Já impaciente com a demora do ômega, Do levou suas mãos ao corpo frágil do mais alto. Depositando uma delas na cintura curvilínea, já a outra começou a afastar o tecido dos ombros, deixando a amostra a pele leitosa.
— Por favor, n-não me machuque! – Park tremeu, fechando os olhos, onde logo se acumularam lágrimas, ao mesmo tempo que sentiu a mão quente e o corpo dele ficarem mais perto de si. Tremia, envergonhado e amedrontado. Coisas indecentes passavam por sua mente. Se sentia pecaminoso, acreditando estar a ponto de ser maculado. Estava indefeso e nem de longe queria ter sua primeira vez daquela forma.
Ao perceber o estado do agora desnudo de peito, o alfa afastou-se temendo ter dado uma impressão errada a Chanyeol. Mesmo que com a expressão serena, ele observou bem a face alheia, procurando ler o que o mesmo sentia e apurando seu olfato para sentir os sentimentos no ar.
— Sinto se lhe passei a impressão errada. Apenas retire as roupas encharcadas que lhe cederei as minhas para que se troque e não corra o risco de se resfriar. E em questão a te machucar: de forma alguma eu o farei! Tem de arcar com as consequências de seus atos. Agora é meu companheiro. Essa é a consequência de ter me cativado. – Ele pois um fim aos tremores de antes e trouxe um novo ao ômega que com o olhar submisso começou a desabotoar as últimas vestes que ainda jaziam em seu corpo.
— S-Será que poderia...? – Park pediu ainda temendo. Aquilo estava acontecendo rápido demais. Primeiro havia se descoberto um Broken. Agora, estava comprometido com um alfa a qual só sabia ser da família e linhagem mais pura e dominante do mundo atual.
KyungSoo deixou um sorriso escapar diante da vergonha do maior. Apenas se virando e esperando que o mesmo terminasse.
— Ai! – Chanyeol acabou por resmungar baixo de dor. Não passando despercebido pelos ouvidos aguçados do alfa. Que ficou prestando atenção atentamente, sem se virar.
— Precisa de ajuda? – D.O ofereceu, percebendo que havia algo errado pelo cheiro de indignação e vergonha no ar.
— N-Não precisa... E-Eu posso... – Ele tentou novamente retirar a veste sem enrolar na calda que havia aparecido misteriosamente, sem sucesso. Corado e envergonhado, até finalmente admitir a si mesmo que não conseguiria terminar de se trocar sozinho. – P-Por favor...
— Está tudo bem. Não precisa se envergonhar. – O alfa falou, se virando e dando de cara com o outro, com a calça aberta e desarrumada. Aproximou-se para ajuda-lo, vendo o quanto Chanyeol se encontrava encolhido e envergonhado. Além de que ele tentava prender seu olhar em qualquer ponto invisível. – Você é um pouco desastrado.
— D-Desculpe, eu vou tentar... – Ele tremeu. Com a voz chorosa e se esforçando ao máximo para ficar parado, ao mesmo tempo que o Do desenroscava sua calda.
— Tudo bem. Eu não estou reclamando, muito menos te julgando. Apenas tenha mais cuidado. Não desejo que se machuque. – E com isso, o Park pareceu perder o ar, tentando puxa-lo de volta a si, pela tamanha vergonha. – Respire.
— D-Desculp... – Ele foi interrompido por um rosnar baixo.
— Não se desculpe! Não quero que me esconda suas expressões, defeitos ou qualquer outra coisa. Apenas aja como você sempre faz, como você quer agi. Não estou aqui para julga-lo. A partir de agora é meu companheiro. Aprenderemos juntos a conviver um com o jeito do outro. – O mais alto se encolhera mais, extremamente envergonhado. Depois desse momento, ambos seguiram em silêncio.
Os movimentos do alfa eram medidos, apenas o necessário para que a troca de roupa fosse feita. E por algum motivo aquilo incomodou o ômega que sentiu algo se mexer dentro de si. Sua parte animal encontrava-se decepcionada. A falta de toques intensos estavam a castigando. E ela estava se vingando no corpo que a carregava. Acreditando que a culpa era dele, do alfa não desejar toca-lo.
— Vai melhorar. – KyungSoo afirmou, percebendo o quando seu companheiro estava incomodado. E ao terminar de puxar e arrumar as mangas grandes de sua veste que mais se parecia um vestido. Puxou o corpo deste para cola-lo a si e sua cabeça, a descansando sobre o ombro, ao mesmo tempo que o seu nariz traçava círculos pelo pescoço dele.
Com isso o Park se deixou gemer de maneira vergonhosa. Sentindo-o passar pela sua pele e lhe trazer arrepios gostosos. Ele tentou parar os barulhos vergonhosos, mordendo os lábios. Recebendo um rosnar em negação.
— Eu quero ouvir! – O alfa grunhiu. E somente aquilo o fez estremecer como nunca antes. Se sentia tão indefeso, tão pequeno e entregue nos braços de um de seus predadores naturais: o lobo alfa.
E diante disso ele se deixou fechar os olhos e entregar-se completamente aquilo. Sentindo quando algo arranhou de leve seu pescoço, sua mão esquerda de Do em suas costas o equilibrando. A outra se firmando com tudo na sua coxa.
Foram questão de segundos até ele soltar um gemido dolorido e fios de sangue escorrerem pelo pescoço claro. O alfa estava o marcando da forma mais dolorida que podia se haver. A seco, ao contrário da marca corpo a corpo que acontecia durante o acasalamento dos companheiros. Aquela marca era extremamente intensa. Apesar de que deveria ser reforçada com a outra em breve. Devendo ela ser feita com o máximo de cuidado, pois qualquer erro se tornaria fatal.
Na realidade, KyungSoo só estava a realizando pela necessidade de salvar o outro do descarte.
— Está feito! – O alfa rosnou, observando o companheiro com os lábios abertos de forma sôfrega e os olhos agora não mais fechados com um tom marrom profundo. O olhar de sua raposa interior se encontrava com o do lobo, buscando uma resposta pela mordida incomum, está a qual lhe foi dada.
— P-Por...? – Antes que Chanyeol pudesse fazer a pergunta, perdeu a voz que estava por um fio ao sentir o Do escorrer a boca agora mais para baixo. Retirando então uma das pontas da blusa que cobriam uma parte em especial de uma das coxas e logo posicionou seu lábios sobre a pele, olhando de relance para o rosto alvo e em seguida, como se recebendo um concedimento, seus dentes se fincarem também ali, abrindo entrada no corpo frágil, até alcançar o ponto certo para marcar e deixar seu cheiro mais forte.
— Meu cheiro ficará em você dessa forma. Segure nos meus ombros, tenho bastante partes a marcar. – E assim o Park fez. Gemendo baixo ao receber uma mordida em sua outra coxa.
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