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História Break The Rules - (Jeon Jungkook) - 45- Why are we used to the pain?


Escrita por: angelkea e Theyluvbanana

Notas do Autor


Olá pessoas, como vocs estão? Eu estou muito bem e espero que vocês também.

Demorei uns três dias de muitos motivos, filhinhas KKKKKKKK.
Eu estou com algumas travas pessoais, que me impossibilitam de entrar no clima de escrever.
Ninguém está bem o tempo inteiro, e está tudo bem...
Pessoas alegres tem mais facilidades para se machucar e se decepcionar, e em off, são tristes.
Tento me conectar por aqui, mas me cobro e me machuco da mesma forma, não sei explicar.
Então entendam-me de algum modo, por favor ❤️.

Vejo vocês nas considerações finais e nos comentários.
Boa leitura, irmãsss ✨.

Capítulo 45 - 45- Why are we used to the pain?


Fanfic / Fanfiction Break The Rules - (Jeon Jungkook) - 45- Why are we used to the pain?

West River, South Side ☬ঔৣ꧂ Prom

                                         S/n point of view. 

Meu corpo gelou e minhas pernas, mesmo sentada, bambearam ao ouvir a voz acentuada de Jungkook ecoar no museu histórico. Suas palavras me impactaram de certa forma, fazendo-me ter uma mistura de emoções dentro de meu corpo. Nervosismo, ansiedade, alegria, empolgação. Esses sentimentos inquietos se revelaram perante sua chegada. 

O cérebro bagunçado de uma menina jamais se importaria em ouvir qualquer palavra vindo da boca da pessoa que você mais deseja no mundo. E eu sou essa menina. Eu apenas queria sentí-lo mais uma vez e ter pelo menos uma resposta para uma das minhas perguntas mais massacrantes do momento. 

— Acho que não podemos transar aqui, Jeon. – Disse com a respiração bagunçada enquanto Jungkook deixava beijos quentes em meu pescoço. – Está rolando uma festa cheia e há grandes chances de entrarem no museu. 

— Não há. – Jungkook sorriu fraco apertando meu quadril por baixo do vestido, fazendo-me franzir o cenho rapidamente. – April nos trancou aqui dentro, e por isso ela disse que pegaria o celular. Quando nós terminarmos de conversar, nós devemos ligar para ela vir destrancar nós dois. 

— Genial. – Sorri largo segurando seu rosto em minhas mãos, retornando o beijo fervoroso que dávamos minutos atrás. 

Eu não tenho ideia de como nós iremos exterminar esse desejo, vestindo essas roupas tão apertadas e específicas. Temos que ser rápidos. Precisávamos ser rápidos o suficiente para ninguém desconfiar ou sentir nossa falta na festa, ainda mais o Suho, que nota tudo em milésimos. Eu espero que April seja esperta, que ela aja como a Ballard que eu bem conheço. 

— Como eu vou fazer isso? – Jungkook disse impaciente, fazendo-me negar retirando suas mãos de meu vestido. 

— Temos que ser rápidos, e não precisa tirar a roupa. Eu subo a saia de meu vestido e você já sabe o resto...  – Tentei acalmá-lo com o tom de voz, vendo-o assentir retirando seu cinto de couro. 

— Onde? No chão vai te machucar e vai ser um puta desconforto. – Jungkook disse baixo desabotoando sua calça, fazendo-me levantar com os lábios levemente abertos. 

— Como você sabe disso? – Questionei-o provocativa, vendo-o se levantar com um sorriso no rosto. 

— Experiências, meu bebê. – Jungkook sorriu cínico colocando uma mexa de meu cabelo, atrás da minha orelha. 

— Essa coisinha já passou em muitas pessoas, eu esqueci. – Disse enojada caminhando lentamente para a escada, ouvindo-o seguir-me com baixas risadas. 

— Não foi tantas assim, vai... – Jungkook franziu os lábios fazendo-me virar para ti me sentando em um dos degraus da escadas. – Na escada? – Jungkook questionou sorrindo desacreditado enquanto acarinciei a madeira afirmando. 

— Funciona? – Questionei-o umedecendo meus lábios, vendo-o afirmar lentamente. 

— Com certeza funciona. – Jungkook sorriu malicioso acarinciando minha nuca, indicando que iniciaria um beijo à qualquer momento. 

