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História Break The Rules - (Jeon Jungkook) - 1- Where everything starts...


Escrita por: angelkea e Theyluvbanana

Notas do Autor


Olá pessoas, como vocês estão?
Eu estou muuuuito bem e espero que vocês também?

Sejam muito bem-vindas (os) na minha segunda estória desse spirit.
Tive muito retorno bom na outra fanfic e vocês disseram que estavam animadas para essa.
Eu e a co-autora estamos explodindo de felicidade, eu realmente estou muito feliz por soltá-la.

Espero que vocês gostem e peguem amor pela fanfic da mesma forma em que vocês amaram e depositaram tanto carinho pela Damned Souls.

Fanfic nova, personagens novos, personalidades novas e uma história totalmente diferente da que vocês se acostumaram. Prometo não decepcioná-las 😉.

Ela foi/está sendo pensada com muito profissionalismo, caso demore para postar alguns capítulos, é porquê ainda estamos em processo de adaptação.

AVISOS 🛑

— Podem conter gatilhos e conteúdos impróprios —.
— Todos os avisos estão fixados na sinopse da fanfic, leiam caso ocorra alguma dúvida —.
— TUDO nessa fanfic é ficção, nada é real —.

Vejo vocês nas considerações finais e nos comentários.
Boa leitura, meninas ✨.

Capítulo 1 - 1- Where everything starts...


Fanfic / Fanfiction Break The Rules - (Jeon Jungkook) - 1- Where everything starts...

West River, South Side ☬ঔৣ꧂Murder House.

S/n point of view. 

Nascer em uma cidade pequena tem as suas consequências, ainda mais sendo filha de um dos representantes da pequena cidade de West River. A mensagem principal por trás de todos os comícios políticos, na praça central da cidade, era a seguinte: 

“Não importam as nossas diferenças, mas sim o sentimento que nos une. Juntos, somos mais fortes.”

Dizia meu pai, Frederic Murder, em todas as suas apresentações no centro da cidade. Mas, uma cidade pequena com divisão entre o sul e o norte, era de se estranhar, não é? Esse era o meu pensamento sobre isso tudo. Mas, tínhamos um padrão para ser seguido. E questionar os 3 homens responsáveis pela cidade não estava em meus critérios, ainda mais quando um deles é meu pai.

Decepcioná-lo não está em meus planos. Mesmo que suas cobranças seje enormes. Todos os dias me esforçava para não falhar em minha postura, porquê senão, ele jogaria em minha cara que Chloe — minha irmã de 18 anos –, conseguiu entrar na faculdade de primeira e eu, precisaria me esforçar para chegar aos seus pés.

O relógio na parede de meu quarto marcava cinco horas da manhã, em ponto. Se atrasar era algo inadmissível, pelo menos para mim. Mas para ser sincera, a cama nunca esteve tão gostosa nessa manhã.

— Você não vai me puxar dessa vez. – Levantei-me autoritária em um pulo rápido da cama. 

Ainda falta 1 hora para eu ir para a escola, mas eu escolhia acordar sempre nesse horário para evitar qualquer tipo de atraso, de minha parte. Meu uniforme já se encontrava perfeitamente passado, e meu material já estava muito bem guardado dentro de minha mochila. Organização, é tudo. Não demorei muito para me arrumar, afinal, não tinha muita coisa para se fazer ao meu respeito.

Por mais que tenhamos empregadas para fazer isso para nós, arrumar minha cama era a minha terapia matinal. Eu não gostava de deixar muito trabalho para elas, ao contrário dos outros...

Peguei minha mochila, colocando-a em minhas costas enquanto fechava a porta do meu quarto. Já conseguia ouvir as vozes da minha família na escadaria de nossa casa. Os assuntos sempre eram os mesmos, eu nunca dava importância... Dinheiro, política, cidade, empresa e principalmente, lado norte. 

— Eu ainda não entendo o porquê de eles não aceitarem a compra daquele lote. Irei fazer uma reunião com Christopher na prefeitura. – Meu pai bufou enquanto bebericava seu café. Já parecia irritado com algo, logo de manhã. 

— Bom dia, minha querida. – Vovó se virou para mim, deixando um selar em minha bochecha. – Tem caído da cama? Sua aula só começa sete horas...

— Eu tenho que ir mais cedo para assinar alguns papéis do nosso clube de literatura na secretária. Minha rotina está bem cheia, vovó.  – Passei meu olhar pela mesa de café, pegando apenas uma pêra para comer pelo caminho. 

