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História Break Of Harmony - Rachadura


Escrita por: cabello98lua

Capítulo 8 - Rachadura


Fanfic / Fanfiction Break Of Harmony - Rachadura

  rachadura  

substantivo feminino  

1. ato de rachar.
2.m.q. RACHA ('fenda, falha, ruptura, brecha' ).
 

Acordei com barulho de telefone tocando, mas eu não conseguia alcançar a mesa de cabeceira, pois Camila estava por cima do meu braço.

-Camz. –Chamei baixo com medo de acordá-la. Não queria tocar o corpo dela e quem sabe mexer um pouco, pois eu poderia machucá-la.

-Camz, acorda. –Chamei novamente, ouvindo o barulho estridente e extremamente irritante do telefone iniciar de novo. Camila se remexeu e sentou-se. –Você não vai atender? –Perguntei protegendo meus ouvidos com o travesseiro e quase dormindo novamente.

-Alô? –Camila falou ao atender e eu agradeci mentalmente pelo som irritante ter cessado. –Lo? –Ela chamou baixinho e eu fiz uníssono instigando-a a continuar falando. –É sua irmã. –Minha irmã? Perguntei-me mentalmente, olhei para o relógio digital, 02:58 AM. Peguei o telefone e o numero no visor não era o de Taylor.

-Oi, Tay, porque está me ligando essa hora? –Perguntei tentando me manter acordada. Camila ligou o abajur e me encarou, seus olhos estavam vermelhos e levemente inchados, denunciando o choro forte de ontem durante a nossa conversa.

-Lauren vem pra cá. –Tay falou com a voz embargada, me sentei rápido com todo o meu corpo entrando em alerta. Ela falou mais algumas coisas que eu não pude entender por causa do choro.

-Calma, Taylor, respire. –Pedi na tentativa falha de acalmá-la. –Onde você está?

-No hospital, papai viajou e aconteceu um acidente e o Chris não teve culpa... –Me levantei, coloquei um moletom e dei uma calça pra Camila e quando percebi já estava dirigindo pelas ruas frias ultrapassando todos os sinais vermelhos. Meu coração estava tão acelerado, só de pensar que poderia ter acontecido algo com meu pai ou meu irmão, me fazia ter palpitações.

***

Quando entrei no hospital, vi minha irmã encolhida no estofado da sala de espera, tinha sangue na regata branca dela, um pequeno curativo na testa, quando ela me viu, levantou e correu para um abraço, ela estava chorando. Tentei manter a calma, mas ver minha irmãzinha chorando daquele jeito fez meu coração apertar, Camila que estava ao meu lado afagou os cabelos dela.

-O que houve Taylor? –Perguntei ainda com ela abraçada a mim.

-Mamãe levou a gente para jantar, falando que estava se desculpando pela situação de mais cedo com Chris, ela tomou algumas taças a mais de vinho. Ela pediu que Chris dirigisse até em casa, mas no caminho um motorista embriagado entrou na contra mão, Chris tentou tirar o carro da via, mas não deu tempo e a mamãe estava sem cinto e atravessou o para-brisas. O Chris tentou tirar o carro Lauren... –Ela disse soluçando. –Ele tentou, mas não deu tempo...

-Tudo bem Taylor, nós sabemos que a culpa não foi dele. –Camila falou puxando Taylor de mim para tentar acalmá-la, eu estava olhando ao redor procurando pelo meu irmão, mas eu não o via, meu coração estava a mil.

-Taylor, cadê o Christopher? –Questionei com a voz embargada.

-Veio uma mulher aqui perguntar algo sobre tipo sanguíneo, mas eu não sabia responder, o papai não estava atendendo o telefone, eu te liguei e você está aqui agora...

-Cadê o Christopher, Taylor? –Perguntei mais alto do que eu deveria e algumas enfermeiras perceberam minha presença ali, Taylor estava chorando muito ainda.

