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História Break The Rules - (Jeon Jungkook) - 8- I need somebody to pull me out of this grave I've filled.


Escrita por: angelkea e Theyluvbanana

Notas do Autor


Olá pessoas, como vocês estão?
Eu estou muito bem e espero que vocês também.

Tudo que é bom dura pouco e o exemplo principal é esse feriado emendado no final de semana 🥺. Parecia até férias, de tão bonzinho. Aproveitei para continuar a fic, aqui a gente não para.
Mas, back to back irmãs.

Vejo vocês nas considerações finais e nos comentários.
Boa leitura, irmãs ✨.

Capítulo 8 - 8- I need somebody to pull me out of this grave I've filled.


Fanfic / Fanfiction Break The Rules - (Jeon Jungkook) - 8- I need somebody to pull me out of this grave I've filled.

West River, South Side ☬ঔৣ꧂

                              S/n point of view. 

(:Lembranças de Terça-feira:)

Amor? Onde Jeon Jungkook estava com a cabeça em me chamar de amor na frente da escola inteira? Sua cara ao menos queimou com isso, inclusive, sorriu cínico ao terminar sua fala. April e Taehyung pareceram gostar do apelido que o menino me chamou, mas ao contrário de mim, não gostei nadinha. 

Eu até tentaria melhorar minha relação de amizade com Jungkook, mas depois de hoje pude ter a total certeza de que iremos ser inimigos para sempre. Ele é o oposto de mim, em tudo. E a frase de “Os opostos se atraem” é uma farsa completa. Como irei me atrair por uma pessoa diferente de mim? Não dividimos as mesmas opiniões e não dividimos os mesmos gostos. 

Nem os dias em que eu passo com minha família são tão perturbadores do que passar algumas horas ao lado dele. Um menino folgado, baixo, execrável, incoveniente e martirizante. Uma coisa papai não precisa se preocupar, eu jamais me interessaria por alguém assim. Por mais que ele tenha seu lado misterioso e que a minha personalidade faz o favor de querer descobrir, o meu ego com certeza fala mais alto que qualquer coisa. 

Minha curiosidade também se direcionou em: “Por que tanto ódio pelo lado Sul?” e principalmente, “O que os antigos representantes e os atuais causam no lado Norte, em específico, para o Jungkook?”. Essas perguntas martelaram a minha cabeça milhões e milhões de horas durante o resto das aulas. Como April disse, os únicos que poderiam responder isso seria Jungkook ou meu próprio pai...


QUARTA-FEIRA (15:40)


O sino da escola culminou, indicando a chegada do último tempo de aula. Essa é a aula mais rápida que nós temos. Por ser um período curto, a professora de artes sempre deixava-nos atoa, apenas cumprindo horário. April quis sair de sala e esperar o horário de ir embora no pátio, e eu aceitei, óbvio. 

— Você está quieta, S/n... Aconteceu alguma coisa? – April questionou me abraçando de lado enquanto andávamos, fazendo-me despertar do transe que eu estava. 

— Está tudo bem, amiga. Eu só estou um pouco aérea. – Sorri tranquilizando, vendo-a assentir. 

— Ainda é por ontem? – Afirmei cabreira. – Acho que você deveria procurar saber um pouco sobre isso. Você é da família, é mais que justo você saber de pelo menos um pouco. – April soltou-me jogando sua mochila no gramado, logo se sentando. 

— Meu pai jamais diria algo, April. E pela forma que o Jungkook fala, parece que meu pai é um corrupto. – Neguei sentando-me em seu lado, encostando minhas costas na árvore. 

— Você acha que ele é? – Dei de ombros. – Você tem duas opções para perguntar, né... O próprio Jungkook ou seu pai. 

— Eu não quero perguntar nada para aquele garoto, e eu não quero chegar no meu pai e perguntar o porquê de ele ser demonizado e se tem algo de errado no nosso governo. – Bufei olhando para o chão, enquanto a loira sorriu abrindo um pacote de biscoito. – Por que você não pergunta para o seu pai? 

— Porque eu não quero saber sobre essas coisas. – April disse óbvia mordendo um biscoito. – E o alvo disso tudo é seu pai. Você conhece o meu pai... Ele não concorda com as coisas, mas obedece o seu. 

— Você também não me ajuda. – Disse empurrando-a de lado, vendo-a se apoiando na grama. 