— Você precisa tirar um tempo para você... Por que não vem fazer compras comigo após a aula? – Vovó se virou para me olhar, mas logo foi repreendida pela minha mãe. 

— S/n terá aula de alemão após a escola, Genevieve. Quem sabe no final de semana? Assim podemos ir juntas. – Mamãe disse sorridente arqueando suas sobrancelhas. 

— Final de semana temos nossa viagem para Healdsburg, não podemos marcar nada. – Papai disse autoritário sem retirar os olhos de seu celular. – Não esquece que você terá hipismo no sábado de manhã, S/n. 

— Por que não dá um descanso para S/n, meu filho? Faz tempo que não a vejo sair, a não ser ir para à escola ou à biblioteca da cidade. – Vovó questionou meu pai, enquanto retirava seu cigarro do bolso. 

— Mãe, são cinco e meia da manhã... A senhora sabe que não pode fumar tão cedo e muito menos aqui dentro. – Papai olhou espantado para a minha vó, que levantou acendendo seu cigarro. 

Vovó Genevieve pode ser a mulher mais elegante desse mundo inteiro, mas ela também sabe ser a pessoa mais provocante de todas. Posso dizer tranquilamente que vovó era a única que realmente se importava com o meu bem estar. Minha mãe é movida pelo meu pai, com certeza minha irmã mais nova, Nancy, era a sua preocupação. Já meu pai, quando não está me enchendo de coisas ou me cobrando algo, ele está passando a mão na cabeça de minha irmã, Chloe.

 A mais velha tragou seu cigarro e soltou a fumaça em nossa sala de jantar. Meu pai, que não gostou nem um pouco disso, fechou os olhos com força, em pura negação. 

— Tenham todos um bom dia... – Vovó disse colocando seu cigarro novamente em sua boca, se aproximando de mim. – Vamos S/n, te levarei para a escola hoje. – A mesma me puxou pelos ombros, me levando para fora da casa. 

Apenas acenei rápido para meus pais, que nos olhavam com um certo receio. De tudo correta que sou, vovó bate seus pés pois não admite tremenda injustiça vinda de seu próprio filho. 

— O seu pai já está passando dos limites com tantas cobranças sobre as suas costas. – Vovó disse abrindo o carro enquanto eu entrei ao seu lado. 

— Eu sei disso, vovó. Mas, eu infelizmente não posso falar nada. A senhora sabe que eu não concordo com nada que ele faz. – Coloquei o cinto vendo-a sorrir com o cigarro preso em seus lábios. — Chloe tem 18, eu não entendo o porquê de não ter saído de casa ainda. – Neguei olhando para frente, ouvindo a risada soprada de minha vó. 

— Sua irmã gosta do luxo e dos privilégios que seu pai propõe para ela. Você conhece sua irmã, não conhece, querida? – Afirmei lentamente. 

Vovó não mente em nada que ela fala, e eu sou a última pessoa que pode contrariá-la. Chloe era a filha “mais velha” de meus pais, isso a fazia ser superior à mim. Por já ter entrado na faculdade e gostar de acompanhar meu pai em todo lugar, era a preferida. Sua beleza também chamava a atenção de todos. Porém, todos são bem mais bonitos por dentro. 

O caminho até a escola foi inquieto da minha parte. Vovó Genevieve comentava sobre algumas coisas, e eu apenas concordava com um sorriso, mas na verdade, eu estava longe daquela conversa. 

Estiquei meu pescoço vendo que já estávamos nos aproximando do muro da escola. Já víamos bastante alunos vestidos com seus uniformes muito bem alinhados em seus corpos. Me despedi da minha vó com um beijo em sua bochecha, saltando rapidamente para fora do grande carro preto. 

Eu me sentia um óvni pelos olhares e cochichos que os alunos davam enquanto eu caminhava pela entrada principal do grande prédio. Sempre acho que há alguma coisa de errado comigo ou até mesmo com a minha roupa, mas o único erro era o sobrenome que eu levava. 

Ao chegar nos corredores muito bem conhecidos por mim, pairei meu olhar por todos os cantos jurando que encontraria minha melhor amiga, April. Ela era a única pessoa que me entendia, até porquê, April é filha dos Ballard — Coadjuvantes da minha família na governamentação da cidade –. Mas, seu jeito de ser e agir não condiz com a postura que nós deveríamos ter, principalmente, ela. 