-Hey, calma ta? –Camila segurou minha mão tentando me tranquilizar enquanto apertava Taylor nos braços. Desvencilhei-me do aperto de mão e fui até a recepção perguntando pelo meu irmão.

-Você é da família?- A mulher com forte sotaque espanhol perguntou e eu fiz que sim.

-Quero informações sobre Christopher Jauregui. –Falei afobada demais tentando controlar meu choro. Ela digitou algo e ficou olhando pro monitor alguns segundos e depois olhou para mim. Eu sou a irmã mais velha, pode me colocar como responsável, meu nome é Lauren Michelle Jauregui.

-Seu irmão chegou com lesões internas, ele está em cirurgia, o médico deve mandar noticias a qualquer momento... –A voz dela foi ficando distante e eu comecei a perder o controle, mas eu não podia. Por Taylor eu tinha que manter o controle. –Senhorita? –A enfermeira me chamou.

-Sim? –Disse secando as lágrimas que vinham fortes.

-Clara Jauregui, é a sua mãe? – Ela questionou olhando para o monitor, sei que minha mãe negaria aquela pergunta na hora, mas eu apenas assenti. –Você deve aguardar com sua irmã até os médicos virem dar alguma noticia.

Eu caminhei em passos lentos até onde Camila estava afagando os cabelos de Taylor, que agora estava sentada com a cabeça no peito de Camila, chorava um pouco ainda, eu sentei próxima á elas e fiquei olhando para o chão. O grande relógio na parede no Hall do hospital fazia barulho a cada movimento do ponteiro grande. Já fazia horas e ninguém vinha falar nada, eu já havia ligado para papai pra dá a lamentável noticia, Taylor agora dormia nos braços de Camila, o entra e sai estava se intensificando ali com o passar das horas, algumas enfermeiras estavam indo embora, outras estavam iniciando plantões. Eu olhava sempre pra porta que tinha um aviso de passagem restrita. Novos pacientes estavam chegando, recebendo noticias e nós ainda não sabíamos de nada, eu estava tão aflita, o desespero estava começando a tomar conta do meu corpo. Senti a mão de Camila encaixar na minha, aquilo foi o suficiente para me puxar de volta daquela escuridão que parecia me engolir. Olhei para ela, me perdendo no par de olhos castanhos, ali tinha paz, ela estava tentando me deixar tranquila.

-Vem cá. –Ela me chamou indicando o ombro para eu deitar, eu o fiz, ela inclinou um pouco a cabeça pro lado e depois beijou minha testa.

-Obrigada. –Disse sentindo as lágrimas molharem minhas bochechas.

As portas duplas da entrada do Hall foram apertas revelando meu pai, ele olhou em volta ao redor em busca de algum rosto conhecido. Nunca em toda a minha vida eu tinha visto o medo no olhar do meu pai, seu semblante era preocupado. Ele olhava para a recepção, olhava para as portas que eram proibidas ao nosso acesso, olhava no rosto de cada pessoa, sua testa franzida, os olhos vermelhos denunciando o choro recente, ate que seu olhar parou em Taylor, se iluminando, como se a paz tivesse retornado para a vida dele.

Ele se aproximou dando um sorriso sincero para Camila enquanto eu levantava para um abraço. Foi como se tivessem devolvido o chão aos meus pés, pois agora eu o tinha para ser forte junto a mim.

-Jauregui?- Uma enfermeira se aproximou e eu me virei automaticamente para a direção que vinha a voz.. –Seu irmão está bem, a cirurgia dele correu bem, ele teve hemorragia interna por conta dos ferimentos internos e fraturou a costela, mas nós conseguimos controlar e dar um jeito em tudo. Já sua mãe, é uma situação bem delicada, pois ela perdeu muito sangue em decorrência das lesões internas e nós temos uma grande carência no nosso banco de sangue, principalmente para tipos como o dela, então sugiro que alguém faça uma doação direita para ela. – Ao ouvir aquilo me foi tomado o chão novamente, ela "não" era minha mãe, mas era a mãe dos meus irmãos. Eu não sabia o que fazer, na verdade até sabia, mas não sabia se era isso mesmo que eu queria fazer. – Senhorita Lauren Jauregui?

