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História Breakout - Meu Lugar.


Escrita por: hyunsolium

Notas do Autor


inhai
capítulo grande igual minha vontade de dar uma rasteira no bolsonaro, gostaram?
hoje nem era para eu atualizar, mas é aniversário da senhora karen e decidi dar esse presentinho pra aquela gay.
(consequentemente pra vcs tmb ne)
quero saber o que vão achar depois desse cap, então boa leitura e muito obrigada pra todo mundo que da fav e comenta <3
boa leitura e foi mal aí se eu deixei erro passar


off: AINDA TO TENTANDO SUPERAR ICSM MEU DEUS OQ FOI AQUILO SABE

Capítulo 8 - Meu Lugar.


Vários dias tinham se passado desde a realização da olimpíada. O resultado do evento ainda não havia saído, afinal, precisavam corrigir provas do país inteiro. Entretanto, curiosamente, Dahyun não estava muito preocupada com isso, até tinha se conformado de que não havia se saído tão bem assim, porque achou a prova muito difícil.

Por falar na coreana, a mesma estava experimentando alguns dias de paz que não tinha há um certo tempo. Por mais que ainda estivessem em período de prova, o emocional da Kim não poderia estar mais tranquilo. Toda segunda, quarta e quinta-feira ela ficava até mais tarde na escola para ajudar Seulgi em física. E, como esperado, as duas estavam ficando muito próximas, e Dahyun estava criando um certo carinho pela garota. Um carinho que, para a infelicidade da Kang, não ultrapassava a linha da amizade.

Em relação às mensagens que trocou com Sana, a Kim foi ligar os pontos só depois, lembrando que Mina tinha falado que cuidaria da situação, então consequentemente tinha dedo da japonesa naquilo tudo. Precisava admitir que isso a desanimava um pouco, porque, por um curto período de tempo, achou que o pedido de desculpas havia sido espontâneo. Inclusive, não se falaram mais depois de sábado, onde a última mensagem da Minatozaki era falando que pensaria se iriam estudar juntas.

Era doloroso admitir que frequentemente abria o aplicativo de mensagens para ver se a garota havia se decidido. Por mais que sua consciência gritasse que havia sido uma má ideia, Dahyun queria mais do que tudo passar tempo com a japonesa. Quem sabe as coisas voltariam aos poucos ao que eram, certo? Antes de estragar tudo com seus sentimentos platônicos.

Pelo menos era isso que ela pensava.

Entretanto, por mais que estivesse ansiosa e esperançosa por uma resposta, seu emocional não estava tão turbulento. Afinal, estava tendo seus momentos de paz com suas amigas e Seulgi, que sempre conseguiam tranquilizá-la sem nem ter a intenção.

Em contrapartida, Sana estava tendo uma das semanas mais estressantes de sua vida.

Suas amigas tentavam justificar o estresse da japonesa com um jogo importante de vôlei que aconteceria em algumas semanas. Isso fora o fato de que os treinos estavam ficando cada vez mais puxados por causa disso. E, bem, hoje era quinta-feira, então teriam o treino aberto na quadra da escola.

Afinal, considerando tudo isso, era compreensível a líder estar com os nervos à flor da pele. Pelo menos era isso que a Minatozaki tentava empurrar para si mesma, que estava estressada por causa dos treinamentos e do futuro jogo.

Claro que era por isso.

Não tinha nada a ver com as cenas de proximidade entre Dahyun e Seulgi que andava vendo.

No início, ainda estava incerta se a Kang realmente tinha interesse na sua antiga amiga, mas, com o passar dos dias, toda sua dúvida havia ido embora. Seulgi olhava para Dahyun com fascínio, transbordando toda atração que sentia pela garota. Quando ainda estava conhecendo o namorado, Junmyeon olhava para si do mesmo jeito.

E como Sana sabia descrever tão perfeitamente os olhares que Seulgi lançava? Bom, talvez ela estivesse perdendo tempo demais prestando atenção naquilo.

Mas também não é como se pudesse evitar.

Durante todos aqueles malditos dias, onde quer que fosse na escola, as duas estavam juntas em algum canto conversando. Não deveria ficar incomodada com aquilo, sabia disso, mas simplesmente não conseguia controlar sua curiosidade e irritação.

Uma vez havia saído durante a aula para beber água, e ainda no corredor, indo até o bebedouro, viu as duas garotas conversando ao lado deste. A Kang, como sempre, tinha seu jeito galanteador perto de Dahyun, fazendo a menor rir. Sentiu raiva, a Kim não era de demorar para voltar para a sala, e muito menos de rir para qualquer coisa. Antes, Sana era uma das poucas pessoas que conseguiam fazer Dahyun rir verdadeiramente.

Não precisava nem falar que deu meia-volta e voltou para dentro da sala, bufando irritada.

Outro dia, também tinha visto Seulgi mexer no cabelo de Dahyun durante o almoço. A Kim sorriu várias vezes naquele dia, além de deixar a outra ficar muito próxima e encostar nela. Dahyun não gostava de contato físico, principalmente de quem não conhecia muito. Antes, Sana era uma das únicas que podiam fazer carinho na Kim sem a outra se sentir incomodada, aquele era o seu posto.

Era o seu lugar.

A líder sentia que iria enlouquecer a qualquer instante, porque todo aquele incômodo não parecia querer ir embora, por mais que se esforçasse para isso. Não tinha direito de se sentir assim, afastou Dahyun por conta própria, não tinha mais sua companhia por conta própria. E, ao seu ver, tinha feito o certo.

Mas então por que sentia vontade de quebrar tudo quando via aquelas cenas?

No momento, estava completamente imersa em seus pensamentos enquanto a professora de história finalizava o conteúdo do dia de hoje. Normalmente, sua atenção não era boa o suficiente para absorver os conteúdos ditados em sala, mas nesses últimos dias, parecia estar impossível entender uma única palavra. Estava sempre com a cabeça distante.

Por um instante, enquanto o tempo passava durante a última aula do período da manhã, a líder imaginou algo que a fez segurar o lápis com força. Com toda aquela proximidade que Seulgi e Dahyun estavam tendo, imaginou um cenário em que a Kang ajudava a outra em alguma crise de ansiedade. Segurando suas mãos e depois fazendo carinho no seu rosto, do jeito que Sana fazia.

Sem perceber, havia quebrado o lápis em sua mão.

Jihyo, que estava sentada próxima da japonesa, franziu as sobrancelhas com o barulho, até ver o que tinha causado este.

— Sana? – Chamou a amiga num sussurro para a professora não perceber. Entretanto, a japonesa continuou olhando para frente com um olhar estranho. – Ei, Sana, está tudo bem? – Optou por cutucar o ombro da outra.

Parecendo sair do transe, a líder pisca algumas vezes assustada, virando para o lado e então vendo o semblante confuso da Park. Só então nota o objeto quebrado em suas mãos.

— Hm? – Murmurou sem saber o que dizer. – Está tudo bem, só me distraí. – Forçou um sorriso, colocando o lápis partido em dois sobre a mesa. Jihyo acompanhou o movimento com desconfiança, porque claramente tinha algo incomodando a japonesa.

Antes que a Park pudesse abrir a boca para falar mais algo, o sinal irritante da aula havia soado, indicando que os alunos estavam liberados. Como era quinta-feira, ao invés de todos irem para o refeitório, iam direto para a quadra, tudo para ver o time das meninas treinar. 

