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História Breathless - Desculpas


Escrita por: AlyHatake

Notas do Autor


sei q assustei muita gente, mas n se preocupem! escrevi enquanto ouvia Flightless Bird, American Mouth. recomendo!
Não contavam com a astucia do cap 19 hein! kkkk
boa leitura

Capítulo 19 - Desculpas


Não! Não pode ser... eu não posso estar viva! Isso não é verdade! Sentia-me confortável e leve até demais, parecia que não tinha forças pra mexer meu corpo... por que tudo estava tão branco e embaçado? Era impossível alguém me salvar naquela altura! E se o fez, por quê? Tudo de novo, Não... Qual era o problema deles?! Pra que insistir tanto em mim?

 

– Emi? – ouvi uma voz chamar. Essa não! Mamãe. Finalmente meus olhos estavam se adaptando a aquela luz forte. Era... um quarto todo branco. – Querida? Oi! Como esta se sentindo?

 

– Sonolenta.. mãe me desculpa..

 

– Vamos falar sobre isso em casa Emi – eu tinha tantas duvidas rodeando minha cabeça. O que houve comigo? Lembrando-me de tudo agora, parecia uma grande burrada. Por que esse peso esta recaindo tanto sobre mim? Não era isso que eu queria... talvez fosse aquela cena... ver a Ino chorando foi algo que doeu profundamente. Antes eu via tudo cinzento, agora não. Tudo voltou a normal, menos eu. Senti o típico pranto chegando. Mas a porta foi aberta antes.

 

– Olá – eu conhecia aquela doutora de algum lugar... Ela era..  foi quem me atendeu no dia em que meu pulso começou a doer na academia! – Como esta Emi?

 

– Melhor do eu mereço – sussurrei. Ela suspirou.

 

– senhora Arai, eu poderia falar com sua filha a sós? – não. Não poderia não.

 

– Claro.. eu espero do lado de fora.

 

    Ah meu Deus! Sei que a medica deve querer falar do que aconteceu e eu nem sei direito. Estou sentindo um arrependimento tão grande, ao mesmo tempo eu estava tão certa daquilo. Se ninguém tivesse me impedido... eu não teria que pensar nisso agora. A mulher puxou a cadeira que minha mãe estava anteriormente para mais perto da cama e se sentou.

– Você teve um dia cheio...

 

– Há quanto tempo eu estou aqui?

 

– Desde ontem de tarde. Emi... sei que você não quer falar do “acontecimento”, mas preciso saber por que fez isso..  – Fiquei em silencio. Por que ela queria saber? Pra me encaminhar para um psicólogo, ou sei lá? Acho melhor não dizer nada. Embora eu queira gritar de frustração.  – Entendo que seja difícil pra você admitir que...

 

– A-admitir o que..? A senhora quer dizer que eu sou louca? 

 

– Não! Não é esse o ponto... Eu poderia tirar minhas próprias conclusões se você me dissesse o que aconteceu.

 

    Respirei fundo. Eu tinha planejado não fazer isso, mas..

 

– Eu.. eu não consegui lidar com tudo.. comigo mesma. Parecia que tudo de ruim tinha despertado em mim, não consegui me controlar, eu.. só queria que aquilo acabasse.

 

– Você não devia ficar criticando seus próprios sentimentos, ainda mais quando esta uma bagunça. Será que foi alguém que desencadeou essa crise? – como ela fazia isso? Fazia perguntas certeiras.

 

– T-talvez... – por que tudo era ele? Não foi só por causa disso.

 

– Imaginei. Bem, nós não fomos apresentadas aquele dia, sou Hikari Tsukino! É um prazer conhecê-la apesar das circunstancias – com certeza, não eram as melhores circunstancias. Mas mesmo assim apertei a mão dela. O que manda é a educação.

 

– Igualmente.. – falei sem jeito.

 

– Eu devo fazer uns exames e depois você estará liberada.

 

– Ok.

