1. Spirit Fanfics >
  2. Broken Spirit >
  3. Capítulo Único - O Centauro Caído

História Broken Spirit - Capítulo Único - O Centauro Caído


Escrita por: Archer_Beafowl

Notas do Autor


*Saint Seiya não me pertence!

*Fanfic de presente de aniversário para Aioros de Sagitário.

*REVISADA EM: 18/12/2017

____ X _____

Oi gente, tudo bom? Como é de praxe, tô aqui com a fanfic de aniversário do Aioros, porque, né?! No dia de hoje não pode faltar ^^

Primeiramente, eu gostaria de dizer que estou feliz com o resultado, porque eu sempre quis trabalhar com o tema proposto da história, e me dá alegria cumprir desafios que eu faço a mim mesmo. Foi difícil, mas eu me dei bem.

O Tom do Aioria, considerando que é uma UA, é até adequado, principalmente pela situação, mas ele não é tão calmo ou quieto como coloquei nessa história não, e se eu estou falando disso aqui, é porque Eu sei que Eu poderia ter feito melhor ou diferente. Enfim...

A História AINDA não foi betada. Comecei a fazer ela ontem e não tive tempo de revisá-la, por isso, EXISTE SIM ERROS DE PORTUGUÊS E DIGITAÇÃO ao longo do texto porque ELA NÃO FOI REVISADA antes de ser postada.

Prometo revisá-la assim que der, nos próximos dias de preferência, mas não posso perder a data do aniversário do meu Aioros, isso não!

No mais, espero que gostem, porque eu desenvolvi bem algumas coisas e 'corri' com outras, o que deixou meio apressado no final, mas enfim... Espero que curtam.

Abração a todos e FELIZ ANIVERSÁRIO AIOROS, SEU LINDO GOSTOSO DO MEU CORAÇÃO, EU TE AMO!

BOA LEITURA!

ATUALIZAÇÃO: REVISADA EM 18/12/2017

Capítulo 1 - Capítulo Único - O Centauro Caído


Às vezes eu o flagrava fazendo aquilo de forma desinteressada. Ele mexia dos dedos dos pés enquanto os mirava com um olhar melancólico e derrotado. Era tudo o que ele podia fazer mesmo.

Eu tinha saído alguns minutos para ir ao mercado. Precisava comprar algumas coisas que estavam faltando, mas não me demorei, as recomendações sempre foram claras, e eu não poderia deixa-lo sozinho por mais do que 15 minutos.

Afinal, nem sei o que ele poderia fazer nesse meio tempo, uma vez que ele já havia ‘tentado’ antes.

Uma garoa leve caia lá fora, não sendo algo que eu poderia chamar de ‘Chuva’, mas sua presença vinha esfriando a cidade, aumentando a umidade e fazendo cair os termômetros. Isso não era bom, pois ele não reagia ao frio como a maioria de nós, pelo menos, não mais.

Terminei de colocar as compras sobre a mesa e fui em sua direção. Quando ele me notou, me olhou pelo canto dos olhos, mas não deu importância. Ele pensava que eu o cercava tanto por pena, e pela obrigação que o ‘sangue’ me dava. Tão tolo e desiludido ele era; pois não fazia ideia do real motivo deu me dedicar tanto.

— Você está bem irmão, precisa de algo? — perguntei, lhe tocando o ombro e ensaiando um sorriso franco. Mas ele somente me olhou com aquele mesmo olhar de repreensão de quem já estava cheio de tanta ‘atenção’ e me negou com a cabeça. — Está ficando frio, vou pegar um cobertor grosso para envolver suas pernas, assim você não sentirá dor. — disse somente, deixando-o sozinho à observar a garoa fina lá fora pela janela enquanto me dirigia ao quarto.

Peguei uma colcha grossa de retalhos, que nossa falecida avó havia costurado para nós quando éramos pequenos e ainda dividíamos a mesma cama.

Voltei e mesmo sob o olhar repreensivo dele, eu envolvi suas pernas nela, tentando minimizar o desconforto que o frio lhe causava.

Sim, ele sentia muita dor com o clima frio, pois o metal dos pinos que seguravam os ossos quebrados esfriava muito mais rapidamente que o próprio corpo em si, e o choque término interno causava-lhe uma dor aguda nos músculos. Lembro-me bem desse dizer do médico, principalmente quando no último inverno, eu o vi passar noites e mais noite aos gritos em cima da cama, não aguentando a dor que sentia. Lembro-me de que naquela época, eu fervi água quente e despejei numa grande bacia, pegando-o nos braços em seguida o levando para o banheiro, onde deixei suas pernas imersas na água quente até que o metal dos pinos esquentasse.

Era uma rotina dura, pesada e difícil para todos, mas agora, essa era a nossa realidade.

Foi difícil para meus pais, para os amigos da família, os parentes, para mim, que tive que abandonar tudo por ele, e para tantos outros. Mas não havia sido tão difícil para qualquer um quanto era para ele próprio, que sempre fora tão ativo e desprendido da quietude como era.

Eu lembro que da primeira vez que ele me contou do ocorrido, ele falava em desespero, com lágrimas nos olhos. Depois, conforme as pessoas iam perguntando, ele repetia a história sempre da mesma forma, as vezes de um jeito mais quieto e demorado, outras de uma forma mais rápida e resumida, mas sempre era a mesma história, seguindo a mesma linha e o mesmo raciocínio. Ele havia contado já tantas vezes, que era impossível não ter decorado ela.

Tudo começou quando ele resolveu viajar com os amigos naquelas duas semanas de férias que conseguira no trabalho; ele havia decidido isso em umas poucas horas, e algo que geralmente requeria um planejamento antecipado e mais detalhado, era feito por ele às pressas, sem haver muito preparo ou mesmo margem para dúvidas. Quando ele colocava algo na cabeça, ou mesmo decidia sobre alguma coisa, não havia ser neste mundo que o fizesse mudar de ideia.