Por isso, todos se levantaram animados, arrastando as cadeiras com pressa para saírem da sala. Sana acompanhou com os olhos Seulgi também deixar a classe, entretanto, diferente da multidão, a coreana pareceu ir direto até a sala de Dahyun.

Desgraçada.

Respirou fundo, tentando não ocupar sua cabeça de novo com aquilo. E então seguiu o resto das meninas até os corredores, precisavam chegar logo no vestiário para colocarem os uniformes esportivos.

Depois de alguns minutos, Sana, como sempre, tinha sido a primeira a trocar de roupa e ficar pronta. Costumava esperar seu time enquanto trocava mensagens com Junmyeon, mas dessa vez estava desanimada e com a cabeça cheia. Por isso, optou por apenas ficar quieta olhando o chão fixamente.

— Céus, nem para esse uniforme ter mangas curtas. – Bufou Jihyo enquanto tentava arregaçar as mangas da vestimenta.

Momo concordou com a cabeça, porque de fato passavam muito calor com aquilo. Mas, era compreensível, já que muitas vezes precisavam se jogar no chão durante o jogo, e as mangas compridas serviam para proteger a pele. 

— Até que não me importo tanto com isso, pelo menos fico gostosa. – Comentou Nayeon dando de ombros e soltando um sorriso convencido. As garotas soltaram uma risada nasal, revirando os olhos com a autoestima da outra.

Bom, errada ela não estava.

— Não vai concordar comigo? – Implicou a Im, dando um tapa desajeitado no ombro de Jeongyeon. Entretanto, ao perceber o que tinha falado, olhou rapidamente para a líder, tentando ver se ela tinha escutado. – Quer dizer, vocês não vão concordar comigo?

Sana, assim que escutou a amiga falar mais alto, dispersou sua atenção das coisas que pensava, só então vendo que suas amigas olhavam para si com um olhar estranho.

— Oi? Falaram comigo? – Questionou confusa, piscando algumas vezes enquanto desenconstava seu corpo da parede atrás de si. 

— Não era nada. – Respondeu Nayeon, estranhando a amiga com a cabeça nas nuvens. – Está tudo bem?

— Claro, por que não estaria? – Respondeu forçando um sorriso. Percebeu que as meninas estavam desconfiando do seu comportamento, que ficava alternando entre estar puta da vida ou completamente quieta com os próprios pensamentos. – Enfim, estão todas prontas, né? Vamos para a quadra.

As garotas se entreolharam desconfiadas, vendo Sana passar reto por elas e ir até a saída do vestiário, para então parar ao lado da porta e olhar para todas com um olhar impaciente, inclusive para as garotas que não faziam parte do seu grupo de amizade. 

— Esqueceram como que anda? – Falou de forma rude, fazendo então todas se ajeitarem e começarem a seguir a líder.

Yeri, que também era do time de vôlei, olhou de relance para Nayeon e silabou um “o que deu nela?” a uma certa distância. Sana não era grossa normalmente, mas nos últimos dias a japonesa estava com um humor complicado. A outra coreana, estando tão perdida quanto a colega, deu de ombros mostrando que não fazia ideia. 

A Kim crispou os lábios diante da resposta, não era como se importasse muito com a Minatozaki, nunca tiveram um contato maior que não fosse dentro da quadra. Ainda assim, era estranho, levando em conta que o humor da japonesa normalmente era leve. Do grupo da líder, conversava vez ou outra apenas com Nayeon. E antes também com Dahyun, quando tiveram aquele rolo rápido sem muito compromisso, mas não sabia se deveria considerar a coreana do mesmo grupo que Sana, levando em conta que ambas não andam mais juntas hoje em dia.

Espantou os pensamentos, porque agora precisaria de foco, e estava perdendo tempo pensando em coisas inúteis.

Já dentro da quadra, o time de vôlei entra de modo triunfal, atraindo os gritos animados de todos os alunos que assistiam da arquibancada. De modo rápido, as garotas se dividem em dois grupos para que o jogo se iniciasse.

Com cada uma indo para o seu canto, Sana aproveita para olhar de relance para a pequena “plateia” que assistia ao jogo. Como sempre, visualizou Dahyun e suas amigas sentadas com olhares atentos. Sorriu de leve ao perceber que tinha a atenção sobre si, mesmo que Seulgi estivesse ao lado da Kim também esperando o jogo começar.

Taeyeon soprou o apito, sinalizando que a partida havia se iniciado. A líder no mesmo instante desvia o olhar, que antes estava na arquibancada, para o grupo adversário. Joy, que estava do outro lado, se posicionou e sacou a bola com maestria, arremessando-a para o lado da quadra em que a japonesa estava.

Com um reflexo absurdo, Momo consegue levantar a bola assim que a mesma entra no seu campo, e com uma sincronia que parecia ter sido ensaiada, Sana aproveita a bola bem posicionada para realizar seu ataque, acertando em cheio no lado do time adversário. As outras garotas mal viram o que aconteceu, só notaram que a Minatozaki tinha feito ponto quando Taeyeon apitou novamente e levantou o braço, indicando a marcação.

A líder, com um sorriso convencido por ter feito o ataque com perfeição, olha rapidamente para a arquibancada, querendo ter certeza de que Dahyun viu o que acabou de fazer. Entretanto, seu sorriso morre no mesmo instante.

A Kim sequer parecia ter prestado atenção, porque estava conversando alguma coisa com Seulgi.

Sana sente seu sangue esquentar no mesmo instante, cerrando os punhos com raiva por causa de uma desfeita daquelas. A desgraçada da Kang não podia ficar quieta um único segundo? Pensou irritada, achando um absurdo aquela garota parecer estar sempre roubando toda a atenção de Dahyun. Entretanto, desviou seu olhar de volta para a quadra, não querendo prolongar sua irritação.

Com a marcação do ponto, agora o time de Sana faria o saque. Nayeon pegou a bola e quicou a mesma algumas vezes, se aquecendo para arremessar a mesma. A treinadora novamente dá o sinal, indicando que o saque precisava ser realizado. A Im bate na bola com precisão, atingindo o meio do campo adversário. Entretanto, Yeri conseguiu levantar a bola, passando então para Jihyo e esta para Jeongyeon, que realizou o ataque.

O ataque foi bem articulado, mas não o suficiente para impedir o levantamento da Hirai. E então, novamente, a líder aproveita e ataca com mais força que anteriormente, marcando ponto.

Taeyeon bateu palmas animada, achando que Sana e Momo estavam jogando muito bem. Enquanto isso, as amigas da Minatozaki olhavam para a mesma com estranheza, porque o ataque havia sido feito com uma força desnecessária.

A japonesa novamente olha para a arquibancada, e sente sua irritação crescer mais ainda ao constatar que, assim como anteriormente, Dahyun não havia visto sua jogada. Tudo porque estava ocupada demais conversando com Seulgi. Seu subconsciente gritava que aquela raiva era irracional, que não tinha nada a ver com as novas amizades da Kim.

Mas não conseguia pensar nisso.

Porque, mesmo depois de todo esse tempo ter passado, em que não conversava mais com a coreana, Sana via que a garota não se interessava verdadeiramente por ninguém, ou então não criava novos laços de amizade. Entretanto, com Seulgi ali, parecendo forçar o tempo todo uma proximidade, a japonesa começou a se sentir ameaçada.

