História Breaking Rules - Jortini - Chapter one

Pov’s Martina Stoessel:

Buenos Aires - 07:40 da manhã 

   Abri os olhos pela segunda vez nessa manhã, quem diz que acordar cedo é só questão de costume, está completamente errado. Esfreguei a mão no meu rosto na tentativa de me acostumar com a claridade que invadiu meu quarto quando Olga abriu as cortinas. 

-Acorda pequenina - me olhou com seus lindos olhos azuis e um sorriso estonteante, sempre me pergunto como ela consegue acordar feliz essa hora da manhã - Seu café já está pronto, se apresse - me deu um leve beijo na bochecha e saiu do meu quarto fechando a porta em seguida

   Reuni todas as forças que eu tinha e me levantei da cama, caminhei até meu banheiro onde fiz minhas higienes e tomei um breve banho, sai do banheiro com meu roupão branco e bordado com meu sobrenome, por mais que eu não ligue para esses detalhes de gente rica, meu pai liga. Entrei no meu closet, peguei um dos meus uniformes, o que eu mais odeio naquele colégio, nunca entendi o porque de usar esses uniformes bregas. Hoje optei por usar somente a saia xadrez e a camisa branca, até porque o calor de Buenos Aires não colabora pra usar um casaco. Me vesti, penteei meu cabelo, que reparei que cresceu bastante, já está na altura da cintura, e dessa vez eu não pretendo cortar. Fiz uma maquiagem leve, peguei meu celular e minha mochila e desci até a cozinha da enorme mansão onde eu moro, encontrei meu pai sentado na mesa tomando seu café e trabalhando em alguma coisa no seu notebook.

-Bom dia - coloquei minha mochila em uma das cadeiras é caminhei até meu pai lhe dando um beijo na bochecha 

-Bom dia filha - sorriu brevemente enquanto me observava sentar na cadeira ao seu lado e me servir - tem uma coisa que preciso falar com você - fechou seu notebook e me olhou com uma cara séria 

-Eu juro que eu não fiz nada - levantei minhas mãos em forma de rendimento, ele apenas riu negando 

-Calma, que consciência pesada - riu - o que eu tenho pra falar dessa vez não é sobre as coisas que você vem aprontando - ficou sério por um momento 

-Que milagre - disse e ele me repreendeu com o olhar - sobre o que é então? - perguntei tentando parecer curiosa 

-Lembra do seu primo, Ruggero? - perguntou e eu forcei minha memória, me lembro muito pouco dele, mas me lembro 

-Pouco - disse - porque? - perguntei 

-Ele e alguns amigos dele ganharam um concurso e conseguiram bolsa no seu colégio pelos dois próximos anos - disse e eu o olhei surpresa - espero que você o ajude a se acostumar 

-Claro - indaguei - mas que eu me lembre o Ruggero tem condições de pagar a mensalidade do colégio, porque vai entrar como bolsista? - perguntei 

-Condições ele e todos os amigos tem, mas é sempre melhor economizar um pouco, até porque a mensalidade de lá é bem alta - disse e tomou um gole de seu café - até eu considerei bastante antes de matricular você lá 

-Entendi - disse - vai ser bom conhecer pessoas novas, aquele lugar já está desgastado com os mesmos alunos fúteis de sempre - comentei e meu pai riu 

-Você não se tornando um deles, tudo bem - se levantou e beijou levemente minha testa - tenho que trabalhar, o motorista já está te esperando, não se atrase - me mandou um beijo e saiu.

   Terminei meu café rapidamente, peguei minha mochila, me olhei novamente no enorme espelho que tínhamos na sala de jantar, estava perfeita. Até que essa história do meu primo vir estudar no meu colégio me deixou animada, talvez ele e seus amigos sejam legais. 

   Caminhei até o carro que já estava me esperando na porta de casa, entrei no mesmo e cumprimentei meu motorista, que logo deu partida em direção ao colégio. Senti meu celular vibrar dentro da minha mochila, peguei o mesmo e observei uma mensagem da Lodo no visor, “Amiga, meu motorista teve um problema, será que você pode me dar uma carona?” Li a mensagem e sorri, isso é a cara dela, respondi “Estou indo”, enviei e avisei ao motorista, que já está acostumado a dar carona para a Lodo, pois ela sempre tem um problema de manhã. 

   Lodo é minha melhor amiga, e considerando que todos os outros são falsos e só se aproximam de mim por popularidade, ela também é a única, estudamos juntas desde que me lembro de frequentar o colégio, ela está sempre na minha casa ou eu na dela, seu jeito doido e atrapalhado sempre me alegra, a forma como ela enfrenta os problemas com bom humor é o que mais me chama atenção na sua personalidade. 

-Bom dia best- sai dos meus pensamentos com a mesma entrando no carro e jogando sua mochila em cima de mim 

-Bom dia Little bitch - disse jogando sua mochila de volta na mesma, que riu fechando a porta do carro e cumprimentando meu motorista

-Pronta para mais um ano sendo a estrela daquele colégio? - perguntou rindo e eu revirei os olhos - o que foi miga? Achei que gostava de toda a sua popularidade 

-Achou errado - indaguei e ela riu - odeio aquelas pessoas me idolatrando como se eu fosse diferente deles 

-Mas tecnicamente você é, ser herdeira de um império de empresas não é pra qualquer um - comentou - e pensa pelo lado bom, você sempre tem tudo o que quer, porque além de nascer milionária, nasceu linda pra caralho - disse me fazendo rir - então se eu fosse você aproveitava esses últimos dois anos 

-Você até que tem razão - disse e ela riu 

-Eu sempre tenho razão baby - jogou os cabelos para trás se gabando - e claro que quando eu disse aproveitar, quero dizer aproveitarmos, juntas - passou seu braço por cima do meu ombro - sinto que esse vai ser o melhor ano das nossas vidas. 

Pov’s Jorge Blanco: 

   Senti meu corpo se encontrar com o chão, e todos os músculos existentes do meu corpo latejar, abri os olhos rapidamente e olhei em volta completamente assustado 

-Acorda cara - escutei a voz do idiota do Ruggero, me sentei no chão o observando enquanto o mesmo ria do meu tombo - eu até tentei te acordar com beijinhos - disse rindo 

-Vai se ferrar Ruggero - me irritei e ele riu mais ainda - porque você me acordou essa hora? - perguntei enquanto me deitava novamente na cama 

-Deve ser porque hoje é o nosso primeiro dia de aula na escola dos ricassos - disse e na mesma hora eu reparei na sua roupa e ri - o qur foi? - perguntou e percebeu do que eu estava rindo - Você também tem que usar essa roupa seu idiota, é o uniforme do colégio - indagou e eu o encarei incrédulo 

-Já não gostei dessa nova escola - me levantei caminhando até o banheiro 

-Pensa pelo lado bom - indagou - muitas gatinhas - senti seu tom malicioso 

-Você não presta mesmo né - disse fechando a porta do banheiro na sua cara 

...

-E o resto do pessoal? - perguntei assim que saímos da minha casa - não vão com a gente? 

-Marquei de nos encontramos lá mesmo - Comentou destravando seu carro e entrando do lado do motorista, e eu entrei no outro lado - lembra do meu tio que é rico pra caralho? - perguntou enquanto dava partida no carro, apenas assenti - parece que a minha prima, filha dele, estuda lá - comentou 

-Olha, pelo menos uma pessoa você conhece - disse e ele revirou os olhos - ela é gata? - perguntei e ele me encarou incrédulo 

-Você não vai ficar com a minha prima - disse - mas pelo que eu me lembro ela é gata - sorriu me fazendo rir