O Destino seria a Argentina, na América Latina, um lugar bonito, exótico, paradisíaco, com montanhas alpinas cobertas de neve, florestas densas de pinheiros e planícies sulistas caracterizadas pela tundra.

Ele pretendia fazer ‘Mountain Bike’ com os amigos na região, e já havia preparado tudo naquele mesmo dia. A agência de viagens já havia reservado o voo e os hotéis, na região de Bariloche.

No entanto, seu destino seria ainda mais longínquo, pois de Bariloche, eles partiriam para o extremo Sul do país, até a Patagônia, onde realmente iria realizar as trilhas, as escaladas, a natação e claro, o ‘Mountain Bike’. Meu irmão sempre fora apaixonado pela vida, pela natureza e por esportes radicais, ele gostava do diferente, do ousado, daquilo que as demais pessoas não se atreviam a fazer. E era por isso que ele se aventurava tanto. México, Tibet, China, Índia, França, Escócia, Rússia, Estados Unidos, Austrália, e agora a Argentina.

Ele tinha fotos de cada uma dessas viagens. Como quando mergulhou com Tubarões na costa Australiana, ou mesmo fez escalada nas montanhas do Tibet. Ciclismo no Interior da França? Claro, porque não. As fotos estavam na prateleira, acima da lareira, e desde o ocorrido, ele se pegava olhando para elas, se torturando com aquelas lembranças sempre que podia. Era um veneno que ele gostava de apreciar em silêncio, pois a dor que essas lembranças lhe traziam, conseguia, de certa forma, amenizar a dor que ele sentia atualmente.

Havia lá também a foto da dita viajem a Argentina. Tirada um dia antes do ocorrido. Ele estava lindo nela. Estava usando botas pesadas de neve, um moletom preto que deixava visível suas pernas torneadas; luvas também na cor preta, felpudas e próprias para a região; um casaco laranja, com duas listras verticais pretas e um gorro cinza. O Sorriso dele era lindo, e a barba rasa, ainda por fazer de um ou dois dias, deixava ele com um ar mais másculo e rústico. Os olhos, brilhavam de felicidade como duas grandes esmeraldas. E ao fundo, um enorme lago de um tom azulado único, algumas árvores e uma grandiosa montanha, cujo o cume estava coberto por neve.

Era uma das fotos mais bonitas ali, e a que ele olhava com mais intensidade, desprezo e melancolia. E infelizmente, também com mais constância.

Ele me relatará que tudo ocorrerá no dia seguinte àquela foto. Estava descendo a montanha em alta velocidade, e não havia muita luz. O Tempo estava frio, o céu nublado, e as árvores encobriam a rota a deixando mais escura do que normalmente seria. Ele liderava, e os demais vinham atrás dele. O Trajeto era complicado, muito rochoso e íngreme. Mas para os praticamente de ‘Mountain Bike’, era o ideal. A pouca iluminação deixara de ser um fator limitante quando os olhos já haviam se acostumado com a pouca luz.

Junto dele estavam alguns de nossos grandes amigos. Shura, Carlos, Saga, seu irmão gêmeo Kanon e Dohko. Todos haviam ido nessa viagem e mesmo que alguns deles, como Dohko e Carlos nunca tivessem praticado ‘Mountain Bike’ antes, eles haviam topado.

A descida se tornava cada vez mais vertiginosa e intimidadora, o que começava a preocupar os demais, mas ele, sempre na frente, sempre o líder, sempre o mais experiente, encarava aquilo como apenas mais um desafio, o que deixava seu peito bater forte pela emoção do momento.

Shura, praticante do esporte há quase tanto tempo quanto ele, fora o primeiro a reconhecer que aquela trilha não era a melhor, e que estavam muito propícios a acidentes. Ele alertara aos demais, que começavam a tentar parar as desenfreadas bikes logo após o aviso, mas meu irmão, meu teimoso e indisciplinado irmão, sempre gritava de sua liderança que era besteira, que Shura era um medroso.

Mas fora aí que tudo aconteceu. O Final da trilha chegou, e ele se revelou como um desfiladeiro de quase dez metros de altura. Meu irmão se surpreendeu, e até tentou frear a bike, ou mesmo virá-la para outra direção, mas fora inútil. A Velocidade em que estava era tanta que ele fora arremessado daquele penhasco para o chão.

Uma queda que lhe tirou quase tudo; e por pouco, também não lhe tirou a vida.

Aioros, meu irmão, havia quebrado as duas pernas em quatro lugares diferentes em cada uma. Havia também fraturado as costelas, os braços e sofrido um forte traumatismo craniano.

Eu ainda estava em casa, na faculdade, como meu pai havia pedido que eu ficasse, para adiantar logo o MBA em Administração que ele praticamente me obrigara a fazer quando eu recebi o telefonema. Meus colegas e meu professor me olharam perplexos ao ver que eu estava em pânico, que as lágrimas começavam a descer pelo meu rosto e que eu estava sentindo refluxo de vômito naquele momento.

Eu só consegui pedir licença a corri para o banheiro, sendo seguido por dois de meus amigos.

Aldebaran e Shaka me deram apoio naquele momento, tentando entender o que estava acontecendo comigo e porque eu havia ficado naquele estado tão rapidamente.

Fora somente depois de uma meia hora, quando até o professor apareceu no banheiro e me levou para a Reitoria, que eu consegui dar as minhas devidas explicações.

Meu amado irmão, meu exemplo, meu herói, estava entre a vida e a morte num Hospital em Buenos Aires. Meus pais haviam ido naquela noite mesmo para Argentina, e eu ficaria de ir somente no fim de semana.

Aldebaran e Shaka ficaram comigo até quando puderam. O Grandão se foi ao receber um telefonema do namorado, um garoto chamado Mu, que exigia sua presença em algum lugar por algum motivo, e assim ele se foi.