-Eu posso doar.- Camila se pronunciou interrompendo AA enfermeira. –Soou O+.

-Infelizmente o sangue da Sra. Jauregui é O-, ela só poderá receber de um doador que tenha o mesmo tipo fator RH, nós já ligamos para central de doações e estamos fazendo o que podemos, essa era só uma tenta...

-Eu faço a doação. —Falei. – Tenho o mesmo tipo, posso doar.- Eu não me perdoaria se deixasse meus irmãos sem ela, e no final das contas mesmo que ela pensasse o contrario, ela era minha mãe.

-Você não tem que fazer isso, Lauren. –Meu pai disse e eu neguei com a cabeça e acompanhei a enfermeira.

Eu estava na cantina do hospital, sendo forçada a me alimentar, por Camila e Tay, por ordens da enfermeira.

-Mas Camz, essa comida tem gosto de plástico. –Resmunguei fazendo Taylor revirar os olhos

-Nossa Lauren, você parece um bebê. –Minha irmã implicou e eu fiz uma cara feia seguida de uma expressão ofendida, o que fez Camila rir da nossa interação.

-Só não vou bem ai acertar seu traseiro agora porque você sofreu um acidente. –Falei mais rápido do que pensei, me lembrei dos motivos pelos quais estávamos ali, lembrei do meu irmão, da minha mãe, a realidade que atingiu fez meu coração comprimir. Junto com as lembranças vieram também as lagrimas, chorei, cheguei a soluçar, isso que acontece quando você segura suas emoções, estava vindo tudo em uma enxurrada, como um desmoronamento, Camila nada falou,, ela sabia exatamente o que estava acontecendo. 

-Laur, me desculpe, eu não queria te magoar. –Minha irmã falou nervosa e Camila a acalmou falando que estava tudo bem, que eu apenas estava sentindo tudo o que tinha acontecido. 

-Meu braço esta doendo um pouco. –Falei quando consegui me acalmar.

-Isso é normal, filha. –Meu pai disse pondo a mão no ombro ao se aproximar da mesa em que estávamos. – Você acabou de doar meio litro de sangue. Estão prontas pra ver Christopher?- Ele perguntou e eu dei um pulo da cadeira.

A enfermeira disse que ele poderia acordar a qualquer hora e que poderia parecer um pouco confuso, por causa da anestesia. Taylor estava perto da cama segurando a mão dele e meu pai tinha ido comprar um café, eu estava sentada no colo de Camila na poltrona do outro lado da cama.

-Você está cansada?- Perguntei o obvio para minha namorada me virando para encará-la e pude ver uma careta se formar em seu rosto. Droga! Os machucados. Com toda a confusão eu havia esquecido que ela estava... –Me desculpe. –Levantei em um salto. –Sente você no meu colo.

-Lauren! -Taylor alarmou e eu procurei o perigo em volta da sala. Nada! Então olhei na mesma direção que ela, vi meu irmão acordando e me aproximei sendo seguida por Camila.. –Chris, você está me ouvindo?- Minha irmã perguntou cautelosa e ele fez uma careta ao receber toda a claridade do ambiente nos seus olhos. –Acordou princesa!? Tay repetiu a pergunta com humos e um sorriso de lado. Ele abriu os olhos encarando ela e depois eu,, logo em seguida fixou o olha em Camila e sorriu feito um idiota. 

-Eu morri? –Ele perguntou confuso e antes que alguém pudesse falar algo ele continuou. – Acho que estou vendo um anjo. –Ele concluiu me fazendo rir junto com Camila.