Como que eu já estava esperando e ansiando por seus lábios aos meus, Jungkook ajoelhou-se no degrau abaixo ao meu enquanto beijava-me vigorosamente. Seu corpo permaneceu entre minhas pernas, e suas mãos deslizavam-se sutilmente pela minha coxa. Eu acho que nunca fizemos e nunca faremos um sexo tão rápido quanto esse que estamos prestes à começar. Eu não sei como o Jungkook fará para matar essa nossa vontade, em menos de dez minutos. 

Jungkook colocou minha peça íntima para o lado cuspindo em seu membro para entrar com mais facilidade.  Sua habilidade de colocar seu membro em minha intimidade com apenas uma mão fazia-me delirar. Delirava-me na mesma velocidade que ele colocava em suas estocadas profundas. Minhas mãos permaneciam em suas costas enquanto eu mantinha meus olhos bem fechados pela intensidade. 

Minha respiração se embaralhou como as cartas do baralho cede pela mesa após serem postas uma acima da outra. Jungkook conhece-me inteiramente, e sabe exatamente em qual dos pontos acertar. Ele escolhe aquele ponto. O ponto que te faz esquecer seu nome, de onde você veio e o que você veio fazer na terra. Só que dessa vez, eu não sei o que aconteceu... Ele não fez-me esquecer do que mastigava meu cérebro. 

“ —  Eu ouvi dizer que todos nós temos um papel nessa vida. E eu sinto muito forte que o meu papel, além de crescer na empresa de meu pai, levando-a para outros países, é acolher-te sempre que precisar. E te amar até quando eu puder te amar. – Suho disse sério, fazendo-me sorrir encarando seus olhos marejados”. 

“ — Você também, S/n. – Jungkook disse amaciando minhas clavículas, como massagem. – Eu não quero perder você por ninguém, e nem quero perder você por algum erro que eu mesmo cometi. Eu realmente gosto de você e provavelmente, tenho dependência emocional. – Jungkook sorriu soprado fazendo-me virar lentamente para ti”.

As vozes dos dois meninos pesaram sobre a minha cabeça, fazendo-me deixar rolar lágrimas superabundantes de meus olhos. Tentei contê-las de uma forma em que Jungkook não fosse perceber. O momento estava tão satisfatório que eu não queria estragá-lo, mas... Jungkook é bom. No mesmo momento em que eu tentei segurar as lágrimas e não mostrar o choro em minha respiração ou em algum barulho, ele notou. Notou antes mesmo de eu pensar em esconder. 

— Me perdoe, Jungkook. – Disse em meio as lágrimas, vendo-o passar sua língua em sua bochecha. – Me desculpa... – Solucei me sentando na escada, vendo-o bufar arrumando sua calça. 

— Está tudo bem. – Jungkook disse baixo acarinciando minhas costas cobertas pelo vestido. – Não sei o que está acontecendo, mas eu prometo que vai ficar bem. – Jungkook suspirou fundo me abraçando forte, apertando-me contra seu peito. 

— Eu não sei se vai ficar tudo bem, Jeon. – Disse com dificuldade, vendo-o me afastar lentamente. – O Suho... 

— O que ele fez com você? – Jungkook questionou-me firme fazendo-me negar rapidamente. – Ele tocou em você? 

— Não, me escuta... – Pedi soluçando enquanto segurava delicadamente em sua mão. – Ele disse que gosta de mim como outra coisa e eu...  Eu sinto o mesmo por ele. 

— Como assim, S/n? – Sorriu desacreditado. – Vocês se conhecem há dois dias, sei lá, e já querem namorar? – Jungkook questionou alterado, fazendo-me chorar ainda mais. – Porra, agora nós podemos ficar juntos, S/n. 

— Não, Jeon. A verdade é que nunca vamos poder, não notou isso? – Forcei a voz limpando os olhos com cuidado, vendo-o sorrir soprado. – Tudo coopera para nós não ficarmos juntos, nunca. Eu te amo tanto, Jungkook... Só que está difícil.

— Eu também te amo, S/n. Eu te amo muito. – Jungkook disse sério enquanto segurava minha face em suas mãos. – Não vai ser fácil, mas também não podemos desistir. 

