-João, isso parece um sonho. -Poliana exclama com os olhos brilhantes.
Após o casamento, os recém-casados resolveram passar a lua de mel no lugar onde tudo começou: no Ceará, mas especificamente em Quixadá. Eles caminham de mãos dadas pela cidade à medida que as lembranças vêm em suas mentes.
-Olha, Poliana, foi ali que seus pais se apresentaram quando a gente se conheceu.
-Nunca me esqueço: meus pais cantando e dançando e eu lá sentadinha. De repente, você aparece e se senta do meu lado e a sua mãe louca atrás de você. Que tempos incríveis. -Poliana se emociona com a lembrança. -Obrigada por isso, João.
-Eu que tenho que agradecer, bichinha. À partir daquele dia a minha vida mudou completamente. Eu jamais teria sido feliz se você não tivesse cruzado meu caminho naquele dia.
-Eu acredito que Deus nos predestinou desde sempre, assim como foi com meus pais. Ele te colocou bem ali, no lugar certinho pra gente se conhecer. E depois te mandou pra São Paulo pra gente se reecontrar. É tão linda nossa história.
-Aposto que Deus se apaixonou pela nossa história, que mesmo depois de tantos anos, nunca nos esquecemos e nos reencontramos pra construir um relacionamento. E eu não poderia ficar menos feliz com a decisão dele. -João ergue Poliana pra cima.
-Obrigada por tudo, meu amor. Principalmente por voltar pra mim.
-Sempre vou voltar, bichinha. Sempre vou estar aqui por você. -João se aproxima para beijá-la.
Eles caminham por mais um tempo até chegarem perto de uma casa.
-Arriegua, é aqui... Minha casa. -João começa a chorar. -Quanto tempo, quantas lembranças.
-Você tem certeza que quer entrar, João?
-Sim, Poliana. A minha vida começou aqui, e quero me certificar que meus pais ainda estão por aqui.
Os dois se aproximam da porta, um tanto tensos. Com a mão já suada de tanto nervosismo e emoção, João bate na porta devagar. Após um tempo, uma senhora já idosa a abre e olha curiosa.
-Pois não? Em que posso ajudá-los?
-Mãe? -João arregala os olhos.
-João? É você meu filho?
-Mãe! -João corre e abraça a mãe, e os dois choram copiosamente.
Foram muitos e muitos anos sem se verem. A situação de extrema pobreza e os maus-tratos vindos do pai fizeram João querer fugir daquela situação toda. Josefa sabia dos planos do filho, e com muito aperto no coração deixou ele ir para que o garoto tivesse uma segunda chance de ser feliz.
Meses depois, Marcelo veio atrás dela para resolver a situação de João. Josefa foi até São Paulo e se reecontrou com o filho. Vendo que o garoto tinha uma vida boa e que estava feliz, resolveu dar a guarda dele a Marcelo, que já o considerava um filho de coração. Ela, mesmo contra sua vontade, tinha que voltar. O medo do que Tião era capaz de fazer assombrava seu coração. O problema é que ela jamais imaginava que aquela seria a última vez que veria seu filho.
Após Marcelo anunciar a mudança pra Califórnia, João até pensou na possibilidade de voltar pro Ceará. Mas, ao se lembrar de tudo o que passou e tudo o que conquistou ao lado de Marcelo, não discutiu. Acontece que na cabeça dele, seriam apenas alguns meses que passariam por lá, e não 25 anos. Logo, ele foi perdendo a esperança de rever sua mãe.
Quanto à Josefa, foram anos de grande dificuldade pra ela. A saudade do filho quase a matava, e após perder Tião uns 10 atrás por uma doença rara, ficou pior ainda. Mas, seu coração dizia que seu menino estava bem, então ela estava em paz.
-Meu menino, você tá tão crescido. Não sabe o quanto eu esperei por isso. -Josefa segura o rosto de João, molhado pelas lágrimas.
-Nem eu, mãe. Não sabe o quanto eu senti saudades da senhora. -João a abraça novamente.
Poliana nada dizia, apenas admirava aquele lindo momento e chorando emocionada.
Após um momento de grande emoção, Josefa os levou pra dentro e preparou um café. A casa ainda era do mesmo jeito onde João havia crescido, só que bem mais velha. Depois de Josefa servir o café para eles, se senta para conversar. Ela contou sobre tudo o que passou e também sobre Tião, o que emocionou o casal. E ele contou todas as suas aventuras: a Califórnia, a relação com Poliana e sobre Nicolas.
