História Break The Rules - (Jeon Jungkook) - 34- I could live forever one day with you.

                    Jeon Jungkook point of view.

 Voltar para a escola depois de rolar briga entre April, Taehyung e Abigail, festa de homecoming, Riverhounds campeões e todos saberem que eu namoro Chloe é causticante. Não sou uma pessoa pública, então receber olhares o tempo todo em minha direção me incomodava bastante. Diferente de mim, April e Taehyung agiam como se nada houvesse acontecido em apenas uma noite. E a S/n me parece bem tranquila com isso tudo, até porquê, os rumores não estavam nela. 

— Ei, Jungkook! – Ian exclamou alto fazendo-me parar meu andar, virando-me para ti com uma feição séria. 

— Precisa de alguma coisa, Ian? Não vendo drogas... – Disse sério vendo-o me olhar sem entender, levando-me à uma risada satisfeita. 

— Achei que você tava querendo minha Murder, mas acabou pegando a outra... Escolheu uma boa família, só não sabia que se conheciam. – Ian disse com as mãos em seu bolso, fazendo-me olhar seus movimentos. – Frederic sabe que você é nortista? 

— Claro. Acho que você não me conhece da forma que meu sogro me conhece. E aliás, ele não gostaria de saber que há algum zé ninguém se metendo com um genro dele... – Disse sorrindo vendo-o negar sorrindo soprado. 

— Tem certeza que eu sou o zé ninguém dessa história? – Ian sorriu desacreditado, fazendo-me afirmar sem medo. – Jungkook, eu fui chamado para jogar no Dallas Cowboys e eu sou o zé ninguém? Meu sobrenome é Monroe.

— O meu é Jeon, e eu não acho que ser chamado para um time de futebol seja uma ameaça para alguém. Acho que você está se precipitando demais e essa sua bolinha deve ser abaixada. – Disse batendo em sua bola Duke, vendo-o umedecer seus lábios olhando para o lado. – Cuidado com quem você está mexendo. 

— Estou morrendo de medo. – Ian disse balançando suas mãos freneticamente. – Não se garante muito com o Frederic ou com a Chloe, eles não te protegeriam assim. 

— E você acha que eu preciso da ajuda dos Murder's para algo? Como você é enganado... – Cruzei os braços olhando-o de cima a baixo, vendo-o rir em negação.

—  Eu sei que você quer a S/n invés da Chloe, você disfarça mal. Sabe o por que de eu saber disso? – Neguei esperando que ele fale. – Você sente muito ciúmes da sua cunhada, e isso não é normal. 

— Ela é o que sua mesmo? – Questionei coçando a testa vendo-o franzir o cenho. – Nada, é verdade. Ela não é nada sua, e pode ter certeza que ela nunca será. 

— Como tem tanta certeza disso? Por acaso você é quem escolhe com quem ela fica ou deixa de ficar? Conheço ela há 16 anos e sempre fui prioridade na vida dela. – Ian disse apontando para minha face, fazendo-me andar para trás com as mãos coladas em minhas costas. 

— Confiante... Ouvi dizer que ter confiança em si próprio é tudo. – Sorri. – Não quero discutir com você não, Ian... Eu tenho certeza que você vai engolir todas essas palavras e elas irão doer quando descer. 

— Tudo que vai volta e eu torço muito para voltar em dobro para você. – Ian disse olhando no fundo de meus olhos, com raiva e amargura.

— Ian, eu já terminei tudo. – S/n disse de baixa cabeça enquanto arrumava sua mochila em suas costas. Meus olhos chocaram contra os seus, fazendo-o assentir encarando minha face. – Vamos? 

— Mas é claro, S/n. Vamos... – Ian disse firme passando por mim, empurrando-me com seu ombro. 

Abaixei a cabeça sorrindo desacreditado, sentindo a mão de S/n tocar levemente a pele de meu braço. Ele tem muita marra para uma pessoa totalmente baixa. Aposto que esse seu pedestal quebraria facilmente se eu contasse tudo que eu sei sobre ele. Mas deixo essa honra para uma outra pessoa... E se eu preciso dos Murder's para conseguir ou limpar minha “imagem”? Eu nasci sem a ajuda deles e não será agora que irei precisar. Ian está muito enganado em seus próprios conceitos, e ouvi-lo falar que está com tudo em cima é de sangrar os ouvidos. 