Shaka, que além de meu amigo, era um dos meus ‘ficantes’ corriqueiros, concordou em ficar comigo durante aquela noite. Eu mal consegui dormir naquele dia, e no Sábado, estava indo para a Argentina.

A primeira vez que vi Aioros depois do acidente foi através da vidraça da UTI. Ele estava na cama, coberto por um lençol fino azulado, usando um respirador e com a cabeça enfaixada.

Lá, fiquei sabendo de tudo, e junto dos meus pais, me entreguei aos prantos.

A Coluna não havia sido fraturada, e também não haviam indícios de hemorragia, mas as duas pernas, que passaram por uma cirurgia de quase oito horas no dia anterior a minha chegada, haviam sido quebradas em quatro partes cada uma. O Fêmur, a Tíbia e a Fíbula haviam se partido em dois locais distintos cada um. Isso resultou na implementação de dezesseis pinos de sustentação em cada perna.

Algo que deixou meus pais horrorizados, mas não tanto quanto o que ouviriam a seguir.

A Gravidade do acidente, embora não houvesse afetado a medula espinhal e nem restringido os movimentos dos membros inferiores, traria sim consequências. A posição dos pinos, da forma como foram colocados, ajudaria os ossos a cicatrizarem e a se regenerarem mais rapidamente. No entanto, esses ossos estariam tão frágeis agora, que Aioros provavelmente não seria mais capaz de andar.

Aquele foi o princípio do fim. Meu irmão era formado em Direito e pós-graduado na Turquia em Direito e Economia. No entanto, ele não exerceria mais a sua profissão, nem sua função regular na empresa da família devido ao ocorrido.

Eu era formado em Gestão de Finanças e estava terminando meu MBA, mas tive que largar tudo para me dedicar ao meu irmão. Isso fora um pedido de meu pai, que me dizia que como caçula, membro da família e homem adulto e honrado que eu era, essa era minha obrigação para com meu irmão.

Tudo para o que eu e ele fomos preparados durante toda a vida, havia ido por água abaixo por causa daquele fatídico dia. Eu não o culpava por isso, de forma alguma, pois eu até gostava da vida mais tranquila em casa, longe dos estresses do escritório e da faculdade, mas Aioros se culpava por nós dois.

Se culpava por ele, por ter arruinado a própria vida, e por mim, sentenciado a ter com ele àquela angustia. Mas para mim não era uma tortura ou mesmo o ‘fim’.

Eu e ele sempre fomos muito unidos, desde pequenos, e sempre nos demos bem. Meu pai e minha mãe se gabavam nas reuniões de família quando nossos parentes reclamavam das brigas constantes entre os filhos, que eles nunca haviam passado ou mesmo vivenciado isso, já que eu e Aioros éramos como carne e unha. Ele era meu melhor amigo, embora tivesse outros por aí, assim como eu era o dele.

Eu gostaria de dizer que depois disso, nossos laços de irmãos se intensificaram, que nos tornamos ainda melhores um para o outro, mas infelizmente, isso não aconteceu.

Eu, impulsivo e energético como sempre fui, aprendi a ter empatia com a situação e paciência com ele, que tornara-se um homem amargo, sem esperança e sem vida, e por consequência da sua dor, do sentimento de limitação que o abatia, acabava por ser ignorante e severo com todos os que tentavam se aproximar.

Shura, Carlos e os demais, sempre o visitavam. Tentavam animá-lo e o convidavam a sair um pouco de casa, para tomar um ar e se divertir, mas Aioros sempre se negava, sempre com a mesma expressão séria, fechada e agora carrancuda.

Eles tentaram por muito tempo, meses à fio. Mas não se pode ajudar quem não quer ser ajudado, e após tanto tempo, desistiram.

Até aquele namorado insuportável que meu irmão tinha, acabou por deixa-lo após o acidente. Eu sempre soube que aquele loiro afetado que Aioros vivia fodendo por aí não gostava dele de verdade, e sim, o estava usando como algo que agregava ‘Status’. Meu irmão era rico, bonito e bem-dotado. Claro que ele era um partidão para qualquer um, e aquele interesseiro se aproximou dele por conta disso.

Lembro de uma vez, em janeiro, há quase dois anos. Eu havia chegado tarde em casa, e aparentemente, não havia ninguém no local. Estava tudo escuro e em silêncio. Eu somente liguei o abajur da sala assim que adentrei o local e subi as escadas, rumo ao meu quarto.

Ao passar pelo quarto de Aioros, eu ouvi os gemidos e o som característico de uma pelve se chocando com o a bunda de alguém. A porta estava entreaberta, e pela fechadura, eu vi a cena.

Aquele loiro afetado estava de quatro, enquanto que meu irmão estava engatado em lhe dar umas boas estocadas naquela bunda. Ele gemia feito uma cadela, uma fêmea naturalmente, e meu irmão cumpria seu papal de ‘macho alpha’ da relação.

A cena me deixou chocado, perplexo, e claro, um tanto animado, uma vez que senti dentro das calças, meu membro dar sinal de vida.

Não demorou muito e Aioros anunciou o gozo, o que fez aquele rapaz despejar o seu sobre os lençóis e os dois caírem exaustos na cama.

— Ah, amor, foi incrível, eu adorei. Melhor que isso só mesmo a nossa viajem para o litoral na próxima semana. Nós vamos, não é?! — falava em tom ofegante, enquanto que Aioros ainda beijava suas bochechas.

— Claro, meu anjo, tudo o que quiser. — declarou o idiota do meu irmão, num timbre mais másculo, grosso e rouco devido ao orgasmo que teve.

— Ai amor, você é um ‘fófis’, e nós temos que passar no Shopping ainda essa semana para comprar umas coisinhas que ‘eu’ estou precisando, ta bom? — perguntou como uma cobra interesseira que era, e tolamente, Aioros respondera de forma positiva.

