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História Break The Rules - (Jeon Jungkook) - 61- She just wanna come back to me.


Escrita por: angelkea e Theyluvbanana

Notas do Autor


Bem-vindos ao kengaral mais conhecido como Break The Rules. Como vcs estão? Eu tô maravilhada com essa estória, meu deus...

Capítulo de hoje é tudo de bom, vocês não tem ideia KKKKKKKKKKKKKKK.
Não vou dar spoiler, mas a capa já faz isso por mim. Sangue vai rolar nessa coisarada.

Vejo vocês nas considerações finais e nos comentários.
Boa leitura, irmãsss ✨.

Capítulo 61 - 61- She just wanna come back to me.


Fanfic / Fanfiction Break The Rules - (Jeon Jungkook) - 61- She just wanna come back to me.

West River, South Side ☬ঔৣ꧂

                                      S/n point of view. 

Clima daqui de casa nunca esteve pior. Depois de ontem, a negatividade apossou de nós e fez-se morada. Parece que fui a única que sentiu com a expulsão de Jungkook de minha casa e da “nossa vida”. Todo instante mantive um silêncio absoluto externamente, mas internamente a minha cabeça metralhava sem parar. Eu deveria sentir medo do Jungkook pelas ameaças ao meu pai, como todos sentiram, mas não. Não senti medo dele, eu senti dó. Conheço o coração dele e de seu avô, lembro das histórias que Dong-hae contou-me sobre o lado Norte das últimas vezes que nós nos vimos. Jungkook não estava fora de sua razão, papai precisou ouvir aquelas palavras. 

Mas eu não vou ser mentirosa e hipócrita de dizer que não estou pensando em tudo. O meu tudo envolve as pessoas que estão ao meu redor, que querendo ou não, eu amo. Nesta altura do campeonato eu não deveria estar pensando nelas, nas pessoas que me fizeram chorar todas as noites de exaustão. Eu deveria pensar em mim. Eu deveria pensar na minha vida e no que realmente é para mim. 

— Como você está, minha princesa? – Vovó sentou-se na beirada de minha cama, fazendo-me dar de ombros me sentando. – Trouxe um chá para você. 

— Obrigada. – Sorri fraco bebericando o chá de Jasmine, vendo-a se ajeitar olhando ao redor. – Eu estou tão irritada com tudo, a senhora não tem ideia. E a minha vontade é de acabar com tudo hoje. 

— Acabar com tudo? – Vovó franziu o cenho olhando minhas mãos, fazendo-me afirmar rapidamente. 

— Eu estou brava com a Chloe, com o Ian, com meu pai e todos os que fazem eu me sentir mal. Eu estou planejando ficar com o Jeon, vovó. Eu quero ficar com ele. – Disse baixo vendo-a sorrir segurando minha mão. – A senhora me ajuda? 

— Em que? – Vovó sorriu acariciando minha mão, fazendo-me sorrir me levantando. 

— Jogar a merda toda no ventilador. Se meu pai não me expulsar de casa depois de tudo, eu mesma irei ir embora. – Retirei minha bolsa de roupa de cima do closet, jogando-a no chão. 

— Quantas merdas você quer jogar? – Vovó sorriu trancando a porta do closet, vendo-me saltar da escada com um sorriso satisfeito em meu rosto. 

— Todas. – Virei-me para a mesma animada vendo-a rir caminhando pelo meu closet. – Eu farei tudo e de tudo para ficar com o Jungkook e ter a minha felicidade. Único problema é que... Eu estarei na casa do Dong-hae. 

— Que se dane ele, eu irei ver a minha neta. – Vovó retirou minha jaqueta de couro do armário, abrindo-a. – Tive uma ideia... 

— Vovó, a senhora irá se meter nisso mesmo? – Caminhei imediatamente em sua direção, segurando suas mãos. 

— O que poderá acontecer comigo? – Riu vitoriosa. – Eu que tenho poder sobre essa casa e sobre o seu pai, esqueceu? – Vovó jogou meu cabelo para trás de meu ombro, fazendo-me assentir. – Você realmente quer fazer isso? 

— É o que meu coração está mandando, minha avó. E é o que está entalado em minha garganta desde que eu nasci. 

— Há muito céu lá fora para pássaros corajosos. E você é um deles. – Vovó sorriu deixando um selar na ponta de meu nariz, fazendo-me sorrir abraçando-a. – Você é igual a mim. 

— A senhora fez algo assim? Decepcionar seus pais em pleno jantar comunal? – Sorri vestindo minha jaqueta de couro, vendo-a afirmar dobrando minhas roupas. 