 

   Ela teve que fazer um Check Up  e usar aquelas coisas de estetoscópio e outras que não faço ideia de como se chamam. Eu estava mais preocupada em como iria ficar assim que chegasse em casa, e nos outros. Ino, Shika e Chou.. bem ou não? O que houve com eles depois daquilo? E a melhor pergunta, quem me salvou? Essas duvidas estavam corroendo minha cabeça. Não sei o que fazer e nem como me sentir, mas agradecia por não estar em crise como ontem. Ruim mesmo é que eu consigo me lembrar de perfeitamente de tudo o que pensei e disse, e agora estando mais calma, tudo me pareceu pesado demais. Talvez eu tivesse exagerado. Agora era tarde demais podia ser tarde demais pra se desculpar.

 

– Pronto você parece ótima, teve sorte de ser pega antes de encontrar o solo – pega? Mas o que? – Os outros médicos insistiram pra que te déssemos um sedativo, a gente não sabia como você iria reagir quando acordasse.

 

– Tudo bem – disse descendo da cama. Agora entendo porquê dessa sonolência e lentidão.

 

– Você desmaiou durante a queda. Tem fobia de altura? – acho que a perdi a partir do momento em que me joguei de uma montanha.

 

– Tenho fobia de muitas coisas...

 

– Compreendo. Sua pressão estava um pouco baixa, vá para casa se alimente direito e durma por pelo menos oito horas.  – assenti e andei lentamente até a porta. Andar era estranho, eu não sentia direito o meu corpo, depois daquela sensação de estar no ar.. porém, quando eu ia abrir a porta a voz de Hikari me parou – E Emi... você precisa pensar mais naqueles que te fazem bem.

 

    Saí de lá quase que correndo. Pensar naqueles te me fazem bem, outro assunto pra abalar a consciência.  Eu sempre ficava me perguntando se eu morresse eles iam sentir minha falta? A maneira como tentaram me convencer a não fazer aquilo. Poxa! Eu não consigo me esquecer da Ino chorando! E minha mãe, algum mensageiro iria aparecer lá em casa e dizer: “senhora sinto em te informar isso, mas sua filha cometeu suicídio essa tarde” Não! Nem quero imaginar como seria isso! Agora sim, descobri que sou uma grande egoísta que só pensa em si mesma... Onde será que eles estavam agora? Acho melhor começar a elaborar um discurso que diga o quanto os três são legais e tal. Andei por um longo corredor cheio de pessoas de branco, hospitais não eram os meus lugares favoritos no mundo, porque eu sei que em alguma porta dessas tem alguém lutando pela vida, conectado a tubos para cometer o simples ato de respirar. No final, acho que eu não queria acabar com minha vida, só com a dor. Mas nenhum dos dois aconteceu. Fiz besteira, como sempre. Será que eles me odeiam? Como sempre, não sei o que fazer quanto a isso.

 

 

– EMI! – alguém praticamente pulou em mim, aquela voz... Ino.

 

– Ino, eu..

 

   Não terminei a frase por um estalo e ardência quase que insuportável em meu rosto. Aquele tapa foi tão forte que tive que me escorar na parede pra não cair.

 

– EU ACHEI QUE VOCÊ IA MORRER SUA IDIOTA! COMO PODE FAZER ISSO?! COMO VOCE PODE SER TÃO EGOÍSTA?! – ela gritou segurando a gola da minha blusa. Ela estava em prantos, mas fez algo que me surpreendeu... ela me abraçou. Mesmo que eu estivesse confusa, triste, chorando também, eu a abracei de volta.

 

– Perdão Ino..

 

 Acho que eu merecia aquilo, merecia estar com a bochecha ardida e o coração apertado. Como eu acreditar naquilo? Parecia uma ilusão se passando na minha cabeça. Eles implorando pra que eu ficasse e dei as costas, o maior erro da minha vida foi simplesmente não perceber o que se passava nela.

 

– Você não pensa na sua vida Emi?! – ela brigou. Baixei a cabeça, o que eu poderia dizer. Estava envergonhada por tudo, por mim. Minha capacidade de raciocinar parou ali.