Encarei-os caminharem lentamente pelo estacionamento da escola, vendo Ian entrelaçar seu braço no pescoço de S/n e a mesma não fazer nada à respeito, á não ser abraçá-lo de lado. Tranquei meu maxilar vendo-o acenar de longe enquanto abria a porta de seu carro para S/n entrar. Tamanha audácia. Apertei minhas mãos com toda força que eu havia, deixando marcas doloridas nas palmas de minhas mãos. 

— Vai para casa hoje ou vai ir nos Murder's? – Taehyung disse batendo em minhas costas, guiando-me para o outro lado do estacionamento. 

S/n saiu com o Ian e a única forma de eu descobrir o que eles foram fazer, é questionando-a. 

— Irei para a casa dos Murder's hoje. Chloe disse que precisará de minha ajuda para fazer algo. – Menti retirando o capacete do guidão da moto, vendo-o assentir mastigando um amendoim. – E você? Não está indo na casa dos Ballard's? 

— April saiu com o Ian e a S/n hoje, não teria nada para eu fazer na casa deles. Pretendo ir até lá no final de semana só... – Taehyung disse tossindo fazendo-me arregalar os olhos assentindo. 

— Sabe o que eles foram fazer? – Questionei ajeitando a mochila em minhas costas, vendo-o negar franzindo os lábios. Droga! 

— Não perguntei também... É algo dos três e não acho que eu deveria me meter. – Taehyung disse amassando o saco de amendoim, tacando-o diretamente no lixo. Bom arremesso, péssimo raciocínio. – E nem você deveria se preocupar... Tu estás com a Chloe agora, irmão. 

— Mas eu gosto da S/n, falou? Eu vou continuar me incomodando com ela sim, e com tudo que ela faça com outros meninos envolvidos. – Ditei baixo olhando ao redor, vendo-o sorrir satisfeito. 

— Você gosta dela... Que irônico. – Taehyung sorriu jogando seu cabelo para trás. 

— Você acha que eu não estou com medo dessa história de ficar dois riquinhos na casa deles? – Questionei apontando para trás, vendo-o dar de ombros. – Eu estou, Taehyung. 

— Agora você tem que aceitar. E vai continuar aceitando caso ocorra algo entre ela e um dos meninos. – Taehyung pigarreou colocando o capacete, fazendo-me negar colocando o meu. 

— Eu não quero aceitar ver a S/n ficando com outro cara que não seja eu. – Disse irritado, enquanto ligava a moto com brutalidade. – Te vejo mais tarde. 

— Tenha um bom namoro. – Taehyung disse alto, vendo-me buzinar enquanto me distânciava. 

Chloe não precisa de nenhuma ajuda minha, ela nem deve saber que eu irei até sua casa hoje. Pretendo esperar S/n voltar de sua saída para questioná-la. E não há momento melhor para isso do que hoje, já que Chloe irá ter o estágio da faculdade, deixando a mesma presa lá até tarde. E eu tenho ótimas desculpas caso ela me pergunte o motivo de eu não ter ficado para esperá-la chegar, sendo que na verdade, eu estou indo lá para ver uma única pessoa. 

Cortei as ruas da cidade acelerando o máximo que eu pude para chegar até a casa dos Murder's. Provavelmente a saída de S/n não demorará muito, já que April não suporta o Ian tanto assim. Só tenho à agradecer você, April. E eu espero que Chloe não estrague todo o plano, querendo faltar seu estágio para ficar comigo. Tentarei fazer o meu melhor para isso não acontecer, caso ao contrário, não poderia fazer o que eu tanto quero com a minha cunhada.  

Estacionei a moto com cuidado em frente a garagem dos Murder's, sei que Frederic e sua esposa estão fora de casa e o carro do motorista da família está sendo pronto em frente a grande escadaria. Provavelmente é para Chloe... Sorri amigávelmente para Eliott, enquanto subia em pulos rápidos a escada principal.   Suspirei fundo antes de bater na porta, querendo ou não, tocar ali ainda me trazia calafrios. Dei três batidinhas na madeira bruta, ouvindo passos de saltos vir do outro lado da porta. Coloquei um sorriso que meu personagem daria para Chloe em meu rosto, esperando que a porta fosse aberta. 

— Oi meu amor, que surpresa gostosa. – Chloe sorriu esticando seus braços, recebendo-me com um abraço apertado. 

— Boa tarde, amor. – Sorri forçado sendo abraçado pela mesma, sentido-a acarinciar minhas costas. – Irá sair? Vi Eliott arrumando o carro. 

— Infelizmente... Não sabia que viria, se não, teria dito para o professor que não poderia fazer o estágio hoje. – Chloe disse abafado, por estar com a cabeça sobre meu pescoço, fazendo-me fechar os olhos com força pelo pensamento da menina.