— Eu surtei quando eles disseram que eu não poderia ficar com o Dong-hae. Surtei muito. Só que no meu caso... Não deu nada certo. – Vovó suspirou fundo guardando as roupas na minha bolsa.

— Espero que o meu dê. Não vejo a hora de meter o pé daqui. – Retirei meu cabelo de dentro de minha jaqueta enquanto analisava meu corpo por inteiro. – Assim está bom? 

Vovó sorriu olhando-me por completo. Desde a minha bota coturno até o meu cabelo liso. Eu já estava pronta há bastante tempo. Pensei e repensei diversas sobre qual roupa eu poderia vestir para esse jantar. Avaliei os momentos e as características da , e a minha melhor e única opção era essa. Calça de couro preto, jaqueta de couro preta, blusa de segunda pele preta e um coturno preto nos pés. A treva já está em nossa casa, mas meus pais conseguem fingir tão bem que ao menos irá aparecer para as duas famílias. Só que, eu já fui de fingir muito. A treva se tornou a minha aliada. 

— Bom, já estou pronta. – Suspirei aliviada esfregando minhas palmas em minhas pernas vendo vovó sorrir fechando minha mala. 

— E sua mala também. – Vovó sorriu colocando minha bolsa no seu antigo lugar, só que dessa vez, cheia. – Eu estou com uma dor no coração antes da hora, minha filha. 

— Eu também, vovó. Eu me importo tanto com você e com a Nancy, que me dói lembrar que ficarei sem ver vocês todos os dias. – Abracei a mesma com força, sentindo-a acariciar minhas costas. – A senhora não irá me visitar todos os dias, né? 

— Pelo Dong-hae? – Afirmei. – Imagina... É claro que eu irei ver você todos os dias, e inclusive, levarei Nancy quando eu puder. – Sorri. – Dong-hae não me assusta não, e se a minha neta estará em sua casa, é de minha obrigação pisar naquela residência. 

— Promete? – Desfiz nosso abraço segurando em seus braços, vendo-a afirmar rapidamente. 

— Eu te amo tanto, minha cópia. – Vovó suspirou fundo alisando minhas costas, antes de soltar-me abanando seus olhos. – Irei ver como está indo o jantar e logo venho te chamar para descer, tudo bem? 

— Está bem! Se April já estiver chegado, peça para ela subir? – Sorri fraco fechando as portas de meu closet, para esconder os cabides vazios, vendo-a afirmar abrindo a porta. 

É, S/n Murder, já está feito. Jungkook ao menos imagina que eu pretendo ir para a casa dele. Torço fielmente para meu pai me deserdar com as revelações e expressões de hoje, na frente de todos. Com sua expulsão, poderei ficar com o Jungkook por um longo tempo, finalmente. Ja sinto uma dose de adrenalina correr em minhas veias, fazendo-me arrepiar por completo enquanto encarava a entrada da casa pela janela de meu quarto. 

Eu esperei tanto por esse momento. Agradeço Jungkook por ter dado abertura no show de verdades e ele será finalizado da melhor forma possível. Eu só preciso de um tempo certo, que pelo o que eu já imagino, toda hora será a hora. 

— Vai dar tudo certo. – Suspirei fundo amaciando minhas mãos enquanto matinha meus olhos bem fechados. – Aí, por que eu estou fazendo isso? – Murmurei olhando ao redor.

☬ঔৣ꧂


Senti os olhos de alguns queimarem-me por completo, repudiando minha aparência sem disfarçar. Já outros, como vovó, os Ballard's e os irmãos Oh, olhavam-me com um sorriso fixo em seus lábios. Conseguia sentir o orgulho de minha avó de onde eu estava, e só aumenta com o meu andar pela sala de jantar, direcionando-me para o meu lugar naquela mesa tóxica. 

— Boa noite para todos! – Sorri amigável me ajeitando na cadeira, recebendo o sorriso forçado de alguns e o sorriso verdadeiro de outros. 

— Filha? – Mamãe disse baixo fazendo-me olhar atentamente para a mesma. – Onde está suas vestes? Não acha muito radical para você essas roupas? – Mamãe sussurou apontando para a minha vestimenta, fazendo-me negar seguindo seu olhar. 

— Não, eu gostei assim. – Sorri me endireitando na cadeira, ouvindo a conversa paralela dos demais. 

Meus olhos percorreram a mesa com atenção, vendo Chloe olhar-me com desgosto, assim como Ian. Firmei meus olhos no loiro que eu não via há tempos, última vez foi quando Jungkook quebrou a cara dele na escola e isso já faz alguns meses. Papai se levantou com sua taça na mão para fazer o brinde do jantar e dizer suas mentiras que já estou cansada de ouvir. 