— Por que o amor tem que doer tanto? Te amar dói... – Questionei olhando ao redor, vendo-o desviar o olhar soltando meu rosto. – Certo dia eu ouvi uma conversa de meu pai com alguém, em sua sala. Eles falavam sobre você, Jeon...

|Flashbacks on|

— É, eu sei que aquele muleque mora no norte, mas você acha que eu me importo? Ora, não seje tão tolo... – Papai riu cínico enquanto falava no telefone, fazendo-me esconder rapidamente atrás do grandioso relógio do corredor. – E a minha filha ama ele, eu acho que a Chloe não deve continuar com ele. Afinal, o que ele poderá oferecer de bom para a minha filhinha? – Papai disse incrédulo, fazendo-me franzir o cenho. – É, ele diz que trabalha em negócios da família, mas o norte só tem traficante, aposto que seja um bandidinho também... Bem, eu estou torcendo para que eles terminem logo. Eu não aguento mais ver minha Chloe amando um vagabundo. 

— Vagabundo? – Questionei baixo encarando o chão, vendo-o colocar a mão na cintura encarando a janela.

— Pode apostar, meu amigo! Ele não me engana e eu jamais passarei a mão na cabeça daquele menino nortista. Tenho certeza que ele tem planos sujos na mente e sua essência me dá nojo. – Papai disse com desgosto, fazendo-me negar desacreditada. – Eu não gosto daquele lugar e eu acabarei com ele aos poucos. O nome dele também está em minha lista. 

|Flashbacks off|

Eu disse que não ligaria para o que meu pai pensa, não é? – Questionei limpando meu rosto, vendo-o assentir. – Mas, uma vez ele conversou conosco na mesa sutilmente, dizendo que irá mandar em nós até nós nos casarmos. E você já sabe as opções que nós temos, não sabe? 

— Mas você não vai casar com nenhum deles, você vai ficar comigo. – Jungkook disse despreocupado. – Eu terminei com a sua irmã pra ficar com você, S/n. Eu quero casar com você algum dia.

— Não é tão simples assim... – Solucei limpando meus olhos com cuidado, vendo-o engolir seco desviando o olhar. – Você não sabe como minha mente está bagunçada neste momento, Jungkook.

— Quer minha presença aqui, ou quer que eu vá embora? – Jungkook questionou olhando para a minha mão, fazendo-me dar de ombros. – Vou ligar para a April e pedir pra vir destrancar nós dois, tudo bem? 

— Sim... – Disse fraco pelo choro, vendo-o retirar o celular do bolso com cuidado. – Eu te amo, tá bom? 

— Tá. – Jungkook sorriu fraco se levantando para atender o telefone. – Oi April, é o Jungkook. 

Bufei me levantando da escada com cuidado, procurando com os olhos um espelho que não seje do lado externo, para eu ajeitar meu cabelo e minha maquiagem, que deve estar incrivelmente borrada. Suspirei aliviada ao abrir a porta do sótão, havia esquecido de um antigo lavabo por  aqui. 

Funguei encarando minha face no espelho, pensando no que eu iria fazer para disfarçar a cara de choro e ajeitar a maquiagem destruída pelas lágrimas. Dessa vez não foi apenas Jungkook que causou meu choro e minha ansiedade, Suho está mais que incluso nisso agora, infelizmente. Minha vida nunca esteve tão confusa e perturbada dessa forma, eu achava que no começo estava ruim... Mas agora, está pior. Sequei meu rosto com um papel higiênico, dando leves batidinhas em minha pele para não retirar as bases que cobriam minha face.

— Achei que vocês iam sair daqui soltando fogos, mas parece que vocês se atacaram com os  fogos, meu Deus. – April arregalou os olhos escorando na porta do lavabo, fazendo-me ignorá-la por completo. – S/n, por que está me tratando assim? Eu não sou culpada por você estar assim. 

— Não, não é. – Disse firme jogando o papel higiênico no lixo. – Na verdade, ninguém é. Acabei de chegar a conclusão de que a verdadeira culpada dessa história toda sou eu mesma. – Bufei apagando a luz passando por ela na escada curta. – Cadê o Jungkook? 

— Saiu, ué. Acha que ele iria ficar aqui? – April questionou óbvia, fazendo-me respirar fundo abrindo a porta do museu, que estava apenas encostada. – Sabe o que você precisa? 

— Uma corda para eu me enforcar na árvore lá fora? – Questionei impaciente ouvindo-a negar puxando meu braço. – Aí! 

— Conversa com alguém que vai saber o que fazer, e que irá te ajudar da melhor forma possível. Se tem uma pessoa que entende do que você está passando, esta pessoa está abaixo de seu nariz e você sabe disso. – April virou-me para o salão movimentado, fazendo-me pairar meu olhar pelas pessoas que andavam e degustavam do buffet sentados. 