— Não precisa disso, eu juro. – Disse olhando em seus olhos, vendo-a afirmar rapidamente. – Vá para seu estágio, e eu ficarei aqui te esperando. 

— Eu agradeço por você ser assim, tão compreensivo. – Chloe disse segurando meu rosto em suas mãos, depositando um selar demorado em meus lábios. – Fique á vontade na casa. Ela também é sua...

— Obrigado. – Sorri retirando minhas mãos de sua cintura, vendo-a sorrir andando para trás. – Você já está indo para o estágio? 

— Sim senhor. – Sorriu. – Meus materiais estão na sala, estou indo buscar. Vovó está na sala dela, final do corredor em sua esquerda. – Chloe exclamou alto pela distância, fazendo-me assentir fechando a porta atrás de mim. 

— Vou esperar você ir para deixar minhas coisas em seu quarto e depois, ir até sua avó. – Disse sorrindo vendo-a assentir carregando suas bolsas da faculdade. – Quer ajuda? 

— Que gentileza, essas bolsas estão pesadas para uma dama como eu carregar. – Chloe sorriu óbvio entregando-me suas duas bolsas, que nem estavam tão pesadas assim. Mas no que eu estou fazendo, não posso contrariá-la. 

— O que está carregando nessas bolsas? – Disse fingindo peso, vendo-a sorrir dando de ombros. – Realmente, você poderia ferrar sua coluna carregando elas. 

— Eu não te disse... Há muitos livros e coisas do estágio essa bolsa, amor. – Chloe disse calma enquanto via-me colocar suas bolsas dentro do carro de Eliott. – Vou sentir sua falta...

— Te digo o mesmo, Chloe. – Sorri fraco beijando sua testa, vendo-a sorrir entrando no carro. – Tenha uma boa aula.

— Juízo. Me espera chegar, tudo bem? – Chloe sorriu colocando o cinto de segurança, enquanto eu sorri afirmando. – Te amo... 

— Tchau. – Acenei subindo as escadas, vendo-a retribuir. 

Revirei os olhos limpando meus lábios e meu pescoço, que foi beijado pela loira. “Te amo”, que baboseira... A última vez que eu disse te amo, foi para os meus pais antes de ambos falecerem. Uma palavra me traumatizou tanto, que me culpei por anos e anos de ter dito ela. Faz tempo que não falo isso para alguém, e acho que ninguém é digno de ouvir uma palavra tão forte quanto essa. 

Abri a porta com cuidado, vendo os funcionários andarem para lá e para cá pelo salão de entrada. Cumprimentei todos com um sorriso verdadeiro no rosto, todos bem simpáticos e legais para serem tratados tão mal por eles. Subi as escadas rapidamente, mas com muito cuidado para não escorregar na madeira recém encerada. O quarto de S/n era o segundo depois que subiamos as escadas, o primeiro é o quarto de visitas... Escorei-me no batente da porta olhando para o quarto vazio mas extremamente arrumado, de S/n. Caminhei até sua mesinha de estudo vendo uma foto de duas pessoas bem familiar ao seu lado, Ian e April. 

— O que será que vocês estão fazendo agora?

                                        S/n point of view. 

— Por que você não pede o cappuccino de chocolate? Era seu favorito... – Disse olhando-o negar rapidamente, enquanto rolava seus olhos pelo cardápio. – O que você irá pedir, April? 

— Um café com um donuts de avelã, já estou decidida. – April sorriu fraco, fechando o cardápio que segurava em suas mãos. – Você...

— Um chá de hortelã e biscoito amanteigado com geleia de goiaba. – Sorri balançando os pés, vendo-os se entreolharem com um um sorrisinho no rosto. – O que foi? 

— Seu pedido de sempre. – Ian disse fechando o cardápio, colocando-o junto com o de April. 

Ian chamou a garçonete com suas mãos, passando os três pedidos para a jovem moça, que encarava-o como se quisesse algo. Monroe pode até ter seus defeitos como pessoa, mas algo que nós não podemos chamá-lo, é de feio. Ele possui um charme desde sempre. Sua beleza é notável, e isso faz com que as meninas da cidade percam totalmente a postura pelo filho do prefeito Bruce. Diferente dos amigos do Jungkook, do Ian eu não tenho ciúmes...

— Por que não participaram da festa? Foi bárbaro. – Ian disse limpando a mesa, fazendo April se ajeitar na cadeira, extremamente desconfortável. – Foi pela briga, não foi? 

