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História Bring Me Back (DILMER) - Conto de fadas


Escrita por: Liuara

Capítulo 3 - Conto de fadas


Fanfic / Fanfiction Bring Me Back (DILMER) - Conto de fadas

Demi P.O.V

Eu mantinha meus olhos fixados nas costas do homem a minha frente que resmungava alguma coisa enquanto preparava a torta, não me pergunte oque ele estava fazendo, eu não faço idéia de como diabos se faz torta, apenas gosto quando ela está no meu prato pronta pra ser devorada.

— Como a gente se conheceu? — pergunto tentando não deixar as coisas mais estranhas do que já estavam.

— Marissa.

— Tinha que ser a Marissa, ela sempre tem que está envolvida.

Wilmer dar uma risada baixa e eu dou de ombros mesmo sabendo que ele não poderia ver.

Eu estou com um estranho na cozinha, um estranho que nunca vi em toda a minha vida, no momento ele se encontra fazendo uma torta que o mesmo afirmar que eu amo. Anotado, qual o próximo passo?

Consegui me irritar apenas com meus pensamentos, não que eu precise falar isso na cara dele mas está óbvio que eu continuo aqui porque não quero o ver magoado, afinal eu não sou uma pessoa tão sem coração a esse ponto.

— Princesa? — pisco algumas vezes e percebo o quão perto ele se encontrava — Não pode parar no tempo desse jeito, vai acabar se perdendo — Wilmer fala com sarcasmo.

— Porque me chama de princesa? — ignoro completamente tudo que o mesmo falou.

— Eu sempre te chamei assim, acho que nunca vou largar essa mania.

— Então eu acho melhor parar — falei baixo.

— Te incomoda?

— Desculpa mas eu não quero uma pessoa que eu nunca vi na vida me chamando de "princesa".

— Ah claro...Se não gosta eu posso parar.

— Não é que eu não goste, apenas...Vai com calma.

— Okay, eu entendi.

O rapaz se afastou e saiu da cozinha em seguida, suspirei passando as mãos no rosto.

Não é que eu queira que Wilmer se afaste e desista de tudo que ele diz que aconteceu entre nós, mas também tenho que levar em consideração a chance de nunca lembrar.

Sai da cozinha alguns minutos depois e fui até o quarto, olhei pra cama e mordi o lábio pensando se deveria ou não deitar ali.

— Pode dormi um pouco se tiver afim, a torta não vai ficar agora e eu não vou ficar no quarto.

Olhei na direção que vinha a voz e vejo Wilmer sair do closet enquanto vestia um casaco.

— Você vai...Sair?

— Por que?

— Só estou perguntando se vai sair.

— E eu estou perguntando por que quer saber se eu vou sair — deu de ombros.

— Wilmer, eu apenas não quero ficar sozinha aqui nessa casa, eu não sei onde fica nada e nem...

— Relaxa eu não vou sair!

— Era só responder.

— Eu gosto de te irritar as vezes.

— E eu acabei de perceber isso — reviro os olhos e ele me mostra o dedo do meio — Você me mostrou seu dedo?

— É, gostou dele? — ele faz de novo.

— Sabe oque você faz com esse dedo?

— Mostro pra você.

— Você é bem mais legal quando está fazendo torta.

— Ah claro, eu estava fazendo comida pra você.

— E estava calado.

— Você vive falando besteira.

— Isso não é verdade — sento na cama cruzando os braços.

— Você não lembra mas eu lembro.

— Então guarde pra si.

— Lembro também que odeia quando te chamam pelo nome do meio.

— Não ouse ou eu vou descobrir algo sobre você — o encarei com um olhar ameaçador.

— Tente — Wilmer gargalha.

— Como eu te aturei por tantos anos?

— Você me ama.

— Amo? Não sei não — falei brincalhona.

— Também tenho minhas dúvidas.

— Wilmer, você já assistiu algum filme romântico que a mocinha perde a memória e o mocinho beija ela e ela lembra?

— Não, mas já assisti um que a mocinha morre e persegue o mocinho como um fantasma, mas ela não tava morta, aí quando ela meio que vive de novo ela não lembra dele aí quando ele vai entregar uma chave a ela aí ele toca na mão dela aí ela lembra dele aí eles se beijam aí então acaba o filme.

— Oque?

Eu parei de prestar atenção no que Wilmer falava quando ele falou o segundo "aí".

— Esquece.

— Certo...ahn...Você entendeu oque eu quis dizer?

O rapaz se joga na cama deitando de bruços e suspirando pesado, fui um pouco para o lado pra que ele pudesse ter mais espaço e eu também.

— Não, oque você quis dizer?

— Oque acha? Você me beija e ver se acontece alguma coisa.

— Isso não é um filme, a gente não vai se beijar.

— Porque a gente não vai se beijar?

— Eu criaria muita expectativa e acabaria quebrando a cara no final, não quero isso, já tô quebrando a cara demais por hoje.

— Você é definitivamente o homem mais dramático que eu já vi em toda a minha vida.

— Diz isso quando pedir alguém em casamento e descobri que a pessoa não lembra nem da sua cara — ele resmungou, levantou da cama e saiu do quarto.



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