Com esses sentimentos conflituosos, canalizou toda sua frustração e raiva na partida de vôlei.

Causando então uma vitória fácil para o seu time, que não sabia se ficava mais assustado com o empenho que Sana aplicava no jogo ou por terem ganhado de lavada, sem sequer o outro lado conseguir marcar ponto.

Dentro do vestiário novamente, onde as jogadoras se secavam depois de uma ducha rápida, Sana tinha o olhar um pouco mais leve enquanto conversava com Junmyeon por mensagens. Afinal, havia colocado tanta força durante a partida que parte da sua raiva havia ido embora.

— O que você usou antes dessa partida, ein? Me dá um pouco. – Brincou Jihyo enquanto terminava de se trocar, olhando para Sana intrigada.

— Não sei da onde vocês tiram essas coisas, eu joguei igual aos outros dias. – A líder respondeu dando de ombros, mesmo sabendo que aquilo não era verdade.

— Nossa, mas definitivamente não – Jeongyeon se intromete na conversa, passando os dedos entre seus cabelos curtos que estavam úmidos. – Eu estava até com medo de bloquear seus ataques e perder meus dedos.

— Realmente, ainda bem que eu estava no seu time. – Complementou Nayeon. – Brigou com o Junmyeon ou algo do tipo? 

— Deus, não – Sana revira os olhos, achando que as amigas estavam exagerando. – Eu tô falando sério, pra mim eu joguei igual sempre. – Reafirmou o que sabia que não era verdade. No fundo estava imaginando que a bola era a cabeça de Seulgi.

— Ok… se você diz – Jeongyeon faz sinal de rendição com as mãos, mas não acreditou muito naquilo. A coreana olha em volta, vendo que algumas jogadoras já haviam saído do vestiário, e a única que ainda estava nas duchas era Momo. – Vou indo para o refeitório, tô com fome e não quero pegar os restos.

Dito isso, a Yoo coloca seu uniforme sujo dentro do armário, fazendo a anotação mental de buscar o mesmo quando fosse embora. Assim que fez menção de deixar o vestiário, Nayeon se apressa para também guardar suas coisas e acompanhar a coreana.

— Calma aí, vou junto. – Avisou assim que chegou ao lado da outra. Jeong deu um sorriso mínimo com aquilo, para então ambas saírem dali.

Sana bufou impaciente, não aguentando sempre ter que esperar a demora da Hirai para tomar banho. Por estar com as pernas doloridas pelo jogo, se senta em um dos bancos e saca novamente o celular do bolso, vendo que Junmyeon havia respondido sua mensagem e avisado que guardaria uma mesa no refeitório. Felizmente tinha um namorado muito prestativo, o que a fez sorrir satisfeita. Jihyo aproveitou para sentar ao lado da amiga, olhando de relance para o celular da mesma e vendo que ela falava com o Kim.

Desviou o olhar no mesmo instante, não querendo ser pega no flagra e taxada de enxerida. Não sentia ciúmes de Sana nem nada do gênero, ou sequer tinha algo contra o garoto. Entretanto, sentia uma estranheza em relação ao relacionamento de ambos, era como se faltasse algo ou então eles não combinassem. 

Embora toda escola achasse o contrário.

Por isso, concluiu que era coisa da sua cabeça. Se sua amiga estava feliz, era o que importava.

Enquanto Jihyo estava presa nos próprios pensamentos, Sana fechou a conversa do namorado e entrou no menu do aplicativo de mensagens. A japonesa sente seu peito apertar e uma ideia se acender na sua cabeça assim que olha de relance para a conversa com Dahyun. Onde a última mensagem havia sido sua, falando que pensaria a respeito do convite para estudarem juntas. Clicou no chat de conversa, mordendo o lábio inferior enquanto hesitava se falava o que estava pensando ou não.

Não deveria aceitar o convite, sabia disso. Era algo arriscado.

Entretanto, joga a razão para os ares e começa a digitar ansiosa.

Sana: “Oi, acho que tomei uma decisão”

Sana: “Aceito sua idéia de estudarmos juntas”

Dito isso, bloqueou o celular no mesmo instante e levantou a cabeça, vendo que Momo finalmente saía de dentro das cabines enrolada numa toalha. 

— Onde estão as outras? – Questionou a jogadora para as outras duas, já que o vestiário estava praticamente vazio.

— Foram pro refeitório. – Responde Jihyo, imaginando que tanto Nayeon quanto Jeongyeon já estivessem almoçando na mesa de sempre.

Momo não responde nada, apenas assente com a cabeça e vai até o seu armário, buscando uma muda limpa de uniforme. Como todas ali dentro se conheciam muito bem, não existia essa vergonha de ficar nua na frente das outras jogadoras. Por isso, a japonesa não tardou em tirar a toalha do corpo e começar a se vestir propriamente.

Sana sempre desviava o olhar quando tinha alguma pessoa pelada no vestiário, entretanto, dessa vez demorou um pouco mais os olhares nas pernas da Hirai. Cerrou os olhos ao ver que tinha uma mancha roxa na parte inferior da coxa direita da garota, parecendo muito visualmente com um chupão. Porém, tirou a atenção dali e voltou a olhar para o chão, se convencendo de que provavelmente era algum hematoma de atividade física. Afinal, vez ou outra alguns machucados surgiam no seu corpo por causa das partidas de vôlei.

— Vamos? – Questionou a Hirai já devidamente trocada, alternando seu olhar entre as duas amigas. Jihyo se levantou no mesmo instante, junto de Sana, para então deixarem o vestiário enquanto rumavam até o refeitório.

Como esperado, assim que chegaram no local, a mesa no centro já estava sendo ocupada pelo resto das suas amigas e Junmyeon, que trocava algumas palavras com um outro garoto. Era Chanyeol, um dos amigos do seu namorado, e junto dele estava uma garota um pouco deslocada, era mais baixa que si e tinha os cabelos loiros na altura dos ombros.

Sana não deu muita relevância para aquilo, vez ou outra alguns amigos do Kim se juntavam à mesa com elas. Por isso, apenas seguiu até o seu lugar e sentou ao lado do namorado, dando um selinho rápido no mesmo, que sorriu com o contato. Como sempre, Junmyeon havia buscado o almoço da japonesa, poupando a mesma de ter que se levantar e pegar fila.

A alguns metros dali, o grupo de Dahyun também almoçava com calma junto de Seulgi, Joy e Yeri. Embora as últimas duas não tenham aprofundado tanto a amizade com as outras, gostavam de almoçar com aquelas garotas. Como sempre, o almoço da escola estava com um gosto duvidoso. Achavam um absurdo o fato de uma instituição particular, cara do jeito que era, não ter refeições no mínimo apetitosas. Bem, não era sempre que a comida estava estranha, óbvio, mas infelizmente acontecia de estar na maioria das vezes.

— Eu tenho certeza… – Comentou Chaeyoung de boca cheia. – Que eles matam os alunos que não querem fazer nada muito popular, tipo os que querem cursar letras ao invés de medicina, e misturam os restos com o almoço. – Tzuyu teve que colocar a mão na frente da boca para não cuspir a comida, tudo por causa da risada que a invadiu com a fala da amiga.

Enquanto isso, todas na mesa fizeram uma cara de nojo, principalmente Dahyun, que já não estava com o apetite muito alto.