-Essa é Camila, Chris, ela é a minha namorada. Desculpe esperar você quase morrer para te apresentar ela. –Falei em um tom brincalhão. O semblante dele foi de bobo para sem expressão, seu olhar ficou vago e marejado. –Está todo mundo bem, ok?- Disse segurando em sua mão. –Você não tem culpa de nada.Acordei com barulho de telefone tocando, mas eu não conseguia alcançar a mesa de cabeceira, pois Camila estava por cima do meu braço.

-Camz. –Chamei baixo com medo de acordá-la. Não queria tocar o corpo dela e quem sabe mexer um pouco, pois eu poderia machucá-la.

-Camz, acorda. –Chamei novamente, ouvindo o barulho estridente e extremamente irritante do telefone iniciar de novo. Camila se remexeu e sentou-se. –Você não vai atender? –Perguntei protegendo meus ouvidos com o travesseiro e quase dormindo novamente.

-Alô? –Camila falou ao atender e eu agradeci mentalmente pelo som irritante ter cessado. –Lo? –Ela chamou baixinho e eu fiz uníssono instigando-a a continuar falando. –É sua irmã. –Minha irmã? Perguntei-me mentalmente, olhei para o relógio digital, 02:58 AM. Peguei o telefone e o numero no visor não era o de Taylor.

-Oi, Tay, porque está me ligando essa hora? –Perguntei tentando me manter acordada. Camila ligou o abajur e me encarou, seus olhos estavam vermelhos e levemente inchados, denunciando o choro forte de ontem durante a nossa conversa.

-Lauren vem pra cá. –Tay falou com a voz embargada, me sentei rápido com todo o meu corpo entrando em alerta. Ela falou mais algumas coisas que eu não pude entender por causa do choro.

-Calma, Taylor, respire. –Pedi na tentativa falha de acalmá-la. –Onde você está?

-No hospital, papai viajou e aconteceu um acidente e o Chris não teve culpa... –Me levantei, coloquei um moletom e dei uma calça pra Camila e quando percebi já estava dirigindo pelas ruas frias ultrapassando todos os sinais vermelhos. Meu coração estava tão acelerado, só de pensar que poderia ter acontecido algo com meu pai ou meu irmão, me fazia ter palpitações.

***

Quando entrei no hospital, vi minha irmã encolhida no estofado da sala de espera, tinha sangue na regata branca dela, um pequeno curativo na testa, quando ela me viu, levantou e correu para um abraço, ela estava chorando. Tentei manter a calma, mas ver minha irmãzinha chorando daquele jeito fez meu coração apertar, Camila que estava ao meu lado afagou os cabelos dela.

-O que houve Taylor? –Perguntei ainda com ela abraçada a mim.

-Mamãe levou a gente para jantar, falando que estava se desculpando pela situação de mais cedo com Chris, ela tomou algumas taças a mais de vinho. Ela pediu que Chris dirigisse até em casa, mas no caminho um motorista embriagado entrou na contra mão, Chris tentou tirar o carro da via, mas não deu tempo e a mamãe estava sem cinto e atravessou o pára-brisa. O Chris tentou tirar o carro Lauren... –Ela disse soluçando. –Ele tentou, mas não deu tempo...

-Tudo bem Taylor, nós sabemos que a culpa não foi dele. –Camila falou puxando Taylor de mim para tentar acalmá-la, eu estava olhando ao redor procurando pelo meu irmão, mas eu não o via, meu coração estava a mil.

-Taylor, cadê o Christopher? –Questionei com a voz embargada.

-Veio uma mulher aqui perguntar algo sobre tipo sanguíneo, mas eu não sabia responder, o papai não estava atendendo o telefone, eu te liguei e você está aqui agora...

-Cadê o Christopher, Taylor? –Perguntei mais alto do que eu deveria e algumas enfermeiras perceberam minha presença ali, Taylor estava chorando muito ainda.

-Hey, calma ta? –Camila segurou minha mão tentando me tranquilizar enquanto apertava Taylor nos braços. Desvencilhei-me do aperto de mão e fui até a recepção perguntando pelo meu irmão.

-Você é da família?- A mulher com forte sotaque espanhol perguntou e eu fiz que sim.