Vovó! April realmente está certa. Acho que conversei com todos esta noite, menos com a pessoa que pode ter a resposta na ponta de sua língua. Observei a mesma conversar empolgada com Callie Ballard enquanto bebiam uma boa bebida, pelo jeito. Sorri largamente virando-me para April, deixando um abraço apertado e um beijo demorado em sua bochecha. 

Apertei meus passos na direção de minha avó, enquanto sorria gentilmente para as pessoas que se esbarravam em mim pelo caminho até a mais velha. Suspirei aliviada ao pensar que meus problemas dessa noite poderão se resolver, mas não por completo, é claro. 

— Vovó, eu acabei de transar com o Jungkook e preciso urgentemente da senhora. – Disse baixo no ouvido de vovó, vendo-a parar de tomar seu vinho rapidamente. 

— Você não precisou da minha ajuda para montar em cima dele... Por que precisa de mim agora? – Vovó sorriu colocando sua taça de vinho branco na mesa. 

— Por favor, vovó Genevieve... Eu preciso mesmo da senhora. – Choraminguei apoiando em sua cadeira, vendo-a revirar os olhos se levantando. 

— O que você quer comigo, S/n? Agora é o meu momento de beber e pensar nas oportunidades que eu perdi. – Vovó disse firme enquanto segurava sua taça e sua bolsinha de mão. 

— É sobre isso mesmo, eu realmente preciso de sua ajuda. – Juntei minhas mãos batendo meus pés, observando-a acender um cigarro rapidamente. – Tia Callie, será que a senhora poderia guardar um lugar para mim? Nós voltamos já...

— Aqui no meu ladinho, pode ser? – Tia Callie sorriu batendo na cadeira ao seu lado, fazendo-me afirmar puxando vovó. 

— Tenha modos. Eu estou de salto e você também. – Vovó levou seu cigarro até seus lábios, fazendo-me assentir diminuindo a velocidade enquanto passávamos por algumas pessoas. 

Guiei a mais velha para um dos corredores menos movimentados da mansão. Nossa conversa será confidencial, e quanto menos pessoas estiverem por perto é melhor. Vovó abriu uma das portas do corredor, revelando um quarto antigo, mas extremamente arrumado. Suspirei fundo sentando-me na cama macia, vendo-a se assentar ao meu lado no colchão. 

— Conte-me. – Vovó disse limpando seus lábios úmidos pela bebida. – Por que seus olhos estão vermelhos, e por que precisa de mim? – Vovó tragou a fumaça do cigarro, olhando-me atentamente. 

— Eu estava transando com o Jungkook, meus sentimentos pesaram e eu acabei... Chorando. – Engoli seco vendo-a engasgar com a fumaça do cigarro, olhando-me assustada. 

— Mas, você chorou por qual motivo? Estava ruim ou você está triste? – Vovó questionou franzindo o cenho, fazendo-me negar. 

— Não estava nem um pouco ruim, vovó. Só que, há muitas coisas em minha mente e eu não sei lidar com essas situações. Eu acabei pensando muito e chorei. – Suspirei fundo, vendo-a afirmar alisando seus próprios lábios com seus dedos. 

— E ele? Ficou assustado com o seu choro repentino ou ficou bravo? – Vovó questionou balançando a mão, pedindo para eu falar mais sobre. – Tem homens que ficam putos por isso, acredita? 

— Eu vi que ele ficou um pouco puto com a situação, mas depois ele me abraçou e disse que ficaria tudo bem. – Sorri fraco olhando para o chão, ouvindo-a rir. – Deu para perceber que ele ficou sem entender. 

— Homens só querem uma coisa, S/n. Você acha que eles te amam, e na verdade, só querem transar com você. Não vou generalizar não, mas eu sei que a maioria faz isso. – Vovó riu em negação, apoiando seu cotovelo em sua própria mão. 

— Suho disse que gosta de mim e pelo o que eu entendi de sua conversa, ele pretende namorar comigo. E Jungkook disse que terminou com a Chloe, que também me ama e agora eu não sei o que fazer. – Sorri forçado olhando-a rapidamente. – E antes que a senhora pergunte, eu gosto dos dois. 

— Você mesmo se complica, minha querida. Não está vendo? – Vovó negou colocando sua taça em cima do móvel, fazendo-me suspirar abaixando a cabeça. – Você sabe de quem você realmente gosta, não sabe? 

