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História Break The Rules - (Jeon Jungkook) - - SEGUNDA TEMPORADA: capítulo 12.


Escrita por: angelkea e Theyluvbanana

Notas do Autor


Oi genteeeeeeee!

Hoje não tenho muito o que falar aqui hoje, mas é sempre bom ler as notas iniciais e finais. Assim, vocês passam por mais uma expansão mental sobre o capítulo que está se passando.
Mas hoje, estamos sem assunto :/

Vejo vocês nas considerações finais e nos comentários.
Boa leitura! ✨

Capítulo 81 - - SEGUNDA TEMPORADA: capítulo 12.


Fanfic / Fanfiction Break The Rules - (Jeon Jungkook) - - SEGUNDA TEMPORADA: capítulo 12.

West River, South Side ☬ঔৣ꧂ 

                                   S/n point of view. 


Eu nunca pensei que falaria isso algum dia, mas ontem foi um dia bom ao lado de quem eu não queria ver nem pintado de ouro. Passamos a maior parte do tempo nos pinçando com indiretas e diretas, mas foi divertido. Ele me fez descansar e comer o que eu não comi nesses dois dias de coma. E falar nisso, já estamos no terceiro dia e nada de papai acordar. Ele deve estar muito cansado mesmo, ou está aprendendo bastante no lugar onde a sua alma está. E Jungkook me fez esquecer dessa coisa de hospital, clínica, vida de médica e pensamentos negativos sobre a minha própria vida. Lembramos de muitas coisas boas e ruins, rimos e brigamos. Tudo no equilíbrio certo. 

Eu não serei hipócrita de negar que não senti vontade de fazer algo com ele. As vezes eu me pegava admirando a sua beleza e a sua mudança, que é notória. Pensamentos pervertidos e audaciosos surgiram em minha cabeça depois de anos enquanto via-o falar algo que não tinha nada a ver com o que eu pensava. Ele está tão diferente que me faz querer conhecer o tamanho dessa sua diferença. Não quero ficar muito perto para não errar novamente. Como eu disse, errar é humano mas insistir no erro duas vezes é burrice. Não quero ser burra... Não queria ser. 

Hoje falei com Suho pelo telefone, ele disse que virá com sua filha, e eu nem sabia que ele possuía uma. Isso me fez lembrar da minha brincadeira com Jungkook. Ontem eu disse que pediria para o meu marido vir com a minha filha, e hoje Suho disse que trará a sua filha para eu conhecer. E ele faz questão de eu conhecê-la. Se Jungkook ver, ele surta de vez. É o Suho e uma menina. Tudo de acordo com algo irrealista que eu brinco com Jungkook, algo que foi criado em sua cabeça e que eu me divirto sabendo. Eu deveria não ligar por não ter uma relação sustentável com o Jungkook. Mas eu realmente estou preocupada. Se a cabecinha de Jungkook criou uma família para mim, não consigo imaginar o que ela pode criar ao ver Suho, uma menina e eu, juntos. Eu nunca desejei tanto que Suho tenha uma namorada em toda a minha vida como eu estou desejando agora. 

Suspirei fundo encarando a janela descoberta pela cortina do outro lado do quarto, enquanto acariciava a mão esquerda de meu pai. Ontem, mamãe e Chloe ficaram com ele e hoje foi a minha vez. Daqui há alguns minutos será a vez de minha avó, que já deve estar chegando para ocupar o meu lugar. Não me canso de conversar com ele, mesmo que ele não esteja ouvindo nada de minhas palavras. Conto à ele as minhas melhores histórias de pacientes, que eu sei que ele adorava ouvir e se divertia com os casos mais estranhos. Sem contar na minha experiência de interna quando eu fazia faculdade, ele se empolga muito quando eu conto sobre as aventuras que eu vivi. 