Peguei a taça em minha mão com preguiça, vendo April sorrir observando-me. 

— Já que estão todos aqui... Quero fazer um brinde à família. – Papai sorriu olhando para todos na mesa. – Nossa tradição viva e que não morreu. Quero também brindar a nossa mais nova conquista da fábrica no Norte, e brindar a presença de Sehun e Suho em minha casa. Infelizmente ambos estarão indo embora amanhã, não é? – Papai disse cabisbaixo fazendo todos nós olharmos para os citados. 

— Pois é... Precisamos voltar para os nossos trabalhos. O passeio foi ótimo para mim, e muito especial. – Suho sorriu olhando-me atentamente, fazendo-me sorrir abaixando a cabeça. – Aprendi muitas coisas novas e levarei esses aprendizados para a vida inteira. Inclusive, a pessoa que me ensinou. 

— Suho é um ótimo rapaz, assim como Sehun. Eu adoraria tê-lo como genro, e pelo visto, S/n tem uma boa relação com ele. – Mamãe sorriu ladino fazendo-me rir acompanhada dele. 

— É verdade, pois o outro genro de vocês... Com todo respeito, é claro. – Fiona revirou os olhos colocando sua mão na mesa, fazendo-me bufar desviando o olhar. Perdeu o respeito falando isso. 

— Não vamos trazer aquele marginal para o nosso jantar tão agradável. – Papai tossiu erguendo a taça. – Um brinde à nossa família e ao nosso legado, que está sendo cumprido com muita dedicação e esforço. 

Papai ergueu a taça para o alto, fazendo com que todos – menos eu –, chocassem suas taças com a benção de suas falas. Ignorei o brinde deles e virei o vinho branco em minha boca de uma só vez, sem esperá-los. Odeio que falem de outra pessoa sem que a mesma esteja ali para se proteger, mas eles não possuem o mesmo pensamento que eu. A maioria daqueles cérebros são sujos. Recheados com preconceitos, barbaridades e imoralidades. Se algum dia eu for como eles, eu prefiro morrer. 

— Nossos pequenos terminaram a escola e estarão ingressando-se na faculdade. Como o tempo passa rápido, né? – Callie franziu os lábios olhando para nós, tendo a afirmação de minha mãe e de Fiona Monroe. 

— Nesta sala só vejo pessoas brilhantes. – Mamãe sorriu bebericando seu suco, enquanto olhava para nós.

— Não há nenhum nortista, não está vendo? – Fiona brincou arrancando risadas de alguns, mas calando muitos. Principalmente os Ballard's, que têm um nortista na família. – Me esqueci que o namorado da April é um nortista, mil perdões. 

— Creio que você quis se referir ao Jungkook, certo? – Afirmou. – Não sei como Chloe, essa menina incrível e grande, se interessou por uma pessoa tão baixa como ele. – Papai negou cortando a carne fazendo-me suspirar fundo olhando para minha avó, que pedia para eu esperar. 

— Não sei onde eu estava com a cabeça, papai. Eu me arrependo de ter gostado e ter me envolvido com ele. – Chloe negou enojada, fazendo-me rir baixo. 

— Por isso você é a minha Chloe. – Papai sorriu orgulhoso. – Eu apenas aturava ele pela minha filha, mais nada. Nunca gostei e sempre desconfiei de sua pessoa. 

— Lembro-me da vez em que ele bateu em Ian, achei aquilo tão baixo que não acreditei que o autor dos hematomas em meu filho era o seu ex-genro. – Bruce irritou-se ao se lembrar, vendo meu pai afirmar. – Um insolente. 

— Agressivo, além de tudo. – Mamãe negou dando aspargos para Nancy comer. – Já pensou ele te bater, minha Chloe? 

— Nem me fale, mamãe, eu morro de medo. – Chloe arrepiou-se fazendo todos negarem com desgosto. Enquanto os que sabiam, permaneceram em um silêncio absoluto. – Jeon Jungkook foi uma pedra em meu caminho, nada mais que isso. 

— E a S/n é amiga dele, não é? – Ian franziu o cenho olhando-me desafiador, fazendo-me engolir rapidamente. 

— Ainda bem que ela tem ótimas influências para andar. Chloe é tão inteligente e próspera. E Ian, um menino de ouro. April é... April é melhor amiga de S/n, companheira para todas as horas. – Papai sorriu bebendo seu vinho fazendo-me franzir o cenho encarando-o. – Proibi S/n e todas as minhas filhas de conversar com aquele Jungkook. 