 

Por uma fração de segundos eu me virei e vi minha mãe parada nos observando, sabia que teria que ir agora. Afastar-me de Ino seria difícil agora que tinha necessidade de contar pra ela o que realmente aconteceu. 

 

 

 

 

 

 

 

 

  Eu ficava tremendo minha perna esquerda incontrolavelmente, isso acontecia às vezes quando estava muito nervosa. Ficar naquela mesa esperando mamãe terminar o almoço era meio que sufocante, ela disse que íamos conversar sobre aquilo, mas até agora nada. É sempre assim, ela fica ignorando as coisas que acontecem comigo, principalmente as graves. Não quero ficar recebendo tratamento de silencio, nem ver ela me olhar como se não me conhecesse, eu confesso que errei, mas se eu perder minha mãe... aí sim, meu mundo acaba de vez.

 

– Mãe, você não ia...

 

– Coma, a medica pediu que se alimenta-se direito – ela me cortou pondo os pratos e se sentando de frente pra mim. Não posso deixar ela me ignorar deixe jeito.

 

– Por favor, eu...

 

– Esqueça! A partir de agora, você não vai mais sair desta casa. Pode dar adeus a seus amiguinhos.

 

   Não. Tudo menos ficar aprisionada de novo, foi por isso que tudo aconteceu. Foi a ideia dela de me afastar da sociedade que me fez tão frágil. Agora eu não sei o que fazer quando sou insultada, elogiada, magoada.. tudo por que ela queria me “proteger”! Me sinto estranha de novo, como na noite que passei subindo em arvores, quando Shikamaru quase foi atacado. Em menos de três segundos, a mesa na qual comíamos foi arremessada contra a parede da sala, tudo por causa daquela aura esquisita que aparecia nos momentos mais estranhos. Agora entendi, fica mais forte com sentimentos intensos. Como a raiva. Minha mãe se levantou assustada.

– Emi! O que é isso?!

 

   Respirei fundo diversas vezes tentando me acalmar.

 

– Mamãe... conversa comigo, por favor – falei sem olha-la. Os vestígios do Kekkei Genkai estavam sumindo aos poucos, era hora de eu começar a achar utilidade pra aquilo.

 

– Então você é como seu pai... – disse ainda surpresa.

 

– Eu não vou ficar aprisionada aqui.. nunca mais – a encarei – Eu cometi um erro mamãe.. preciso viver e consertar isso.

 

– Por que não me contou? – ela disse provavelmente se referindo aos poderes.

 

– Porque a senhora ia fazer comigo a mesma coisa que quer fazer agora.. não ia mais me deixar ver o mundo – sentia as lagrimas vindo – Mãe, eu sei que você tem medo de me perder, tem medo que aconteça comigo o mesmo que aconteceu com meu pai.

 

– Não fale sobre seu pai desse jeito! – ela repreendeu. Desse jeito.. era só a verdade.

 

– Papai morreu ajudando um amigo a fazer um selamento que protegeria a Aldeia da Folha, acho que talvez seja por isso que ele te falava tanto sobre eu ser uma ninja. Ele queria que eu também lutasse pra proteger esse lugar.. e é o que vou fazer – falei me levantando.

 

– Acha mesmo que pode? Foi me desafiando que você chegou a aquele ponto, lembra Emi? Você insistiu em uma promessa que quase acabou em sua morte!

 

– Ela não acabou.. a promessa só esta começando. Vou treinar, me esforçar e vou me tornar uma boa ninja. – andei até ela – Eu preciso que a senhora entenda, que não pode me impedir.

 

– Eu não vou te impedir... filha, sei que posso ter me escondido do mundo assim que seu pai morreu, mas não posso negar que ele se sacrificou por algo nobre. Embora eu não goste de lembrar, eu o vejo como um herói também. E quando olho pra você... parece um reflexo de Isao, se esta disposta a lutar pra ser igual a ele, você também será uma heroína.