— Foi assim que eu me senti, papai. Segurar um coração na mão é muito doido. E o senhor não imagina a vontade imensa que eu estava sentindo de apertar aquele coração vermelhinho. – Ri em negação amaciando a sua mão. – Eu não podia, né... Eu seria expulsa por estragar um órgão importante de alguém. – Apoiei meu cotovelo na cama de papai enquanto segurava a sua mão. – Eu queria falar algo. Sobre amor. Nunca falamos disso, não é? – Suspirei. – Tenho quase certeza de que o senhor ficará uma fera ao lembrar sobre aquele caso que ocorreu, e provavelmente a sua raiva pelo Jungkook voltará... Mas, não faça nada com ele, por favor. Eu já até proibi ele de vir até aqui para não incomodar o coma do senhor. – Sorri. – Ontem eu fui para a casa dele e nós dormimos juntos. Senti algo muito estranho, papai. Muito estranho. Era uma vontade de vomitar. – Ri. – Brincadeiras à parte, mas eu realmente senti algo estranho. Sou orgulhosa demais, igual à você, e não quero falar com ele agora. Eu estou totalmente focada no senhor e sei que teremos outros momentos para conversarmos sobre nós. – Parei de falar encarando a sua face serena. – O senhor acha nós temos volta? Falo de... De nós voltarmos à ser o que éramos, ou nos tornarmos algo maior do que antes. Eu não sei, papai. Algo em mim diz que sim e outro diz que não. Como ouvir a nossa intuição sendo que ela diz duas coisas?

Assustei-me com o barulho do toque na porta de madeira, fazendo-me ajeitar a postura e repousar a sua mão no colchão macio. A porta se abriu lentamente revelando uma das enfermeiras de papai, fazendo-me olhá-la com um sorriso leve no rosto. 

— Com licença, senhorita S/n... Vim avisar que a senhora Jeon Genevieve Winfield já está no hospital para a troca de acompanhante. – A enfermeira disse serena fazendo-me assentir me levantando da poltrona. – Devo pedir para ela vir? 

— Isso, pode pedir. – Sorri. – Eu irei arrumar as minhas coisas e já sairei, muito obrigada por ter me avisado. 

— Por nada! Com licença. – A enfermeira assentiu levemente se retirando enquanto eu caminhava calmamente para o móvel para pegar a minha bolsa. 

— Pois é, papai... Nosso papo estava muito bom mas eu precisarei ir embora para a vovó Genevieve entrar em meu lugar. – Disse alto colocando a bolsa em meu ombro enquanto caminhava até ele. – Eu espero que o senhor esteja bem onde a sua consciência está e que o senhor volte logo. Estamos com saudades. – Deixei um selar demorado em sua testa. 

Me afastei de seu corpo olhando-o pela última vez naquele dia. Suspirei fundo fechando os olhos deixando ali toda a minha positividade e manifestação em forma de oração antes de sair. Nesses três dias eu tenho deixado com ele a minha positividade e toda a minha fé, que eu acho extremamente necessário. Sei que tudo dará certo e tudo ficará bem. Com fé, positividade e com muita transmissão de bondade. 

— Oi amor, cheguei. – Vovó sorriu olhando para meu pai enquanto eu retribuí recebendo o seu abraço gostoso. – Já comeu? 

— Ainda não. Estou indo pra casa tomar um banho, comer e descansar. – Deixei um selar em sua bochecha antes de me afastar segurando suas mãos. – E vocês? 

— Comemos antes de vir mas trouxe comida para nós. – Vovó apontou para a bolsa que Dong-hae colocava no sofá do quarto, fazendo-me assentir rapidamente. – Seu pai teve alguma resposta? 

— Nadinha. Os enfermeiros vieram trocar os curativos mas nada dele se manifestar. Ele deve estar aprendendo ainda, ou deve estar curtindo o lugar onde está. – Sorri encostando no batente da porta vendo-a sorrir olhando-o. – Vou ir lá... Beijo vovó e um beijo vovô. 

— Fique bem, S/n. Qualquer coisa é só me ligar que eu irei te amparar, querida. – Dong-hae acenou de longe fazendo-me sorrir mandando beijo para ambos. 

— Amo vocês. – Ditei antes de fechar a porta vendo-os retribuirem com carinho. 