— E fez certo, Frederic. Além do mais, ele só poderia trazer desgraça para o seu sobrenome. – Bruce tocou no braço de meu pai, fazendo-o afirmar rapidamente. 

— Será que podemos não falar do Jeon? Ele não está aqui para se defender e não merece receber tantas palavras ruins. – Disse alto vendo-os me olharem atentamente, alguns desconfiados com o meu pronunciamento. – E basta lembrar que, às vezes, a forma como você pensa sobre as pessoas não é a maneira como elas realmente são.

— Por que defende-o, S/n? – Papai franziu o cenho olhando-me, ouvindo Chloe rir alto. – O que há? 

— Será que eu devo contar? – Chloe franziu os lábios tocando em sua taça, fazendo-me dar de ombros me levantando. 

— Não se eu contar primeiro. – Sorri me apoiando na mesa decorada. – Chloe não é nada do que pensam. Ela não é santa, não é inteligente e não é sua princesinha, pai. – Disse calma vendo-a engolir seco. – Eu já estou cansada de ouvir você bajulando-a o dia inteiro sabendo que ela não é nada disso. Vocês só tem olhos para ela e não vê o que eu sou. – Ri. – Mas os olhos de vocês não enxergam o que os meus vêem. 

— S/n. – Chloe repreendeu-me firme fazendo-me sinalizar silêncio. – Você está morta. 

— Estou mesmo, Chloe. Há muito tempo. – Disse impaciente. – Chloe faz menage com dois garotos da faculdade. Ela ainda não terminou esse relacionamento à três que satisfaz ela com todo prazer do mundo. Afinal, quem não se satisfaria transando com dois meninos ao mesmo tempo? – Sorri soprado vendo-a se levantar rapidamente, irada. – Ela traiu o Jungkook desde o começo. Essa é a verdade. 

Os olhos de todos acompanhavam-nos, como se estivessem assistindo televisão. Papai olhava para Chloe com atenção, como se estivesse caindo na real sobre a sua filha, mas tenho certeza que não será nada mais do que retirar o cartão de suas mãos. Mamãe tentava me repreender com: “seus modos”. Mas meus modos estão no inferno. 

— Pelo menos eu não transei com o seu namorado, como você fez com o meu e continua fazendo com ele. S/n dá para o Jungkook desde quando nós namorávamos. – Chloe gritou apontando para mim, causando um choque em todos. – E a viagem que tivemos para a Irlanda foi irreal. Na verdade, foi irreal para mim. S/n e Jungkook viajaram para a Irlanda enquanto eu fiquei em Los Angeles. As histórias legais que vocês ouviram foram dos dois, enquanto eu fui obrigada e paga para mentir para vocês. 

— Isso é verdade, S/n? – Papai questionou desapontado vendo-me encarar o sorrisinho cínico de Chloe. 

— Sim. – Afirmei sem medo vendo-os se chocarem ainda mais. – Eu não me arrependo de um segundo que passei ao lado dele nesses últimos meses, afinal, eu amo o Jungkook e ele retribui isso da melhor forma possível. Ele consegue me dar o que eu não recebi a vida inteira. Amor. E eu estou pouco me fudendo para o que vocês acham de nosso namoro. Eu irei continuar com ele e continuarei dando para ele. – Sorri olhando para Chloe, vendo-a morder seus lábios com raiva. 

— Isso é coisa de puta, e é isso que você é. – Ian disse alto se levantando recebendo os olhares assustados de todos. – Eu sempre desconfiei de vocês desde o começo. Você não sabe com quem está se envolvendo e se entrega tão fácil para um bandido. – Sorri em negação encarando todos. 

— Aí meu Deus... Traz um prêmio para o ator maravilhoso que você é, Ian. – Ri cruzando os braços. – Não contou para os seus pais que você usa droga? E essa droga se chama cocaína. E que você tem trazido traficantes verdadeiros da cidade vizinha para West River? – Disse explícita vendo todos se assustarem ainda mais com a revelação, agora, de Ian. – Pois é, Monroe's. O Ian é o maior drogado da escola. Capitão do time e capitão do pó. 

Suspirei satisfeita vendo que todos já estavam horrorizados o suficiente para eu cessar minhas falas. Um peso enorme saiu de minhas costas e caiu sobre a mesa, quebrando-a em pedacinhos. O clima daquela sala estava tão pesado e tenebroso, que causava-me um certo calafrio. Papai se levantou com pressa, mostrando-se humilhado perante todos e bastante irritado com o que aconteceu. E claro, seus olhos estavam sobre mim. 

