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História Broken Hearts - Eu sou o Batman


Escrita por: Miss_Amelie

Notas do Autor


>> Disclaimer: Os personagens pertencem à DC Comics.
Gif editado do filme ‘Batman versus Superman’.

Capítulo 24 - Eu sou o Batman


Fanfic / Fanfiction Broken Hearts - Eu sou o Batman

“Uns querem um final feliz.

Eu só quero a parte do feliz,

do final eu não quero nem saber.”

(Caio Augusto Leite)

 

• • •

 

 •Mansão Wayne ||

perspectiva de Bruce •

 

Ninguém jamais ouvirá uma confirmação dos meus lábios. Nem mesmo ela. Mas eu realmente gosto do modo como ela me usa como um travesseiro gigante. Envolvendo a perna, dobrada sobre mim, colocando a cabeça em meu peito, me espremendo em um abraço.

Bom, há um quê de reciprocidade, já que eu a proclamo como meu cobertor preferido. Sua pele é suave e macia, mais macia do que qualquer lençol que eu poderia usar. Braços tonificados me rodeiam enquanto ela se aninha contra meu peito. Eu gosto de observá-la dormir. A sensação de que ela está segura me deixa equilibrado mentalmente.

Eu tento dizer a mim mesmo que isso tem que parar. Seria o correto a fazer. Mas não há pensamento racional quando se trata dela. Nenhuma desculpa, seja ela razoável ou persuasiva, vem à mente quando ela me olha do jeito que ela olha, como se me amasse com a força de uma estrela prestes a explodir.

Mas eu preciso admitir para mim mesmo todos os contras ao estar com ela. Eu não consigo me concentrar se ela estiver comigo. Até os pesadelos agora são raros e a verdade é que, quando eu não conseguia dormir por causa deles, eu tinha uma rédea firme sobre as minhas emoções. Como se a dor fosse, por pior que seja, um leme que me mantém no caminho certo da minha missão. Sem distrações!

Eu sou o Batman. Eu sou a noite. Eu sou a vingança. O vigilante de Gotham. Eu não mereço o amor. Não dessa forma tão cúmplice. Não dessa forma livre que Diana quer me dar.

Mas ela não pensa assim. E é teimosa demais para admitir que está errada. Mas eu sei que ela merece mais que um louco vestido como um morcego na vida dela. Ou será que sou eu quem está errado? Será que eu não sou uma causa perdida, como ela diz? Eu duvido muito.

 

• Gotham City ||

Telhado da Catedral Basílica •

 

Ela usava uma roupa simples, completamente preta. Os cabelos presos em um rabo de cavalo, semi-cobertos por um boné de baseball do Red Sox. Batman evitou uma risada quando a viu esgueirar-se silenciosamente até ele no telhado.

– Nada de metas em minha cidade, Princesa. Você conhece as regras! – O rosnado estava longe de ser reverberante. Parecia mais divertido que ameaçador.

– Eu fui bastante furtiva, Batman. E eu não estou usando meus poderes ou meu traje. – ela sorriu para ele e o fez desmanchar a carranca falsa de seu rosto – Além disso, eu trouxe café!

Ele a puxou para si, encoberto pelas sombras, tirando seu boné e a fazendo soltar um sorriso em meio a lufada de ar. Ela deixou-se cair em seu abraço e Bruce cravou os dedos enluvados em seu cabelo, pressionando o corpo dela contra o dele. Um gemido rouco acabara por sair da boca de Diana, sendo levada por aqueles beijos deliciosamente lentos, controlados, minuciosos.

O Batman era um exímio beijador... Ela sorriu para si mesma. “Que sorte a minha”, foi o pensamento imediato.

Ela sentiu o toque do homem vestido de Morcego como uma descarga de eletricidade, que ia do topo da cabeça até as pontas dos dedos dos pés, como um calor que se espalhou ao longo de seu corpo onde ele a tocava. E ele a tocava por todos os lados. Acariciando a cintura, as costas, deslizando as mãos pelos cabelos, soltando-os do elástico que os prendiam... Até que os lábios dele deixaram os dela.

– Oh... não... Você não deveria parar. Eu estava me divertindo! – Diana murmurou, divertindo-se com a situação. Bruce parecia relaxado e tranquilo. Como se a presença dela não o aborrecesse.