— Meu Deus, Chaeyoung, por que você é assim? – Murmurou Mina, deixando os hashis sobre a sua bandeja. Por sorte, já tinha acabado sua refeição, caso contrário teria parado por ali mesmo.

— Ah, para! É uma teoria totalmente possível. – Insistiu a Son, olhando para a japonesa com um olhar divertido. – Me assusta eu ainda não ter virado algum pedaço de frango, porque nem sei o que vou fazer da vida.

— Bem que o diretor às vezes te olha torto, melhor tomar cuidado. – Tzuyu concordou com a amiga, entrando na brincadeira e dando um sorriso travesso. 

A Kim soltou uma risada nasal diante do diálogo que suas duas amigas começaram a criar. Não era algo incomum, Chaeyoung sempre teve um humor duvidoso e Tzuyu normalmente dava corda. De certa forma, tinha até mesmo inveja, já que considerava as próprias piadas péssimas e seu humor sem graça.

— Vocês adoram exagerar. – Comentou Dahyun, cutucando o resto da comida no próprio prato, pois tinha perdido o apetite.

— É fácil para você falar isso, porque vai virar uma médica famosa e provavelmente achar a cura do câncer. – A Son implicou, falando indiretamente para as outras garotas na mesa o curso que a amiga queria seguir.

Dahyun, não querendo repetir a mesma coisa que disse segundos atrás, apenas levanta as sobrancelhas e olha a menor com um olhar engraçado. Como quem diz “como eu disse, você adora exagerar”. Entretanto, a Son apenas deu de ombros e continuou a comer seu almoço.

Seulgi vira para a de cabelos castanhos com um olhar interessado, obviamente sabia da inteligência e dedicação da coreana, mas ainda não tinha ciência de que a mesma pretendia cursar medicina. Não é como se estivesse surpresa, era apenas uma informação interessante. Das amigas da Kang, Yeri era a única que sabia daquilo, por causa do rolo que tiveram. Inclusive, todas ali sabiam do envolvimento que a mais nova teve com Dahyun, mas não se importavam tanto com isso, até porque não tinha sido nada sério demais.

— Você quer fazer medicina? – Questionou Seulgi curiosa. A Kim deu de ombros, soltando os hashis de vez e olhando para a outra.

— Meio que sim, só não sei que área seguir ainda. – A Kang ergueu as sobrancelhas intrigada, achando precipitado já querer decidir uma especialização. Mal sabia a mais velha que a pressa de Dahyun era proveniente da pressão exercida pelo pai.

— Ah, você tem tempo para decidir isso ainda. – Desconversou, só então notando a pequena mancha de molho que estava no canto da boca da Kim.

Sorriu achando graça daquilo, para então pegar seu guardanapo em cima da mesa e levar o mesmo até o rosto de Dahyun. A menor se assustou por alguns segundos por causa da proximidade repentina de Seulgi, mas depois relaxou ao ver que a garota estava apenas sendo atenciosa e limpando alguma coisa em seu rosto. Ainda estava tentando se acostumar com o jeito da Kang, que sempre era carinhosa e criava muito contato físico.

Mesmo sendo um gesto pequeno, não passou despercebido por dois olhares extremamente atentos vindos mesa no centro do refeitório. Sendo um deles da líder, que respirou fundo na mesma hora.

— Estava sujo. – Justificou Seulgi, finalmente abaixando o guardanapo e dobrando o mesmo. 

— Obrigada. – Dahyun corou, envergonhada pelo gesto feito em público. Felizmente, suas amigas estavam imersas demais na conversa da mesa e não prestaram atenção.

Por uma fração de segundos, a Kim desvia o olhar para a mesa onde Sana e suas amigas estavam. Porém, acaba se arrependendo de ter feito isso, porque a japonesa estava trocando um beijo bem caloroso com o namorado bem na hora. Seu coração aperta com a visão, fazendo-a desviar o olhar e se praguejar mentalmente por ter olhado naquela direção.

Felizmente, o sinal indicando o fim do almoço havia soado, fazendo todos alunos revirarem os olhos incomodados e então se levantarem da onde estavam, rumando para suas respectivas salas de aula. Dahyun nunca agradeceu tanto aquele barulho irritante do sinal, pois viu pela sua visão periférica que o casal querido da escola havia desgrudado. 

Acompanhando o gesto da maioria, o grupo da coreana se levanta e se despede das outras meninas. Dahyun odiava o tumulto que se criava sempre que todo mundo precisava voltar para a sala de aula, sentia até mesmo suas mãos começarem a suar com tanta gente tão próxima, esbarrando em si vez ou outra. Por sorte, as garotas não demoraram em entrar novamente na classe. A coreana, como de costume, senta no seu lugar e puxa seus materiais.

Curiosamente, a Kim não tinha continuado a fazer as anotações para Sana. Entretanto, apenas porque estava perdida se deveria fazer as mesmas ou não, pois a japonesa não dava nenhum sinal se era para continuar fazendo aquilo. Chegava a ser algo ridículo, deveria ter parado por causa das grosserias que tinha levado de graça. Entretanto, tinha certeza de que se a líder pedisse para voltar com tudo, faria isso no mesmo instante sem questionar.

O problema é que não sabia o que fazer, estava completamente perdida e isso andava aumentando sua ansiedade.

Parecendo uma resposta do universo para sanar suas dúvidas, o celular da Kim em cima da mesa pisca a tela, indicando que havia uma notificação pendente. A coreana ergueu as sobrancelhas intrigada, não fazendo a mínima ideia de quem poderia ter mandado mensagem, já que nem ela ou suas amigas mexiam no aparelho durante o horário de almoço.

Ao desbloquear o celular e ver do que se tratava, sente seu coração quase pular do peito e sair andando. Eram mensagens de Sana.

Não apenas isso.

Mensagens de Sana aceitando seu convite para estudarem juntas.

Precisou piscar algumas vezes para ter certeza de que não estava alucinando. E de fato, as mensagens continuavam ali na sua frente, indicando que de fato havia recebido as mesmas. Sequer questionou muito a razão para a japonesa ter repentinamente aceitado seu convite, pois no próximo segundo já estava digitando freneticamente uma resposta.

Dahyun: “Achei que tinha esquecido disso”

Dahyun: “Mas… hoje eu vou ficar na biblioteca depois das aulas, se quiser já começar”

E então ficou encarando a tela com os olhos atentos, esperando para ver se Sana responderia no mesmo instante. Para aumentar mais ainda o surto da coreana, a líder ficou online e visualizou suas mensagens.

Sana: “Ok, vamos começar hoje então”

Sana: “Até depois”

Foram tantas sensações lendo aquilo que Dahyun não soube como reagir, por isso apenas se manteve estática com o olhar vidrado no aparelho. Tudo ao seu redor parecia ter ficado silencioso, sendo possível apenas escutar as batidas frenéticas do seu coração. Sequer percebeu quando o professor havia entrado na sala de aula, arrumando suas coisas em cima da mesa.

Chaeyoung, estranhando a amiga ainda segurar o celular mesmo com o professor em sala, vira em direção à mesma. Estranhou mais ainda ao ver o semblante no rosto da garota, por isso não tardou em inclinar o corpo em sua direção, tentando ver o que tinha de tão interessante na tela do celular alheio. Arregalou os olhos ao ver que se tratava de uma conversa com Sana.