-Quer dizer que aquela garotinha que o João sentou do lado há muitos anos atrás se tornou a mulher dele?
-Sim, dona Josefa. A vida realmente nos trouxe grandes surpresas. -Poliana sorri pra sogra.
-Pode ter certeza que vocês têm a minha bênção. Obrigada por ter cuidado tão bem do meu João. -Josefa acaricia o rosto do filho.
-Mãe, eu tava pensando, a senhora podia ir morar com a gente lá em São Paulo. Assim, a senhora não fica mais longe de mim e nem dos seus netos.
-Ô, filho, mas eu não tenho mais nenhuma perspectiva de vida. Vou só esperar a minha morte aqui mesmo na minha cidade.
-Dona Josefa, não fala assim. Pensa que agora a vida te deu uma nova chance, depois do que aconteceu com o Tião. E eu vou adorar ter a senhora por perto, sem contar como o João vai se sentir feliz.
-Se é assim, não tem como eu dizer não. -A senhora se levanta e dá um abraço triplo no filho e na nora.
Depois disso, o casal resolveu dar mais uma volta pela cidade. Logo, eles voltaram ao local que haviam se conhecido, fazer uma coisa inusitada: se apresentar com as roupas que eram de Lorenzo e Alice.
-Não sei como o Bento não levou essas roupas também.
-Estavam na mala que eu ia levar. Mas, uma coisa é certa, ele pode se apresentar no Brasil todo, mas o legado dos meus pais ele nunca vai levar. Pronto?
-Mais pronto impossível. -ele abre o maior sorriso.
João começa a tocar seu violão e os dois entoam a canção "O Vagalume", muito utilizada pelos pais da mulher. Logo, começaram a chamar atenção das pessoas que passavam por ali e arrancaram muitos aplausos.
-Realmente, isso aqui o Bento nunca vai conseguir. -afirma João, convencido.
******
O tempo passou, e da melhor forma possível. João e Poliana não poderiam ter alcançado felicidade maior. Ele estava começando a se consolidar como cantor e acabara de lançar seu primeiro CD, com o título: "João, o arretado do Sertão", com duas participações especiais com a esposa. Quanto a ela, continuou cuidando da galeria a pedido da tia, mas também participava de peças no teatro municipal.
Como Josefa se mudou, ela quem cuidava da casa e das crianças. E de fato se deu muito bem com elas. Nicolas adorou conhecer e conviver com sua avó paterna. E as gêmeas acabaram chamando ela de avó também.
Em meio a tanta felicidade e com estabilidade financeira, o casal começou a discutir a chegada de um novo membro na família, o que não foi difícil de acontecer.
Poliana havia descobrido há dois dias, com teste de farmácia. Não havia contado a ninguém, e queria que fosse uma surpresa para todos. Então, teve uma ideia brilhante.
-Bom, quero que façamos uma dinâmica aqui agora. -Poliana manda todos se sentarem, isso inclui o marido, a sogra, e os filhos de Filipa.
-Arriegua, Poliana, o que você ta inventando agora?
-Você, vai ver João. -diz a mulher, entregando papeis e canetas para todos.
-A gente vai escrever alguma coisa, tia Poli?
-Não, Júlia, é pra desenhar.
-Oba! -as gêmeas dizem em uníssono.
-Fala sério, Poliana, eu sou péssimo pra desenhar. -João bate a mão na testa.
-Acho que eu puxei isso de você, pai, porque eu também só faço rabiscos. -ri Nicolas.
-Para de reclamar, João, você nem sabe o que é ainda. -resmunga a esposa.
-E o que é pra desenhar, minha filha?
-É simples, dona Josefa. É pra todos desenharem a sua família. Mas, não é pra desenhar tipo a familia toda, mas só quem realmente vocês consideram como próximos, como família realmente. E não precisa ficar perfeito, é só uma brincadeira. Podem começar.
Júlia e Jade tinham praticamente o mesmo desenho. Representaram elas duas, Nicolas, Filipa, Verônica, todos bem próximos, Poliana, João e Josefa.
Nicolas ficou bem emocionado com seu desenho. Ali estava sua mãe, ele e suas irmãs bem juntos, com João do outro lado segurando a sua mão, ao lado de Poliana. Colocou as suas avós, Josefa e Verônica bem próximas, e seu tio Gui, que havia sido como um pai. E ao seu lado, colocou Catarina, que ele já sonhava em ser sua esposa.