— Foi... Quando você briga com alguém que você ama muito, não há festa que dê ânimo para você. – April coçou a garganta olhando-me, enquanto eu afirmei encarando o chão. – Eu realmente fiquei mal.

— Eu sempre disse que os nortistas não prestam... – Ian sorriu cínico encarando suas mãos, enquanto eu sorri em negação. – Deveria ter terminado com ele oficialmente, April. 

— Gostaria que sua namorada se jogasse pra cima de alguém também comprometido? Pense melhor... Você gostaria de ver a S/n com o Jungkook, sendo que ele é comprometido...? – April questionou se debruçando na mesa, vendo-o negar óbvio. – Pois bem.

— Antes de dizer algo, é melhor se colocar no lugar da pessoa, Ian. Isso é conselho de amiga. – Disse rodando o cardápio na mesa, vendo-o sorrir cruzando os braços. 

— Enfim... O que vamos conversar? Sei que iremos discutir a maior parte do tempo. Acho que pessoas mudaram a cabeça de vocês. – Ian sorriu recebendo seu pedido, olhando diretamente para a garçonete. 

— Viemos conversar sobre a festa. E te corrigindo, nós nunca deixaríamos ninguém mudar nossa cabeça. – April disse tocando a na mesa, fazendo a caneca de Ian bambear. 

— E nós não mudamos, nós apenas crescemos. Nossa realidade não é o paraíso, apenas para quem chupa o pau do prazer que é ser filho de prefeito. – Disse recebendo meu pedido, vendo Ian me olhar sem entender. – O que foi? 

— Seu palavreado. Viu como estão diferentes? April sempre disse palavras de baixo calão, mas você? É de se surpreender... – Ian arregalou os olhos bebericando seu suco, fazendo nós duas rirmos em negação. 

— Viemos aqui conversar sobre uma coisa, Ian. E claramente não é sobre o que nós estamos fazendo, falando ou deixando de realizar. – April disse séria, fazendo-me assentir mordendo um biscoito. 

— Digam... – Ian disse analisando seu sanduíche. 

— Por acaso você lembra dos filhos do Sr. Oh? – Questionei limpando os lábios, vendo-o franzir o cenho olhando para o chão. 

– Sehun e Suho? – Ian questionou lambendo os dedos, enquanto afirmamos rapidamente. – Lembro um pouco só, de mínimos detalhes. Por que? 

— Eles que são os representantes da empresa que nossos pais querem trazer para West River. Eles virão para a festa e ficarão 1 mês após. – Disse mordendo um pedaço do biscoito, vendo-o arregalar os olhos. – Não sabia? 

— Meus pais não me contaram esse detalhe aí não. – Ian disse limpando as mãos, antes de pegar em seu copo de suco. – Vão vir 1 mês para que? 

— Conhecer a cidade nova e provavelmente acelerar os papéis para a construção. Devem conversar sobre economia, logística, empreendedorismo e todas essas merdas. – April disse limpando sua boca suja de avelã, enquanto se olhava na tela do celular. 

— Não curto fazer amizade assim... – Ian disse bebericando seu suco, fazendo-me rir soprado com a visão fixada na caixinha de guardanapo. 

— Tá com medo de perder a S/n para algum dele? – April sorriu provocativa, fazendo-me olhá-la rapidamente. – Puta merda, eu esqueci que a gente só perde quando tem algo. 

— April... – Chamei sua atenção com cuidado, vendo-a se render. – Não ficaria com nenhum dos três para juntar bens, até porque, é isso que meu pai quer. 

— Poxa, você não ficaria comigo? Qual é... – Ian empurrou-me de lado, enquanto eu neguei suavemente fazendo April rir.

— Você está muito estranho, Ian. Você não é o Ian que eu conheço mais e isso me deixa insegura com você. Na boa, você é meu melhor amigo, mas da forma que você está... Eu realmente fico com um pé atrás. – Disse limpando minha roupa, por ja ter terminado, vendo-o assentir sorrindo. 

— Desde que entrei no time de futebol americano como capitão, eu tenho ficado meio pilhado. E ainda estava competindo para entrar em algum time grande, tive muitos problemas. – Ian disse coçando o nariz, fazendo-me analisá-lo por completo. – Perdoe-me meninas. 

— Não adianta nós perdoarmos se você irá continuar agindo assim. Realmente Ian, você tem que aceitar muitas coisas e cair para a realidade. – April disse terminado seu café, enquanto limpava suas mãos pelo doce de avelã. – Você tem que aceitar os fatos e sair do pedestal. 

