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História Breaking Rules - Jortini - Temp. 2 - Capítulo 22


Escrita por: ViolettaCast

Notas do Autor


Oiiii meus amores ❤️❤️

Sei que não postei capítulo ontem, eu não consegui escrever 😩 a faculdade toma muito meu tempo 😢... mas hoje deu tudo certo ❤️

Boa leitura ❤️❤️❤️

Capítulo 99 - Temp. 2 - Capítulo 22


Fanfic / Fanfiction Breaking Rules - Jortini - Temp. 2 - Capítulo 22


                  Martina Stoessel


   Admirei a vista através da enorme janela de vidro, Los Angeles é uma das cidades mais bonitas que eu já conheci tão bonita. Me lembro de quando era criança, Lodo e eu sempre planejávamos morar aqui, juntas. 

   Desde pequena minha melhor amiga já tinha alma de empreendedora, nossas brincadeiras favoritas eram sempre resumidas em criar roupas e vende-las para clientes imaginários. 

   Quem diria que tudo isso se tornaria realidade... ainda mais com clientes reais. 

-É realmente muito bonito – escutei a voz da minha melhor amiga ecoando no local vazio – Muito grande – acrescentou rodopiando de braços abertos 

-Tem três andares e fica no bairro mais movimentado da cidade, ótimo pra quem está começando um negócio novo – o corretor comentou animado 

-O que achou? – Lodo me encarou esperançosa – Tem muito espaço, se tudo der certo podemos expandir ainda mais – repetiu as palavras do corretor 

-Eu gostei – respondi sem muitos rodeios 

   Esse já deve ser o décimo imóvel que visitamos essa semana. Lodo teve essa mesma reação com todos, mas assim que o corretor se afasta ela aponta todos os defeitos imperceptíveis pra mim. 

   Lodovica me encarou impaciente e logo depois respirou fundo. 

-Odiei a cor dessa parede – voltou a encarar o lugar e apontou uma parede amarela, bem cor de gema de ovo 

   Tenebrosa. 

-Vocês têm o direito de reforma tudo que não agradou – defendeu o corretor 

   O observei por alguns segundos, ele até que é bem bonitinho. Parecia ser poucos anos mais velho que eu, vestia uma camisa branca social e uma calça preta, seu cabelo escuro contrastava com seus olhos azuis. 

   Podia facilmente largar a carreira de corretor e se tornar modelo. 

-Se eu quisesse reforma construía tudo do zero – Lodovica retrucou deixando o homem sem graça 

-Lodovica – a repreendi me afastando da janela – Não tem nada aqui que um pintor não resolva – sorri tentando parecer mais animada 

-Esse lugar é uma raridade – o homem se recompôs e continuou com sua propaganda – Se eu fosse vocês não perderiam – escondeu as mãos no bolso da calça 

   Lodo e eu nos encaramos. Eu queria que ela aceitasse primeiro e ela queria que eu aceitasse primeiro. Assim se alguma coisa der errado, jogamos a culpa uma na outra. 

   Tomamos decisões assim desde sempre. 

-Por mim é uma oportunidade muito boa – admiti admirando o prédio de janelas enormes e muito bem iluminado – Você quem decide – joguei a decisão pra ela 

-Como assim eu quem decido? – questionou indignada – O combinado é uma sociedade, tomamos as decisões sempre juntas – cruzou os braços 

   A verdade é que pra mim tanto faz, só preciso ter um lugar tranquilo onde posso criar minhas peças. 

-Eu só quero escolher logo e acabar com isso – suspirei cansada 

-Será que nós duas podemos conversar um pouco a sós? – ela encarou o corretor

   Aquele olhar típico da Lodo, da medo em qualquer um, é impossível negar. Então o cara assentiu e foi dar uma volta no prédio. 

-O que aconteceu com você? – voltou sua atenção pra mim – Passamos a semana toda visitando lugares e a única coisa que você diz é ‘gostei’ – revirou os olhos 

-Mas eu realmente gostei de todos – murmurei me apoiando naquela maldita parede amarelo gema de ovo – Por mim teríamos escolhido o primeiro lugar, se você não tivesse colocado um monte de defeitos inexistentes 

-Então o problema sou eu? – começou com seu drama – Desculpa se eu quero encontrar o melhor lugar pra realizar a porra do seu sonho – apontou o dedo na frente do meu rosto 

-Meu sonho? – empurrei sua mão – Que eu me lembre até ontem era um sonho nosso – reforcei a palavra ‘nosso’ 

   Lodovica fechos os olhos e bufou impaciente. 

-Olha Martina, eu não larguei meu emprego pra suportar esse seu descaso – segurou a bolsa sobre o ombro - Se for pra ser assim, acho melhor a gente nem começar – me encarou desapontada 

   Lodovica se afastou e saiu da sala, me deixando ali sozinha. 

-Droga – gritei socando a parede amarela 

   Já perdi as contas de quantas vezes decepcionei as pessoas que me amam, e não foram poucas. 


[...]


-Bom dia – apoiei os braços no balcão onde fica o porteiro do prédio e esbocei meu sorriso mais amigável 

-Senhorita Martina, quanto tempo – o porteiro gentil logo retribuiu meu sorriso – A senhorita faz falta nesse prédio – afirmou 

-Eu faço falta em qualquer lugar – me gabei e ele logo riu – Eu bem que queria colocar as fofocas em dia com o senhor, mas preciso visitar uma amiga – desfiz meu sorriso – Sabe se a Mercedes tá em casa? – perguntei 

   O porteiro idoso e gentil pensou durante longos segundos. 