Josefa também não segurou as lágrimas. Desenhou a si mesma junto a Tião e João, com as mãos dadas com Poliana, e mais embaixo as crianças, todos muito sorridentes.
João era bem específico no que considerava sua família. Colocou a si mesmo no centro, com Poliana a seu lado, Nicolas perto da esposa junto com as gêmeas, sua mãe e seu pai, lado a lado, e mais em cima colocou Marcelo, seu pai de consideração.
Poliana ficou muito confusa em quem colocar. Por ela desenhava toda a família, mas não cabia no papel. Então, desenhou a si mesma, João ao seu lado, com os filhos de Filipa e Josefa. Seus tios Durval e Luisa um pouco acima de sua cabeça, ele com Raquel e Lorena bem pequenas, uma em cada lado, e Luisa junto a Milena e Marcelo. E mais acima ainda, representou o que seria o céu, colocou seus pais.
Na hora que viraram os desenhos, todos se emocionaram e se surpreenderam. Mas, quando Poliana virou o seu, as bocas foram para o chão. Ela havia colocado o nome de cada um acima das cabeças, e desenhou um sementinha no centro de sua barriga com um ponto de interrogação.
-Ma-mas, isso significa que... -João tenta encontrar as palavras certas.
-Que eu tô grávida, João. Daqui nove meses uma nova pessoinha vem preencher essa família. -Poliana afirma com lágrimas nos olhos.
João não diz nada apenas se levanta e abraça a esposa, os dois chorando copiosamente.
-Obrigado por isso, meu amor. Foi o melhor presente que você poderia ter me dado.
-Eu que agradeço, João. Eu amo toda a minha família, mas ainda faltava eu ter um filho pra ela estar completa. E foi você quem me deu esse privilégio.
-Eu te amo, te amo demais. -João a beija, apaixonadamente. -Eu vou ser pai, Poliana.
-Sim, João. Você vai ser papai dessa criaturinha que já está coberta de todo amor possível. -Poliana acaricia a barriga.
-Que emoção ter mais um netinho. Parabéns pra vocês. -Josefa dá um abraço na nora e um beijo na bochecha de João.
-Que legal, tia Poli. Mais um membro pra família. -Júlia comemora.
-Podemos colocar no desenho, tia?
-Claro que podem, meninas. -Poliana enxuga as lágrimas.
-E você, Nicolas? Gostou da ideia de ter um irmão? -Josefa pergunta, vendo o neto um tanto perdido nos pensamentos.
-Que? Ah, sim, claro. É ótimo. Fico feliz por vocês. Se não se importarem, eu vou pro meu quarto tá. -Nicolas sai dali um tanto sem graça.
-O que aconteceu com o bichinho? Eu disse alguma coisa de errado?
-Não, mãe. Eu sei porque ele ficou assim. E eu vou resolver essa situação. -João sai correndo atrás de Nicolas.
João abre a porta do quarto do filho, o encontrando sentado na cama, tocando seu violão e deixando as lágrimas caírem.
-E aí, seu abestado?
-Oi. Imagino que agora você esteja muito feliz. -Nicolas enxuga suas lágrimas.
-Por saber que vou ter um filho com a mulher que eu amo? Muito. Mas, por ver meu primogênito assim? Nem um pouco.
-Qual é, João? Fala a verdade pra mim: agora a sua felicidade está completa. Você tem sua mãe aqui, casou com a mulher dos seus sonhos e vai ter um filho com ela. E eu não faço parte dessa equação. Eu e minhas irmãs somos os intrusos da sua felicidade. A verdade é que você nem me considera como seu filho. Eu só sou um erro de uma noite que você nem lembra que passou com a minha mãe. -Nicolas diz com a voz embargada, chorando sem parar.
-Não diz uma bobagem dessas, seu abestado. Olha pra mim. -João segura o rosto de Nicolas. -Nicolas, eu te amo. E não é como eu te amava há uns anos atrás, como o seu tio. É como meu filho mesmo. Eu aprendi a ser seu pai, a me ver como seu pai. Eu saio para trabalhar todos os dias pensando em você, no seu bem-estar, no seu futuro. E todos os dias eu te dou todo amor do mundo.
-Acontece que agora você vai ter um filho de verdade. Um filho que vai ter o seu amor desde o início. Um filho que vai ser de um amor de verdade, não um de um erro como eu fui.