— Vocês não sabem aproveitar a vida que tem, por isso ficam murmurando tanto. Aproveitem enquanto vocês dependem dos seus pais, assim podem comprar o que quiserem e fazer o mesmo. – Ian disse limpando os lábios, jogando o guardanapo sujo no cestinho onde veio seu sanduíche. 

— Ian... Não fala mais nada durante o caminho para casa. – April disse abrindo sua carteira, enquanto chamava a garçonete que nos atendeu. – Só fala merda, nunca vi. 

— Falo a verdade, Aprilzinha. – Ian disse entregando seu dinheiro para a garçonete. – Não concorda, amor? 

— Tá falando comigo? – Questionei abrindo a carteira, vendo-o afirmar. – Não... – Sorri fraco reverenciando a garçonete, enquanto nós nos levantavamos para irmos embora. 

— Bom o que tínhamos que conversar, nós conversamos. O baile é daqui há 2 meses e meio, e nós só iremos nos falar novamente lá. Combinado, Ian? – April disse fazendo joia para o loiro, que afirmou destravando seu carro. – Ótimo. 

— Saudade de quando nós éramos inseparáveis, uma pena que o tempo passa tão rápido. – Ian entrou no carro enquanto girava a chave no console. – E pena também que as pessoas mudam...

— Sabe o que é mais engraçado nisso tudo, Ian? Que você é um filho da p–...

E começou novamente. O percurso de volta para casa foi desse jeito, April e Ian se mordendo o caminho inteiro, sem nenhuma pausa. Como eu já esperava, nosso café não foi agradável. Eu disse que Ian tem seus defeitos, e eles são exatamente o que foi mostrado no nosso encontro. Parece que ele está sempre em outra onda, deixando-o bobo e sem graça. Poucas vezes que eu vejo-o agindo da forma “normal”, isso faz torná-lo uma pessoa cansativa de conviver e bem difícil. Claro que não iremos nos ver apenas no dia do baile como April falou, mas bem que eu queria... Isso não serve apenas para Ian, mas para todos em modo geral. 

Acho que eu realmente preciso de um descanso.

— Muito obrigada, Ian. Nosso café poderia ter sido muito melhor, mas dou desconto pela pressão que esteja passando. – Sorri fechando a porta do carro, vendo-o retirar seu cinto com presa, saltando de sua caminhonete cinza. – O que houve? 

— Vou te levar até a porta. É o mínimo que eu poderia fazer hoje. – Ian sorriu esticando seu braço, fazendo-me retribuir colocando meu braço sobre o seu. – Me perdoe mesmo por hoje, eu não queria ter pesado clima...

— Eu que peço desculpas por ter falado aquelas coisas para você, mas são realmente conselhos de amigas de anos. Se falamos aquelas coisas, é porque nós realmente nos importamos com você. – Disse acarinciando seu braço, abrindo a porta de minha casa. – Você quer entrar? Acho que a vovó está aqui. 

— Melhor não... Deixa para outro dia. – Sorriu. – Vou descansar um pouco do treino de hoje e provavelmente devo ir jantar com meus pais. Você quer vir? – Ian disse se alongando, enquanto eu sorri olhando ao redor. 

— Não podemos ficar juntos por hoje, amigo. – Sorri escorando na porta. – Irei dar uma olhada nos cavalos do estábulo hoje, ficarei por conta deles. 

Ian assentiu olhando além de mim, seu semblante mudou drasticamente, levando-o para uma feição irritada e incompreensível. Franzi o cenho olhando por cima do meu ombro, levando um baita susto com as mãos de Jungkook sobre o meu ombro, amaciando-os. 

— Está tudo bem por aqui? Não sei se você comeu, mas sua avó acabou de fazer uns biscoitos de chocolate. – Jungkook disse batendo em meu ombro, enquanto eu olhei diretamente para Ian, que encarava o moreno com desgosto. – Quer um pouco, Ian? 

— Nós comemos, Jungkook. Obrigado. – Ian disse firme, enquanto sorriu forçado para o moreno atrás de mim.

— Que pena, está tão bom... – Jungkook disse pandeirando meu ombro, fazendo Ian seguir seus dedos. – Que bom que trouxe minha S/n para casa em segurança. Frederic vai ficar feliz por isso. 

 – Aposto que sim, aproveitamos nossa tarde. – Ian sorriu debochado, jogando seu olhar sobre mim. – Eu vejo você amanhã, S/n? 

