História Broken Tie (LONG FIC - GOT7) - Expectativas.

Nathaly Voice:

— Amor isso está certo? — aponto para a tela do meu notebook.

— Está sim.

Estou ajudando Jaebum em umas planilhas, faz alguns anos que não mexo com estatísticas então tenho que ficar o consultando.

— O que achou do templo?

— Lindo como sempre, amei a atmosfera.

— Meu pai me ligou decidi marcar a reunião de família.

— Tudo bem é melhor assim…

Eu não sei se vou ter coragem de contar tudo.

— Vou preparar o jantar.

— Você vai cozinhar? — ele faz uma cara engraçada.

— Sim por que? Minha comida é tão ruim assim?

— Não…

— Eu estou brincando amor vou pedir para prepararem. — começo a rir.

— Você tinha que ver sua cara Jaebum, seu palhaço. — bato em seu peito.

— Foi em um jantar íntimo que te peguei.

— Não fez questão nem de pagar. — gargalhamos.

Mais tarde arrumo o Lucca para o jantar e visto um vestido simples. Jaebum está esperando na sala e peço para as nossas funcionárias por a mesa.

— Eles chegaram.

Vou até a porta e seguro a mão dele.

— Boa noite senhores Im. — faço referência.

— Boa noite pais, entram.

Fomos para a mesa e nossas funcionárias nos servem.

— Foi você que fez? — o senhor Im pergunta.

— Não senhor.

— Eu já imaginava. — sorrio por que eu já esperava isso dele.

— Eu sei fazer muitas outras coisas.

Dessa vez não vou deixar me intimidar.

— Tipo o que?

— Se o senhor gostasse de comida brasileira com certeza iria gostar da minha.

— Isso é verdade. — Jaebum concorda.

— Ponho a prova.

— Não seja por isso. — levanto da mesa e pego a tigela que fiz de cocada e um de doce de leite com coco.

— Aqui. — o sirvo.

Espero ele degustar e o olhar que recebo é de pura desaprovação.

— Pelo visto o senhor não gostou. Prova esse. — sirvo o doce de leite com coco.

Recebi a mesma face de desaprovação.

— Talvez se fosse outra pessoa que tivesse feito seria menos pior.

— Aí é o que o senhor se engana. Esses doces foram feitos por uma de minhas funcionárias, e se o senhor reparar bem não são brasileiros. São doces coreanos com aparência abrasileirada.

— Todos na mesa me olham confusos, inclusive o próprio.

— Explicando melhor. Eu pesquisei sobre doces coreanos e brasileiros para tentar agradar o senhor, mas resolvi te testar.

— Olha o jeito que você fala comigo, mulher.

Jaebum me olha incrédulo, mas no fundo eu sei que ele gostou. Senhora Im continua sem entender.

— Me desculpa senhor Im, mas por que o senhor não gosta de nada que eu faço?

Jaebum faz um sinal de mão para uma de nossas funcionárias levar o Lucca para o andar de cima.

— Eu nunca te disse isso.

— Eu estou a doze anos com seu filho eu o amo. Nunca duvide disso.

Senhora Im abre um sorriso. Eu realmente amo essa mulher.

— Vai deixar ela me faltar com respeito? — ele fala bravo.

— O motivo que chamei os senhores para vir aqui é para resolvermos isso pai. Nós não moramos aqui fazem dez anos, agora que voltamos queremos todos nos dar bem.

— O senhor não precisa gostar de mim só me respeitar.

— Tudo bem não falarei mais nada. Vamos embora. — ele levanta chamando a senhora Im.

— Pai…

Jaebum vai atrás dos pais e permaneço no meu lugar. Eu não falei tudo que queria, mas foi um grande passo. Se eu listar todas as coisas que ele já me disse eu faria uma nova bíblia.

Jaebum fecha a porta e vem até mim.

— Se sente melhor?

— Um pouco.

— Eu não sabia que você “testaria” o meu pai.

— Foi de última hora.

— Gostei da parte que falou que me ama.

— Eu não sei como será daqui pra frente.

— Não precisa o assunto agora é comigo.

— Amor.

— Oi.

— Você viu o Yugyeom hoje no templo?

— Quem te contou?

— O Lucca.

— Sabia.

— Ele te disse algo?

— Não Jaebum. Tem algo que eu precise saber dele?