Eu amei ouvir “Jeon Genevieve Winfield”, sem Murder. Agora vejo que minha avó está realmente ela, sem o peso de um sobrenome que não pertencia a ela, mesmo que seja o nosso. Ela não era ela sendo chamada de senhora Murder, eu conseguia ver o desgosto em seus olhos. Agora a leveza é encontrada ao ouvir Jeon ser o seu sobrenome. Fico feliz por ela. Ela merece todo o amor do mundo, e sei que esse amor é de Dong-hae. Eles são o significado de muita coisa que não sabemos, e que não temos coragem de expressar. Eles são tudo que eu mais admiro. O amor mais verdadeiro e complicado, parecendo até o meu amor com o Jungkook. Complicado e aparente, mesmo em beliscadas e trancos. É assim que o nosso amor está sendo feito. Quem sabe ele muda para algo mais leve. Mas nem somos assim...

Desci as escadas do hospital com calma enquanto procurava pelo meu celular dentro da minha bolsa cheia. Eliott ainda é o nosso motorista é e quem está trazendo nós para o hospital nesse momento de ida e volta. Pisei no último degrau em um pulo enquanto olhava para os dois lados no estacionamento. Por alguns minutos me arrependi de não ter vindo com o meu carro invés de esperar pelo Eliott. 

Franzi o cenho ao ver uma caminhonete conhecida por mim estacionada em uma das vagas do estacionamento, e por incrível que pareça, Jungkook mexia em seu celular dentro do carro. Neguei desacreditada enquanto olhava para ambos lado para atravessar na faixa do estacionamento gigantesco. Sei que ele não tranca a porta quando está dentro do carro, e isso com certeza me beneficia. Abri a porta rapidamente enquanto sentava-me no banco do carona, vendo-o franzir o cenho olhando-me de cima a baixo. 

— Não... O que você está fazendo aqui? – Deixei a minha mão na frente de seu rosto impedindo-o de falar. – Você não deixa de ser insistente, garoto? – Disse impaciente colocando a bolsa no chão vendo-o rir incrédulo.

— Eu nem estou aqui por sua causa, S/n. Você não é o centro do universo. – Jungkook disse debochado voltando sua atenção para o seu celular. – Vim deixar o Dong-hae e a sua avó, só estava conversando com uma pessoa e já estava indo embora. Entrou aqui por quê? 

— Aproveitos. Já que você está indo embora, quero que me leve para casa. – Coloquei o cinto ao redor de meu corpo, vendo-o olhar-me desconfiado. – Já coloquei o cinto. 

— Quer ir pra minha novamente? A gente dorme de conchinha mais uma vez. – Jungkook sorriu debochado ligando o carro enquanto olhava-me malicioso. – Ou você dorme em cima de mim, você prefere... 

— Nenhum dos dois. Agora se você puder... – Sorri forçado apontando para frente vendo-o olhar-me enojado, fazendo-me retribuir. – Minha casa. Estou cansada, suja de hospital e com muita fome. 

— Também estou com fome, acredita? Faminto. – Jungkook sorriu olhando para o retrovisor para sair da vaga fazendo-me assentir ajustando o ar do carro. – Quer comer alguma besteira em algum fast food? Peço drive-thru.

— Por que eu deveria aceitar? – Questionei-o apoiando a minha cabeça no encosto do banco enquanto olhava-o de lado. 

— Porque sou eu. – Jungkook disse obvio fazendo-me revirar os olhos. – Sei lá, S/n. Só para nós comermos juntos mesmo. Ontem foi legal. 

— Distrai bastante. – Olhei para frente encarando as ruas se passando, ouvindo-o rir satisfeito. – Valeu por isso, inclusive. 

— Não há de que. Se você me aceitasse, teria isso em dobro. Mas eu estou sendo muito bom em dar um pouquinho do gosto de me ter para você. – Jungkook sorriu olhando no retrovisor interno fazendo-me rir desencostando minha cabeça do banco. 

— Já experimentei dessa torta de limão. Azeda... – Fiz careta olhando para o seu celular no console do carro, vendo-o acender indicando uma mensagem nova. 

— Não fode, S/n. Nosso relacionamento não era azedo, era ótimo. E eu não era ruim, você mesmo disso. – Jungkook disse atento na estrada enquanto eu afirmava pegando disfarçadamente o seu celular. – Vai me dizer que mudou de ideia de um dia para o outro? – Jungkook olhou-me rapidamente vendo-me mexer em seu celular. – Eu não pego o seu celular. 