-Mas, Nicolas, você também é meu filho de verdade, e sempre vai ser. Mesmo que você tenha vindo de um erro com a Filipa, foi o erro mais acertado que eu já cometi. Você é um tesouro para a minha vida. Por mais que eu não tenha sido seu pai durante todos esses anos, eu quero ser de agora em diante e recuperar todo o tempo perdido. E aquela criança que está na barriga da Poliana é tão minha filha quanto você, sempre vai ser assim. E vocês dois vão receber igual amor, porque eu sou pai de ambos. -João chora ao dizer essas palavras.
-Você promete?
-Eu prometo, meu filho. Eu nunca vou deixar você sentir aquele vazio de novo, e você pode me matar se eu deixar isso acontecer.
João abraça o filho com força, os dois chorando copiosamente. Desde que descobriu que Nicolas era seu filho, prometeu a si mesmo que nunca mais iria deixá-lo sofrer.
No início da gestação de Poliana, Nicolas ficou um tanto triste. Mas, com o amor e atenção que João lhe dava todos os dias, ele foi mudando de ideia, e ficou super carinhoso com Poliana, e seu futuro irmão, o que causou um pouco de ciúmes nas gêmeas. Mas, foi passageiro, e os três estavam adorando o fato de ter mais um membro naquela casa.
Que na verdade era membra. Sim, era uma menina, e João e Poliana se emocionaram ao descobrirem com o ultrassom. Depois disso, o casal só ansiava ainda mais pela chegada da princesinha deles.
******
Aquele seria um dos dias mais especiais da vida deles: a consagração daquela princesinha, que agora tinha 3 meses. Antes da cerimônia, Poliana e João resolveram fazer uma confraternização com família e amigos, mas com um motivo especial: eles finalmente revelariam o nome da bebê.
Em decorrência disso, a casa ficou lotada de crianças, algumas nem tão pequenas assim. Douglas já estava com 23 anos, Nicolas com 20 e Catarina com 19, os dois na faculdade e mais firmes do que nunca. Júlia e Jade já estavam com 13, e Pedro com 8. E os caçulinhas, Leo, com 5 anos, Sophia, com dois, e as cerejinhas do bolo, Fábio, o bebê de Lorena e Mário, e a pequenina dos anfitriões, com 3 meses cada, completavam aquela familia gigante e cheia de amor.
-Mas ela é a coisa mais linda do mundo. -Luisa admira a pequena em seus braços. -Parece muito com a Poliana, não acha Marcelo?
-Acho que sim, amor. Mas, olha ela tem os olhos curiosos do João. -Marcelo observa, enquanto a pequena o olha curiosa.
-Ora pois, que coisinha mais lindinha do tio. -Durval baba. -Não é mesmo, meu pequeno bolinho de arroz. É pequenina igual você. -ele diz para o netinho caçula que está no colo da mãe, ressonando tranquilamente.
-Liga não gente, com esse monte de netos o Durval ficou mais babão e mais careca. -Cláudia zomba do marido e arranca risadas da cunhada.
-Eu fico muito feliz por você, prima. Nossos mascotinhos vão crescer juntinhos.
-Verdade, Lorena. Eu me sinto tão feliz. Imagina se eu tivesse voltado pra Trupe Vagalume? Eu jamais experimentaria tamanha felicidade. -ela sorri.
-Trouxe mais uns petiscos pra vocês. -Josefa chega com uma bandeja e os adultos se servem. -E você, princesinha da vovó? Que carinha de curiosa é essa. Gente, vocês repararam que ela tem os olhos do meu menino?
-Sim, dona Josefa. São realmente encantadores. -comenta Luísa.
-Chegamos, família. -Raquel e Guilherme chegam acompanhados dos dois filhos e da nora. -Desculpem o atraso, quase que a Sophia não deixa a gente vim. E cadê os meus sobrinhos lindos? -Raquel já baba.
-Que bom que vieram, prima. As crianças estão lindas.
-A criança aqui já está quase se formando, tia Poli e com um relacionamento sólido. -diz Douglas, abraçado com Regina.
-E você, coxinha de frango do vovô, venha cá no meu colinho, oh pá. -Durval estende os braços e a netinha já vai direto.
-Vovô, vovô. -Sophia dá uns beijinhos na careca do avô.