— Quer uma dica? – Afirmei óbvia. – Invade o escritório do seu pai e mexe nas coisas dele, é a coisa mais simples do mundo. 

— Isso não é certo, April. Eu vou estar invadindo a privacidade do meu pai. – Disse em negação, fechando firme os olhos. – Não, eu não vou fazer isso. 

— E nós temos alguma privacidade, amiga? Coisas sobre a política da nossa cidade devem ser descobertas sim. E querendo ou não, isso envolve você. – April disse se ajeitando na grama, retirando seu celular do bolso. 

As palavras da loira corroía minha mente de todas as formas possíveis. Entrar em um lugar proibido e mexer em coisas confidênciais, é invasão de privacidade. Eu só consigo pensar no quanto papai ficaria furioso em saber que eu mexi em suas coisas, sem ao menos a sua permissão. 

Ouvi a voz de Taehyung se fazer presente no ambiente, fazendo meus olhos percorrerem pelo pátio a procura do mesmo, mas logo April me cutucou mostrando Taehyung em seu celular. 

— Ei, Murder! Parece que não te vejo há séculos... – Taehyung disse sorridente enquanto eu acenei em retribuição. 

— 1 dia, Taehyung... – Sorrimos. – Já está com saudade da minha April? – Abracei a loira vendo-o afirmar. 

— Eu deveria te dar um troféu de sabedoria. – Taehyung sorriu se ajeitando em sua poltrona. 

— Para ela? Está dando para a pessoa errada, irmão. – A voz impertinente de Jungkook ecoou no quarto onde Taehyung estava, fazendo-me suspirar fundo. – Oi meninas. 

— Foi bom te ver, Taehyung. Vou aproveitar para puxar meu barco. – Sorri para o moreno, vendo o outro fazer cara de choro. 

— Eu acabei de chegar, S/nzinha. – Jungkook disse debochado, se apoiando na poltrona de Taehyung. 

— Por isso mesmo, e por favor, pare de me dar apelidos. Nós não somos amigos e eu não te dei liberdade. – Disse impaciente, juntando minhas coisas. 

— Quer que eu vá te levar para casa? – Jungkook questionou-me sorrindo e eu neguei rapidamente. – Mesmo se você falasse que sim, eu não sairia daqui para te levar em casa. 

— Tá bom... S/n está indo embora e você também. – Taehyung empurrou o moreno, que insistiu em ficar. – Eu acho que o vovô está te chamando... Você ouviu, April? 

— Foi nítido, eu consegui ouvir bem diretamente o nome de Jungkook. – A loira disse séria me fazendo sorrir enquanto me levantava. 

Deixei um selar em sua testa e deixei um aceno para Taehyung. Sobre a minha saída, eu não estava mentindo. Minha vó já encaminhava quinhentas mensagens para meu celular, avisando que já me esperava no estacionamento da escola. Caminhei para o local dito por vovó Genevieve, extremamente suspresa pela mesma ter vindo me buscar. Não era comum. Normalmente quem me leva e me busca na escola é Eliott, nosso motorista. Vovó ou até mesmo meus pais, era um evento raro. 

— Olha que veio te buscar hoje... – Vovó disse animada apontando para si própria. – Gostou da surpresa? 

— Foi realmente uma bela surpresa, vovó. – Sorri entrando no carro vendo-a liga-lo novamente. – E a senhora não veio com o trator negro? – Questionei olhando o carro em que a mesma dirigia. 

— Varia de humor. Então, hoje estou desestressada. – A mais velha sorriu enquanto eu assenti abaixando a cabeça. – E você? Qual seu humor hoje? 

— De hoje e dos últimos dias? Péssimo. – Suspirei fundo apoiando meu braço na porta do carro, vendo-a me olhar curiosa. 

— O que tem te deixado assim? O nortista bonitinho? – Vovó questionou sorrindo, fazendo-me franzir o cenho rapidamente. – Ele pode ser de tudo que você disse, mas ele é muito bonito. 

— Vovó, eu nunca andei tão estressada em toda a minha vida. Parece que a minha vida piorou muito depois que ele entrou nela. – Choraminguei encostando minha cabeça no banco, ouvindo a risada gostosa de vovó. 

— Então quer dizer que ele está em sua vida? Eu sempre falo que o ódio e o amor anda lado a lado... – Vovó disse arrumando seu lenço, sorrindo vitoriosa. 