— Sim... Até amanhã, vá em segurança. – Disse sorrindo vendo-o afirmar descendo as escadas. 

Suspirei fundo retirando as mãos de Jungkook sobre meu ombro, fechando a porta principal com brutalidade. Fritei-o com o olhar, vendo-o sorrir de orelha a orelha, como estivesse extremamente satisfeito com o seu ato. Francamente, não sabia o motivo de ele estar ali em plena sexta-feira, justo no dia em que minha irmã têm estágio. 

— Tá maluco? – Questionei irritada, vendo-o afirmar andando atrás de mim. – O que está fazendo aqui? 

— Eu namoro sua irmã, esqueceu? – Jungkook disse batendo no corrimão, fazendo-me respirar fundo para não jogar ele da escada. 

— Jungkook, por quê? Me diz o motivo de você está aqui em pleno dia que ela tem estágio? – Questionei fechando os olhos de raiva, trancando meus punhos. – Você sabia, não sabia? 

— Que ela tinha estágio hoje? – Jungkook questionou-me sério, fazendo-me afirmar abrindo os olhos. – Sabia por partes só, mas eu disse que iria esperar ela voltar. Aliás, hoje é sexta-feira...

— Você é mentiroso. – Bati em seu peito seguindo meu caminho, vendo-o sorrir andando atrás de mim. – Fica aqui, irei trocar de roupa. 

Fechei a porta em sua face, passando o trinco na mesma. Sei o tamanho do seu atrevimento, e conheço o Jungkook que está ali fora. Retirei meu uniforme escolar na presa, colocando o uniforme de montaria. Não iria praticar hipismo hoje, mas vou dar uma passada com os cavalos e dar uma olhada nos estábulos. Amarrei meus fios compridos em um rabo de cavalo, vendo se estavam totalmente alinhados. Claramente alguns fioszinhos estão para cima, ninguém é de ferro, infelizmente. Calcei minha bota de montaria de um jeito que eu nunca havia calçado antes, rápido como o Spartacus. 

Ajustei minha roupa em meu corpo, juntando as roupas sujas recém tiradas espalhadas pelo quarto, jogando-as diretamente no cesto de lixo. Respirei fundo abrindo a porta do quarto vendo Jungkook encostado na parede da frente, olhando-me de cima a baixo pela roupa apertada do hipismo. 

— Não fala. – Ditei apontando para o moreno, vendo-o sorrir em rendição. – Não acredito que você vai dormir aqui. 

— Não pretendo, para ser sincero. Meu avô irá precisar de minha ajuda hoje e os meninos também, irei esperar até o horário que meu corpo quiser. – Jungkook disse descendo as escadas atrás de mim, desabotoando dois botões de sua camisa social. 

— Ei, ei, ei. – Disse tampando minha visão, vendo-o olhar-me sem entender. – Quantas pessoas estão nessa casa? 

— Os funcionários estão no jardim, sua avó saiu, seus pais nunca estão, sua irmãzinha não, sua irmã foi para o estágio... Pois é, estamos sozinhos. – Jungkook disse jogando seu cabelo para trás, lançando um sorriso malandro até mim. 

— Porra. – Exclamei pisando duro nas pedrinhas da entrada, ouvindo-o rir. 

— Está indo montar? – Jungkook questionou olhando ao redor, enquanto eu neguei ajeitando minha blusa de manga comprida. – Já montou no Ian hoje? 

— Jungkook! – Ditei franzindo o cenho, vendo-o dar de ombros olhando ao redor do campo. 

— Onde você foi com ele? E por que? – Jungkook questionou cruzando os braços, fazendo-me parar em sua frente. – Já falei sobre aquele cara para você, não falei? 

— O que eu posso fazer? – Disse desacreditada vendo-o dar de ombros. – Ele faz parte do meu ciclo social, como eu poderei excluir ele? Aliás, mesmo se ele não participasse eu não excluiria ele. Ele é meu amigo antes de você. 

— Ele é maluco, S/n. Quer ouvir a verdade sobre ele? Ele é psicopata, e você me agradeceria por te alertar. – Jungkook ditou alto, fazendo-me bufar retornando meu andar para dentro do estábulo. – Não me dê as costas. 

— Você vai fazer o que? Me matar? – Disse ainda de costas, subindo na escadinha para o primeiro cavalo. 

— Eu não gosto do Ian, eu já não gosto desses irmãos e eu tentei aturar você e o Jimin, mas o problema não é ele. – Jungkook gritou fazendo-me virar para ele. – Eu não gosto. 