Sai dali enojado com o que vira. Afinal de contas, Aioros era tão lindo e Sexy, ele poderia ter quem ele quisesse, e não me passava pela cabeça os motivos dele estar com ‘aquele cara’. Era realmente de revirar o estômago. Mas a ereção continuava em minhas pernas, e não pela foda em si, mas pela performance de meu irmão. Tão ativo, tão dominador, tão ‘másculo’ na cama. Aquilo sim era excitante, e novamente, eu me masturbei naquela noite pensando nele.

Eu já havia me masturbado muitas vezes pensando em meu irmão, mas acreditava que isso era normal, uma vez que éramos muito próximos, e ele era o meu ‘ideal’ de homem.

Ele próprio já dissera algumas vezes que havia ficado duro olhando minha bunda, e sempre ríamos juntos disso, logo, eu via tudo como algo normal que ocorria ocasionalmente, uma vez que como homens que éramos, não precisávamos de muito para nos excitarmos.

E naquele dia, eu dediquei meu ‘5x1’ para ele. Me imaginava no lugar de seu namorado, sendo penetrado por ele, e recebendo toda a energia daquelas estocadas brutas. Minha mão se fechada ao redor da circunferência de meu membro, e movia-se para cima e para baixo, enquanto que de olhos fechados, eu me imaginava sendo dele, me entregando a ele, pertencendo a ele daquela forma tão impúdica.

Os jatos de esperma então vieram, como na erupção de vulcão e voaram alto, acho que uns quinze centímetros além da altura da minha glande. Jorraram fortes, caindo e melando minha camisa na altura do abdômen, mas eu não me importei. Apenas curti o momento, com a respiração pesada, enquanto via somente Aioros diante de meus olhos.

Mas sabe o que dizem, né? Não há um mal que não traga um bem, e no caso, uma das poucas benfeitorias que aquele acidente causou, fora o término do namoro deles.

Aquele loiro falso até tentou ficar ao lado do meu irmão no começo, tipo, na primeira semana, mas assim que arrumou um com o mesmo padrão e que conseguia andar, ele veio com uma conversa torta para cima de Aioros dizendo que queria terminar, que não era Aioros, e sim ele, que a relação já vinha se desgastando há muito tempo, e que mesmo antes do acidente, sabia que Aioros não o amava.

Uma desculpa ridícula que na verdade, dizia claramente: ‘não quero ficar contigo porque você agora é um aleijado’.

Eu não soube no momento, se Aioros ficara triste ou não com o ocorrido, pois desde do acidente, ele andava sempre triste, a expressão era sempre a mesma, mas de fato, ele fez pouco caso e nem insistiu.

Aquela foi a última vez que vi o ‘Mateo’, o dito cujo, e obviamente, a vida seguiu.

Minhas obrigações eram cuidar do meu irmão em tudo o que ele precisasse, leva-lo na fisioterapia, único lugar onde ele ainda conseguia ficar de pé com minha ajuda e a de mais outros dois enfermeiros, e também no banho, onde ele precisava de ajuda para se lavar em determinadas partes.

Era sempre essa a hora mais difícil para mim e para ele. Era praticamente impossível não ficar excitado.

Lembro que na primeira vez ele reclamou muito da situação, dizendo que se sentia humilhado por estar sendo banhado por outro homem, mesmo que este homem fosse eu. Reclamou que sentia-se incompleto, um inútil, um parasita devido a sua atual condição.

Que não era mais um homem completo, que estava fadado a viver a vida como um ‘meio homem’. E aquilo me doía muito, porque eu queria ajuda-lo, animá-lo, dizer que ele ainda estava vivo e poderia fazer muito, mas ele se negava a acreditar, ou mesmo a entender que não estava totalmente debilitado.

Lembro que comecei a lavá-lo pelos braços, e ele me repreendeu, dizendo que não estava tetraplégico, e que ainda podia mexer os braços. Eu, acuado e com o máximo de paciência que tive, me limitei as suas pernas e costas, sempre vendo nele a expressão fechada e desgostosa.

Nas vezes seguintes, as coisas iam ficando mais difíceis, embora ele não reclamasse tanto quanto nas primeiras. Os meus toques começavam a deixa-lo excitado, e não era raro ver seu membro a ‘meio bomba’ ou totalmente teso quando eu lhe dava banho.

Ele sempre ficava vermelho, ou desconcertado quando isso ocorria, mas eu sabia que seria pior para ele se fosse outra pessoa, que não eu. Eu sempre perguntava para ele tentando animá-lo, se ele não iria lavar o ‘pau’, mas ele me repreendia com um olhar feroz, embora eu mantivesse o sorriso jocoso no rosto.

Vivia dizendo para ele que isso era a prova de que ele não estava morto, e de que ainda podia aproveitar muito da vida, mas ele sempre negava com a cabeça ou só mandava eu me calar.

— Quem iria transar com um aleijado? — respondeu certa vez, quando havia ocorrido de novo e eu havia novamente tentado animá-lo.

Confesso que aquilo me deixou pra baixo, pois embora eu e nossos pais tentássemos ao máximo fazê-lo ficar bem e feliz, as coisas pareciam que não evoluíam com relação a ele, e muito disso se devia a própria insistência dele em permanecer sentindo-se limitado e com pena de si mesmo.

Eu buscava tentar deixa-lo livre e autônomo. De forma que ele não se sentisse tão inútil como ele mesmo gostava de dizer.

A Cadeira era eletrônica, e tinha vários comandos de movimento; não era uma das arcaicas. De mim, ele só precisava no banho, para trocar de roupa, quando queria sair para algum lugar — coisa que raramente ocorria. —, quando precisava subir e descer as escadas e quando queria alcançar algo numa prateleira mais elevada.

Fora isso, ele se virava muito bem, o que mostrava que ele não havia desistido realmente, como todos acreditavam ou mesmo como ele próprio gostava de dizer.