— Quem é Ashley, Jungkook? – Disse provocativa colocando o celular no console vendo-o revirar os olhos. – E por que ela disse que hoje irá às cinco para a sua casa? 

— Não te interessa. – Jungkook cantarolou fazendo-me semi-cerrar os olhos olhando-o. – Você não me deixa saber de você, e eu não deixo você saber de mim. 

— Que legal, iremos comer agora e daqui a pouco você irá comer outra coisa. – Sorri balançando minha cabeça vendo-o olhar-me seriamente. – O que foi? 

— Para, tá? – Jungkook disse sério fazendo-me negar rapidamente. – Não tem graça não, nada disso. 

— Não é para ter graça, eu não sou humorista. – Olhei-o de cima a baixo vendo-o parar no drive-thru de uma franquia de lanches. – Só estou falando o que vai acontecer, não gostou? 

— Você está usando isso com deboche e muito sarcasmo, e não é o que vai acontecer. – Jungkook bufou olhando para o lado fazendo-me franzi os lábios surpresa. 

— Você brinca com o meu estado amoroso e familiar, mas eu não posso brincar com o teu? – Cruzei os braços vendo-o negar. – Que feio isso... Ainda bem que eu não ligo para o que você fala, Jungkook. 

— É crime falar o que não sabe. Lei 7869 do artigo 12. – Jungkook ameaçou sorrir mas manteve a sua feição seria, fazendo-me afirmar encarando-o andar na fila. 

— Lei Jeon Jungkook, já li esse livro. – Mexi em meu brinco apoiando meu braço na janela, vendo-o afirmar. – Quem escreveu tá de parabéns, porque ficou péssimo. 

— Cadê a sua bondade, S/n Murder? – Jungkook franziu o cenho me olhando, fazendo-me rir dando de ombros. 

— Deixei com o meu papai. – Sorri encarando a pérola na minha mão, pronta para colocar novamente em minha orelha. – Ele precisa mais que eu neste momento. Mesmo se estivesse aqui, você não merece a bondade. 

— Que crime eu cometi de tão grave? Roubei novamente o seu coração e você não está aceitando? – Jungkook sorriu malandro se aproximando do pedido, fazendo-me revirar os olhos pela sua autoestima alta, que me cega. – Boa tarde! 

— Boa tarde! No que posso te ajudar? 

— Eu gostaria de dois big Mac com bastante molho especial, duas cocas grandes e duas batatas grandes também. – Jungkook disse alto para a atendente através do alto falante ouvindo-a afirmar. 

— É só aguardar... Gostaria de algo à mais? 

— Não, obrigado. – Jungkook disse leve fazendo-me olhá-lo surpresa pela forma de falar. 

Jeon olhou-me rapidamente assustado com o meu olhar, fazendo-me rir com sua cara. Ele pisou levemente no acelerador para avançar mais um espaço na fila enquanto mantinha seu olhar no meu. Neguei desviando o olhar sentindo-o colocar sua mão em minha coxa, fazendo-me retomar o olhar para ti. 

— Jungkook! – Exclamei retirando sua mão de minha perna, vendo-o resmungar se emburrando. – Não, né. Você parece que faz as coisas esperando que eu brigue com você. 

— Eu gosto de ouvir você alterada atoa. – Jungkook virou-se para retirar o nosso pedido, entregando-me um pouco de coisa. – Obrigado. 

— Nunca é atoa. – Disse firme vendo-o dar partida para o estacionamento vazio da lanchonete, fazendo-me suspirar encarando os sacos de comida. – Está tão cheiroso, não está? 

— Está sim. – Jungkook disse atento no estacionamento de seu carro, enquanto eu cheirava levemente os sacos. – Abre aí para nós comermos. 

— Vamos comer aqui? – Rasguei o saco de papel para forrar nosso colo, vendo-o afirmar. – Que legal... – Disse interessada colocando um saco em seu colo, junto de sua batata e seu hambúrguer.

— Fazíamos isso, lembra? – Jungkook questionou me olhando cobrir o meu colo enquanto eu afirmei com um sorriso leve em meu rosto. – Para literalmente tudo. 