-Quem diria hein, seu Durval? Acho que o senhor devia agradecer de eu fazer coisinhas com a sua filha senão a sua netinha nem teria nascido. -zomba Guilherme.
-Ora, seu gagio, não brinque com o perigo. -Durval resmunga e todos começam a rir. -Lorena, porque o meu pãozinho francês não sai do celular?
-Ele baixou uns joguinhos e viciou. Tá igual o pai nessa idade.
-Ei, eu não era assim. -Mário fica inconformado.
-Não, você era muito pior. Se não fosse as contas pra pagar, você estaria igual ele. -Lorena revira os olhos.
-E aí, família? Qual é a boa? Porque com esse tanto de criança, só tem coisa boa. -comenta Milena, com o filho no colo.
-Falando nisso, tá na hora de você ter outro né, prima? -afirma Raquel.
-Eu já falei isso, mas quem disse que essa teimosa me escuta? -Luísa fica inconformada.
-Gente, eu custei a recuperar a forma depois do Leo, imagina o que outro filho possa fazer? Eu tenho uma carreira a zelar. Quem sabe quando eu me aposentar? Agora eu só quero curtir esse monte de sobrinho que eu tenho.
--Quem diria que aquela garotinha que a gente cuidava iria virar uma mulher tão decidida? -Guilherme cochicha no ouvido da esposa, que concorda.
Enquanto isso, Sophia observa a prima, curiosa.
-O que você achou da sua priminha, meu amorzinho? -Raquel acaricia o cabecinha da filha.
-Ela é buitinha. Eu gotei da minha piminha. -afirma a garotinha, fazendo todos babarem.
-Ah, gente, é tão bom saber que a nossa família é tão feliz. -Poliana diz com um sorriso no rosto.
Enquanto isso, João conversa com os amigos, um pouco afastatado dali.
-Quem te viu, quem te vê em João? Dois filhos já cara! -Luigi parabeniza o amigo.
-Valeu, macho. Nunca me senti tão feliz assim.
-Parabéns, João. Ter filhos é a melhor bênção que um ser humano poderia receber. -afirma Yasmin. -O ruim é que eles crescem rápido e você nem percebe. -ela observa os filhos pela casa
-E como o Nicolas tá lidando com isso, João?
-Até que bem, Kessya. No começo foi um pouco difícil, mas agora ele já tá todo babão, aquele arretado. E ele leva o maior jeito, já que ele cuidou das gêmeas também.
Enquanto isso, Catarina e Nicolas observam seus irmãozinhos de longe.
-Quem diria que a gente iria ter irmão juntos, Nic?
-Acho que é coisa do destino, meu amor.
-Será que eles vão namorar?
-Que isso, Cat? Isso é um incesto!
-Eu sei, mas tem gente que pega primo, ué.
-Ah, então quer dizer que você já ficou com o Douglas e com o Calebe? -Nicolas faz cara de ciume
-Não, claro que não. Não quero nem pensar nisso. -ela faz cara de nojo. -Mas, quem sabe os dois não dão um beijinho um dia?
-Não fala isso perto do meu pai, porque senão você recebe um esporro de presente. -afirma Nicolas, enquanto a namorada ri.
Depois de um tempo, Poliana e João anunciam que vão falar, com a filha no colo.
-Bom, família. Queremos agradecer a presença de todos vocês aqui conosco. Vocês todos que testemunharam a minha história com o João, um amor que se materializou nessa coisinha linda aqui.
-E também, eu agradeço a todos vocês que me acolheram como família. E a minha mãezinha que graças a Deus está aqui comigo de novo. -Josefa manda um beijo para o filho.
-Bom, e como todos vocês ansiaram muito, nós vamos revelar o nome da bebê. Depois de pensarmos muito, eu e o João chegamos a uma conclusão mais que perfeita.
-E agora, nós temos orgulho de anunciar que a nossa princesa se chama...
-ALICE! -os dois dizem em uníssono.
Todos ficam emocionados. Luísa e Durval choram de soluçar.
-Tenho certeza que a minha mãezinha lá no céu está honrada da sua netinha ter o seu nome. -Poliana olha pra cima, chorando.
Assim, todos ali presentes vão abraçar os anfitriões, e a pequena Alice já estava recebendo todo amor e carinho possível em um momento muito emocionante.
Poliana e João não poderiam descrever tamanha felicidade que sentiam. Só poderiam agradecer por, 25 anos depois, terem se reencontrado e construído uma linda relação cheia de amor e confiança.
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