— S/n, saia dessa sala agora. – Papai disse firme apontando para a porta fazendo-me afirmar chutando a cadeira para trás. 

— Eu não me encaixo nessa família, não perceberam? Eu sempre tentei me encaixar, mas o tempo só mostrou que não nasci para ser uma Murder. – Gritei arrastando a cadeira com brutalidade, vendo Suho se levantar para me acalmar. 

— S/n, faz o que seu pai te pediu e se você quiser eu... – Suho acariciou meus ombros fazendo-me olhar para suas mãos com lentidão. 

— Eu vou sair. – Disse baixo mas logo elevei meu tom. – Mas só para vocês não se esquecerem, eu não irei casar com o Suho. Então por favor, parem de tentar jogar ele para cima de mim. – Disse impaciente retirando as mãos de Suho de meu corpo, vendo papai bater na mesa com força. 

— Você está trazendo vergonha para a nossa família, S/n. Você está quebrando todos os nossos princípios familiares e você não irá ficar com o Jungkook, como você deve estar cogitando. – Papai gritou fazendo-me rir mordiscando meu lábio inferior. 

— Eu já tenho dezoito anos, esqueceu? Na verdade, você ao menos lembrou quando eu fiz aniversário. Por que está se importando agora? – Questionei incrédula. – Eu já sei o que fazer. 

— Te dou duas opções, S/n Murder. – Papai disse irado enquanto mamãe tentou reeprendê-lo, mas era tarde de mais para a raiva já ter tomado conta dele. – Ou você termina com aquele moleque, ou você está oficialmente expulsa desta casa. 

— Expulsa? Você não pode fazer isso. – Mamãe disse em negação, fazendo-o levantar a mão reprendendo-a. 

— Expulsa... – Sorri satisfeita vendo-os discutirem esperando minha resposta. 

Suspirei fundo encarando a minha avó e a minha melhor amiga, que me encaravam com a resposta em seus olhos. Elas eram as únicas pessoas que queriam verdadeiramente o meu bem dentro daquela sala de jantar. 

— Era isso que eu queria ouvir, papai. A sua expulsão. – Disse séria vendo-o afirmar apontando para fora de casa. – Irei pegar as minhas coisas. Só mais uma coisa... – Virei-me para eles vendo-os olharem-me atentamente. – Essas são as virtudes que eu aprendi com a Chloe na viagem que não aconteceu, papai. Essa é a filha que você tem. 

Sorri fraco vendo minha avó e April levantarem-se com pressa de seus assentos, disparando seus passos até mim enquanto eu subia as escadas extremamente feliz por ter sido expulsa de casa. Coisa que apenas eu sinto. Respirei aliviada ao entrar em meu quarto, enquanto eu ria com uma felicidade imensa em meu peito, colocando o resto das minhas coisas em uma mochila grande. 

— S/n, você está bem? – April disse em meio as bufadas pelas escadas, vendo-me afirmar com um sorriso enorme nos lábios. – Você foi expulsa, para onde você vai? 

— Para a casa do Jungkook. – Vovó sorriu colocando minha mala na cama, fazendo-me afirmar sorrindo. – Quando quiser ir lá, me fala que vamos juntas. 

— Vocês combinaram isso desde o começo? – Afirmamos. – Como tinham tanta certeza de que você seria expulsa de casa? 

— Até parece que você não conhece meu pai. – Revirei os olhos colocando minha mochila com os meus pertences nas costas. 

— Você foi fantástica, eu amei a cara deles. – April pulou animada em minha direção, abraçando-me forte. – Você simplesmente soltou a bomba e boom. 

— Mas a bomba também me pegou. – Rimos. – Minhas costas está agradável agora. Nunca senti tão bem quanto hoje. – Suspirei aliviada limpando meus ombros antes de pegar a mala nas mãos de Vovó. – Agora eu vou... 

— Quem vai te levar? – April questionou olhando-me de cima a baixo, enquanto ambas me seguiam para fora do quarto. 

— Eliott. Vou pedir para ele me deixar na casa do Jungkook e não dizer onde eu estou, se alguém perguntar... – Desci as escadas com pressa encarando a porta da sala de jantar, que estava bem fechada. – Não irei me despedir de vocês, pois sei que nos veremos logo. 

— Amanhã mesmo irei te ver. – Vovó sorriu deixando um selar em minha testa. – Vá com Deus, tá bom? 

— Obrigada. – Sorri olhando as duas me minha frente, que se abraçaram ao ver-me abrir a porta. 