Haviam vezes em que ele queria ficar sozinho. E outras, em que ele fazia questão da minha companhia, fosse para ver algum filme ou série na TV, ou apenas para conversar sobre coisas que fazíamos quando éramos moleque.

Ele estava progredindo, de fato, embora o Psiquiatra que o acompanhava sempre vivia a ressaltar que ele ainda precisava ser vigiado, uma vez que ele já tentara se matar três vezes após o acidente.

Combatíamos a depressão com um tratamento natural, a base de chás e uso de ervas medicinais na comida e na salada, pois em quadros como o dele, usar de tratamentos químicos poderia piorar a situação médica do paciente ou até mesmo agravar o quadro.

No mais, a vida se desenrolava. Difícil mesmo, especialmente para mim, era somente a hora do banho. Era realmente complicado vê-lo se excitar e saber que eu ficava também, e não poder fazer nada, uma vez que ele era meu irmão.

Inclusive, houve uma vez onde tudo começou a mudar, e a atitude dele me surpreendeu nesse dia.

Eu sempre dava banho nele sem camisa e usando um calção velho. Mas ele, obviamente, tomava banho pelado, sentado numa cadeira própria que ficava no banheiro.

Eu me lembro que nesse dia, do nada, ele me olhou sério enquanto eu lavava as suas pernas e passava a pedra-pomes em seu calcanhar direito.

Era um olhar indagativo e misterioso, e eu o sentia sobre mim, deixando meu rosto rubro e me causando uma certa desatenção.

Eu ergui o olhar levemente, e pude notar seu membro meio bomba deitado pesadamente sobre sua coxa direita.

A Glande no mesmo tom de pele dele, meio ‘bege’ estava parcialmente à mostra, com o prepúcio ainda envolvendo a parte inferior do cogumelo, mas já podia-se notar o tamanho aumentado do membro, bem maior do que estaria em seu estado flácido, assim como as veias que se sobressaltavam pelo corpo do mastro.

Eu engoli a seco, e penso que ele percebeu meu nervosismo. Tanto que partiu dele a iniciativa.

— Aioria, porque não tira a sua roupa e fica pelado também? — perguntou, com uma expressão neutra, que fez encará-lo de forma curiosa, porém nervoso.

— E porquê? — rebati.

— Bem, faz meses que você me dá banho e eu sempre fico em um estado constrangedor, afinal, você bem sabe, também faz meses que eu... — ficou um tanto desconcertado, e mudou o tom da conversa. — Enfim, você já deve estar cansado de me ver assim, então eu ficaria menos envergonhado se você estivesse do mesmo jeito que eu estou, assim, seria algo mais justo. — disse, não fazendo questão de ser coerente no que dizia.

— Se eu estivesse do mesmo jeito que você. Como assim? — eu estava querendo saber se ele se referia a nudez ou a ereção.

— Digo... Pelado. Afinal, você se molha todo e depois de me trocar vai tomar um banho também, então porque não aproveita logo e toma banho comigo. Afinal, somos homens e somos irmãos. Não vejo problema. — ele disse, com uma naturalidade que mascarava uma certa vergonha, mas diante de tal pedido, eu não poderia negar.

Levantei-me, e meu short, que naquele dia era branco, já marcava o contorno do meu membro, que assim como o dele, estava meio bomba. Era meio que difícil não ficar numa situação dessas, pois embora fôssemos irmãos, Aioros era um ‘deus grego’, e seria impossível para qualquer um manter o discernimento em 100%.

Levantei-me e ainda um pouco nervoso, levei minhas mãos ao cós do short, enfiando meus dedos polegares por dentro dele e assim, arriando-o junto com a cueca.

Meu membro em estado meio teso se revelou, em tamanho e proporções que lembravam bem o do próprio Aioros. A Diferença mesmo era na cor. O do meu irmão era mais escuro, e o meu, mais claro. A Glande de meu irmão era de um tom ‘pele’, e a minha era arroxeada.

Com exceção desses detalhes, éramos iguais.

— Nada mal, você tem a quem puxar. — ele sorriu, sarcástico.

Eu neguei com a cabeça e resolvi provocar.

— É, ao nosso pai! — pisquei, vendo o sorriso dele sumir, e logo, ao me abaixar para continuar o serviço, levei um belo cascudo de surpresa, o que fez o riso voltar aos seus lábios.

Continuei com aquele ritual corriqueiro, no entanto, algo estava diferente, e um silêncio constrangedor tomou conta do lugar. Eu podia sentir o corpo de Aioros se contrair, conforme eu subia por sua panturrilha em direção dos joelhos. As pernas davam alguns tremores leves, indicando uma certa sensibilidade, e o membro dele começava a ganhar ares mais altivos, se desprendendo da coxa e tomando uma forma em riste.

No poderia mentir, o mesmo estava acontecendo comigo, e conforme eu endurecia mais e mais a cada segundo, o prepúcio recuava e a glande dava o ar de sua graça.

Continuei subindo, passando a esponja úmida do Sabonete líquido por suas coxas torneadas. A Fisioterapia intensiva fazia com que os músculos não atrofiassem, e ele mantinha aquele mesmo porte físico invejável de outrora.

Geralmente, quando eu chegava nessa parte, ele me detinha, dizendo que alcançava ali e que não precisava de mim para isso, pois ‘não era um inválido’ e coisas assim, mas naquele dia, isso não ocorreu, ele apenas ficou quieto, deixando que eu prosseguisse com aquele banho aonde e como eu quisesse.

Seu membro já estava totalmente duro, a glande totalmente revelada, as veias saltas e agora ele estava rente ao abdômen, encostando com a ponta no umbigo.

