1. Spirit Fanfics >
  2. Brotheragem (Romance gay, Yaoi) >
  3. Capítulo XI: Quem Sabe Mais?!

História Brotheragem (Romance gay, Yaoi) - Capítulo XI: Quem Sabe Mais?!


Escrita por: Equipe_Nerds

Capítulo 11 - Capítulo XI: Quem Sabe Mais?!


Fanfic / Fanfiction Brotheragem (Romance gay, Yaoi) - Capítulo XI: Quem Sabe Mais?!

Já se passaram dois dias desde a noite embreagados e Olliver ainda não consegue compreender seu amigo. O mesmo lhe trata normalmente, porém sempre com frieza, como se fosse um ator interpretando seu papel. Eles estão em uma espécie de "jogo do silêncio", toda vez que se comunicam, Thalles sempre arruma um jeito de fechar o assunto.


Olliver não quer dar o braço a torcer.


"Ele tá bravo comigo?... Eu fiz alguma coisa?... Ou ele tá estressado?... Ele não é uma menina pra ter TPM e ficar de frescura de repente... Não vou perguntar, não sou besta, eu não vou dar a deixa pra ele brigar comigo... Não! Dessa vez eu ganho o jogo do silêncio!"


E foi assim que suportou a frieza do amigo nesses dois dias. Se Thalles o tratava com desdém, com o mesmo desdém o devolvia. Ele até estava se divertindo pensando nas possíveis respostas mais frias que podia dar. Quando conversavam, pareciam duas crianças brincando de jogar bola de neve uma na outra, quem no final conseguisse ser mais frio ganhava, era assim que Olliver tratava a situação.


__________


Os dois estão empilhando as roupas com cuidado, nem notam que já estão trancados ali dentro faz tempo. Após as roupas estarem completamente empilhadas, Thalles vai até caixa de luz e apaga toda a força do local. Era uma norma, o sistema eletrônico da lavanderia é separada do Quartel, por ser uma casinha no final do campo. Como eram os últimos a usar o local eles têm que desligar a força.


A sala fica escura, a única luz no local é a que vem da janelinha no fundo da sala, por causa da noite de lua cheia, a luz que entra deixa no ambiente é azulado. Olliver vai até a porta e tenta abrí-la, a mesma não se abre, ele a empurra, mas a mesma não se mexe.


— Acho que nós estamos trancados. – Olliver fala para seu amigo que o olha sério.


— Impossível, – ele empurra Olliver e tenta por si próprio abrir a porta. – você não fechou a porta!


Tenta empurrá-la, mas é inútil.


— Estamos trancados. – Thalles conclui depois de aceitar a derrota.


— O que vamos fazer?! – o maior se encosta na parede e abaixa a cabeça de cansaço. – Estamos sem celular, ninguém vai nos escutar e nem vir aqui a essa hora...


— Só pode ter sido o Ollavo... – Thalles murmurra.


As mãos do menor começam a tremer, seu amigo logo nota e lembra.


"Ele odeia ficar trancado, ele não gosta do escuro..."


— Thalles, calma. Eu tô aqui, não precisa entrar em pânico. – o maior diz calmamente se aproximando de seu amigo, que agora aperta uma mão contra a outra nervosamente.


A primeira vez que Thalles ficou assim foi desesperador. Ele tinha apenas oito anos, os "valentões da escola" o trancaram na salinha de achados e perdidos. Ele ficou lá por horas, ninguém notou que ele não estava presente na aula, nem Olliver. Quando finalmente notaram a falta dele, já se havia passado mais de três horas trancado, o acharam desmaiado com os dedos ensanguentados de tanto raspar a porta. Ele ficou sem falar durante uma semana, pois gritou tanto que ficou roco.


Os quatro criminosos pediram desculpas formalmente, seguiram a punição da escola e foram liberados. Mas Olliver não deixou tão barato assim, ele se vingou. Com a ajuda de alguns colegas, amarraram os quatros malfeitores em cadeiras, os colocaram no meio do pátio da escola na hora do recreio e os deixaram lá, a mercer da opinião pública. Os quartos foram humilhados, xingados e envergonhados por toda a escola. Além de saírem sujos, pois todos que passavam jogavam comida neles. Olliver nunca foi punido, já que a escola inteira participou do ato.


— Eu sei... Eu tô bem. – o menor desvia descaradamente de seu amigo, indo para o outro lado da sala ainda trêmulo.


Olliver cai em si, não podia suportar tanta frieza. Desde a manhã, após a bebedeira, seu amigo não deixava sequer ser tocado por ele, desviava sempre, e isso já passava de um incômodo, virou uma pedra no sapato dele, é insuportável.


