telefone.-Você tem de agir. Rápido.

-O que está acontecendo aí? Não me esconda nada.

-O céu está desabando.-Sinto uma lágrima rolar pelo meu rosto.

-O que eu devo fazer? Elizabeth, eu não fiz nada de errado!

-Eu não posso me pôr no seu lugar. Você precisa parar de entrar em pânico.-Ela rebate ao perceber que eu estava chorando de novo.-Você precisa tomar conta da sua vida!

-Eu sei! Mas parece que ninguém que trabalha pra mim parece estar realmente atento para toda essa bagunça.

-Eu também acho isso. Eles deveriam estar botando pra quebrar, mas não estão.

-Então você é que terá de fazer isso, Elizabeth.

Conversamos por mais um tempo e depois eu desligo o telefone. Escuto a gritaria de fãs do lado de fora do prédio e logo me veio o pensamento de que dezenas de jornalistas também estavam lá para fazer suas piadas sujas do tipo "Peter Pan ou pervertido?". Fui até o banheiro e tomei mais dois analgésicos para dor de cabeça que estava a ponto de explodir. Agora uso esses remédios como uma máscara da vida. Me olho no espelho e percebo o quão apático e drogado eu estava. Parecia um derrotado. Um lixo.

Fazia mais de um mês que eu estava ansioso, com problemas de insônia e com dores por todo o corpo, numa veloz e repentina queda de graça. Dias ensolarados parecem distantes. Tomo mais de 6 remédios diferentes por dia e nem sei mais a dosagem de cada um. Só sei que preciso deles de uma maneira que nunca precisei antes. Desvio o olhar do espelho e volto para a cama sentindo o cansaço, porém sem conseguir dormir. Eu me encontrava sozinho de novo. Ao lado da cama estava algumas frases que eu rabisquei. Palavras cheias de dor e mágoa. Fazia menos de uma hora que eu havia falado com Lisa e eu não queria ser um estorvo para ela como já havia me tornado para Elizabeth e para todos da minha equipe. Não queria pressiona-la mais.

Eu iria fazer mais um show amanhã e definitivamente não estava preparado psicologicamente e nem fisicamente para o que eu iria enfrentar. Eu estou sozinho e frio por dentro. Me levanto e tomo mais alguns remédios para tentar me acalmar. Quando me dei conta já havia ligado para Lisa e estava falando coisas sem nexo e completamente alterado.

-Michael, você está completamente delirante! Precisa se acalmar.-Ela disse do outro lado da linha.

-Minha vida acabou, não é?

-Isso só vai acontecer se você permitir. Eu sei que é difícil aceitar, mas você precisa de ajuda, você precisa ir para um reabilitação!

-Lisa, eu só preciso dormir, eu quero dormir... Mas eu não consigo.

-É por isso que você precisa de ajuda. Ou quer jogar fora tudo pelo qual lutou tanto?-Aquilo me atingiu como um tiro a queima roupa. Olho mais uma vez para o papel ao lado da cama.

"Eu estou vivendo solitário. Eu estou vivendo solitário baby. Um estranho em Moscou"

Não, eu não posso perder agora.

Eu preciso de ajuda.


Notas Finais


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