— Dahyun, o que você está fazendo? – Questionou num tom levemente irritado. Não acreditava na capacidade da sua amiga em ser trouxa o tempo inteiro.

Com a fala da menor, a Kim toma um susto e finalmente sai do transe, bloqueando o celular rapidamente e quase derrubando o mesmo.

— Oi? – Se fez de desentendida.

— Eu li a conversa, nem adianta fazer essa cara de sonsa. – Insistiu a Son num tom mais baixo, levando em conta que o professor havia começado a escrever no quadro.

Dahyun abriu e fechou a boca várias vezes, não sabendo ao certo como se explicava. Sabia muito bem que Chaeyoung não gostava de Sana. Na verdade, tinha passado a não gostar depois de tudo que aconteceu.

— Ok, eu posso explicar. – Sussurrou de volta, abrindo o próprio caderno para fingir que estava copiando o conteúdo e não conversando. – Ela acabou mandando mensagem sábado se desculpando pela grosseria da semana passada, nisso eu emocionei e sugeri que a gente estudasse juntas. – Justificou, tendo os olhos atentos de Chaeyoung sobre si. – E… aparentemente ela acabou de aceitar.

A Son cerrou os olhos diante daquilo, estranhando o fato de Sana e desculpa coexistirem na mesma frase. Entretanto, não foi difícil lembrar da fala da Myoui alegando que resolveria tudo aquilo, por isso concluiu em pensamento que tinha o dedo da amiga naquele pedido de desculpa. Mas, estava convencida de que a Minatozaki repetiria as grosserias assim que tivesse chance, por isso precisou respirar fundo para não dizer à Dahyun o quão estúpida havia sido aquela ideia.

— Você quer que eu fale o que acho disso? – Sussurrou tentando manter a calma. Estava a um passo de contar para as outras amigas a ideia da Kim, talvez se todas falassem juntas que havia sido uma má ideia, a coreana desistisse.

— Eu sei o que você acha. – Murmurou Dahyun, sentindo seu nervosismo atacar. – Mas… vai que ela não faz nada de errado e a gente fica de boa, não sei.

Chaeyoung crispou os lábios, entendendo só então a atitude da amiga.

Dahyun estava criando esperanças novamente.

Mesmo depois de tudo que aconteceu e do tempo que havia passado, lá estava a coreana alimentando algo impossível pela incontável vez. A Son sentiu sua irritação se esvair no mesmo instante, por mais que soubesse da enroscada que a garota estava se metendo, não conseguiu sentir raiva da ingenuidade alheia. Até porque, se sentisse raiva, estaria sendo hipócrita, sabia muito bem como era fácil alimentar esperanças quando se trata de alguém que você gosta.

Por isso, tentou manter a calma e pensar bem antes de responder.

— Acho que vai ser difícil fazer você desistir dessa ideia, então só peço uma coisa. – Disse baixo, olhando de relance para o quadro para ver se o professor não estava prestando atenção em si. – Se começar a te fazer mal, ou se ela for babaca de novo, você acaba com isso na hora.

A Kim engoliu em seco diante do pedido, sentindo um calafrio percorrer seu corpo com a possibilidade da líder ser idiota consigo novamente. Sabia que era algo totalmente possível, considerando as atitudes anteriores, mas não gostava de pensar sobre.

— Tudo bem. – Concordou, achando um pedido justo. 

Chaeyoung soltou um suspiro aliviado, encerrando a conversa por ali, já haviam arriscado demais com a conversa que estavam tendo, o professor poderia pegar as duas no flagra a qualquer instante.

Com isso, o tempo foi passando e as aulas se seguindo. Dahyun sentia sua ansiedade aumentar a cada movimento no ponteiro do relógio, sua perna não parava quieta sob a mesa e mexia no próprio cabelo a cada segundo. Era incrível o fato de que, tudo parecia passar dez vezes mais devagar quando ansiamos por alguma coisa, por isso a coreana estava a beira de um colapso com aquela espera.

Estava tão ansiosa que direto cometia algum erro enquanto copiava o conteúdo das aulas, causando rasuras nas suas anotações, algo que provavelmente só se incomodaria depois, quando fosse estudar. Por sorte, tudo que era passado no dia de hoje a coreana já havia estudado uma semana antes, então não precisava prestar tanta atenção no que era falado.

Enquanto Dahyun sentia seu estômago revirar de nervosismo, Mina sorria boba para um certo canto da sala, lembrando do maravilhoso final de semana que teve ao lado de Momo. O sentimento entre as duas japonesas só se intensificava com o passar dos dias, tornando cada vez mais insuportável manter aquilo um segredo. A Myoui não estava muito preocupada, pois tinha planos de contar sobre seu envolvimento para as amigas, sabia muito bem que teria todo apoio. Entretanto, a Hirai só ficava cada vez mais aflita, porque Sana era sua melhor amiga e tinha muita vontade de contar tudo para a líder. O problema era que a reação da japonesa era uma incógnita na cabeça de Momo.

Ao lado da japonesa suspirando apaixonada, Chaeyoung fazia de tudo para não prestar atenção na tediosa aula de física. Era horrível em exatas, e não fazia a mínima questão de ser boa, porque era uma área que não tinha interesse. E por mais que ainda não tivesse certeza do que cursaria, sabia que não seria nada que envolvesse cálculo. Por isso, no momento perdia seu tempo desenhando na capa do caderno de Tzuyu. A taiwanesa anotava as coisas da aula com calma, vez ou outra desviando o olhar para os desenhos da amiga, sorrindo com aquilo.

Depois de alguns minutos, que pareciam ter sido uma eternidade para Dahyun, a última aula havia acabado. A coreana no mesmo instante pulou da sua cadeira, guardando todos os materiais. Gesto que não passou despercebido pelas suas amigas, que olharam intrigadas para a garota.

— Alguém está ansiosa para estudar com a Seulgi. – Provocou Mina, trocando um olhar rápido com Momo antes que a mesma deixasse a sala de aula. Ambas sorriram minimamente uma para a outra por uma fração imperceptível de segundos.

Chaeyoung ficou quieta, não querendo expor a Kim sem o consentimento da mesma.

— Besta, não é nada disso que você está pensando. – Murmurou Dahyun já com a mochila nas costas. – A companhia dela é agradável, não tem nada demais. – Escolheu não falar que Sana estaria junto, pelo menos não por agora.

Até porque sabia muito bem da reação escandalosa que Mina teria, a garota tinha um senso de proteção muito alto consigo.

— Vou fingir que acredito. – Implicou a japonesa na medida que saíam da sala. – Até amanhã então, espero que a Kang largue de ser frouxa e te lasque um beijão dessa vez. – Dahyun ficou completamente vermelha no mesmo instante, desviando o olhar para a parede do corredor.

— A gente vai estar no meio da biblioteca, ficou doida?! – A Myoui soltou uma risada nasal, achando graça de como o rosto da Kim ficava fofo com a mesma envergonhada.

— Muita gente se pega na biblioteca. – Argumentou Tzuyu, chamando a atenção de Chaeyoung com sua fala. A coreana mexeu na alça da mochila incomodada, questionando internamente se a taiwanesa estava falando dela mesma.

— Vocês não prestam, vou indo antes que essa conversa piore. – A Kim fez uma falsa cara de nojo, dando alguns passos para trás. – Até amanhã.