Surpreendentemente, ele inclinou-se para beijar-lhe o pescoço. Era a “pausa no trabalho” do formidável Morcego de Gotham. Um intervalo, para tomar o cafezinho e os lábios da princesa.

Para Diana, esta sensação foi ainda melhor. Ela nunca pensou que sua garganta tinha tantas terminações nervosas, mas os beijos de borboleta que Bruce lhe aplicava suavemente, pareciam saber estimular cada uma delas.

De repente, sentados no alpendre do telhado, uma pergunta diferente surgiu em sua cabeça. Algo que havia cruzado sua mente sobre as pequenas coisas que ele contava a ela sobre sua vida e seus amores do passado.

– Bruce... de quem você ficou noivo? – ela murmurou – De Talia ou de Selina?

Uma risada escapou-lhe e o som vibrou contra seu pescoço.

– Hum... Curiosa, princesa? Bom, qualquer um pensaria isso, mas não foi de nenhuma das duas – Ele afastou-se para olhar diretamente para ela – Você nunca iria adivinhar!

– Quem foi? – Ela perguntou, intrigada e notou a maneira como ele a estava analisando, antes de responder – Desculpe... se não quiser falar... eu entendo!

– Tudo bem, Diana. – Ele respondeu, ainda a segurando bem perto e olhando em seus olhos – Eu vou te contar um pouco: O nome dela era Andrea Beaumont – Ele falou seu nome com uma certa reverência inconsciente, semelhante à maneira como ele falava de Diana, muitas vezes.

Diana tentou buscar na memória alguma lembrança com a imagem da mulher a quem pertence o nome, mas não havia nada.

Bruce continuou e Diana viu uma tristeza em sua expressão. – Eu a conheci antes de vestir o capuz, por causa dela, tive a esperança de uma vida normal pra mim. Eu estava disposto a desistir de tudo por ela. Desistir da promessa que fiz aos meus pais.

Diana ergueu as sobrancelhas. Ouvi-lo dizer isso foi como um soco no estômago, dado pelo Superman. Ele sempre pareceu tão seguro sobre a missão, tão confiante, que foi difícil imaginar a auto-dúvida que poderia ter sido causada pelo amor de uma mulher. – Você ia desistir?

– Eu me sinto culpado sobre isso – Ele admitiu, ainda olhando para longe. – Mas a verdade é que eu estava completamente disposto a fazê-lo por ela – Ele riu, mas não era humor, era amargura – Alfred estava em êxtase, esse era o sonho dele para mim. Ele queria isso talvez mais do que eu. Você deve imaginar como ele estava na época, comparada a adoração que ele tem por você, princesa. Tudo que ele quer é uma mulher que me salve!

A garganta de Diana pareceu apertada e sua coluna parecia fora de lugar, como se sua postura estivesse torta. Ela pensou que o destino nunca fora gentil com Bruce – O que aconteceu, Bruce? Por que vocês não se casaram? – Doeu perguntar isso.

– Ela me deixou – Ele finalmente trouxe seu olhar de volta para o dela. O semblante de volta ao habitual: sem emoções. – Andrea Beaumont fugiu com o pai e me abandonou. Esse foi o catalisador do fim e eu voltei para a minha antiga promessa.

Diana sentiu que havia mais por trás de tudo isso. A dor na voz dele lhe disse que seu amor por esta Andrea Beaumont tinha sido profundo, real e que não havia terminado. Mas estranhamente, isso a incomodara, mas não a ponto de duvidar de seu amor. Andrea tinha quebrado seu coração, depois de tudo. E Diana estava segura de que era sua chance de reparar todas as dores de amores mal-resolvidos que o abateram.

Ela percebeu que ele estava agarrando-a muito forte, forte o suficiente para deixar contusões em uma mulher comum. Como se quisesse mantê-la sob seu abraço, não permitindo-a, de forma inconsciente, a deixá-lo ou traí-lo, de alguma forma, como as mulheres de sua vida. Era a força motriz de um cansaço que talvez nem ele soubesse que estava sentindo. Doeu, mas eu podia suportar.

Ele não estava vacilando, é claro, mas quando ela soltou os braços ao redor do pescoço dele, ele deu um pequeno suspiro exalando o ar, que estava preso desde então. Ele estava visivelmente desconfortável.