— Tá olhando o que? Perdeu alguma coisa na minha cara? Vadia... – A voz de minha amiga se fez presente atrás de mim, me fazendo olhar assustada pelo seu modo de falar. 

— April, que modos são esses? – Sorri sendo abraçada pela loira. – Se a diretora te ouve falando dessa forma, ela contará urgentemente para os seus pais. Sabe que nessa escola há algumas regras... – Disse calma vendo-a revirar os olhos me imitando. 

Regras... Como se meus pais não me conhecessem o suficiente. – Ela bufou entrelaçando nossos braços. – E desde quando eu preciso respeitar essas regras estúpidas da senhorita Miller? – April sorriu debochada enquanto olhava ao redor. 

— Você é filha do prefeito da cidade, você deve dar exempl... – Fiquei em sua frente enquanto ela me olhou com preguiça. – Não sei porquê eu estou falando isso para você. – Ignorei minha frase, pois sabia que April não ligava para posturas, diferente de mim. 

— Pois é, S/nzinha... Por isso que iremos conhecer o novo bar que o Dylan inaugurou no centro da cidade. Me disseram que ele sempre bomba e você sabe do que eu estou falando... – April sorriu maliciosamente me fazendo negar, cortando nosso abraço. 

— Não posso ir. Temos 17 anos e eu tenho muita coisa para fazer. – Cruzei os braços vendo-a bufar batendo os pés. 

— Somos do mesmo padrão de vida e eu não tenho nada para fazer, a não ser explorar os lugares da cidade... – A mesma encostou na parede da secretária, enquanto eu anotava algo nos papéis colados no quadro de avisos. 

— Eu vou te explicar o porquê... Tenho um pai muito rígido e que se preocupa com o sobrenome da família, e as cobranças de estudos e de ser alguém na vida caí apenas em minhas costas. – Disse organizando a papelada, vendo-a se apoiar no balcão da secretaria. 

— Eu odeio o seu pai... – April disse firme, me fazendo olhá-la rapidamente. – Eu sou sincera, você sabe disso.

— Sábado provavelmente ficarei sozinha em casa, apenas eu e a minha avó. Fiquei sabendo que eles viajarão para Healdsburg durante o final de semana. – Disse enquanto assinava os papéis do clube de literatura, que precisavam ser entregues urgentemente para a diretora Miller. 

— Por que você não vai? – April franziu o cenho me olhando fixamente. 

— Terei hipismo sábado de manhã, não irá dar tempo de eu ir com eles. Até prefiro, assim poderei respirar em paz. – Suspirei fundo batendo os papéis no balcão, acertando-os.

— Sábado irei te pegar às 19:30, e você dormirá na minha casa. – April disse animada me segurando pelos ombros. Ia falar algo mas a mesma me impediu com sua mão em minha boca. – Pedirei para minha mãe dizer que vamos fazer um trabalho. 

— Você pedirá para a tia Callie mentir para os meus pais? Por que não dizer a verdade? – Questionei baixo retirando suas mãos de minha boca. 

— Sim e você pode ter certeza que irá dá certo. Não precisaremos da verdade. – A mesma disse sorridente deixando um beijo molhado em minha bochecha. O sinal tocou fazendo-nos olharmos rapidamente para a caixa de som, no teto. – Te vejo na aula de física. 

— Boa sorte com o professor de história... – Sorri maliciosamente vendo ela revirar os olhos se abanando. 

— Tirarei 100. – A loira disse fazendo gestos de boquete, me fazendo arregalar os olhos desacreditada. – Tô brincando, irmã Maria. 

April me fazia morrer de vergonha algumas vezes. E pelo meu jeito certo de viver, a fez me dar um apelido novo. Irmã Maria, em homenagem as freiras da igreja católica da cidade. April e eu somos muito diferentes, porém essas diferenças nunca atrapalharam nossa amizade. É o equilíbrio perfeito.

Eu era voluntária e representante do clube de literatura da nossa escola. E em todas as quartas-feiras, os líderes fazem uma mini reunião com a diretora no auditório da escola. Por isso, nós perdíamos os primeiros períodos de aula. Mas, isso não nos atrapalha academicamente. A reunião envolvia até o capitão do time de futebol americano e a capitã das líderes de torcida. E falando no capitão do time de futebol... 

Após terminar a reunião, sai apressadamente do auditório. Em alguns minutos começará minha aula de física, e eu me culparia o dia inteiro por ter me atrasado para a aula mais insuportável da escola. Os chamados de Ian ecoaram nos corredores compridos e largos. Eu até preferia ignorar, mas seus gritos aumentariam e os professores sairiam de suas salas para brigar com quem estivesse no corredor. 