— Eu gostava muito, eram os nossos melhores passeios. Comer no carro em um estacionamento vazio. – Sorri ajeitando as batatas em meu colo direcionando meu olhar para ti, que encarava seu lanche ainda embalado. – Só que... – Limpei minhas mãos vendo-o olhar-me. – Nós tínhamos um ritual nesse lanche dentro do carro. 

— Antes e depois. – Jungkook sorriu apoiando seu cotovelo no apoio de braço do meio, fazendo-me afirmar encarando-o. – Porém, não fazemos mais aquilo porque você é mãe de família e eu namoro a Ashley. – Jungkook disse debochado fazendo-me apoiar meu braço no apoio de couro, ficando bem perto de ti. 

— Está assumindo que você namora a Ashley? – Sorri surpresa vendo-o dar de ombros bebendo seu refrigerante de canudinho, retornando-o para o guarda copos no console. 

— Não sei... Assim como não sei se você ser mãe de família é uma brincadeira. – Jungkook umedeceu seus lábios olhando-me alisando a minha mão afirmando. – Não vai comer não? 

— Por que você não come também? – Apontei para o seu lanche vendo-o olhar para ele e depois para mim, fazendo-me arquear a sobrancelha. – Tá esperando o que? Não era você que estava com fome? 

— Estou, só que eu quero te beijar. – Jungkook mordiscou seu lábio inferior fazendo-me negar olhando o meu lanche em meu colo. 

— Por onde eu devo começar? – Cortei o assunto batendo minhas unhas no plástico do carro enquanto olhava para os meus lanches. 

— S/n? 

Jungkook chamou-me para uma única coisa, beijar-me. Sua mão segurou em meu pescoço puxando-me para um beijo rápido e fervoroso, fazendo-me assustar muito e não dar um bom rendimento ao beijo. Separei o beijo vendo-o olhar-me esperando uma resposta, mas obteve muito mais que uma resposta. Coloquei o meu lanche em cima do painel do carro com cuidado antes de atacar seus lábios com todo desejo presente em meu ser. Está até emocionante de tantos anos sem ter nossos lábios juntos. Estamos violentos. Nossos lábios brigam com chupadas e nossas línguas por espaço. Jungkook deixa algumas mordidas arrastadas em meu lábio inferior, assim como faço no seu. É uma briga decisiva de muito tesão acumulado. Faz tantos anos que nem a falta de ar quer nos atrapalhar, e eu não tiro a sua razão. Nem eu quero atrapalhar, eu nem quero que paremos. Não sabia que eu desejava tanto o Jungkook dessa forma quanto eu desejo ele agora. 

Poderíamos ir além de beijos, mas não estamos tão abertos assim, e é difícil de dizer o motivo. Mas suas mãos tiraram muito aproveito de meu corpo coberto pelo tecido fino de meu vestido levinho e solto. Eu com certeza quero mais que apenas apalpadas, mas eu tenho certeza que é o calor do momento que está deixando-me tão desejada dessa forma. Ou se ele realmente é irresistível... Finalizei o beijo com uma chupada demorada em seus lábios, vendo-o sorrir malicioso enquanto deslizava a sua mão sobre a lateral de minha perna. 

— Para quem não queria beijar, até que beijou bem além. – Jungkook sorriu ajeitando a sua postura em seu assento fazendo-me fazer o mesmo. – Queria mais... 

— Calma... Daqui a pouco você encontra a Ashley. – Sorri mordendo uma batata vendo-o revirar os olhos bebendo seu refrigerante. – E por favor, Jungkook... Ainda não estamos resolvidos, eu só fiz o que me deu vontade. 

— Está bem, S/n. Eu entendo. – Jungkook abaixou a cabeça desembalando o seu lanche. – Do que mais tem vontade?

— Não vou falar, Jeon. Eu vou mudar de assunto, isso sim. – Abri meu hambúrguer como ele, vendo o molho vazar do lanche de tão bonito. – Olha como está bonito. 

— O meu é o mesmo que o seu. – Jungkook mostrou-me o seu, que estava bem mais bonito. 

— O seu parece melhor... – Umedeci os lábios virando-me para ele vendo-o revirar os olhos irritado. – Eu...