— Eu já não sei de mais nada, minha avó. Eu não sei de quem eu gosto, não sei quem eu sou e não sei de onde eu vim. – Bufei fechando os olhos com força, sentindo-a abraçar-me de lado. – Por que temos que passar por essas coisas, vovó? Não seria tão mais fácil ficar com quem nós amamos e pronto? 

— Se a vida fosse fácil, nós seríamos muito burros. A vida é para isso mesmo. Nós nascemos, aprendemos durante a vida, praticamos  e morremos com sabedoria, esse é o sentido da vida. Certas situações acontecem para nós aprendermos com ela, e nos fortificarmos cada vez mais. Algumas pessoas, infelizmente, não fazem o que vieram para fazer e acabam ficando por aqui, até acertar. – Vovó disse calma fazendo-me afundar-me em seu abraço acolhedor. – Se você tem um problema, agradeça por ele! Se você usar sua cabeça e sua positividade, você conseguirá tirar muitas coisas boas desse problema. O mar faz ondas altas, mas não permanece agitado para sempre. – Vovó sorriu doce acarinciando minhas costas, fazendo-me sorrir fechando os olhos. 

— Vovó, eu estou com dor de barriga. – Nancy abriu a porta com brutalidade, fazendo-me assustar com a fala da pequena garotinha. – E eu estou com sono. 

— Oh meu Deus, minhas duas netinhas estão dodói. – Vovó sorriu pegando a menor em seu colo, enquanto amaciava sua barriguinha. 

— Eu vou dar uma andada e procurar pelo Jungkook novamente. Obrigada pela atenção, vovó. – Deixei um selar na bochecha da mais velha, enquanto me levantava cuidadosamente do colchão. – E melhoras para você, meu amorzinho. 

— Para você também, irmã. – Nancy disse bocejando, enquanto esfregava seus olhinhos. 

Eu realmente espero, Nancy... Eu espero que tudo possa melhorar e eu conseguir descansar sem peso na consciência. Vovó sempre está correta em suas falas, por isso sempre venho até ela quando meu mundo está prestes á cair. Ela é a melhor conselheira de todas. E nisso, tirei a conclusão de que sim, eu sou a maior culpada dessa situação. Fui eu quem criei sentimentos pelo Jungkook, se não fosse eu, ele também não estaria nesse meio. E e fui eu quem criei sentimentos emocionais pelo Suho, se eu fosse tão focada no que eu quero, eu não teria ligado para sua atenção. 

No final, a culpa é minha...

Suspirei fundo alisando meus braços descobertos, pelo vento frio que batia contra meu corpo, fazendo todos os meus pelos se arrepiarem. Meus olhos desfilaram pelo lado externo da mansão, analisando cada alma presente na entrada, parecia que estavam todos indo embora... Mas não, a festa está longe de acabar. Inclusive, algumas pessoas ainda chegavam na festa, permitindo que eu cumprimente-os em primeiro lugar.  

— Boa noite! Sejam bem-vindos á festa. – Sorri apontando para a porta, vendo-os reverenciarem sorridentes. 

— Onde está seus pais, querida? – A senhora, extremamente elegante, questionou-me serena. 

— Eu não sei muito bem, senhora... – Disse cabisbaixa vendo-a assentir. – Eles estão andando por aí á todo momento, eu já não sei onde eles estão. 

— Iremos procurá-los. Obrigado mesmo assim, S/n. – O senhor, esposo da moça que questionou-me, sorriu sem mostrar os dentes. 

— Aproveitem a festa. – Sorri colocando minhas mãos para trás do vestido, vendo-os assentirem entrando no grande salão. 

Bocejei escorando-me na porta de entrada, enquanto observava as pessoas serem fotografadas e desfilavam elegantemente pelo salão com uma bela taça de bebida nas mãos. Semi-cerrei os olhos ao ver Jungkook acompanhando Chloe, conversando empolgados com algumas pessoas já conhecidas por mim. Ri desacreditada vendo-o deixar alguns selares carinhosos nos lábios da loira, antes da mesma sair acompanhando seus amigos e amigas. 

— Filho da puta... – Cantarolei andando calmamente em sua direção, observando-o pegar um copo de whisky na bandeja do garçom. 

Se eles terminaram, para que beijar na frente de todos? Certas coisas eu realmente não consigo compreender, inclusive este momento. 

— Por acaso esse beijo que eu vi foi de despedida? – Questionei baixo olhando ao redor, vendo-o bufar olhando para o chão. 

— S/n, por favor... Deix- – Cortei-o levantando minha mão fazendo-o engolir seco desviando o olhar para as pessoas ao redor. 