Decidindo não implicar mais com a amiga, as outras apenas murmuraram uma despedida, indo para o lado contrário ao da coreana. Dahyun começou a dar passos rápidos até a biblioteca, sentindo uma mistura de ansiedade e curiosidade de como seria o final da sua tarde. Como sempre, havia sido a primeira a chegar no lugar, aproveitando então para arrumar seus materiais em cima da mesa.

A alguns metros dali, Seulgi havia acabado de deixar a sala, e Sana terminava de arrumar suas coisas para também sair. Momo já havia ido embora, deixando apenas Nayeon, Jeongyeon e Jihyo conversando enquanto esperavam pela japonesa. Por fim, a mesma arrumou tudo e se aproximou das garotas.

— Vou ficar para estudar hoje, então não vou acompanhar vocês. – Comentou a Minatozaki assim que se aproximou das jogadoras, rumando com as mesmas para fora da sala de aula.

As três trocaram olhares curiosas, levando em conta que a líder nunca tinha ficado na escola antes para estudar.

— Você? Ficar para estudar? – Brincou Nayeon, estranhando a atitude inusitada da amiga.

— Vai se pegar com o Junmyeon em algum canto? – Questionou Jeongyeon.

— Não, idiota, eu tô falando sério. – Murmurou a japonesa impaciente, parada com as amigas no meio do corredor. – Meu pai chega só de noite mesmo, vou ficar aqui e ler algumas coisas.

Jihyo olhou desconfiada para a líder, mas não questionou. No fim, também acreditava que a japonesa provavelmente se pegaria com o namorado em algum canto.

— Tudo bem, até amanhã então. – Despediu a Yoo, meneando a cabeça para a líder, que imitou o gesto. As outras duas apenas fizeram “tchau” com a mão, indo até o pátio da escola.

Sana respirou fundo e girou os calcanhares, indo até o final do corredor que era onde ficava a biblioteca. Sabia que a mesma ficava vazia praticamente sempre, então não se sentiu tão nervosa com o medo de ser vista. No caminho, começou a questionar sua atitude impulsiva de ter aceitado o convite de Dahyun. Afinal, por que havia feito aquilo? Claro, agora sem as anotações estava tendo dificuldade para estudar, mas sua atitude não havia sido baseada nisso. No fundo, sabia que era para garantir sua presença na vida da coreana, mesmo que de um jeito um pouco tóxico, mas não admitiria isso para si mesma.

Por fim, chegou até a porta do lugar, abrindo a mesma e procurando a Kim com os olhos. Cerrou os dentes e sentiu uma pontada no peito assim que percebeu quem estava junto da coreana. 

Seulgi tinha um sorriso animado no rosto e conversava com a mais nova de um jeito descontraído.

Respirou fundo tentando não externalizar sua raiva, para então arrumar seus cabelos e começar a andar até as duas coreanas. A líder esperava ter uma sessão de estudos sozinha com Dahyun, mas aparentemente a Kang gostava de estar em todos lugares possíveis o tempo inteiro.

A Kim estava de costas para si, mas assim que percebeu o olhar de Seulgi em algum ponto atrás, virou o corpo na mesma direção, quase caindo da cadeira ao ver que Sana tinha finalmente chegado e estava na sua frente.

— Sana, oi! – Murmurou nervosa, ajeitando um pouco a cadeira para o lado, dando espaço para a japonesa. – Estava falando agora mesmo para a Seulgi que você vai estudar com a gente.

A líder no mesmo instante olhou para a Kang, que soltou um sorriso simpático para si. Entretanto, decidiu não retribuir o mesmo, apenas meneando a cabeça cumprimentando e então sentando num lugar vago.

Dahyun achou que a líder fosse falar algo, mas a mesma estava extremamente quieta. Limpou a garganta nervosa, estranhando aquele comportamento. Para não ficar uma aura estranha entre as três, a coreana não tardou em mexer nos seus cadernos e na apostila escolar, abrindo no capítulo de física.

— Bom, eu já estava ajudando a Seulgi em física, porque a prova é semana que vem e é a matéria que ela tem mais dificuldade, tem problema? – Questionou a Kim enquanto olhava para a japonesa com receio.

Sana soltou um sorriso forçado, só então entendendo que as duas estavam se encontrando para estudar tem um tempo.

— Não, nenhum problema. – Murmurou contrariada, dando um olhar um pouco estranho na opinião de Seulgi. A líder então abaixa a cabeça e pega seus materiais, tendo em mente que foi uma idiotice ter aceitado o convite.

— Tudo bem então. – Dahyun sorri aliviada. – Vou começar na parte de movimento, não tem muita teoria então vou falar o básico e começar os exercícios.

Assustando as duas, Seulgi solta uma exclamação, parecendo só então ter se lembrado de algo. A coreana coloca a mochila sobre o colo e enfia o braço dentro da mesma, parecendo procurar alguma coisa, soltando um sorriso animado quando encontra o que estava procurando. Sob o olhar curioso de Dahyun, a Kang retira uma pequena vasilha transparente da mochila.

— Quase que me esqueço, trouxe aquele doce que eu disse que sabia fazer. – Explicou a mais velha enquanto depositava o objeto em cima da mesa. Dahyun só então se lembra que na aula passada Seulgi disse que sabia fazer um hotteok com frutas secas maravilhoso, obviamente duvidou disso apenas para implicar com a Kang. Só não esperava que a mesma fosse trazer a sobremesa para si.

— Deus, não precisava! Você sabe que eu estava só brincando. – A Kim estava envergonhada, achando que tinha ofendido a outra ou algo do gênero.

Sana olhava para aquela interação em silêncio, revirando os olhos para aquela bajulação desnecessária de Seulgi. Por mais que tivesse sido discreta, seu gesto não passou despercebido pelos olhos atentos da Kang.

— Relaxa, eu só queria exibir meus dotes culinários mesmo. Sei que você gosta das minhas comidas, então decidi trazer um pedaço. – Dahyun sorri tímida diante da fala da mais velha. – Se quiser um pouco, Sana, não tem problema. – A Kang oferece, intrigada ainda pela japonesa parecer incomodada com a sua presença.

— Quero não, obrigada. – A Minatozaki força um sorriso, que novamente passou despercebido por Dahyun mas não por Seulgi.

— Vou deixar para comer em casa, aí amanhã eu trago a vasilha limpa, tudo bem? – Sugeriu Dahyun, pois sabia que era proibido comer na biblioteca e odiava quebrar regras.

— Claro, tem problema não.

Com a fala da Kang, a mais nova não tardou em pegar o pote e guardar o mesmo dentro de um bolso seguro da própria mochila. Seulgi já ia começar uma conversa com Dahyun, até porque era o que costumavam fazer. Normalmente conversavam por um bom tempo antes de começarem a estudar. Entretanto, assim que Sana percebeu que a outra ia dizer algo, se intrometeu no meio.

— Vamos começar? – Falou um pouco mais alto que o necessário, assustando a Kim e fazendo Seulgi olhar para si desconfiada. Entretanto, a mais nova assentiu no mesmo instante e começou a abrir seu caderno.

— Vamos sim. – Respondeu Dahyun rapidamente, de um jeito um pouco nervoso. Diferente do costume, onde nas sessões de estudo a coreana estava sempre com o humor leve e descontraído, dessa vez a garota estava com o comportamento estranho, parecendo agitada e receosa o tempo inteiro.