Revirei os olhos bufando irritada. Ele era um bicho no meu pé, ainda mais por sermos da linha de sucessão da cidade. A terceira família governanta que falta, é a dele. Ian Monroe.

 Parei meu andar olhando pelos meus ombros, vendo o mesmo diminuir sua corrida e envolver seu braço em meu pescoço. 

— Fiquei sabendo que sábado vocês viajarão para Healdsburg conosco, isso é incrível, não é? – Ian sorriu vitorioso enquanto andávamos pelo corredor. 

— Eu não vou. – Retirei seu braço do meu pescoço, com repulsa. – Tenho coisas melhores para fazer do que viajar por aí...

— Achei que era nessa viagem que poderíamos assumir nosso relacionamento. Você sabe que seu pai me ama, não sabe? – O loiro disse rodando a bola the duke no ar. Parei meu andar olhando sem paciência para Ian, que carregava seu sorriso cínico pregado em seus lábios. 

— Relacionamento, Ian? – Sorri desacreditada olhando para o loiro. – Será que meu pai realmente gosta de você, ou apenas quer conseguir o dinheiro de sua família também? – Arqueei minhas sobrancelhas vendo-o me olhar sem entender. – Boa aula. 

Sorri para o loiro deixando-o plantado no meio do corredor. Segui  caminho que anteriormente foi interrompido por Ian, faltava apenas 5 minutos para o sinal soar e os corredores se encherem novamente. Apressei meus passos para o segundo andar do prédio, eu odiava pegar o corredor cheio. Por mais que nossa escola seje particular e bem regrada, os alunos não se importam muito por organização nos milhares de corredores da escola, apenas quando diretora Miller está por perto. 

Respirei aliviada ao pisar na sala de aula e ver ela completamente vazia. Assim, eu poderei organizar meu material em paz, antes de começar a aula. April adorava sentar lá atrás, assim ela poderia fazer compras em seu celular sem que o professor perceba e brigue com ela. Eu diria, esperteza. Apressei-me para os nossos lugares, no fundo da classe, guardando minha dupla para a loira. 

O sinal gritou em meus ouvidos, me fazendo franzir o cenho pelo barulho alto nos alto-falantes da escola. Já conseguia ouvir, mesmo de longe, a falação e o andar dos alunos para as suas devidas próximas aulas. 

Apoiei meus braços na mesa enquanto esperava ansiosamente por April. Todos entravam pela porta, menos a loira. Meus olhos fizeram questão de revira-los ao ver Ian Monroe e sua trupe entrar pela porta da sala. Seu sorriso cínico e seu cochichos para seus amigos foram o suficiente para me dar vontade de vomitar. 

— Não tem nada para você fazer aqui, Ian. – Disse sem saco abrindo meu livro de física, enquanto o mais alto se sentou no lugar de April. 

— Não posso sentar ao lado de minha futura namorada? – Ian sorriu colocando seu braço ao redor de meu pescoço, fazendo-me retirá-los rapidamente. 

— Sabe quem vai sentar aí? – Disse olhando-o de cima a baixo, vendo-o negar sério. 

— Sai do meu lugar agora. – April disse autoritária batendo em sua carteira. – Anda Ian, tá achando que aqui é jogo de futebol? 

— Relaxa aí, gata. – Ian disse apoiando a bola na mesa, olhando fixamente para April, que fazia o mesmo. 

— Cuzão... – April disse firme enquanto mantinha um contato visual pesado com Ian. – Esse menino é um porre, como não matamos ele ainda? – April disse limpando sua carteira com nojo. 

— Porque se matarmos ele, nossa família terá que responder por crime e não cairá bem saber que houve traição pelas três famílias mais importantes da cidade. – Disse vendo-a amarrar seu sapato, retirando sua bolsa do ombro. 

— Eu amo o luxo e o dinheiro que nós temos, mas eu odeio essas regras idiotas que nós temos. – April sentou-se abrindo sua bolsa, retirando dali, seus materiais e seu confidente, celular. – Por isso que gastarei essa minha indignação fazendo compras... 

— April, o professor. – Exclamei batendo em sua mão, olhando atentamente para a porta. 