Aquilo fez a minha respiração acelerar, e ao perceber isso, a dele também se exaltou, eu comecei a subir mais, sentindo seu corpo e o meu arrepiarem. Cheguei ao seu membro, e diferente da única vez em que tentei, e levei um tapa dele dizendo que era ‘humilhante demais eu fazer aquilo, e que ele mesmo poderia o fazer’, ele não me repreendeu.

O membro dele estava teso, quente, e eu podia sentir a rigidez pulsando entre minha mão. O Envolvi, e sem olhar em seu rosto, comecei a movimentá-lo, deixando-o esbranquiçado da espuma do sabão.

Ele começou a gemer baixo e a cada novo sopro sonoro, eu intensificava o momento. Meu rosto estava muito perto daquela glande, e mesmo ensaboada, eu conseguia distinguir as gotas transparentes do pré-gozo que ela expelia devido a excitação.

Eu ergui levemente meu semblante, e seus olhos estavam semicerrados, me encarando de forma sensual, como se pedissem de forma muda para que eu jamais cessasse. Sua boca entreaberta deixava escapar os suspiros jubilosos de prazer que sentia, e a forma como aquele brilho nas íris verdes, tão erótico e desejoso me incumbia por mais, me fez fazer algo que nem mesmo eu imaginaria que faria. Ao menos, não com ele.

Peguei um pouco d’água do chuveiro, e com uma tigela específica que eu usava para banhá-lo, eu molhei seu membro teso, tirando todo o sabão que o encobria. Em seguida, abocanhei sem pensar aquele mastro vantajoso, ouvindo dele um urro rouco de tesão.

Havia um estranho gosto de sabonete, a pele ainda estava molhada e a sensação era diferente do que seria se eu o estivesse fazendo ao natural. Mas ainda assim eu continuei, de forma rítmica e acelerada, provando o gosto daquela carne, que misturada ao leve sabor da espuma e ao cheiro fraco do sabão, me deixavam ainda mais excitado. Senti suas mãos em meu cabelo, alisando, acariciando, e logo, controlando meus movimentos, que se intensificaram devido a esse controle.

Logo, o pré-gozo veio mais abundante, e o gosto do sabonete começa a sumir, dando lugar aquele sabor salgado que os homens geralmente tinham.

Escorria por toda a glande a sua lustrosa secreção, me dando uma sensação de textura gelatinosa que deixava a glande mais escorregadia. Era maravilhoso continuar a chupá-lo.

— Ah, irmãozinho... — ele gemeu rouco, e eu sentia seu membro pulsar em minha boca.

Não demoraria muito, e após mais alguns minutos sugando, lambendo, provando do que ele me oferecia, o ‘safado’ despejou seu gozo na minha boca.

Farto, grosso, leitoso, e muito salgado. O gosto era diferente dos que eu já havia provado. Era mais forte, mais intenso, mais dele.

Em seu rosto, um sorriso vitorioso e agradecido se formava, enquanto seus olhos me admiravam com satisfação por saber que eu estava engolindo tudo o que ele me oferecia.

Bebi até a última gosta, enchendo a boca e esperando os últimos jatos. Ele havia gozado muito, o que era compreensível, devido ao tempo demasiado grande que estava sem Sexo.

Bebi tudo e ainda deixei seu pau limpinho, o molhando com água em seguida, enquanto deixava que ele continuasse a me admirar com aquela expressão feliz.

Valeu sim a pena, pois eu o via feliz agora, nem que fosse apenas naquele breve momento, mas ele estava sorrindo, e o sorriso dele era uma das visões mais belas do mundo.

Me levantei, com meu membro teso e apontando em riste para frente. Isso o surpreendeu, e eu dei com os ombros. Mas o que eu não esperava ocorreu, ele me puxou para perto dele, num movimento que me surpreendeu, me prendeu com a cadeira de costas para o frio azulejo molhado do banheiro, e com meu membro na altura de seu rosto, ele me chupou.

— A-Aioros... — gemi desconcertado, ao ver ele engolir meu pênis até a metade e voltar ao começo, fazendo um lento e gostoso movimento de ‘vai e vem’. Sua língua fazia movimentos circulares ao redor da minha glande, me deixando em êxtase total.

Nunca havia me imaginado naquela situação, vendo meu próprio irmão mais velho me pagando um ‘boquete’. No entanto, devo admitir que já havia fantasiado com isso, e por inúmeras vezes, embora eu fizesse questão de diferenciar o ‘fetiche’ da distante e cruel realidade.

Mas naquele momento, a fantasia parecia ser real. Não somente parecia, como era real. E com tal desempenho, não foi preciso muito para que eu me despejasse na boca dele, que também fez questão de engolir meu esperma até a última gota, deixando meu olhar vibrante de emoção e meu rosto rubro de prazer.

O Banho havia terminado, e eu já o havia ajudado a se vestir.

Estávamos os dois na sala, ele em sua cadeira, e eu sentado no sofá. Um silêncio estranho pairava no ar, e embora não fosse a vergonha de falar o fator que estava limitando a conversa, havia sim algo ali, algo que precisava ser dito para que aquele silêncio chato e constrangedor sumisse, e fora eu a tomar a iniciativa.

— Nossa, que loucura isso, eu só queria... — tentei começar, coçando atrás da nuca e não o encarando diretamente, mas ele me interrompeu de prontidão.

— Não precisa se preocupar. Eu gostei muito, e nem se atreva a pedir desculpas. — Ele disse, me fazendo fita-lo surpreso.

Seu rosto estava alegre, e seu sorriso era deslumbrante. Os olhos dele me miravam com um brilho intenso e agradecido, de felicidade mesmo, e então eu não tive como conter o meu.

Fazê-lo rir, se sentir bem, feliz. Essa era a minha missão, e um dos meus maiores desafios, e não é que eu estava conseguindo afinal de contas.

Mas também significava bem mais do que isso, pois pessoalmente, o ocorrido era a realização de um sonho meu que eu carregava no íntimo desde a pré-adolescência, e agora, virava realidade.