— Você sempre fez isso, você pode. – Jungkook apoiou seu braço no suporte de couro em nosso meio para eu morder o seu hambúrguer. – Você vai ter que deixar eu morder o seu, é uma troca. 

— Não. – Neguei incrédula vendo-o dar de ombros retirando-o de minha mão para morder. – Jeon Jungkook! 

— Quer de volta? – Jungkook abriu a boca mostrando o hambúrguer mastigado, fazendo-me negar tampando a minha visão. – Pega aqui. 

— Você é nojento, em todos os sentidos. – Disse enojada desviando o olhar ouvindo-o rir. – Não fique falando do nosso beijo por aí, ouviu? 

— Só se você me der outro, aí eu não conto. – Jungkook disse provocativo fazendo-me olhá-lo rapidamente. 

— Isso é uma chantagem? – Arqueei a sobrancelha vendo-o dar de ombros aproximando seu rosto do meu. – Eu te vejo. 

— Depois podemos voltar a brigar e nós podemos nos odiar intensamente... – Jungkook gosta de atiçar usando a sua manipulação e sua sensualidade para cima de mim, desde quando não namorávamos. 

— Eu vou contar para o meu pai que você está me manipulando e contarei para o meu marido que você está dando em cima de mim. – Semi-cerrei os olhos olhando cada pedacinho de sua face, vendo-o rir se aproximando cada vez mais. – Quer molho especial? – Me afastei de ti desviando o beijo, vendo umeceder seus lábios enquanto me encarava friamente. 

— Você... – Jungkook balançou a cabeça enquanto passava a língua em sua bochecha, fazendo-me sorrir molhando o dedo no molho. 

Me aproximei de ti passando um pouco do molho em seus lábios, como um batom, vendo-o sorrir minimamente encarando os meus lábios entre abertos. Fiz o sinal da cruz antes de iniciar um beijo caloroso em seus lábios. Sei que Deus não me perdoaria por um pecado tão grande que eu estou cometendo, quebrando uma promessa que eu fiz anos atrás, de nunca voltar para essa boca. E cá estou eu. Beijando-o com vontade e com uma força de outro mundo. Provavelmente nossos lábios ficarão inchados e extremamente vermelhos após o beijo, e até estranhará quem parar para encará-los. Mas isso é a única coisa que me preocupa nesse momento. Eu estou preocupada em beijar ele mais e mais, como se o amanhã não existisse. E não estou sob efeito de drogas ou álcool, que é um grande problema já que eu não poderei culpa-los por isso quando eu me lembrar. 

           

                  Jeon Jungkook point of view. 

Que alívio... Não tem outra palavra que eu pudesse usar que conseguiria descrever o que eu sinto. Talvez alegria, mas ainda não é o bastante. Eu estou aliviado porque ela retribuiu, também me sinto aliviado por ter notado que ainda há amor em nós mesmo com a avalanche que está acontecendo em nossa volta. Assim como os olhos não mentem, os lábios também não. E eu senti tudo que eu queria ter sentido durante esses anos. Ela ainda gosta de mim, nós ainda temos nosso amor e ela sente as mesmas vontades que eu sinto. Soube disso tudo através desses seus lábios tão macios e penetrosos. 

E que delícia saber que nós somos os mesmos. Ela, é a mesma. 

— Hum... – Murmurei como se estivesse provando uma comida muito boa enquanto se afastava lentamente de seus lábios. – Consegui te beijar duas vezes em um dia. 

— Eu paguei com a minha língua, literalmente. – S/n negou amaciando suas têmporas vendo-me rir olhando-a. – Mas que raiva de você, Jungkook. Agora me conta, quem é Ashley? 

— Minha diarista. Não temos nada, ela só é a minha diarista. – Virei o potinho de molho em meu hambúrguer antes de morder. – Ela... Ela é casada, tem filho e tudo. 

— Isso não quer dizer nada. E se eu for casada e ter uma filha? Nós acabamos de ficar. – S/n olhou-me desconfiada enquanto bebia seu refrigerante, vendo-me olhá-la com repreensão. 

— Ninguém faz nada sozinho, S/n. Você me beijou duas vezes, e foi você quem teve a iniciativa. 