— E você acha que eu me sinto bem com você beijando e transando com a puta da minha irmã? – Ditei descendo da escada, caminhando agressivamente até sua direção. – Mede suas palavras, cretino. 

— O problema é sempre você, e sempre será você. Aliás, não conseguiremos passar de atração sexual, porque ter um relacionamento com você será complicado. – Jungkook se aproximou de mim, cuspindo suas palavras em minha face. 

— Eu fico com quem eu quiser, e não será você e esse seu ciúmes sem lógica e extremamente abusivo que mudará isso. – Disse batendo em sua face, segurando-a firmemente. – Eu odeio você, e vou continuar odiando. Ouviu? – Disse próximo de seu rosto, vendo-o umedecer seus lábios esmagados pela minha mão. 

— Ouvi. – Jungkook afirmou com dificuldade, puxando-me para um beijo caloroso. 

Sua mão subiu até meu pescoço, colando-me na parede do estábulo. Seus lábios encontraram os meus novamente, inciando um beijo ardente. Sua mão desceu até meu quadril, deixando um tapa e um apertão forte no local. Arfei com o ato, jogando minha cabeça para trás, enquanto o mesmo levou seus lábios úmidos para a região do meu pescoço. Ele não perdeu tempo de retribuir as marcas que deixei em seu pescoço naquela noite, deixando também, mordidas arrepiantes depois de chupadas molhadas. 

— Vamos realmente fazer isso? – Questionei abafada vendo-o encarar meus lábios com sede. 

— Você quer? – Jungkook disse beijando meu pescoço, puxando-me para mais perto enquanto eu afirmei mordendo meu lábio inferior. – Aqui é realmente seguro? 

— Eu espero que sim. – Disse em murmurio pelos seus beijos mordiscados em meu pescoço, fazendo-me arrepiar. – Vamos logo com isso. 

Jungkook sorriu ladino enforcando-me na parede de madeira, fazendo-me sorrir vendo-o se aproximar rapidamente de meus lábios. Nossas línguas se encontravam com fervor, como se nunca houvessem se encontrado anteriormente. Suas mãos deslizaram-se pela minha coxa, trazendo-a para seu quadril, impulsionando-o para mais perto do meu. Por estar de legging e o tecido ser fino, já sentia seu membro duro por dentro da sua calça, fazendo-me arfar com a força que ele colocava em seu impulso. Meus dedos puxavam seus fios da nuca dando um calor à mais naquele momento tão desejado.

Sorri sentindo suas mãos adrentarem em minha blusa colada, desabotoando com facilidade o meu sutiã. Separei nossos lábios desabotoando sua camisa social, vendo-o sorrir encarando-me fixamente. Sim, eu estou sedenta. 

— Onde? – Jungkook questionou olhando ao redor enquanto retirava o cinto de sua calça. 

— Temos um quartinho aqui, é para o meu professor de hipismo se preparar e descansar. – Disse olhando para frente, correndo até a porta, vendo-o assentir andando em minha direção. 

Tranquei a porta atrás de mim, vendo-o deitar na cama olhando-me sorridente. Jungkook bateu em suas pernas, como pedido para eu sentar-me em seu colo. Afirmei sorrindo enquanto retirava minha roupa recém posta. Caminhei até o moreno vestida apenas com minhas roupas íntimas, parece que a vergonha que eu tenho de tudo some quando eu estou ao lado dele. 

Subi em seu colo deitando-o na cama, iniciando um beijo afável entre nós dois. Suas mãos apalpavam minha bunda com força, fazendo-me gemer soprado com tamanha grosseria vinda de Jungkook. Minhas mãos desceram pelo seu abdômen, sentindo suas calças estarem desabotoada, mas não fora de seu corpo. Separei nosso beijo saindo lentamente de seu colo, olhei-o de cima a baixo antes de puxar sua calça para fora de seu corpo. Seu membro estava extremamente rígido embaixo de sua cueca box branca, fazendo-me sorrir olhando sua feição implorável. 

Jungkook levantou rapidamente segurando firme em meu pescoço, fazendo-me sorrir acarinciando sua mão. 

— Você gosta disso? – Jungkook questionou sério, enquanto eu afirmei umedecendo meus lábios. – Eu também, mas sua irmã nunca deixa eu ter esse tipo de sexo com ela. Mas também, eu nunca consigo. 

— Deve ser porquê você me quer. – Disse com dificuldade pelo aperto de Jungkook, vendo-o afirmar deixando selares voluptuosos em meus lábios. – Faz o que quiser, eu só quero você hoje. 