Naquele dia, conversamos bastante, e eu até tentei tocar nesse assunto, mas ele não deixou, disse que gostou mesmo do que aconteceu e que não queria se sentir culpado por algo que gostou tanto de fazer. Assim como não queria me ver sentindo-me culpado pelo mesmo.

Eu apenas ouvia, e um pouco abismado pela naturalidade com que ele levava a coisa, eu apenas aceitei.

Passeamos no jardim, vimos o jogo do nosso time, assistimos alguns filmes de ação, pedimos comida fora e ele permaneceu animado o dia todo.

E assim, as coisas foram ocorrendo...

Os dias foram passando, e Aioros havia adquirido um hábito estranho. Sempre na hora de dormir, ele me pedia para deixar lenços umedecidos ou mesmo um rolo de papel higiênico perto dele.

Eu não entendia bem o motivo daqueles pedidos, pelo menos não a princípio, já que minhas preocupações não me deixavam ver além da minha rotina e dos meus deveres, mas sendo um pedido dele, eu acatei sem maiores problemas.

Certo dia, estava bem quente, e aquela possivelmente era uma das noites mais quentes do ano.

Eu havia deixado a porta do quarto do meu irmão entreaberta, pois assim poderia correr algum vento por entre os cômodos, embora o ‘ar’ estivesse ligado.

Passando pelo quarto dele nessa noite, onde eu tinha como foco a cozinha, pois estava com sede e havia despertado com a garganta seca, eu ouvi uns gemidos estranhos, e obviamente, fui sorrateiro saber o que estava acontecendo.

Ao mirar pela brecha da porta, a cena à minha frente me surpreendeu.

Aioros estava de olhos fechados, a bermuda estava desabotoada, e ele movimentava o seu membro duro com uma velocidade tremenda. Os gemidos eram baixos, mas audíveis, e de sua testa, escorria algumas gotas de suor, mesmo com o ‘ar’ ligado acima dele, despejando seu vento frio.

Com uma mão, ele se masturbava freneticamente e na outra, estava um lenço úmido recém retirado da caixa, onde ele mantinha em espera.

Ele começou então a gemer um pouco mais alto, e levou então o lenço próximo a glande. Tudo o que eu vi foi o gozo que veio, em apenas um jato contido, que ele logo tratou de aparar com o lenço e usá-lo para limpar seu pau.

Soltou o pênis ainda meio bomba, deixando que ele se deitasse de forma imponente sobre sua barriga e colocou o lenço do outro lado da cama, onde havia outros quatro lenços amassados, aparentemente já usados ao decorrer daquela noite.

Meu irmão estava se tornando um viciado em ‘punhetas’, e eu não podia deixar de compreendê-lo, afinal, ambos éramos homens. Sabíamos das necessidades uns dos outros.

Aioros era muito ativo sexualmente, sempre teve uma vida ‘amorosa’ instável e conturbada, e a cada semana, ele aparecia com um garoto ou uma menina diferente. Seu relacionamento de maior duração foi com um rapaz bem mais novo, um tal de Seiya, mas como ele era meio imaturo e ciumento demais, o meu irmão logo desencanou dele.

O último havia sido com aquele ‘afetado’, que embora soubesse bem como era dar aquela bunda, não passava disso, pelo menos, a meu ver.

Mas ver Aioros naquela situação, me fez pensar no quanto o Sexo lhe fazia falta, e como irmão dele, era minha obrigação ajuda-lo e proporcionar para ele tudo o que ele precisava.

Sai daquele lugar da mesma forma que cheguei, à passos lentos e cuidadosos, para não ser percebido.

Quando regressei ao meu quarto, foi inevitável para mim não me masturbar, e novamente, dediquei mais uma ejaculação ao meu amado irmão.

—--- X ----

No dia seguinte, Aioros agia como se nada houvesse ocorrido, e mesmo na hora do banho, a mais íntima entre nós, ele ainda não tocava no assunto. As masturbações constantes faziam ele ter mais dificuldade em ficar ‘teso’ durante o banho, fazendo o membro chegar ao estado de meio bomba somente.

Ele me encarava nos olhos, sempre com aquele sorriso desafiador, como se me dissesse que sabia que eu queria que ele endurecesse, mas calado eu estava e calado eu permanecia. Afinal, se meu irmão, galante e sedutor, queria entrar naquele joguinho comigo, então seria pelas minhas regras, e a partida principal seria hoje à noite.

Já no último banho do dia, quando o estava levando enrolado pela toalha e nos braços para o seu quarto, eu resolvi que Aioros não iria mais precisar daqueles lenços, uma vez que ele tinha a mim para ajudá-lo em tudo, e se fosse naquilo que ele precisava de ajuda, seria naquilo que eu o ajudaria.

O Coloquei em cima da cama, enquanto já o ouvia pedir por um short fino, um que naturalmente fosse fácil de arriar quando o pau endurecesse.

Ele realmente era um ‘safado’, mas isso terminaria hoje.

Me aproximei dele, e antes que ele percebesse falei em seu ouvido:

— Hoje você não vai precisar daqueles lenços. — disse rouco, fazendo-o virar-se para mim. — Minha boca vai servir. — sorri maldoso, e vi os olhos dele se arregalarem.

E antes de qualquer outra coisa, tomei seus lábios com voracidade e intensidade, provando daquela boca que por tantas vezes eu sonhei beijar.

Seus olhos se arregalaram, como num ‘choque’. Ele parecia estar um tanto resistente e descrente do que estava acontecendo, mas ao tentar penetrá-lo com a língua, ele cedeu, me abraçando e me trazendo para cima dele.

Sabe, para alguém na situação dele, ele até que ainda era bem forte.

Senti as mãos nervosas dele descerem por minhas costas, até o cós da minha toalha e entrarem para apalparem a carne roliça de minhas nádegas. Como eu havia acabado de dar banho nele, também havia tomado o meu ao mesmo tempo, e as toalhas que usávamos era a única coisa que separava nossos membros duros um do outro, que já roçavam como espadas erguidas, separados somente pelo tecido felpudo branco.