E é nesse momento que a ficha cai inteirinha em minhas mãos. Realmente está acontecendo a minha mudança surpresa para a casa do Jungkook, e realmente aconteceu a minha expulsão de casa. Aconteceu a briga, expressei meus sentimentos e contei tudo o que tive vontade. Arrependimento não consegue ao menos se aproximar de mim. A exaustão havia ido embora, fez-me sentir um sentimento novo, que eu nunca havia sentido anteriormente. Acho que o nome disso é satisfação. Uma chuva repentina começou no momento exato que pisei no chão de pedras de casa, fazendo-me acelerar meus passos para dentro do carro de Eliott. 

— Para esse endereço aqui, por favor. – Mostrei o endereço de Jungkook para Eliott, que entreolhou o meu celular e a minha face pacífica diversas vezes. 

— Para o Norte? – Eliott questionou-me dando partida, fazendo-me afirmar. – Por que? 

— Eu acabei de ser expulsa de casa. – Sorri apoiando-me no banco ao lado do dele, vendo-o olhar-me assustado. – Vou sentir sua falta. 

— Como assim você foi expulsa? Senhor Murder te expulsou? – Eliott questionou-me incrédulo fazendo-me afirmar observando as ruas passando pela janela. 

— Soltei algumas verdades na cara de todos daquele jantar e agora estou indo morar com o ex-namorado da minha irmã. – Inclinei-me entre os dois bancos para pegar uma água, vendo-o olhar-me assustado. – Finalmente. – Suspirei aliviada vendo-o negar. 

— Você está feliz por ter sido expulsa? – Afirmei. – Como assim, senhorita S/n? 

— Você conhece-me, Eliott. Sabe exatamente o que eu passava todos os dias dentro daquela casa com aquelas pessoas, e agora, eu estou feliz pois conseguirei recuperar minha saúde mental perdida durante dezoito anos. – Abri a água olhando para a janela ao meu lado, ouvindo-o assentir rapidamente. 

— Eu estou bem surpreso com isso. Ontem foi o Jungkook e hoje você... Pelo menos vocês ficarão juntos. – Eliott sorriu olhando-me através do espelho. – Ele sabe que você está indo para lá? 

— Nem imagina. – Sorri. – Eu queria contar à ele segunda, quando chegamos. Queria contar que mudei de ideia sobre a faculdade e queria ficar em West River para ficar com ele.  Não deu muito certo segunda e nem ontem porquê ocorreu tudo aquilo. Mas, não só irei contar como irei aparecer de mala na casa dele. – Fechei a garrafa colocando-a no suporte ao meu lado, vendo-o afirmar com os lábios franzidos. 

— Você é corajosa, senhorita S/n. Reconheço a sua força extraordinária pois não são todos que conseguem aguentar tanta pressão assim. E você não se calou perante tudo. –  Eliott sorriu cortando alguns carros, fazendo-me notar que já estávamos perto da residência de Jungkook. 

— Eu estava tão exausta que não sabia o que era se sentir realmente feliz, sabe? – Coloquei a minha bolsa em meu colo enquanto ajeitava a mochila em meu ombro. – Mas eu estou tão satisfeita que parece ser um novo sentimento. 

— Foi uma mudança agressiva, mas eu torço pela sua felicidade. Você merece tudo de bom e merece ser feliz. – Eliott sorriu estacionando o carro na frente da casa de Jungkook, fazendo-me sorrir empolgada. 

— Obrigada pela conversa, Eliott. Você sempre será o meu motorista favorito. – Sorri deixando um selar em sua bochecha, vendo-o assentir. – Não diga para ninguém sobre o meu paradeiro, por favor...

— Pode deixar, senhorita S/n. Os seus segredos sempre estarão guardados comigo. – Eliott beijou seus dedos, fazendo-me rir fechando a porta. 

Acenei para ele de longe enquanto caminhava pelo caminho de pedra da casa de Jungkook. Suspirei fundo encarando a enorme casa em minha frente, agora já estava feito e não tem como eu voltar a trás. Mas também, quem iria querer? Ninguém. Toquei a campainha de sua casa com cuidado esperando-a ser aberta no canto, e torcendo imensamente para ser ele quem abrisse. Assim, a surpresa seria ainda maior. Despertei-me de meus devaneios acordada ao ouvir a tranca da porta ser desfeita, e ela logo ser aberta com agilidade por aquela pessoa. 

— S/n? – Jungkook questionou confuso olhando para a grande bolsa em minhas mãos e para a mochila em minhas costas. – O que aconteceu? 