— Eu sei, Jungkook. Eu fiz porque senti vontade. Não era você que falava que eu deveria ser mais sincera comigo e com os outros? Eu fui. Te beijei duas vezes. – S/n mordeu o seu hambúrguer fazendo-me sorrir batendo em sua perna.

— Beijaria de novo? – Olhei-a por cima de meus ombros vendo-a negar fazendo careta. – Foi tão ruim assim?

— Não, foi uma delícia. Você beija muito bem, como sempre. Mas é que eu já acho que está suficiente. Fiz o que eu quis e já está de bom tamanho. – S/n me olhou com cuidado fazendo-me assentir franzindo os lábios. – Não quero fazer o que eu não quero, e não quero te dar falsas esperanças. 

— Falsas esperanças do que? De nós reatarmos? Eu não vou acreditar nessa coisa, por mais que eu queira muito você novamente. – Olhei-a seriamente vendo-a mastigar com dificuldade. – Eu entendo o seu lado e os seus motivos de não me querer, mas eu não vou alimentar o meu ser com algo irreal. 

— Eu não quero conversar sobre isso também, eu acho bem delicado para nós e esse momento que estamos lanchando no carro deve ser passado com leveza. Você se lembra disso, não lembra? Nós deixavámos as nossas brigas de lado para aproveitarmos com boas risadas e boas conversas. 

— Você sempre foge das conversas, parece que não quer tratar nenhuma delas, nem as mais leves. Qual é o seu medo? – Franzi o cenho apoiando minhas mãos no volante, vendo-a suspirar fundo encarando seu lanche quase terminado. – Conversar é importante, então por que foge disso? 

— Eu não sei, está bem? Eu só não consigo. Não estou pronta. Não acho que estamos no momento certo para termos uma conversa séria, eu sinto que essa ainda não é a hora. – S/n disse exaltada fazendo-me afirmar ligando o carro. – Nós nem acabamos. 

— Não temos assunto, S/n. Nós não temos o que conversar. Não podemos falar de nós, não podemos falar do que aconteceu, não podemos falar do nosso futuro e não podemos falar de nada que remete à isso. Percebeu? – Toquei em minha cabeça com o meu dedo indicador vendo-a bufar pegando o seu copo de refrigerante. 

— Tem muita coisa para nós conversarmos, que não seja sobre o que vai me machucar. – S/n disse baixo limpando a sua mão com o guardanapo da rede, jogando-o no meio dos lixos em seu colo e juntando-os. – Eu tenho medo do que eu sinto quando falo de nós. Sinto tudo voltando pela a minha garganta e entro em crise. Choro horas e não consigo respirar. – S/n pigarreou amarrando o saco, colocando-o no painel do carro enquanto se esticou para pegar os meus lixos em meu colo. – Tive depressão por anos. Ou ainda tenho, não sei. Me sinto fraca a maior parte do tempo e tenho que trabalhar para não me matar. Isso tem me matado aos poucos. 

— Eu sei disso, a sua avó me contou. E eu sinto muito por isso. De coração. Eu sei que a culpa é minha. – Disse leve vendo-a olhar-me de pertinho por ela estar fazendo o mesmo que ela fez com o lixo de seu lanche. – Não sei quanto tempo você irá ficar aqui em West River, mas eu quero ficar com você durante esse tempo. Não precisamos estar como um casal. Na minha humilde opinião, estar em amigos é bem melhor que em casais. Nem sempre dividimos ou expressamos o que realmente temos vontade para um namorado, ou uma namorada... 

— É... Eu concordo. Mas não precisa se preocupar, eu tomo medicamento para isso mesmo. É meio estranho estar com você depois de tudo e depois de tanto tempo afastados. – S/n sorriu fraco colocando os dois sacos em seu colo, fazendo-me afirmar amaciando o volante. – Nos beijamos e é estranho. E acho que eu preciso acostumar com você novamente. Sua personalidade, você... – S/n deu de ombros fazendo-me olhá-la. – Acho que... Será bom para nós não brigarmos tanto quando formos conversar. Somos adultos agora e devemos agir como. 

— Então... – Estiquei a minha mão para ela, vendo-a sorrir encarando-a. – Vamos tentar a convivência. Eu topo. 