Seulgi tinha entrado apenas esse ano na escola, então não sabia que as duas garotas antes andavam juntas. Por isso, estava estranhando todo aquele clima e o nervosismo de Dahyun.

Entretanto, sem enrolar mais nem um segundo, começaram a estudar. Ou melhor, a Kim começou a explicar o conteúdo de física sob o olhar atento das outras duas. Vez ou outra tirava as dúvidas de Seulgi, que gostava sempre de perguntar bastante para ter certeza de que entenderia o conteúdo. Era um gesto inteligente, porque muitas pessoas sentiam vergonha de perguntar o que tinham dúvida, e por isso ficavam sem entender algumas partes. Porém, aquilo estava irritando Sana, porque Dahyun parecia ter que parar a cada minuto para dar atenção para a outra coreana.

Era extremamente incômodo para a japonesa ver na sua frente o que estava cogitando esses dias: Seulgi e Dahyun estavam ficando muito próximas. Conhecendo sua antiga amiga, a líder teve certeza de que a mesma era ingênua demais para notar todas as investidas da Kang. Até porque sabia bem da baixa autoestima da garota, além dela ser insegura com absolutamente tudo quando se trata de relações com outra pessoa, não necessariamente sendo no sentido amoroso. No fundo, sabia que aquilo tinha uma pontada de culpa sua.

Afinal, depois daquele desastre de dia onde Dahyun confessou todos seus sentimentos, a coreana se fechou totalmente. Pois criou um medo de que, caso se abrisse com alguém, seria rejeitada brutalmente igual antes. Por isso, passou a viver na insegurança e no receio, mantendo apenas as relações que já tinha com suas amigas. Tanto que demorou meses para ter algo com Yeri.

Enquanto a Kim terminava de ajudar Seulgi com um exercício de física, o celular da mesma começou a tocar. Por sorte, só tinha as três na biblioteca, então ninguém chamou a atenção por conta do barulho.

— Alô? – A Kang atende o telefone, ficando alguns segundos calada escutando o que a voz masculina do outro lado falava. – Meu Deus, Daniel, tu só faz merda! – Grunhiu parecendo irritada. – Tô indo para casa, vê se não deixa ele vomitar no tapete. – E então desligou, passando a arrumar o material de modo rápido.

— O que aconteceu? – Questionou Dahyun curiosa. Enquanto isso, Sana faltava soltar fogos de artifício ao ver que a garota estava se arrumando para ir embora.

— O imbecil do meu irmão deu ração vencida pro cachorro. Agora o coitado tá vomitando pela casa inteira. – Terminou de guardar seu caderno, por fim colocando a mochila nas costas. – Eu vim de carro hoje, então vou ter que passar lá em casa e levar o cachorro no veterinário junto com ele. – Seulgi falou tudo rápido demais, por estar com pressa. Por isso, apenas deu um beijo rápido na bochecha de Dahyun e meneou a cabeça na direção de Sana. – Desculpa sair assim, vejo vocês depois.

E então saiu a passos largos da biblioteca. A Kim soltou um olhar perdido, surpresa por tudo ter acontecido rápido demais, no fundo desejava que o cachorro de Seulgi ficasse bem. Já Sana tinha um discreto sorriso aliviado no rosto, finalmente se sentindo mais leve agora que a outra coreana havia ido embora.

Um silêncio incômodo se instalou no local, fazendo Dahyun engolir em seco por estar sozinha com a japonesa. Tinha mais de dois anos que aquilo não acontecia, por isso, começou a sentir suas mãos começarem a suar, sem saber ao certo o que falar ou fazer. Olhou para a líder, vendo que a mesma parecia dispersa olhando um ponto qualquer. Por um segundo, deixou um suspiro escapar, admirando a beleza exorbitante de Sana tão de perto. Todos os detalhes daquela garota pareciam ter sido esculpidos por algum artista, desde o formato dos seus lábios até as curvas do seu corpo.

Sentindo o olhar queimar sobre si, a Minatozaki desvia o olhar para o lado, percebendo que estava sendo observada por Dahyun, que desviou o olhar no mesmo instante com vergonha. Tinha ficado levemente incomodada com a encarada que recebeu, mas optou por não ser grossa dessa vez. Por isso, olhou para o caderno da coreana, vendo que a mesma ainda não tinha terminado o exercício de física, já que Seulgi havia ido embora.

— Você já fez esse exercício, né? – Questionou tentando quebrar o gelo, conhecia a garota a ponto de saber que a mesma sempre fazia tudo com antecedência. Dahyun apenas assentiu com a cabeça. – E como você terminou?

— Ah… eu só coloquei os valores na equação de Torricelli. – Respondeu a coreana acuada, coçando a parte de trás da cabeça.

— Mostra para mim. – A japonesa pediu com uma voz estranhamente calma, para então empurrar a própria cadeira para mais perto da outra.

A alma da Kim parecia ter saído para fora do corpo naquele instante. Não sabia se surtava com a voz calma de Sana ou pelo fato da garota estar mais próxima, sendo até mesmo possível de sentir seu perfume natural que tanto amava. Sem falar mais nada, a coreana pega seu lápis sobre a mesa e começa a resolver o resto do exercício. A líder olhava para o papel com atenção, vendo a letra da mais nova sair um pouco tremida por conta do nervosismo. Se sentiu um pouco mal por aquilo, levando em conta que já haviam sido tão próximas, que uma situação daquelas parecia ser algo impossível de se enxergar no passado.

— Fica assim. – Terminou Dahyun, empurrando o papel com as contas para a japonesa.

— Hm… entendi. – Murmurou a Minatozaki, mentindo. Tinha ficado mais tempo prestando atenção nas mãos minúsculas de Dahyun em comparação ao lápis que a mesma segurava. – Você ainda compra cadernos de gatinhos. – Comentou descontraída, vendo os desenhos de gatos filhotes no rodapé da folha, sendo figuras do próprio caderno.

Com a fala da maior, Dahyun até mesmo prendeu a respiração por alguns segundos, não esperando aquele comentário.

— Você lembra disso? – Questionou mais para si mesma.

— Claro que lembro, eu nunca esqueço das coisas. – Respondeu a japonesa com um meio sorriso, quase causando a morte de Dahyun.

A coreana não estava esperando por aquilo, não estava esperando uma Sana calma e gentil. Do jeito que a líder havia entrado na biblioteca, já estava esperando por mais grosserias e alguma estupidez. Entretanto, estava surpresa, sem saber ao certo o que falar para a garota, esta que olhava para si com os olhos curiosos.

— Lembro que você até mesmo quis adotar um gato por um tempo, porque se tinha apaixonado por um de pelagem cinza de um dos seus cadernos. – Dahyun soltou uma risada envergonhada com a lembrança, que de fato tinha acontecido. – Mas seu pai não gosta de animais, aí você acabou desistindo.

— Eu ainda tenho vontade de adotar até hoje. – Comentou, mal acreditando que estava tendo um diálogo decente com a japonesa. – Mas… bem, o motivo de eu não fazer isso continua o mesmo. – Falou com um sorriso triste.

— Não sei como pessoas que não gostam de animais existem. – Brincou Sana, inclinando o corpo sobre a mesa para apoiar os braços. – Pelo menos você pode visitar a Mina e ver o Ray, aí não fica tão na vontade assim de ter um bichinho.