Ela decidiu deixar as coisas mais tranquilas e divertidas novamente.

 

– E quem foi a segunda a capturar o coração evasivo de Bruce Wayne? Dinah me contou algo sobre isso.

Inesperadamente, ele se encolheu, em constrangimento. Isso despertou o interesse de Diana, que sorridente, o encarava, traçando os dedos sobre o emblema do morcego em seu peito e mordendo sedutoramente os lábios. – Hum?

– Eu não quero falar sobre isso. Foi a coisa mais ridícula que eu já fiz na vida.

– Tudo bem, senhor B – ela suspirou. Diana sabia que pressioná-lo nunca deu-lhe as respostas certas. Jogando a cabeça para trás, Diana soltou uma risada honesta – Por Hera, Batman, Dinah me disse que não há ninguém em Gotham que você não tenha beijado por alguma razão ou outra. Vilã ou mocinha.

– Para seu governo, ainda faltam algumas mulheres para serem beijadas por mim. – O sinal de diversão era evidente de novo.

Diana riu e eles se aconchegaram mais perto um do outro, permitindo que sua adoração mútua transparecesse em ambas as linguagens corporais. Para seu desapontamento, ele não tentou beijá-la novamente, mas colocou seus braços frouxamente em torno de sua cintura.

– Por que nós sempre falamos sobre minha vida amorosa? – Ele perguntou com um sorriso sexy sob a máscara – E quanto a você, princesa? – Ele se inclinou e disse baixinho em seu ouvido: "Quem capturou o coração da princesa das amazonas?" Seus lábios roçaram sua orelha, enviando um formigamento quente para a parte inferior do estômago. Ele sabia a resposta. Ele queria jogar com as emoções dela.

Ela sorriu para ele. Isso provavelmente pareceria tão estranho para qualquer um. Falar sobre seus amores passados ​​enquanto se envolvem tão carinhosamente um com o outro. Mas por alguma razão, não era o caso entre eles.

– Você. – ela disse.

– Eu não preciso ter ciúmes de ninguém? Tem certeza? – Ele fingiu estar ultrajado. A pior atuação de todos os tempos. Uma caricatura ambulante.

– Bem, algumas mulheres em Themyscira mantinham relações afetivas umas com as outras – Ela explicou – Mas eu não fiz isso. Imagine um bebê criado entre elas! Elas me viam como uma filha, ou irmã mais nova. – Ela lembrou as palavras de Zatanna sobre o quanto Bruce tinha ciúme dela e sorriu, maliciosamente, com diversão implícita – Mas, há um homem, você deve saber...

Ele não mostrou nenhuma reação externa grave, mas Diana estava observando-o atentamente e viu o descontentamento exposto levemente na contração da mandíbula.

– Quem é? Não me diga que é seu amigo “Kal”? – O desdém de Bruce era evidente, mesmo que ele tentasse aparentar o tom neutro.

Diana riu em sequência.

– Você odeia o fato de eu chamá-lo de Kal, não é? Eu não entendo isso. Juro que não entendo.

– O nome dele é Clark.

– O nome dele é Kal. E ele também é seu amigo.

– Eu não vou discutir com você, Diana. Diga logo quem é... eu não tenho tempo para jogos. Eu preciso patrulhar.

– É inverno Bruce. Está tão frio que quase não há vestígios de gente nas ruas desde às 19h. Pelo amor dos deuses – Ela sorriu em diversão e continuou – Quando voltamos no tempo, para segunda guerra, você não estava lá conosco, mas eu conheci um homem. Seu nome era Steve Trevor!

Ele a olhou sem expressão alguma, mas por dentro estava se corroendo com o fato dos olhos de Diana estarem exibindo um brilho carinhoso.

– Vocês... Ficaram íntimos? – Ele perguntou suavemente.

– Não. Nós só nos beijamos – Diana decidiu que não levaria Bruce até a borda do ciúme.

Ele não disse nada. Absolutamente nada.

Nada em sua posição física mudou, mas de alguma forma ela sentiu-o relaxar de qualquer maneira. Ela sorriu para ele, tentando ser compassiva. Se isso era ciúme, ela não achava bom causar esse tipo de sentimento. No começo, pareceu divertido, mas depois, ele parecia estar triste. Então ela se perguntou por que ela deveria despertar emoções negativas no homem que amava? Ela era dele, de livre e espontânea vontade.