-Quero informações sobre Christopher Jauregui. –Falei afobada demais tentando controlar meu choro. Ela digitou algo e ficou olhando pro monitor alguns segundos e depois olhou para mim. Eu sou a irmã mais velha, pode me colocar como responsável, meu nome é Lauren Michelle Jauregui Morgado.

-Seu irmão chegou com lesões internas, ele está em cirurgia, o médico deve mandar noticias a qualquer momento... –A voz dela foi ficando distante e eu comecei a perder o controle, mas eu não podia. Por Taylor eu tinha que manter o controle. –Senhorita? –A enfermeira me chamou.

-Sim? –Disse secando as lágrimas que vinham fortes.

-Clara Jauregui, é a sua mãe? – Ela questionou olhando para o monitor, sei que minha mãe negaria aquela pergunta na hora, mas eu apenas assenti. –Você deve aguardar com sua irmã até os médicos virem dar alguma noticia.

Eu caminhei em passos lentos até onde Camila estava afagando os cabelos de Taylor, que agora estava sentada com a cabeça no peito de Camila, chorava um pouco ainda, eu sentei próxima á elas e fiquei olhando para o chão. O grande relógio na parede no Hall do hospital fazia barulho a cada movimento do ponteiro grande. Já fazia horas e ninguém vinha falar nada, eu já havia ligado para papai pra dá a lamentável noticia, Taylor agora dormia nos braços de Camila, o entra e sai estava se intensificando ali com o passar das horas, algumas enfermeiras estavam indo embora, outras estavam iniciando plantões. Eu olhava sempre pra porta que tinha um aviso de passagem restrita. Novos pacientes estavam chegando, recebendo noticias e nós ainda não sabíamos de nada, eu estava tão aflita, o desespero estava começando a tomar conta do meu corpo. Senti a mão de Camila encaixar na minha, aquilo foi o suficiente para me puxar de volta daquela escuridão que parecia me engolir. Olhei para ela, me perdendo no par de olhos castanhos, ali tinha paz, ela estava tentando me deixar tranqüila.

-Vem cá. –Ela me chamou indicando o ombro para eu deitar, eu o fiz, ela inclinou um pouco a cabeça pro lado e depois beijou minha testa.

-Obrigada. –Disse sentindo as lágrimas molharem minhas bochechas.

As portas duplas da entrada do Hall foram apertas revelando meu pai, ele olhou em volta ao redor em busca de algum rosto conhecido. Nunca em toda a minha vida eu tinha visto o medo no olhar do meu pai, seu semblante era preocupado. Ele olhava para a recepção, olhava para as portas que eram proibidas ao nosso acesso, olhava no rosto de cada pessoa, sua testa franzida, os olhos vermelhos denunciando o choro recente, ate que seu olhar parou em Taylor, se iluminando, como se a paz tivesse retornado para a vida dele.

Ele se aproximou dando um sorriso sincero para Camila enquanto eu levantava para um abraço. Foi como se tivessem devolvido o chão aos meus pés, pois agora eu o tinha para ser forte junto a mim.

-Jauregui?- Uma enfermeira se aproximou e eu me virei automaticamente para a direção que vinha a voz.. –Seu irmão está bem, a cirurgia dele correu bem, ele teve hemorragia interna por conta dos ferimentos internos e fraturou a costela, mas nós conseguimos controlar e dar um jeito em tudo. Já sua mãe, é uma situação bem delicada, pois ela perdeu muito sangue em decorrência das lesões internas e nós temos uma grande carência no nosso banco de sangue, principalmente para tipos como o dela, então sugiro que alguém faça uma doação direita para ela. – Ao ouvir aquilo me foi tomado o chão novamente, ela "não" era minha mãe, mas era a mãe dos meus irmãos. Eu não sabia o que fazer, na verdade até sabia, mas não sabia se era isso mesmo que eu queria fazer. – Senhorita Lauren Jauregui?