 

 

   Eu devo ser umas das únicas pessoas no mundo que, depois de uma tentativa de suicido, fica arrependida e então feliz.

 

 

 

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~X~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

 

 

 

 

 

   Depois de correr por Konoha inteira, só havia um lugar onde eles poderiam estar. Eu quase não sentia mais minhas pernas, tive medo de tropeçar, cair e não conseguir mais levantar. Eu podia até ter um infarto de tanto cansaço, mas só depois de acha-los. A doutora Hikari ficaria uma fera comigo, me lembro dela dizer algo sobre pressão baixa, comer direito e dormir, mas ao invés disso aqui estou eu. Correndo como maluca, sem almoçar ainda por cima. Eu tinha tempo de sobra pra me preocupar com isso mais tarde, agora tinha muito que me desculpar com certas pessoas. Eu chegava a contar meus passos, correr pela aldeia já estava virando um habito, mas ainda era libertador de alguma forma. Talvez fosse o vento balançando meus cabelos, sei lá. Subi as escadas de ferro apressadamente fazendo um barulho um tanto que irritante. Ouvia as vozes deles, dessa vez não deixei as más memórias entrassem em meu caminho, eu tinha muita desculpa pra pedir.

 

– Shikamaru! – gritei vendo-o se virar me olhando surpreso. Finalmente tinha os achado.

 

– Emi? Quando voc...

 

   Nem dei tempo, só avancei nele o abraçando. Realmente.. eu fui egoísta até demais! Vou demorar a me perdoar por isso.

 

- Desculpa.. desculpa.. eu errei! – Aff! Que importa se eu estava chorando?! Pelo menos era de felicidade dessa vez. O Shika ficou surpreso por alguns segundos, mas logo me abraçou de volta. Por um momento imaginei que talvez tivesse morrido e ido para o paraíso. Já estava de bom tamanho.

 

– Que susto você me deu, foi um saco!... e problemático – ri muito.

 

– É.. foi muito problemático. O que não é, na verdade?

 

– EI! Tão se esquecendo da gente?

 

  Comprovado. Os gritos de Ino poderiam ser ouvidos até no País Do Vento. Afastei-me de Shika e fui até ela e Chou, eles estavam atrás de nós. Dei um abraço nos dois.

 

– Nunca me esqueceria de vocês! Só espero que me perdoem..

 

– Emi, você pode até ter feito uma grande burrada, mas está aqui agora. É isso que importa!

 

– Você promete que nunca mais vai fazer algo parecido? – Chou disse. Suspirei, tenho que prometer a mim mesma que vou começar a cumprir minhas promessas. Confundi-me, mas tentei.

 

– Prometo.

 

  

    Nos sentamos lado a lado no chão, só ficamos em silencio durante alguns minutos, apenas admirando aquele lindo crepúsculo. Estava escurecendo, nem vi o tempo passar.

 

– Tem algo que eu preciso te dizer Emi.. – Ino disse. Já comecei a me assustar.

 

– O que?

 

– Se eu te ver em algum lugar alto novamente, nem que seja a apenas um metro do chão, te dou uma surra!

 

   Acho melhor não dizer pra ela que meu quarto era no segundo andar de casa. Aquilo tudo, o momento estava perfeito, aqueles que te fazem duvidar se é realidade, mas uma duvida ainda ficava na minha mente.

 

– Gente.. – chamei – Quem foi que me salv..

 

– È O CARA DO CARRINHO DE DANGO! – Chouji gritou nos assustando. Ele se levantou e correu para a beirada para confirmar se era mesmo. E então saiu correndo para as escadas da saída. – ESPERA AÍ TIO! TÔ DESCENDO!

 

 

 

   

 

 

 

 

   


Notas Finais


Esse foi o cap, espero q tenham gostado! A Emi vai ficar forte sim, (claro q n vai virar a fodona mais forte q todos, acho bom ressaltar) mas antes ela precisa crescer, aprender a gostar de si mesma.
Alias, quem será que salvou ela hein???


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