— Vovó. – Exclamei desacreditada em negação. – Nós não nos suportamos de nenhuma forma. E ele é tudo que o meu pai mais abomina. 

— E o que tem a ver? Seu pai não vai beijar ele. – Vovó deu de ombros, fazendo-me negar olhando a paisagem. – E pelo jeito nem você. 

— Obrigada por reconhecer isso. – Sorri. – Eu estou convivendo com ele pela April. Não quero deixá-la sem apoio com o Taehyung... E o brinde disso é conviver com o Jungkook. – Disse impaciente colocando a mão na testa. – E adivinha qual o motivo de nossa raiva mútua? 

— Seu pai... – Afirmei firme vendo-a revirar os olhos. – Gente, o que seu pai tem a ver nisso? Tá que ele não gosta muito de nortistas e não quer que vocês se envolvam com um, mas... Vocês são jovens, merecem se curtirem. 

— Mas eu não gosto dele de outra forma, Vovó. E ele muito menos. Eu não preciso dele na minha vida por completo. 

— Se você está dizendo... – Vovó disse arregalando os olhos, dando de ombros. 

Vovó era a única pessoa na família que odiava a ideia de todos dizerem que eu e Ian deveríamos ficar juntos. Para ela, eu deveria ficar com uma pessoa diferente de nós, e uma pessoa que me mostrasse o significado de reciprocidade, em diversos modos e jeitos de sentir algo. Ela é amante do amor, mas não gostou da forma em que ele foi pregado em suas mãos. A história de vovó Genevieve com meu avô, pai de meu pai, é realmente complicada. Época antiga em que casamento arranjado era comum e que você não possuía nenhuma voz. 

Ela diz que foi proibida de viver e que teve que deixar um verdadeiro e sincero sentimento para trás. Ela nunca contou-me essa história por completo, ela sempre arruma um jeito de contorcer a história e diz que em breve me contaria melhor. 

— Vai tomar café com a vovó hoje? Estamos sozinhas aqui. – Vovó disse animada retirando seus óculos escuros. 

— Eu só não posso demorar muito... Terei que estudar pesado para a prova de amanhã. – Sorri segurando sua mão, vendo-a franzir os lábios. 

— Qual matéria? 

— Física. – Disse simples enquanto a mais velha fez cara de nojo. 

— Nunca fui boa em física, era a matéria que eu mais odiava na vida. Na verdade, nunca fui uma pessoa de exatas. – Vovó disse calma enquanto sentava-se na cadeira da sala de jantar. 

— Eu também não gosto muito, por isso me esforço mais nessas. – Sorri fraco sentando-me em seu lado. 

— E como está o clube de literatura? Está sendo fácil comandar um grupo? – Vovó questionou servindo-me e eu sorri meio-a-meio. 

— Está muito legal, eu estou gostando da experiência. Por mais que seja muita responsabilidade, eu acho que consigo dar conta. Criar histórias nunca foi uma dificuldade minha, a senhora sabe...– Sorri bebericando o café vendo-a afirmar soprando o seu. 

— Você é a maior devorada de livros que eu conheço, e desde pequena foi assim. Nunca vi uma criança gostar tanto de ser besta. – Gargalhamos. 

Passar tempo com vó Genevieve é sempre bom. Ela recorda de boas memórias e nunca deixa assuntos ruins entrar no meio. Sua personalidade é como a minha. Deve ser por isso que nós nos damos tão bem assim...

Amanhã seria o dia mais impiedoso da minha vida. Física não é minha matéria favorita e é por isso que eu sempre estudava ela com muito foco. Minhas notas sempre foram boas, até nas matérias que eu mais odiava, por exemplo, a física. Deixei meu celular de lado, silenciando-o e bloqueando todo tipo de desvio de atenção. Abri os livros pesados em minha escrivaninha enquanto checava tudo que eu precisava estudar para a prova de amanhã. Prendi meu cabelo em um coque baixo, porquê de acordo comigo mesma, cabelo preso ajuda na concentração. 