-Eu posso doar.- Camila se pronunciou interrompendo A enfermeira. –Sou O+.

-Infelizmente o sangue da Sra. Jauregui é O-, ela só poderá receber de um doador que tenha o mesmo tipo fator Rh, nós já ligamos para central de doações e estamos fazendo o que podemos, essa era só uma tenta...

-Eu faço a doação. —Falei. – Tenho o mesmo tipo, posso doar.- Eu não me perdoaria se deixasse meus irmãos sem ela, e no final das contas mesmo que ela pensasse o contrario, ela era minha mãe.

-Você não tem que fazer isso, Lauren. –Meu pai disse e eu neguei com a cabeça e acompanhei a enfermeira.

Eu estava na cantina do hospital, sendo forçada a me alimentar, por Camila e Tay, por ordens da enfermeira.

-Mas Camz, essa comida tem gosto de plástico. –Resmunguei fazendo Taylor revirar os olhos

-Nossa Lauren, você parece um bebê. –Minha irmã implicou e eu fiz uma cara feia seguida de uma expressão ofendida, o que fez Camila rir da nossa interação.

-Só não vou bem ai acertar seu traseiro agora porque você sofreu um acidente. –Falei mais rápido do que pensei, me lembrei dos motivos pelos quais estávamos ali, lembrei do meu irmão, da minha mãe, a realidade que atingiu fez meu coração comprimir. Junto com as lembranças vieram também as lagrimas, chorei, cheguei a soluçar, isso que acontece quando você segura suas emoções, estava vindo tudo em uma enxurrada, como um desmoronamento, Camila nada falou,, ela sabia exatamente o que estava acontecendo. 

-Laur, me desculpe, eu não queria te magoar. –Minha irmã falou nervosa e Camila a acalmou falando que estava tudo bem, que eu apenas estava sentindo tudo o que tinha acontecido. 

-Meu braço esta doendo um pouco. –Falei quando consegui me acalmar.

-Isso é normal, filha. –Meu pai disse pondo a mão no ombro ao se aproximar da mesa em que estávamos. – Você acabou de doar meio litro de sangue. Estão prontas pra ver Christopher?- Ele perguntou e eu dei um pulo da cadeira.

A enfermeira disse que ele poderia acordar a qualquer hora e que poderia parecer um pouco confuso, por causa da anestesia. Taylor estava perto da cama segurando a mão dele e meu pai tinha ido comprar um café, eu estava sentada no colo de Camila na poltrona do outro lado da cama.

-Você está cansada?- Perguntei o obvio para minha namorada me virando para encará-la e pude ver uma careta se formar em seu rosto. Droga! Os machucados. Com toda a confusão eu havia esquecido que ela estava... –Me desculpe. –Levantei em um salto. –Sente você no meu colo.

-Lauren! -Taylor alarmou e eu procurei o perigo em volta da sala. Nada! Então olhei na mesma direção que ela, vi meu irmão acordando e me aproximei sendo seguida por Camila.. –Chris, você está me ouvindo?- Minha irmã perguntou cautelosa e ele fez uma careta ao receber toda a claridade do ambiente nos seus olhos. –Acordou princesa!? Tay repetiu a pergunta com humos e um sorriso de lado. Ele abriu os olhos encarando ela e depois eu,, logo em seguida fixou o olha em Camila e sorriu feito um idiota. 

-Eu morri? –Ele perguntou confuso e antes que alguém pudesse falar algo ele continuou. – Acho que estou vendo um anjo. –Ele concluiu me fazendo rir junto com Camila.

-Essa é Camila, Chris, ela é a minha namorada. Desculpe esperar você quase morrer para te apresentar ela. –Falei em um tom brincalhão. O semblante dele foi de bobo para sem expressão, seu olhar ficou vago e marejado. –Está todo mundo bem, ok?- Disse segurando em sua mão. –Você não tem culpa de nada.
       

                                                                                          x-x-x


Notas Finais


continua...


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