— Que saudade. – Pulei em seu colo apertando-o forte contra o meu corpo, deixando um suspiro aliviado ao sentir o seu calor novamente. – Eu fiz aquilo, Jungkook. 

— Você está molhada. – Jungkook alisou meu rosto com cuidado olhando ao redor. – Entra, por favor. – Jungkook deu espaço para eu passar retirando a bolsa pesada de minha mão direita enquanto fechava a porta da frente com o pé. 

Sorri para alguns dos meninos que estavam na escadaria vendo-me com os olhos surpresos. Confesso que até eu estou surpresa por estar ali, no lado abominado pelo meu pai e com a pessoa que eu jurei nunca me relacionar de qualquer forma. 

— S/n! – Jimin sorriu abraçando-me forte, fazendo-me bambear para trás envolvendo meus braços em suas costas. – Vai passar uns dias aqui? 

— Uns dias que eu não sei quando irá acabar. – Sorri vendo Jungkook colocar a bolsa ao meu lado, com suas mãos em sua cintura. – Fui expulsa de casa para a informação de vocês. 

— Você foi expulsa de casa? – Taehyung arregalou seus olhos caminhando em minha direção, fazendo-me afirmar. 

— Estava tendo o jantar com as duas famílias, e estavam falando muito mal do Jungkook e eu, como namorada dele, não gostei. – Sorri vendo-o revirar os olhos. – Disse tudo que eu sei sobre cada um daquela mesa e resultou em minha expulsão. 

— April está lá? – Afirmei.

— Ela achou incrível. – Rimos. 

— É claro, April... – Taehyung sorriu sentando-se no braço do sofá. – Vovô irá amar saber que você está morando conosco. 

— Todos nós amamos. – Namjoon disse empolgado fazendo-me sorrir. – Será legal ter a presença de uma mulher em casa, ainda mais sendo você. 

— Onde está o Dong-hae? – Jungkook franziu o cenho olhando para o corredor da cozinha, fazendo-me olhar para o chão pegando minha mala. – Falem para ele sobre a S/n que nós iremos subir para deixar as coisas dela no meu quarto. 

— Você comeu alguma coisa, S/n? – Hoseok questionou vendo-me subir as escadas com Jungkook. 

— Claro que comeu, foi um jantar. – Yoongi bateu na cabeça de Hoseok, fazendo-me rir. – A não ser que...

— Eu estou bem, meninos. – Ri. – Obrigada pela preocupação. 

Neguei sorrindo enquanto terminavamos de subir as escadas da casa de Jungkook, onde dava espaço para um longo corredor começar. Não conhecia a casa do Jungkook, apenas a cozinha e a sala, onde vim pela última vez. Sei que com esse tempo, irei conseguir conhecer tão bem quanto eles conhecem. 

— Aqui é meu quarto. – Jungkook sorriu abrindo a porta, dando-me espaço para entrar em um quarto tão bem moderno e arrumado. 

— Seu quarto é jovem. – Sorri colocando minha mochila no quanto, enquanto andava pelo quarto grande. – E muito bonito. 

— Sim... – Jungkook disse baixo caminhando em minha direção, fazendo-me virar para ti rapidamente. – Você está aqui. – Jungkook sorriu abraçando-me forte, fazendo-me afirmar retribuindo. 

— Nós conseguimos, viu? – Segurei sua face em minhas mãos, vendo-o afirmar deixando vários selares em meus lábios. – Não vamos brigar pois não tenho para onde ir agora. – Sorrimos. 

— Não há motivo mais, não é? – Jungkook sorriu envolvendo minha cintura enquanto olhava-me com cuidado. – Você vai ser sempre bem-vinda para ficar um tempo ou para sempre, se quiser.

— Obrigada por ser meu refúgio. – Sorri aliviada acariciando sua face, sendo guiada por ti para a sua cama. – Tenho certeza que eu serei muito feliz morando aqui, com vocês. – Sorri sentando em seu colo, vendo-o sorrir alisando minha calça de couro. – Eu fiz tudo com o seu traje. 

— Eu estou vendo. – Jungkook sorriu olhando minha roupa de couro. – Você fica ainda mais bonita assim, sabia? – Jungkook sorriu olhando diretamente para os meus lábios, fazendo-me semi-cerrar os olhos acariciando sua nuca. 

— Eu fiquei sabendo agora. – Sorri deixando alguns selares em seus lábios, vendo-o endireitar-me em seu colo. – A porta. 

— Eu tranquei. – Jungkook disse excitativo fazendo-me sorrir retirando minha jaqueta de couro. 