Meus olhos deslizavam pelo livro enquanto eu anotava algumas coisas de extrema importância no bloco de notas. Antes de dormir eu iria ler aqueles papéis como se fosse meu livro favorito, para não esquecer nada e até mesmo sonhar com aquilo. Com certeza vai ser bom para eu me lembrar amanhã. Para o conteúdo entrar em minha mente, ela precisa ser esvaziada. E se tem uma coisa que não estou conseguindo fazer de jeito nenhum, durante esses últimos dias, é burlar meus pensamentos. Parece que agora estava difícil de realizar essa tarefa que antes era muito fácil...

“Invade o escritório do seu pai e mexe nas coisas dele, é a coisa mais simples do mundo” – “Você tem duas opções para perguntar, né... O próprio Jungkook ou seu pai”. 

Por que você tem que reforçar isso logo agora, cérebro? – Questionei batendo em minha testa enquanto olhava através da janela. 

Seria realmente válido ir até o escritório do meu pai e tentar ver se eu acho alguma coisa referente ao o que eu quero saber? Essa pergunta se repetia em minha cabeça todas as vezes em que eu tentava voltar minha atenção para a matéria. Parece que eu só iria ficar satisfeita depois de fazer o que April sugeriu. Mas, um lado em mim queria fazer isso e o outro implorava para eu permanecer sentada naquela cadeira. 

E como meu lado curioso é sempre maior... Peguei meu celular em mãos digitando rapidamente para April que eu irei entrar em ação. Guardei-o em meu bolso, ainda no modo silencioso, para não ocorrer nenhum barulho durante a minha operação. Abri a porta do meu quarto com cuidado, checando se havia alguém no corredor e como eu já esperava, não. 

Em passos miúdos e pela ponta do pé, desci as escadas verificando se havia alguém em casa. Pelo o que eu sei, está apenas eu e vovó em casa. Olhei o grande relógio de ponteiro no canto da parede, vendo que já está quase na hora de meu pai chegar da prefeitura, e eu terei que ser o mais rápida que eu conseguir. 

Acelerei meus passos pelo corredor dos escritórios, pensando seriamente se isso estava certo ou não, e principalmente se essa minha curiosidade era apenas por mim ou por Jungkook. Quando me dei conta, já estava dentro do escritório de meu pai. Acenei a luz encostando a porta com cuidado, para não tampar cem porcento do barulho de fora. 

— Por onde eu devo começar? – Rodeei com os olhos o escritório bem organizado de meu pai. – Se você tivesse coisas sobre a cidade aqui, onde estaria? – Questionei andando por trás da mesa, checando as gavetas e as prateleiras. 

Durante a procura, pensei em qual desculpa daria se alguém me pegasse em ação. A minha sorte é que ainda há alguns livros didáticos em sua sala. Os funcionários estão mudando com calma para a nova biblioteca da casa. Sentei-me exausta em sua cadeira, enquanto olhava impaciente ao redor. Parecia que não havia nada ali. Ao mesmo tempo que parece ter boas evidências de que a birra de Jungkook contra meu pai é verídica, também parece que não há nada que comprove isso e que não passa de um mera ponto de vista. 

Fixei meus olhos no armário de gavetas no canto das prateleiras de livros, enquanto levantei-me em direção ao tal gaveteiro. Um sorriso satisfeito surgiu em meus lábios ao ler aquela simples palavra “documentos W.R”. Não sabia que eu iria me sentir tão satisfeita assim. Abri a gaveta com leveza, vendo milhares de pastas organizadas por letras e cores. 

— Agora sei de onde vem a minha organização... – Sorri suspresa passando a pastas com o dedo. 

Para ver uma por uma, não era uma boa hora, isso levaria muito tempo. Precisaria de duas pessoas e um dia inteiro para fazer ler cada documento daquela gaveta. Meus dedos separavam cada pasta enquanto lia a capa de cada uma delas, tentando achar algum documento referente ao tão polêmico lado norte. 

Franzi o cenho puxando uma pasta bege, e em sua capa estava bem destacado o nome do norte. Abri a mesma vendo que aquela folha possuía 3 folhas, frente e versa. Era um acordo-documento, e um acordo-documento assinado por meu pai. 

— Expansão e implantação na área norte de West River... Esquema? – Semi-cerrei os olhos lendo um trecho daquele documento. 

Ergui a cabeça ao ouvir a voz alta de meu pai vindo do começo do corredor. Arrumei a pasta guardando-a em seu devido lugar. Minhas pernas travaram, parece que o arrependimento colocou travas em meus pés. Ao notar sua aproximação, virei-me com pressa para a estante de livros, enquanto apertei meu olhos com força, esperando por sua entrada. 