— Tá... – S/n riu apertando a minha mão, sacudindo-a. – Não conte para ninguém porque eles irão falar na nossa cabeça tudo que já sabemos. 

— É coisa nossa, não tem nada a ver com ninguém. – Abaixei nossas mãos lentamente para acariciar sua pele. – Nós vamos nos resolver e ninguém vai ficar sabendo. 

— Lembrando que, estamos apenas abaixando a poeira para o tapete não sujar muito quando formos conversar. Isso não quer dizer que somos ficantes ou amigos. – S/n semi-cerrou os olhos retirando a sua mão da minha, fazendo-me assentir rapidamente. 

— Está bem... – Disse irritado vendo-a assentir satisfeita. – Só que eu tenho uma dúvida... – Virei novamente para ti vendo-a olhar-me com preguiça. – Selinho...

— Não, Jungkook. – S/n disse enojada fazendo-me franzir os lábios chateado. 

— Mas você quer... – Apoiei a minha face em minha mão, vendo-a de pertinho. – Os seus lábios disseram isso indiretamente. 

— Você me levará para casa agora e permanecerá comportado até lá? – S/n olhou-me com preguiça, fazendo-me afirmar rapidamente. – E, não pedirá mais isso pois esse é o primeiro e último dia que cometemos essa gafe? 

— Prometo. Palavra de mafioso. – Fiz o gesto do juramento vendo-a revirar os olhos com um sorriso leve nos lábios. 

S/n deixou alguns selares molhados em meus lábios descendo-os para o meu pescoço descoberto pela camisa larga que eu uso. Ela fazia uns barulhos engraçados enquanto deixava os selares, como se estivesse com muita saudade de fazer o que faz. Claramente me diverte, e faz-me rir enquanto sinto-a acarinhar com seus beijos. 

— Satisfeito? – S/n segurou meu rosto mais uma vez em suas mãos deixando mais alguns selares em meus lábios. – Chega. – S/n soltou meu rosto para colocar novamente o seu cinto, fazendo-me sorrir extremamente feliz. – Aí não...

— O que? – Olhei-a assustada vendo-a rir olhando-me. – O que foi? 

— Você está rindo como uma criança, como antigamente. – S/n sorriu surpresa fazendo-me rir colocando o meu cinto. – E eu odeio essa carinha, me dá vontade de te beijar mais. 

— Então beija. – Fiz biquinho vendo-a empurrar-me para o meu canto. – Vou te levar para casa. – Ri dando ré com o carro vendo-a sorrir abrindo a janela. 

Tudo em seu tempo, aliás, temos o nosso próprio tempo. Quanto mais passo um tempo com ela, eu vejo ainda mais evidente o que me alegra. Não há disfarce que possa esconder por muito tempo o amor quando este existe, nem simulá-lo quando este não existe. E ela nem disfarça, ou se disfarça, é muito mal. 

























































Notas Finais


O que vocês acharam? Não se esqueçam de compartilhar comigo seus surtos e teorias.

Teve beijão SIM e duas vezes KKKKKKKKKKKKK!
Vocês estavam querendo que eu sei, mas não se emocionam não carai.

S/n deu uma desabafada com o pai dela sobre o Jungkook, viram? Ela praticamente assumiu que está sentindo algo por Jungkook, mas que não sabe qual a intensidade disso.
Sem contar da gratidão notória que ela sentiu pela noite que ela passou com ele, né? Achei tudo.

E sobre o Suho... Eu fico chocada com essas coisas. Como pode, né? Ela não sabia de nadinha e so brincava com o Jungkook. Não é que o homem ta vindo com a criança? Não é marido mas já foi algo, vale lembrar.
Estou só esperando esse momento chegar para ver a reação do nosso protagonista.

Eles estão no processo... Tem que ter muita calma nessa hora.

Espero que tenham gostado, mas não gostem muito não, ja é um aviso. Vai que acontece alguma coisa e vocês fiquem de k.o nos comentários dps KKKKKKKKKKKKKK. Depois vão falar que eu não avisei, heinnnnn.

Vejo vocês no próximo capítulo, beijosss ❤️.


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