A Kim sorriu com aquilo, lembrando do cachorro da Myoui que gostava tanto. Inclusive, sentia vontade de visitar a japonesa para fazer carinho no mesmo.

— É, realmente. – Concordou, agora se sentindo menos nervosa. – A Tzuyu tá querendo adotar dois cachorros também, então melhor ainda para mim.

— Viu só? É a vida achando um equilíbrio pra você. – Sorriu, apoiando o queixo sobre a mão enquanto olhava para Dahyun.

Por um milésimo de segundo, enquanto o corpo inteiro da coreana se arrepiava, ela conseguiu olhar no fundo dos olhos da japonesa e ver a antiga Sana ali. Foi extremamente rápido, mas ela tem certeza de que viu a antiga amiga naquele momento. A amiga de humor leve e extrovertida, que sempre arrancava risadas de si. Entretanto, tudo que é bom dura pouco, por isso a líder desviou o olhar e limpou a garganta, parecendo erguer novamente suas barreiras e mudar a postura. 

Sana então olha as horas no visor do celular, percebendo que precisava ir para casa.

— Bom… preciso ir, está tarde. – Falou sem olhar para a mais nova, empurrando a folha de cálculo de volta para a coreana.

— Ah, tudo bem, acho que já vou também. – Dahyun piscou algumas vezes, tentando ainda se recompor do que tinha acabado de acontecer. A líder então começou a juntar seu material, junto da coreana que também arrumava suas coisas.

Ambas então deixaram a biblioteca em silêncio, evitando trocar olhares. Sana estava com pensamentos conflituosos a perturbando, enquanto a Kim se sentia mais leve e um pouco eufórica. Mesmo sabendo que estava alimentando um sentimento idiota, não conseguiu evitar, não com toda aquela interação que acabaram de ter.

Com o contraste emocional entre as duas naquele instante, ambas se despedem de um jeito desengonçado, por mais que não tivesse tido contato físico. Meneiam a cabeça pela quinta vez em despedida, e então cada uma vai para um canto, caminhando até sua respectiva casa. Dahyun fez todo o trajeto com um sorriso idiota banhando seu rosto, triplicando a esperança dentro de si de que as coisas poderiam voltar ao que eram antes. Tinha certeza de que, se contasse para suas amigas o que aconteceu, as mesmas iriam duvidar das suas palavras. Chaeyoung principalmente, que nunca nessa vida iria enxergar Minatozaki Sana sendo gentil novamente com sua amiga.

No lado oposto ao da coreana, Sana andava um pouco mais devagar que o comum, pensando seriamente se tinha feito o certo ao aceitar estudar com a Kim. Tinha motivos sólidos para ficar insegura com a interação que acabaram de ter.
 

Com a japonesa já em casa jantando com seu pai, o silêncio reinava sobre a mesa. Não era algo comum, visto que ambos sempre conversavam bastante e tinham uma relação saudável de pai e filha. Entretanto, hoje Hiroki estava cansado e Sana extremamente pensativa. Mas o homem decidiu quebrar o silêncio, levando em conta que precisava conversar com a filha, ainda mais depois de uma coisa que encontrou.

— Filha. – Chamou a garota, que levantou o olhar com a boca cheia.

— Hm? – Murmurou enquanto terminava de mastigar. Hiroki deixou os talheres sobre a mesa e juntou as mãos na frente do corpo, adotando uma postura séria.

— Sabe que eu sempre vou estar aqui se você quiser conversar, né? – Comentou com a voz calma, atraindo de vez a atenção de Sana.

A japonesa ficou em silêncio por alguns instantes, não sabendo ao certo o porquê do pai estar falando isso agora. Claro que ela sabia daquilo, até porque amava demais o genitor e contava direto coisas para o mesmo. Obviamente, não tudo, tinha coisas que ela simplesmente não podia, mas tentava sempre ser transparente na medida do possível.

— Claro, pai, por que? – Questionou incerta, não sabendo onde o homem queria chegar. Hiroki então franze os lábios, respirando fundo.

— Então sabe que, sempre que você quiser beber, é só pedir pela minha autorização que eu até te faço companhia. – A japonesa no mesmo instante se praguejou internamente, lembrando do dia em que havia se deixado levar e bebido quase que uma garrafa inteira de vinho. – Ontem eu quis beber aquele vinho que não tinha acabado, só que não estava na geladeira. Procurei e achei a garrafa no lixo.

Sana abaixou os olhos envergonhada, odiando ter feito aquilo sem avisar o pai. Até porque o japonês não tinha problemas com a garota beber vez ou outra, mas precisava ser com a sua autorização.

— Aconteceu alguma coisa? – Perguntou paciente.

Várias coisas tinham acontecido, isso faz anos, mas a líder não abriria a boca sobre as coisas que andavam a afligindo.

— Eu tinha lembrado de umas coisas da mamãe, acabei me deixando levar e fiz merda, desculpa. – Falou de modo embolado, omitindo as outras razões daquele dia. Hiroki mudou de postura na hora, respirando fundo por ser um assunto delicado tanto para si mesmo quanto para a filha.

— A gente pode conversar sobre ela, sabe disso. – Falou com um sorriso triste. – Sei que você costumava desabafar sobre Harada para a Dahyun, e eu sempre serei grato àquela garota por ter te ajudado nisso. Mas eu também estou aqui para isso, meu amor. – Murmurou simples, olhando no fundo dos olhos da japonesa.

Sana sentiu sua garganta coçar com aquilo, indicando que choraria se continuasse aquela conversa, por isso pigarreou e levantou da cadeira com o prato em mãos. Como seu pai tinha feito a comida, hoje ela lavaria a louça.

— Tudo bem, não vai mais acontecer. – Desviou do assunto, evitando o olhar do pai.

Hiroki suspirou, aceitando que a filha não falaria sobre o tópico Dahyun tão cedo, parecendo sempre fugir quando aquele nome era posto sobre a mesa. Por isso, decidiu ficar calado e acompanhar a filha até a cozinha, ajudando a levar as vasilhas sujas até lá.

— Sei que se arrependeu, mas ainda assim sou obrigado a te colocar de castigo. – Falou firme, olhando de relance para a garota. – Uma semana sem ir na casa do namorado.

Com isso dito, depositou um beijo no topo da cabeça de Sana, e então saiu da cozinha, subindo até seu quarto. 

A japonesa respirou fundo, aceitando que era justo ter recebido um castigo. E então começou a limpar tudo que haviam sujado. Estava fazendo tudo no automático, pois sua cabeça estava lotada de coisas tanto sobre o passado quanto do dia de hoje. Assim que finalizou sua tarefa, enxugou as mãos e olhou para a parede de fotos da cozinha, seu olhar parando sobre uma foto com a Kim. Entretanto, tratou de desviar a atenção rápido, balançando a cabeça e subindo para seu quarto.

 


Notas Finais


ok serio

me digam que odiaram a sana pelo menos 1% a menos nesse cap
KKKKKKKKKKK SIM EU PASSO PANO PRA ELA IDAI.
hiroki como sempre sendo o paizao maravilhoso que todo mundo queria ter, eu amo esse homem inexistente sabe. até a próxima lindos e lindas, obrigada por tudinho ok. bebam água, xinguem o trump no twitter e se cuidem <3


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