— Espera eu terminar, eu que te peço por favor. – Sorri forçado vendo-o revirar os olhos. – Olha no meu olho e fala que eu não vi o que eu vi, Jungkook. – Disse baixo pegando uma taça de champanhe na mesa posta, sem retirar os olhos dos seus. 

— Você está maluca, S/n. – Jungkook ditou pigarreando enquanto limpava seu terno. – Você lembra que nós não terminamos de conversar sobre isso? E eu acho que você deveria ouvir...  

— Não me chame de maluca, você ainda não me viu maluca. – Disse séria vendo-o rir ladino. – Eu vou ficar com o Suho, e já terminamos conversar. 

— O que? – Jungkook questionou-me incrédulo, fazendo-me sorrir satisfeita. – Tá de brincadeira com a minha cara, S/n? 

— Eu já falei disso, não já? – Negou. – Então estou falando agora então... – Sorri provocativa alisando a boca da taça. – Vou ficar com o Suho e ver no que dá.

— Você está acabando com a sua vida, garota. – Jungkook disse impaciente fazendo-me dar de ombros. – A gente não vai foder mais, S/n. 

— Vamos sim, nós iremos continuar sim. – Disse rapidamente, vendo-o negar mordiscando seu lábio inferior. – Eu estou ordenando, Jungkook. 

— Você vai ter um namorado, e pelo jeito, você gosta desse teu namorado. Para que me ter agora? – Jungkook riu cínico, fazendo-me suspirar cruzando os braços. 

— Por que você fazia o mesmo quando estava com a Chloe? Não sei se posso falar no passado, já que eu vi ao contrário por aqui... – Franzi o cenho confusa, vendo-o sorrir incrédulo.

— Porque eu amo você, e não ela. E sempre foi assim e sempre será. E pra sua informação, gracinha – Forçou a voz. – Nós iremos fingir namoro até eu e você nos assumirmos. Chloe escolheu fazer isso para eu ter mais tempo com você em sua própria casa. Esse é o motivo de nós termos dado um selar forçado na frente das pessoas. Estamos fingindo por você. – Jungkook firmou sua voz fazendo-me arregalar os olhos, surpresa com sua fala. 

— Então ela sabe? – Questionei-o com os olhos arregalados, vendo-o afirmar rapidamente. 

— De tudo. Da mesma forma que eu também sei do que ela anda fazendo. Não vimos o motivo de nós continuarmos num relacionamento falso e decidimos pôr um fim nisso. Na verdade... Há um motivo, e esse motivo é você. – Jungkook brindou seu copo de whisky na minha taça, fazendo-me engolir com dificuldade. 

— Eu te amo, mas eu também te odeio. – Semi-cerrei os olhos bebericando o champanhe, vendo-o dar de ombros sem importância. 

— Eu sei e eu sei. – Jungkook sorriu convencido fazendo-me revirar os olhos em negação. – Eu também te amo... Te amo mais que aquele cara engomadinho que está vindo em nossa direção. – Jungkook disse baixo fazendo-me virar disfarçadamente para frente, vendo Suho caminhar elegantemente. – Não esquece de dizer para ele que iremos transar sempre. 

— Não mexe com ele, Jungkook. – Sorri deixando uma cotovela em sua barriga  encarando Suho vir, ouvindo o moreno rir rodando seu copo sutilmente. 

— Que difícil... – Jungkook disse bebericando seu whisky, enquanto observava Suho sorrir para nós. 

— Jungkook. – Suho sorriu gentilmente enquanto o moreno reverenciou levemente. – Eu posso tirar a minha dama para uma dança? 

— Estávamos conversando sobre um assunto importante aqui, e eu até ia conversar o mesmo com você. – Jungkook sorriu debochado enquanto tocava no ombro de Suho. – Mas acho que a S/n pode te dizer invés de eu contar. Nada melhor do que a verdade mais verdadeira. 

— Estou curioso para saber o que é... – Suho sorriu encarando-me, fazendo-me desviar o olhar para longe. – Posso te pegar, S/n? 

— Claro, Suho. – Sorri finalizando a bebida, entregando a taça vazia na mão de Jungkook. – Te vejo daqui a pouco, “cunhadinho”. 

— Não esquece de contar à ele, cunhadinha. Ótima dança para vocês. – Jungkook sorriu levantando seu copo, fazendo-me sorrir forçado vendo Suho olhar-nos curioso. 