O professor George era o professor mais rígido e difícil daquela escola. Alguns dizem que ele é uma pessoa ruim, outros pensam que ele apenas está fazendo o trabalho dele, como professor. Sua postura rígida fazia-nos aprender física na marra, e facilmente. Ele nunca havia me tratado mal, por isso, não posso dar minha opinião sobre ele. 

— Bom dia, classe. – Professor George entrou rapidamente na sala, colocando sua pasta na mesa. – Hoje iremos aprender um pouco sobre a física cinemática. Alguém já sabe algo sobre esse estudo? – Ele questionou sério enquanto anotava algo no quadro. 

Olhei ao redor vendo que ninguém havia expressado nenhuma forma de manisfestação. Dei de ombros levantando minha mão, esperando que o professor visse.

— Senhorita Murder, por favor... – Professor George disse se apoiando em sua mesa enquanto eu abaixei calmamente minha minha mão. 

— É a parte da mecânica que estuda os movimentos dos corpos e das partículas. Ela também descreve o movimento de um corpo, mas não se preocupa com nenhuma causa. – Disse confiante vendo-o afirmar lentamente. 

— Está certa, Senhorita S/n. Irei passar algumas coisas no quadro e depois quero que vocês copiem. Sem moleza. – Professor George disse sério pegando um livro em suas mãos, se virando para o quadro. 

Olhei para April em meu lado, que parecia focada em suas compras. Espiei de lado vendo-a realmente comprar bastante coisa, não sei como ela comprava tanta coisa assim, em tão pouco tempo. 

— April, Professor George está passando conteúdo. – Disse baixo empurrando-a de lado. 

— Tá bom, depois você me empresta seu caderno. – April disse sem importância. – Estou escolhendo nossa roupa para sábado e você não poderá opinar. 

— Eu nem sei se vou nesse bar, April. Essas coisas não é para mim. – Neguei atenta no quadro vendo-a me olhar incrédula. – Bar do Dylan é o antigo bar do Dolfh. O Dylan é ex-morador do lado Norte. Você sabe como aquilo vai estar....

— S/n, você está deixando os preconceitos estúpidos do seu pai entrar em sua cabeça? Você nunca foi a favor dessa divisão. – April sussurou colocando seu celular na mesa e eu neguei.

— Não, não é isso. Jamais irei concordar com essa divisão de Norte e Sul, só estou dizendo que... – Disse baixo vendo-a negar fazendo sinal de silêncio. 

— Eles não irão te morder, carne do Sul. – April disse apertando minha bochecha. – Convivemos com esse povo do sul desde que nascemos, é nosso direito conhecer a região. 

Eu realmente acho essa divisão uma bobagem de nossos pais. Acho ainda mais bobo a hipocrisia vir diretamente deles, os prefeitos. Meu celular vibrou baixo no bolso de meu blazer, fazendo-me assustar com a repentina mensagem. Chequei se todos estavam muito bem atentos no professor e se o professor estava realmente ocupado com o dever no quadro. 

Retirei o celular de meu bolso, com cuidado, vendo mensagens de minha irmã mais nova. Sorri confusa pelo seu contato tão cedo. Ela sabia que eu estava na escola esse horário, mas sua inocência não fazia se lembrar disso. Ela era meu grude, diferente com Chloe. Ela sempre gostou de ficar comigo e com vovó, enquanto andávamos pela estufa de nosso enorme jardim. Ela tinha apenas 6 anos, mas sua mentalidade era extremamente avançada para a sua idade. 

(Nancy) 

— Bom dia, S/n. Quando você chegar de sua aula de alemão, podemos assistir algum filme na nossa sala de cinema? Mamãe disse que podemos assistir até às 20:30. Boa aula, irmã. 

— Câmbio, desligo. 

                                                         (S/n) 

                —  Estou em aula, Nancy.         Mas, podemos sim. Mas não posso te     prometer nada :( 

                                    — Câmbio, desligo. 


Desliguei meu celular guardando-o novamente em meu bolso, olhando novamente para turma ao redor. Foquei minha atenção no conteúdo, anotando cada palavra que o professor anotava no quadro. Para passar o tempo, minha mente sempre me colocava para pensar em coisas diferentes. Dessa vez, estava me sentindo mal pelo pedido de minha irmãzinha. Sempre tínhamos o costume de fazer um bom uso da sala de cinema. Agora, com o pouco tempo que eu tenho, tem se tornado um evento raro de se acontecer. 