Não querendo que ele ficasse zangado, ela perdeu a paciência e beijou-o novamente. Ele respondeu imediatamente, como se as encucações tivessem ido embora, fazendo algo com a língua que a fez ofegar novamente. “pelos deuses, que poder este homem tem sobre mim que me deixa de pernas bambas?”, sua mente trabalhava. Ele realmente sabia como empurrar todos os botões certos. Ele parecia conhecê-la até mais que ela mesma.

Ela sorriu através de seu beijo e de repente foi dominada pela necessidade de sentir sua pele. Agora.

– Vamos pra casa, Batman? – Suas mãos queriam enterrar-se no corpo de seu amante.

– Princesa... – Ele inalou bruscamente.

Ela brincou com ele, desferindo mais beijos por toda mandíbula. E Bruce soltou um gemido frustrado, deixando a amazona satisfeita ao ouvi-lo. A respiração do Morcego estava cansada e seu olhar escureceu significativamente. Ela percebeu o desejo e a paixão evidente daquele homem por ela e deleitou-se com o sentimento de reciprocidade.

O aperto dele em seus quadris poderia deixar hematomas, mas nenhum dos dois se importava. Até que algo estalou em sua mente.

– Diana, pare. – Ele agarrou suas mãos e as afastou.

Ela o deixou, franzindo o cenho: – Você não quer?

– Não aqui! – Ele respondeu, parecendo triste.

– Mas o Ollie disse que você fez isso nos telhados com sua ex-amante e nunca houve problema com isso. A Catwoman não perecia se importar.

– Mas eu não vou fazer isso com você Diana. – Ele fez uma nota mental para si mesmo para dobrar o serviço de monitoramento do Arqueiro Verde pelos próximos dois meses.

Diana recostou-se na parede. Ela não entendia bem o significado da resposta. Era ambígua – ele não ia fazer isso com ela porque achava que ela merecia algo melhor ou porque não a queria com ferocidade como queria Selina?

Vendo a expressão confusa dela, ele capturou seus lábios novamente, e eles se perderam um no outro. Diana olhou para Bruce, que ainda estava olhando para ela. Então ela compreendeu: ele a amava. Por que comparar-se a outros amores? A vida havia dado-lhes a chance do romance? Era melhor não desperdiçá-lo com dúvidas tolas. Amor não se compara. Cada um é como é.

– Bruce – Diana disse, esperançosa – Vamos pra mansão?!

Ele a cortou com um beijo, apoiando-a nas sombras da parede lateral, onde a linha de concessão estava bloqueada. Seu corpo musculoso estava alinhado contra o dela enquanto a beijava febrilmente. Um gemido escapou de sua garganta quando ele rolou seus quadris para os dela, o atrito provocando uma explosão de prazer. Ela sentiu como se estivesse queimando de dentro para fora.

– Vamos, princesa... Vamos pra casa!

 

• Mansão Wayne ||

Duas semanas depois •

 

As mãos de Bruce ainda tremiam quando ele empurrou a porta de acesso à mansão, através do relógio do avô e entrou na biblioteca. Ele não tinha sequer tirado o traje, ou atualizado os registros do computador, tomado um banho na ducha do vestiário da caverna, ou feito qualquer coisa que faz habitualmente quanto volta da patrulha.

Ele tinha acabado de voltar para casa, ofegante, confuso, cansado – mas não por fadiga e sim emocionalmente. Ele precisava ver Diana. Isso o faria sentir-se bem novamente. Ela era seu talismã.

Vê-la ia trazê-lo de volta à realidade. Vê-la o faria sentir-se equilibrado e seguro. Porque, neste momento, Bruce Wayne estava completamente fora de si.

 

• • •

"Quer ser o rei da sua história

Eu quero saber quem você é

Eu quero que seu coração seja minha

Quero que você cante para mim suavemente

Então eu estou correndo no escuro

Isso é tudo que o amor já me ensinou

(...)

Você tem esse poder sobre mim

Tudo o que quero reside nesses olhos

Você tem esse poder sobre mim

a única que eu conheço, a única em minha mente

Você tem esse poder sobre mim"

Power Over Me (tradução) - Dermot Kennedy


Notas Finais


Se quiser me add, encontre-me:

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