— Filha? O que faz aqui? – Papai questionou-me retirando seu celular do ouvido enquanto eu me virei sorrindo para o mesmo. 

— Eu estou estudando e preciso de um livro. Estou tentando achar por aqui. – Virei-me para a estante suspirando fundo enquanto fingia procurar algum livro. 

— Já olhou na biblioteca? Na verdade, qual livro está procurando? – Papai questionou ajeitando terno enquanto eu engoli seco rolando meus olhos pela prateleira. 

— Fi-fisica. Mas, pelo visto, não esta aqui. – Sorri coçando a cabeça virando-me para o mais velho, que assentiu colocando seu celular no bolso. – É... O dever me chama. Com licença, papai. – Reverenciei o mais velho enquanto o mesmo me olhava curioso. 

— Espere um minuto. – O mais velho ditou firme enquanto eu arregalei meu olhos olhando para a parede. Puts... – Amanhã você terá prova? – Suspirei aliviada me virando para o mais velho, afirmando rapidamente. 

— Sim senhor. Eu estou estudando desde que cheguei da escola. – Sorri sem mostrar os dentes vendo-o sorrir orgulhoso. 

— Iria dizer parabéns, mas, não é mais que a sua obrigação, né? – Ele riu alto e eu afirmei retribuindo. – Mas, continue assim... Seu prêmio é a vaga na faculdade. 

— Com licença. – Sorri fechando a porta aos poucos, vendo-o se sentar em sua cadeira. 

Respirei fundo com os olhos marejados. Eu realmente engoli o choro dessa vez. Arrumei minhas roupas em meu corpo andando apressadamente para o segundo andar. Agradeci mentalmente por não ter encontrado ninguém pelo caminho para dar satisfação do motivo de meus olhos estarem cheios de água e tão vermelhos. 

Tranquei a porta de meu quarto, retirando o sapato de meu pé com força. Sentei-me na cama abraçando firmemente minhas pernas. Minhas lágrimas desceram involuntariamente pelas minhas bochechas. Parece que essas lágrimas estavam guardadas por um bom tempo dentro de minhas glândulas lacrimais. Eu estou tão acostumada com esses comentários duros de meu pai, mas dessa vez, me senti tão fraca para conseguir combatê-lo. Eu estava me sentindo tão cansada, tão insatisfeita. Aparenta-se que meu mundo gira em torno de ser boa como minha irmã, ou ao menos tentar chegar aos seus pés. 

Suspirei fundo olhando ao redor de meu quarto, enquanto contei até três, com calma e paciência. Limpei minhas lágrimas com meus dedos enquanto me levantei de minha cama. Como eu mesma disse para meu pai, eu preciso terminar de estudar. Sentei-me em minha cadeira pegando meu celular em mãos, ativando outra vez as notificações de meu celular. A minha caixa de mensagem estava cheia de mensagens de April, sorri fungando ao ver que ela me encorajava mesmo sabendo que eu já estava lá. Decidi ligar para a loira para tentar esquecer essa tristeza que ocupava meu ser nesse momento. 

— Oi amiga e que cara é essa? – April questionou preocupada, se levantando de onde estava deitada. – Você não quer contar, né? – Neguei limpando os olhos vendo-a assentir. 

— Por que não está estudando senhorita April Ballard? – Questionei com os olhos semi-cerrados enquanto a loira coçou a cabeça com um olho fechado. 

— Porque eu tenho uma gênia para fazer isso por mim. – A loira piscou sorridente me fazendo negar. 

— Não irei te passar resposta, April. Essa prova é do Sr. George, esqueceu? – Questionei em negação vendo-a dar de ombros. 

— Me manda o que você irá estudar que eu dou uma lida. – Assenti. – E ai, viu alguma coisa no inferno? 

— Tem muita coisa lá, não consegui ver o importante. Tem muitas pastas separadas por letras e cor, levaria um tempo para conseguir ler todas elas. Mas quando eu ia começar a ler uma sobre o norte, meu pai chegou e eu tive que guardar. – Suspirei fundo relembrando do momento, vendo-a assentir preocupada. 

— Você chegou a ler algum pedaço da pasta? Pelo menos um parágrafo? – Afirmei cabreira enquanto a loira se sentou interessada no assunto. – Me fala... 