Ele estava ouriçado, e me tateava como costumeiramente faria com qualquer um a quem fosse ter em seus lençóis.

Minha boca devorava a sua, e a dele provava dos meus lábios, os prendendo com seus dentes. Sugando, sentindo, marcando como dele. Era um beijo que variava das nuances mais calmas e românticas até as mais intensas e sexuais. Ele era único, pois me deixava no ponto alto para o Sexo. E eu realmente não esperava menos dele.

A coisa se desenrolou tão rapidamente e de forma tão natural, que nem eu mesmo sabia como explicar. Num momento, estava beijando ele, no outro, estávamos pelados, sarrando descontroladamente um no outro, sentindo nossos membros se chocarem duros naquele vai e vem que aquecia nossos corpos.

Minha bunda era o alvo favorito de suas mãos, e seus dedos já penetravam meu ânus com insistência, me preparando para o que viria a seguir. Sim, eu havia provocado a fera, e conhecendo ele como eu conhecia, sua atual limitação não seria um problema para ele.

No momento seguinte, eu estava sentado sobre sua pelve, rebolando de forma safada sobre seu pênis, que se encaixava de forma perfeita entre as minhas nádegas. Em outro, ele estava com a glande rente a minha entrada, forçando, tentando penetrar, e quando eu me forcei a sentar, seu pênis rompeu a resistência e me adentrou calorosamente.

Gemi alto, um urro rouco que ecoou pelo quarto, enquanto via em seu rosto a satisfação.

— Você quis, não quis seu safado? Agora vou te fazer chorar na minha rola. — falou de forma cruel e safada, mas sempre com aquele brilho de felicidade nos olhos. Era sujo, vulgar e desmedido a forma como ele falava comigo, mas quanto maior a sacanagem dita, mais excitado eu ficava, mais eu sentava em seu colo e mais o seu membro me penetrava.

Era selvagem, forte, um sexo tipicamente masculino, onde deixávamos aflorar nossos sentimentos e nossos instintos, no intuito de amar e foder como quiséssemos e como nos dava mais prazer.

Eu já subia e descia sobre seu falo, que me adentrava profundamente, me causando dor e prazer a cada estocada. Aioros urrava de tesão, e minhas unhas percorriam seu tórax definido, fazendo com que ele sentisse o mesmo misto de sensações que causava em mim, aquela combinação agridoce da dor e do prazer incessantes.

Ele gozou dentro de mim, me inundando com seu esperma quente e pegajoso, umedecendo minhas entranhas de uma forma que nenhum outro homem jamais havia feito. Sim, era a minha primeira vez como passivo, e só aceitei porque era para ele, por ele, e com ele.

Nenhum outro no mundo seria ‘homem’ o bastante para me fazer sentir um pênis no ânus. Nenhum que não ele.

Meu pau, ainda teso, ejaculou em seu peito segundos após eu sentir seu gozo dentro de mim. Fora uma esporrada farta e forte, que o sujou por completo, mas ainda assim, ele sentia-se bem, e eu via isso no sorriso mais lindo que eu já vira ele dar desde que ficara naquela situação.

De olhos fechados, e com um largo riso no rosto, ele aproveitava a sensação do orgasmo, do gozo que o fazia se sentir completo, que o fazia se sentir ‘homem’ mais uma vez.

Caí por sobre ele, e ele me abraçou, me acolhendo em seus braços enquanto escutava minha respiração compulsiva rente ao seu ouvido.

Não sei por quanto tempo ficamos ali, daquele jeito, aproveitando as sensações. Mas fosse como fosse, vivemos aquele momento como era pra ser vivido: Intensamente.

Aquilo fora o começo de tudo, de algo novo e único que eu não fazia ideia da dimensão que tomaria.

Nossos pais nunca souberam deste e de todos os demais ocorridos que se sucederam após aquele dia. Eles apenas se sentiam culpados por mim. Eu não saia mais, não via mais meus amigos, não namorava e tinha a minha vida apenas dedicada a Aioros.

Para eles, eu era um dos melhores filhos do mundo por me sacrificar assim, mas para mim, não era sacrifício algum, pois não há sacrifício em amar.

Aioros nunca voltou a ser 100% o que era antes do acidente, mas ele melhorou bastante, acho que em 80%. Se renovou, sorria mais, era mais educado com as pessoas e essa mudança de atitude foi observada tanto por nossos pais e parentes, quanto pelo psiquiatra que o acompanhava.

Jogávamos basquete no quintal, numa mini quadra que nosso pai instalou, e ele aprenderá a ter mais controle sobre a cadeira, não limitando tanto assim seus movimentos. Claro, eu sempre ganhava, mas ele não se chateava, e as vezes, eu o deixava ganhar, mas ele não curtia muito, porque percebia.

Eu realmente nunca precisei de mais ninguém. Pois sabia que o que tinha junto do meu irmão era único, monogâmico e nosso. Não havíamos posto um nome nisto. Não éramos namorados, nem amantes, nem ficantes, nem nada disso. Apenas nos gostávamos, nos respeitávamos e nos amávamos. E isso era o bastante.

Vivemos assim até hoje, e eu não tenho do que reclamar. E o resto, é apenas conversa fiada...

FIM


Notas Finais


*Espero que todos tenha gostado muito dessa história, porque eu amei, como tudo o que faço sobre o Aioros e o Aioria, eu faço de muito bom gosto.

**Sobre as minhas demais histórias, passado esse período de 20 a 30 de Novembro, posso me dedicar a elas, e eu realmente não as abandonei, apenas ainda não tive tempo de pegar nelas.

***Grande Abraço e obrigado a todos que comentarem e favoritarem. Flw e até mais! ;)


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...