Jungkook ajeitou-me em seu colo iniciando um beijo caloroso entre nós, tornando aquele quarto cinza e moderno em uma verdadeira geena. Sua mão direita deslizava sobre a minha coxa coberta pela calça de couro com posse, enquanto sua mão esquerda tinha o controle de meu pescoço. Movimentei-me levemente em seu colo, sentindo-o arfar entre o nosso beijo, levando-me à um sorriso fetuado. Jeon notou meu sorriso disfarçado deixando uma mordida arrastada em meu lábio inferior. 

— Você... – Jungkook semi-cerrou seus olhos fazendo-me rir afundando meu rosto em seu pescoço. 

— Jeon? Está aí? – A voz de Dong-hae fez-me olhar para Jungkook rapidamente, saindo de seu colo. 

— Estou. – Jungkook disse alto se levantando da cama, ajeitando sua calça de moletom em seu corpo. – Só um instante. 

— O que foi? – Sussurei pegando minha jaqueta no chão, vendo-o olhar ao redor sem saber o que fazer. 

Jungkook abriu a porta de seu quarto com agilidade, fazendo-me sorrir vendo Dong-hae nos olhar com um sorriso desconfiado nos lábios. 

— Eu já sei, você já teve a nossa idade. – Jungkook bufou jogando seu cabelo para trás vendo o mais velho se render andando em minha direção. 

— Eu disse algo, S/n? – Dong-hae franziu o cenho olhando-me fazendo-me negar rapidamente. – Que alegria ter você aqui conosco. Se seu pai não te quer mais, nós te queremos. 

— Eu ia avisar sobre a minha vinda, mas eu pensei que fazer surpresa era ainda melhor. – Sorri abraçando-o levemente, vendo -o afirmar. – Só tem um porém, Senhor Jeon... 

— Um porém? – Dong-hae brincou com as mãos na cintura com um sorriso em seus lábios. 

— Você terá que ver Genevieve Murder-Winfield por um bom tempo em sua casa todos os dias. – Sorri olhando-o de canto de olho, vendo Jungkook sorrir caminhando em nossa direção. 

— Genevieve virá te visitar todos os dias, S/n? – Jungkook sorriu malicioso encarando seu avô, fazendo-me afirmar lentamente. – Que legal saber disso, não é, Jeon Dong-hae?

— Por mim tudo bem. – Dong-hae disse despreocupado fazendo-me sorrir encarando Jungkook. – Contando que ela não venha me atacar todos os dias e mantenha a paz nessa casa. Porque você sabe, a sua vó é um furacão. 

— Eu sei. – Sorri olhando para o chão ouvindo-o rir. – Eu farei de tudo para isso não acontecer. Acho que será até bom para vocês dois.

— Você acha? – Dong-hae riu e eu afirmei. – Bem, não quero me precipitar, mas nós retornaremos para o ano de 1975. – Sorrimos. 

— Meu Deus, que velhos... – Jungkook negou sorrindo enquanto Dong-hae cessou seu sorriso com um olhar mortal, fazendo-me rir apoiando na cadeira de estudo.

Finalmente eu havia encontrado o lugar em que o único sentimento que sinto é felicidade. E a única emoção que eu tenho é rir das mínimas coisas que acontece. Acho que toda alegria do mundo estava esse tempo todo bem aqui, nesta casa, com essas pessoas. 

Enquanto eles não se conscientizarem, não serão rebeldes autênticos e, enquanto não se rebelarem, não têm como se conscientizar”. 




 



























Notas Finais


O que vocês acharam? Não se esqueçam de compartilhar comigo seus surtos e teorias.

QUEM AMOU? KANSJAJSNSJAAJSNJAAJS.
AAAAAAAAAA EU QUERO BERRAR, OBRIGADA SENHOR.

S/n quebrou tuuuuuuudo nesse jantar e eu tô-----------------.
Não tenho nem o que falar, só agradecer a Deus por esse momento ter acontecido.

S/n foi ainda morar com o motivo da discussão KKKKKKKKKKKKK. Meu Deus, que delícia.

Os próximos capítulos serão tão bons, vocês ao menos imaginam a vibe.
Terá também encontro de Dong-hae e Genevieve, heinnnn. Já que ela vai visitar a neta todo dia, imaginem como será... 👀

Aí, eu estou tão feliz por eles. Acho que esse final foi a parte mais cute de tudo.
S/n conseguiu fazer tudo que quis. Surpreender o Jungkook, morar com ele, soltar a bomba na casa dela, ser expulsa e ter sua liberdade. 😭

Vejo vocês no próximo capítulo, beijosss ❤️.


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