— Não.

— Melhor assim.

— Amor você vai comigo para o Brasil na próxima semana? Você prometeu.

— Eu não sei Nathaly.

— Já tenho a resposta.

— Se eu não conseguir você pode ir sem mim. Vai levar o Lucca?

— Vou sim, meus pais estão com saudades do neto, e será nas férias dele.

— Tudo bem, já te desejo boa viagem. — me beija.

— Eca. — Lucca aparece na escada.

— Acho que tem alguém que está querendo uma chuva de beijos.

— Eu acho que ele quer mesmo Jaebum.

Ele sai e pega o Lucca e começamos a beija-lo.

Yugyeom Voice:

Hoje no templo vi de novo a bela mulher. Ela tem um filho muito bonito e parece mais com Jaebum do que com ela. Eu sei que ele me intimidou para não ir atrás de sua esposa, mas não é coecidencia ter uma mulher chamada Nathaly fora que esse nome não sai da minha cabeça, e sem contar que das poucas vezes que a vi, sinto algo diferente. Agora eu sei plenamente que ela faz parte do meu passado, preciso ir atrás dela.

— Yugyeom. O que você está pensando? — Angelie me chuta sobre o sofá.

— Em nada.

— Sua viagem para o Brasil está marcada para semana que vem.

— Eu tenho mesmo que ir?

— Ou é isso ou você terá que se virar com os diretores da feira de livros 'in Seul’.

— Tudo bem.

— Já falei para a sua equipe, eles estão com tudo pronto. Sentirá saudades de mim?

— Hum… talvez, sei lá.

— Sentirá saudades do meu corpo?

— Começou.

— Eu sei que você me acha gostosa, eu estou sempre disponível para você não importa a hora.

— O que faz você achar isso?

— Por muitas coisas. — ela senta no meu colo.

— Angelie. Não.

— Yugyeom estou te achando estranho desde aquele jantar.

— Eu continuo o mesmo.

— Hoje encontramos aquela mulher, como que ela se chama mesmo? Im Nathaly? Emfim, eu vi o jeito que a olhava.

— Eu nem a conheço.

— Não precisa conhecer para sentir tesão, ela é bem gostosa.

Eu não vou mentir, reparei em seu corpo de violão. Ela é bem diferente das outras mulheres fora que seu tom de pele é bem bonito. Se até Angelie a elogiou mesmo sendo bissexual, quem sou eu para não fazer o mesmo?

— Pode ser.

— Você quer pegar a mulher do “chefe” Kim Yugyeom? — ela ri.

— Eu não vou te responder, estou bem “velho” para isso.

— Reparando bem o corpo dela, eu a pegava. Você sabe nunca fiquei com uma mulher negra antes e você?

— Não que me lembre.

— Gostaria? Gostaria de me pegar e ela ao mesmo tempo? — tiro ela de meu colo e vou para o quarto não querendo ouvir lorotas.

— É brincadeira. Bom eu já vou embora, boa noite. — ela grita e ouço a porta do meu apartamento sendo trancada.

Semana que vem eu serei obrigado a ir ao Brasil para a conferência de livros “in Seul”. Ficarei uma semana lá “sozinho”, se bem que estou acostumado a ficar só. Não consiguirei fazer minhas pesquisas sobre a tal Nathaly, talvez na volta ou até lá eu desista.

Nathaly Voice:

— Nossa Jaebum nem depois que fizemos amor? — passo minhas mãos sobre seu cabelo.

— Eu estou cheio de trabalho na empresa, não posso ir mesmo com vocês para o Brasil.

— Pelo menos tentei. — sento na cama. — Vou tomar um banho e acordar o Lucca o vôo sai às 9 horas.

— Eu já estou com saudades. — ele me puxa.

— Fodemos a noite toda seu ninfomaníaco.

— Não disse sobre sexo dessa vez.

— Hum… agora me deixa. — levanto da cama.

Vôo 218

— Eu amo vocês. — Jaebum abraça o Lucca e depois me beija.

— Eu te amo mais. — o beijo.

— Eca. — Lucca reclama.

— Te ligarei todos os dias. — digo gritando e indo para meu avião.

Faz quase um ano que não visito meus pais, estou com saudades e eles com saudades de mim e o Lucca.

Rio de Janeiro.