Depois da aula de física, tivemos aula no laboratório de biologia. Não foi tão interessante. A professora de biologia não é como o Sr. George, diferente dele, se você não fizer nada, você ainda sim está ganhando nota. Passei a maior parte do tempo conversando com April, ela ainda tentava me convencer de sair com ela sábado á noite. 

— Sério, pensa nas possibilidades. Poderemos conhecer muita gente nova. – April disse me seguindo pelo pátio da escola enquanto eu sorri me sentando debaixo de nossa árvore. – Você estará sozinha em casa e você ama conhecer pessoas novas. 

— April, você só falou disso para mim o dia inteiro. Você pode, por favor, mudar de assunto? Eu vou pensar, eu prometo. – A loira se sentou em minha frente emburrada. 

— Amiga, só estará a senhora Murder-Winfield em casa. Você sabe como a sua vó preza pela sua sociabilidade. Não precisa nem fazer por mim, mas faça por ela... – April segurou minhas mãos, fazendo sua carinha de sempre. – Por favor...

Eu não sei qual o poder que April tinha, mas ela conseguia me fazer aceitar tudo, mesmo sabendo que não vai dar tão bom. April conseguiria me colocar em certas roubadas fácilmente, mesmo eu achando-as super erradas. 

— Tudo bem, April. Eu vou nesse bar. – Bufei negando vendo-a comemorar vitória, abraçando-me animada. – Mas, não iremos voltar muito tarde.

— Toda ação, tem uma reação. – Ela revirou os olhos olhando para o gramado em nosso meio. 

— Por que você não vai na aula de alemão comigo?

— Tenho que acompanhar minha mãe em um café da tarde com algumas mulheres elegantes. – April disse imitando-as retirando uma risada de meus lábios. 

— Viu, você disse que nunca tem algo para fazer... Agora você tem. – Sorri mexendo na grama, vendo-a negar baixo. 

— Mas eu tenho muita coisa para fazer, se é que me entende... – April sorriu de lado, enquanto eu arregalei os olhos. 

— Não. Você realmente ficou com o Taylor? Sabe que ele vai contar para o time inteiro, né? – Questionei apontando para trás vendo-a dar de ombros sem importância. 

— Ele é bonito, engraçado e diferente desses meninos que ele anda. Você deveria beijar alguém, o Ian, ele não é feio. – April disse sorrindo e eu neguei fazendo cara de nojo. 

— Não, ele não é feio, ele só é podre e tudo ruim desse mundo. – Neguei repugnante enquanto olhava ao redor. 

— Jamais deixaria vocês ficarem, ele combina com a puta da sua irmã. – Ela disse firme e eu fitei-a. – Desculpa, foi sem querer. – A loira colocou a mão na boca. 

— Tá tudo bem, todo mundo sabe da verdade. – Dei de ombros. 

Ouvimos uma buzina alta vindo do portão principal da escola. Esticamos nossos pescoços para ver de quem se tratava.

— Meu motorista chegou, tem certeza que você ficará bem sozinha? Posso te levar no seu curso. – April se levantou limpando sua saia e eu neguei delicadamente. 

— Irei ficar bem. Meu motorista deve estar chegando por aí... – Disse olhando para a rua, enquanto ela se abaixou deixando um selar em minha testa. 

— Vejo você amanhã, e não fique pensando sobre sábado. Assim, não tem chance de você desistir. – April disse alto enquanto ia apressadamente para seu carro. 

Desistir? Era bem provável, ela me conhecia bastante. Vovó e April deveriam ser mãe e filha. As duas prezam pela a minha vida social e falam que a vida acadêmica não pode ser a única coisa importante em minha vida. E ela não estão erradas, mas é difícil convencer meu pai, nisso tudo. 

Minha mente me fazia questionar tantas coisas á respeito de sábado à noite. Será que os planos de April darão certo? Será que terá muita gente do lado Norte? Será que eles reagirão bem sabendo que estaremos lá, sendo filhas de quem somos? 

E a resposta é simples: Só esperando sábado para realmente saber...




        



Notas Finais


O que vocês acharam desse primeiro capítulo? Como de costume, não se esqueçam de compartilhar comigo seus surtos, teorias ou sugestões para os próximos capítulos.

Não irei fazer a descrição — como sempre fazia na Damned Souls —, nesse capítulo porquê eu quero saber o que VOCÊS acharam e suas opiniões sobre cada partezinha. 😚

E a pergunta que não quer calar, o que esperar de sábado?

Me deixem saber também se vocês querem continuação, ou não. Beijinhossss. ❤️✨


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