— Em qual ponto você gostaria de dançar? – Suho questionou sorridente, fazendo-me dar de ombros entrelaçando nossas mãos. No inferno. 

Suho não faz ideia do que Jungkook e eu estávamos conversando, e Jeon quis clicar nessa tecla e colocar pitadas de curiosidade na cabeça do Suho. E também, Suho não faz a mínima ideia de que eu topei namorar com ele. Acho que meu nervosismo e minha raiva estava tão grande, que eu ao menos pensei muito no que fazer e apenas falei a primeira coisa que veio em minha cabeça. Eu só não sei, como eu irei explicar para ele que eu quero namorar com ele por dois motivos... Por eu ter mentido e por ter gostado. 

— Posso segurar a sua cintura? – Suho questionou cuidadoso, fazendo-me afirmar rapidamente. 

— Não precisa perguntar, Suho. É uma dança... – Sorri colocando minha mão em suas costas, enquanto deslizava a outra até sua mão. 

— Eu ainda preciso perguntar, vai que você não se sente confortável. Você precisa estar ciente de meus toques, querida S/n. – Suho sorriu puxando-me para perto de ti, fazendo-me sorrir surpresa. 

— Não me acostumei com tamanho carinho assim.  Carinho não é a palavra certa, eu diria... Consideração. – Sorri acarinciando suas costas, enquanto balançavámos lentamente. 

— Posso te fazer uma pergunta? – Suho questionou baixo, fazendo-me afirmar com um pouco de temor pela sua pergunta. – O que Jungkook citou naquele momento? Certamente, despertou-me curiosidade. 

— Ah, não era nada... Jungkook estava só brincando, é o jeito dele. – Menti encostando meu queixo em seu ombro, colando meu corpo ao seu. 

— Acho que você não está sendo muito sincera comigo, S/n. – Suho riu acarinciando minhas costas, fazendo-me rir desencostando meu queixo de ti. – E falando em ser sincera... Você pensou no que conversamos? 

— Eu realmente não estou sendo sincera e sim, eu pensei no que conversamos. – Sorri soprado vendo-o retribuir encarando-me fixamente. – Eu até chorei pensando, para você ter noção. 

— Não acredito, você chorou? – Suho questionou assustado, fazendo-me afirmar lentamente. – Me perdoe por isso, eu não quis... 

— Está tudo bem, já passou. – Suspirei fundo deitando minha cabeça sobre o seu ombro, sentindo o cheiro forte de seu perfume. – Antes de eu reafirmar que eu aceito ter algo com você, eu preciso que você saiba de algumas coisinhas... 

— Sinta-se a vontade para contar-me, S/n. Sempre estou te ouvindo. – Suho disse delicado, enquanto abraçou-me pela cintura. 

— Por onde eu começo... – Suspirei pesado segurando seu braço. – Sabe o Jungkook? – Afirmou. – É o amor da minha vida. Isso soará engraçado mas nós nos amamos e transamos há três meses. Você deve estar se perguntando sobre a minha irmã, mas eles não estão mais juntos. Só que, ele continuará frequentando minha casa por mim... – Disse baixo vendo-o arregalar os olhos. – Bem-vindo a família. – Sorri tocando em seu nariz. 

— Seus pais sabem disso? – Suho questionou rente ao meu ouvido, fazendo-me negar rapidamente. 

— Não, e você não irá contar, né? – Questionei desencostando de seu ombro enquanto encarava sua face branca de surpresa. 

— Jamais, não tenho o motivo de fazer isso. Por mais que seja a coisa mais estranha que eu já ouvi. – Suho sorriu desacreditado, fazendo-me retribuir. 

— Eu gosto de você, gosto da sua presença e sei que você me fará um bem danado. – Sorrimos. – Mas eu amo o Jungkook e a chance de eu conseguir ficar com ele, depois que meus pais souberem que nós fazemos essas coisas, é pouca...

— Quero te fazer bem, S/n. Não precisa me amar, eu não quero te forçar à isso. E também não estou desesperado por alguém ou algo desse tipo, é que eu realmente senti algo forte em você... – Suho disse calmo fazendo-me sorrir alisando sua nuca. 

— Como eu disse que gosto de você e que eu amo o Jungkook, eu espero que você aceite que eu recaía por ele... – Questionei deslizando meus olhos pela sua face, vendo-o desviar o olhar para longe. 

— Acho que nós não precisamos namorar, caso não queira. – Suho indagou sugestivo, fazendo-me franzir os lábios. 

— Uma amizade colorida? – Questionei duvidosa vendo-o afirmar lentamente. – Doeria menos?