— Eu sempre quis ouvir isso de sua boca. – Jungkook disse mordendo meu lábio inferior, antes de me lançar sobre a cama. 

Sorri vendo-o prender minhas mãos por cima de minha cabeça, enquanto depositava mordidas pelo meu colo, encontrando diretamente meus seios. Arfei retirando minhas costas da cama ao sentir seus lábios molhados tocarem meus mamilos rígidos pelos seus movimentos. Seus lábios subiram imediatamente para os meus, retornando ao beijo que nós precisávamos dar. 

— Jungkook, espera. – Disse segurando sua face com minha duas mãos. – Eu nunca fiz isso antes, está bem? Mas eu quero que minha primeira vez seja a melhor possível. 

— Vou devagar, mas não te prometo nada... Quero muito te fuder. – Jungkook disse descendo suas mãos até minha calcinha, arrancando-a de meu corpo.

— Jungkook. – Fechei os olhos firmemente, ouvindo-o responder em murmurio. – E se eu viciar? 

— Podemos fazer quando você quiser, meu amor. – Jungkook disse olhando-me revezadamente. 

— Eu estou nervosa. – Disse apertando seu bíceps, ouvindo-o resmungar tocando em minha intimidade. – Jungkook. 

— Calma... Não vai doer nada, lembra que você quer isso e eu também. – Jungkook disse segurando meu rosto sua mão, fazendo-me manter o contato visual com ele. – Confie em mim. 

Respirei fundo apertando seu braço ao sentir seu membro entrar lentamente em minha intimidade. Sua mão apertou firmemente minha face enquanto a outra estava apoiada na cama, ao meu lado. Franzi o cenho fechando os olhos, sentindo-o penetrar cada vez mais fundo e forte. 

— Não fecha os olhos, olhe para mim. –  Jungkook disse baixo enquanto eu assenti encarando seus olhos incendiados. 

O moreno sorriu ladino aumentando a velocidade, fazendo-me revirar os olhos de prazer. Minhas mãos apertavam ainda mais seus bíceps. Eu realmente não sabia que era tão intenso assim... Minha mente se desligou do mundo real e se firmou em apenas eu e Jungkook. Seria uma graça eu dizer para alguém que transei no estábulo com o namorado da minha irmã, por isso que é segredo. 

— Jungkook, está doendo. – Disse balançando minhas pernas, vendo-o aumentar a velocidade. 

E claramente ele não deu ouvidos ao o que eu implorei. Parece que seu prazer é ouvir-me reclamar de algo e observar atentamente todas as minhas expressões faciais durante esse sexo. Eu já estava chegando em meu ápice. Já estava me sentindo satisfeita de Jungkook e todas as vontades que tenho dele, mas tenho certeza que essa não será a única vez. O moreno penetrou profundamente em mim, fazendo-me gemer alto contra sua mão. Senti um líquido quente sair de dentro de mim, fazendo meu corpo amolecer por completo. 

Jungkook suspirou fundo deitando ao meu lado, completamente suado e cansado. O moreno esticou seu braço chamando-me para si, fazendo-me deitar sobre seu peito sem pensar duas vezes. Deixei selares sobre seu peitoral, aconchegando-me ainda mais em seu abraço. Respirei fundo abraçando fortemente Jeon, sentindo-o fazer o mesmo. 

— O que nós fazemos agora? – Disse acarinciando seu peito, vendo-o dar de ombros encarando o teto. – Foi do jeito que você queria?

— Foi bom, e eu não vou esquecer desse até o próximo. – Jungkook disse acarinciando meu pescoço, fazendo-me fechar os olhos. – Vamos continuar normais, já sabíamos que isso iria acontecer. Não se culpa também, você não fez sozinha.

— Eu não quero me culpar por isso, Jungkook. Eu realmente gostei disso. – Disse baixo pelo clima leve, ouvindo-o assentir beijando minha testa. – Vamos fingir que nada aconteceu, por mais que tenha acontecido. Só um dia...

— É melhor... – Jungkook disse acarinciando meu rosto, fazendo-me olhá-lo seriamente. – Eu queria passar o dia inteiro aqui com você.

— Eu digo o mesmo, Jungkook. – Disse encarando seus lábios, tocando-os com meus dedos. – Vamos viver disso... Sexo e brigas. 

— Esse foi o primeiro de muitos. – Jungkook disse com seus lábios colados em minha cabeça, fazendo-me sorrir afundando minha face em seu peito.

Se Jungkook está dizendo que esse será o primeiro de muitos, quem sou em para contrariá-lo?