-Que eu me lembre ela não passou por aqui hoje – respondeu com as mãos entre os cabelos grisalhos 

-Vou subir então – depositei um beijo em sua bochecha e me afastei 

   Estava pronta para adentrar o elevador, quando ele me chamou de volta. 

-A senhorita podia me fazer um favor? – se aproximou com alguns envelopes em mãos 

-Claro – assenti sorridente 

-Não tive tempo de entregar essas correspondências – me entregou o amontoado de envelopes – É no mesmo andar da Senhorita Mercedes, apartamento 102 – acrescentou 

   Meu sorriso se desfez aos poucos. Ele provavelmente se esqueceu que esse é o apartamento que eu morava.

   O apartamento do Jorge. 

-Tudo bem, eu entrego – não queria parecer mal educada ou ingrata, afinal ele foi um grande amigo durante anos 

   Ele agradeceu com um sorriso tão sincero, que já fez valer a pena meu esforço. Eu não perdi tempo e retomei meu caminho até o elevador, apertei para o último andar. 

   Enquanto subia eu pensei sobre os últimos dias. Desde o aniversario da Cande eu estive tão ocupada, não tive tempo de visitar meus amigos e muito menos o Jorge. Na verdade, mesmo que tivesse tempo, eu não pretendia visitar ele. 

   Eu penso que ele esta melhor que eu, ele pensa que eu estou melhor que ele, então seguimos com esse orgulho angustiante.

   Quando me dei conta já estava no ultimo andar, caminhei no corredor vazio até o meu antigo apartamento. Pensei em jogar as correspondências por baixo da porta e me livrar desse encontro. 

   Mas no fundo eu precisava ver aquele par de olhos verdes. 

   Então bati na porta. Esperei alguns minutos e ninguém apareceu, bati mais vezes e nada, um silêncio estranho pairava no apartamento. 

-Ninguém me faz esperar – revirei os olhos e bufei 

   Caminhei mais alguns passos pelo corredor, até chegar no apartamento vizinho. Mais uma vez bati na porta. 

   Ninguém atendeu. 

-Até você Mercedes – resmunguei sozinha 

   Fiquei mais alguns minutos ali, esperando alguém abrir a porta. 

-Que droga, onde estão as pessoas desse prédio? – me questionei guardando as correspondências dentro da minha bolsa, resolvi devolve-las para o porteiro. 

   Retornei até o elevador, pronta para ir embora daquele prédio. Mas quando fui apertar para o térreo, me lembrei do terraço. Eu bem que poderia esperar alguns minutos lá em cima, é sempre bom respirar um ar puro. 

   Assim fiz, mudei de ideia e apertei para o terraço. 

   De todos os lugares que conheço, esse é o único capaz de me encher de esperanças quando se trata do meu antigo relacionamento com o Jorge. 

   Aquele foi o nosso lugar durante tantos anos, como um refúgio longe de todos e ao mesmo tempo perto de tudo. Era ali que eu o encontrava quando brigávamos ou até mesmo quando estava tudo bem e ele só queria ir lá agradecer. 

   Me lembro de todas as vezes que eu me senti a pessoa mais feliz do mundo ao lado dele, de quando as minhas inseguranças desapareciam e tudo era tão intenso. 

   De quando eu era feliz e desperdicei. 

   Finalmente o elevador parou, as portas se abriram lentamente e um vento frio me atingiu. Rodeei meus braços ao redor do meu ombro e me encolhi, um casaco fez falta. 

   Antes que eu pudesse me aproximar do para peito, avistei duas pessoas de costas, abraçados observando a vista. Estreitei os olhos e logo percebi de quem se tratava, aqueles ombros largos eram irreconhecíveis para mim. 

-Jorge? – sussurrei baixinho, não queria que ele notasse a minha presença 

   Era ele bem ali, acompanhado por outra mulher. 

   Uma morena de cabelos longos que se aconchegava entre os braços largos dele e admirava a vista. Como eu podia acreditar naquela cena? Como ele teve a coragem de trazer outra mulher no nosso terraço?

   De todas as coisas que ele podia fazer e me magoariam profundamente, essa é a pior delas. Mesmo com tudo que aconteceu aquele ainda era o nosso lugar. A porra do nosso lugar.   

   Eu nunca acreditei no que dizem por aí. Que quando duas pessoas se separaram, tem sempre o ápice da tristeza, aquele momento que você finalmente percebe que acabou. Pode nunca acontecer ou demorar muito tempo. Sinto que esse é o momento que a minha ficha caiu.

-Eu sou uma idiota - voltei correndo para o elevador e sai daquele lugar o mais rápido que eu consegui 

   Malditas lagrimas rolaram por meu rosto, senti como se não pudesse respirar. 

   Alguma coisa apertava meu pescoço e uma angustia terrível dominou meu peito. No desespero levei a mão até a gola da minha blusa tentando me livrar daquela sensação, foi quando senti a corrente de ouro entre meus dedos. Me amaldiçoei por ainda usar aquela droga de colar e com toda minha raiva a puxei até que arrebentasse. 

   Como em uma cena dramática de um filme triste, o colar escorregou entre meus dedos e caiu no chão frio daquele elevador. 

   Sei que com o tempo a gente acostuma com a dor e ausência da outra pessoa. E quando acostuma, esquece. Mas eu não quero esquece-lo. 

   Porque a porra daquele amor foi a coisa mais bonita que um dia eu senti.




Notas Finais


Aiii gente... o coração dói de escrever essas coisas 😭😭😭 mas é necessário 😫

Quero saber, gostaram do capítulo??? 😬😬😬 espero que sim 😂❤️❤️

Até o próximo!!!!


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