— Você disse que não se importa com isso, e não era nada de mais o que falava naquele papel. Não consegui ler direito. – Menti sorrindo franco vendo-a bufar se deitando novamente. 

— Você tem certeza que não é nada? – Afirmei. – Então, por que você estava chorando? 

— Foi algo que meu pai me disse, e dessa vez me deixou sentida... Mas está tudo bem. – Sorri fraco cruzando minha pernas vendo-a morder sua língua de raiva. 

— Manda o seu pai ir pra put... – Cortei sua fala com pedido de silêncio, já que alguém batia na porta. 

— S/n? – A voz do meu pai se fez presente no outro lado da porta, enquanto eu olhei assustada para April. 

— Meu pai. Daqui a pouco nós nos falamos. – Disse rápido acenando para a loira, enquanto encerrei a chamada. 

Limpei meus olhos marejados encarando novamente os livros. Logo, ouvi a porta sendo levemente aberta. Sem retirar minha atenção dos textos, vi a sombra de meu pai caminhar lentamente em minha direção com um livro em sua mão. 

— Achei essa livro na biblioteca. Você disse física, né? – Afirmei vendo-o colocar o livro na mesa. 

— Muito obrigada. – Sorri mínima sem olhá-lo, pegando o livro deixado ali em minhas mãos. 

— Não durma muito tarde. Amanhã você precisa estar bem atenta para a prova. – O mais velho disse se distanciando, e eu afirmei folheando o livro. – Boa noite. 

Eu nunca falo mentiras, mas nesses últimos dias tem sido algo preciso. Eu não sabia que a minha mentira dessa vez havia se saído tão bem. O livro seria realmente útil, isso me deixou extremamente aliviada. Encarei a janela em minha frente, tendo a visão do céu estrelado ao topo. Suspirei fundo encostando minhas costas na cadeira enquanto analisava-o por completo. 

Não quero acreditar que as palavras de Jungkook, contra o meu pai, seja verdade. Ele pode ser um monstro, mas ainda sim é meu pai. Dessa vez, a confusão em minha cabeça seria de “O que eu devo fazer agora? Contar para Jungkook o que eu vi e ele rir da minha cara, ou, deixar isso passar?”. Certamente, ele usaria isso muito bem ao seu favor. Jogaria na minha cara o quão boba eu sou e que eu estou acreditando que meu pai é um rei de contos de fadas, e que eu acho que vivo no mundo mágico.

Mas, ter mais uma pessoa para cobrar-me e jogar coisas na minha cara, não é suportável. Preciso de alguém para me tirar deste túmulo que mesma preenchi...


 








































Notas Finais


O que vocês acharam? Não se esqueçam de compartilhar comigo seus surtos, teorias ou sugestões.

Não é nada fácil, pessoas... E realmente, podemos ver por Jungkook que acha que a vida de S/n é perfeita, mas não é nada assim.
Me deu um aperto no coração em escrever essas últimas partes, principalmente a fala do pai dela 😞.

Mas sabemos que a S/n tem uma pessoa muito boa na vida dela. Vovó é um anjo para ela, isso é nítido. A diferença de criação que a vó dela dá para ela e que os próprios pai dão, é muito diferente.
Inclusive, vovó já shippa Jungkook e S/n, mesmo eles não se gostando KANSKAKSNSKSNSN. QUEM NAO, NÉ?

Concordo com a fala de S/n sobre opostos se atrair. Não tem como você conversar com uma pessoa que não divide os mesmos gostos, interesses, lados, ideias que você. Ou combina, ou não combina. Enfim...

Mas a fala da vovó é sim real. Quem se belisca demais, tem alguma coisa. Vivi isso e sei do que eu estou falando.

S/n viu um pouco do documento e preferiu não acreditar no que leu. Afinal, ela pode ter lido qualquer coisa também. Mas, pelo o que o jK fala, pai dela não é santo não. Porém, só lendo todos os documentos para saber e tirar uma conclusão.

E aí, qual partido vocês tomariam? Iria falar com o Jungkook ou ignorar totalmente. (Nao é o que a S/n deve fazer e sim, o que você faria). Lembrando das consequências que essa escolha te dará ;).

Vejo vocês no próximo capítulo.
Beijossss ❤️.


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