— Acho que sim. – Suho sorriu acarinciando minhas costas, fazendo-me retribuir. – Brincadeiras à parte, mas eu acho que poderíamos ter uma amizade colorida. Seremos amigos, as vezes namorados e quando quiser, desconhecidos. 

— Gosto das duas opções, menos da última. Você é muito especial para ser desconhecido. – Sorri fraco. – Acho que todos que passam pela nossa vida não devem ser desconhecido, mas também, alguns não devem ser lembrados. Todos nos marcam com alguma coisa, seja ela ruim ou boa, não é? – Sorri. – Eu com certeza lembrarei de você, senhor Suho. 

— Senhor não... – Suho disse implorável fazendo-me rir enquanto rodava lentamente. – Parece que estou praticando pedofilia quando você me chama de senhor. 

— Me desculpe, é que você tem postura de mais velho. – Ri olhando para o chão, ouvindo retribuir rapidamente. – Mas voltando ao nosso assunto, eu topo ter um relacionamento aberto com você. Ou melhor, amizade colorida. 

— Relacionamento aberto... Eu não havia me lembrado dessa palavra. – Suho sorriu surpreso fazendo-me rir assentindo. – Ótima escolha também, teremos um relacionamento aberto. 

— Será que meu pai ficaria contente em saber que estarmos em um relacionamento? – Questionei olhando ao redor, vendo-o dar de ombros. 

— Ele ficará em saber que estamos em uma relação, mas não aberta. – Rimos. – Mas esse caso ele não precisa saber, e eu ao menos sei se ele precisa saber que estamos querendo ter algo...

— Se você acha que ele não precisa saber... Quem sou eu para contrariar-te? – Disse juntando nossos corpos, deixando minha cabeça repousada em seu ombro direito. 

Tenho que conversar brevemente com o universo sobre essas pedras pesadas e imensas postas em meu caminho. Mas, uma dessas pedras é compreensível e topa qualquer coisa. Eu já esperava essa aceitação de Suho, já que ele deixou claro que aceitaria traições — pelo passado entristecente de seu noivado, de terminado por esse motivo. Jungkook começou a ter uma mínima birra com Suho, porém, eles deverão se dar muito bem. Suho está conosco em suas mãos, ele poderá entregar-nos à qualquer momento de sua vida, principalmente agora. Aceitei esse relacionamento aberto por gostar dele, e especialmente de seu carinho e atenção. Não vejo-o como uma forma de me vingar de Jungkook e fazer-lhe me passar tudo que eu passei perante esse namoro “falso” com a minha irmã. Jamais colocaria Suho como um prêmio, ele é mais que um prêmio. 

Meus olhos percorreram pelo salão enquanto estava sendo acolhida por Suho em seus braços, achando Jungkook encostado em uma pilastra de madeira atrás de nós, nos encarando com uma feição rígida que só ele sabe dar quando está incomodado com algo. Levantei meu polegar para ele esperando-o indentificar que tudo está bem, e logo foi feito. 

Jungkook sorriu sem mostrar os dentes enquanto brincava com o whisky em sua boca, prontamente sorriu com seus dentes brancos indicando estar satisfeito com a minha manifestação. Além de mim, ele também parecia aflito com a minha mentira, que prontamente se tornou uma realidade. 


Eu não sei se isso dará certo, mas eu tenho certeza que no final... Quem sabe.









Notas Finais


O que vocês acharam? Não se esqueçam de compartilhar comigo seus surtos e teorias.

Que capítulo I-N-T-E-N-S-O para escrever, misericórdia. De todos que eu já escrevi, esse foi o mais doido e bagunçado da vida inteira.
Me deu vontade de chorar quando eu estava escrevendo, de sentir tanto o que está acontecendo na fanfic.

Eu não vou descrever como eu costumo descrever, só vou deixar aqui meu mais sincero *c4r4lhambolas* para esse capítulo.

Minha mãe diz uma frase que é bem comum: “o futuro à Deus pertence”. Foi exatamente o sentido que a S/n quis dizer nesse momento final depois de um baile da gaiola misturada com o baile da penha, só câozera nesse capítulo.

Espero que vocês entendam as situações e se ponham nos lugares corretos. Sem mimizar e pedir para correr com a fanfic, pq eu não estou com pressa nenhuma 😌. Não coloco nada atoa, tudo faz sentido bebês.

Vejo vocês no próximo capítulo, beijosss ❤️.


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