— O que tá acontecendo?! O que foi que eu fiz pra você me tratar assim? – seu tom já está alterado.


— Não tá acontecendo nada. – ele atua perfeitamente bem, fala com ar de desdém.


— Para de fazer teatrinho comigo, não sou um de seus amiguinhos... Vai falar o que tá acontecendo ou vou ter que arrancar de você?!


Thalles não muda sua expressão, se senta no chão, agora já está calmo e continua sua atuação.


— Não sei do que você tá falando. – ele fecha os olhos como se fosse dormir, despreocupado.


— O que aconteceu na noite que a gente bebeu? – o maior diz depois de relutar consigo mesmo.


Olliver sabe que há algo naquela noite que ele deixou pra trás. Seu amigo abre os olhos no susto.


"Acertei em cheio"


— Você não se lembra? – Thalles pergunta para ter certeza.


— Tem alguma coisa importante que eu deveria me lembrar? – retruca.


O menor percebe que com sua fala anterior, cavou sua própria cova.


— Não_


— Tem! – Corta seu amigo subitamente. – Tem algo que você sabe e eu não sei! O que aconteceu?


— Nada, a gente só bebeu. – fala calmamente, se Olliver não o conhecesse bem, não acharia aquilo uma atuação.


— Você é realmente bom em atuar, mas não comigo, eu conheço sua verdadeira face. – como o previsto, agora realmente começou o jogo do silêncio.


Thalles vira o rosto, franze a testa antes de relaxar e fechar os olhos.


— O que foi que eu fiz? Te bati? Gritei com você? Te falei alguma coisa ruim? – ele tenta, mesmo sabendo que é inútil. – Tá bom, você vai começar esse jogo infantil denovo?! OKAY!


Thalles já aceitou que o acontecido foi apenas um acidente, e que se Olliver realmente não lembra será melhor, assim fica mais fácil de passar uma borracha nessa situação. Não haverá as consequências de talvez não se olharem com os mesmos olhos ou, de sua amizade acabar por causa de uma noite. O que Thalles viu de seu amigo naquela noite o envergonha, os dois se entregaram, então ambos erraram. Mas ele prefere enfrentar sozinho, ele pode ser frio até esquecer o acontecido e depois voltar a ser como antes. Voltar ao seu posto original, como irmão menor e seguidor fiel de Olliver. Isso é o que pensou durante esses dois dias e está afirmando incessantemente com conformismo para si mesmo agora. Preso a esses pensamentos,  acaba caindo no sono.


______


Já era tarde, o quanto não se sabe. Olliver não consegue dormir, ele está sentado no chão encostado na parede, enquanto observa seu amigo do outro lado da sala, o mesmo está deitado encolhido, dormindo tranquilamente.


"O que foi que a gente fez? Porque você tá agindo assim? Mas que droga Thalles! O que foi que eu fiz?!"


Pensando, ele briga com sua mente, tenta puxar na memória o que aconteceu naquela noite, mas sua cabeça está brincando com ele, não o deixa ver as coisas claramente. Seus olhos pesam e ele finalmente dorme.


" — Pera... Como?!"


" — Uma tese?! E por acaso, você já beijou outro cara?"


" — VOCÊ É FEITO DE AÇÚCAR POR ACASO?!"


" — Eu quero mais..."


Olliver desperta assustado, sua memória só dá isso á ele em sonho, apenas essas lembranças. Se assusta com a talvez possibilidade daquele sonho ser realidade. Olha para Thalles que ainda dorme, só que agora ainda mais encolhido do que antes, pois a madrugada está fria. Olliver olha ternamente para seu amigo.


— A gente realmente fez isso? – sussura seu pensamento.


Pega dois uniformes grandes e coloca em cima de Thalles, que logo aconchega seu corpo com o calor que a roupa traz . Volta para seu canto, agora que ele não iria conseguir dormir, nem de cansaço, pois o mesmo foi embora deixando-o apenas com seu tormento. Depois de alguns minutos pensando, se questionando, lutando com sua memória e analisando o comportamento de seu amigo, seu sentimento para com essa situação muda, seu rosto assume uma expressão de raiva, enquanto sente um desconforto por todo seu corpo. Seus olhos fixados em seu amigo refletem o incômodo em sua alma.


"O quanto você sabe e não quer me contar?"


Notas Finais


Oi, amores...
Então, estão gostando? Porque eu estou caindo cada vez mais em amores por essa história, e escrever la é algo maravilhoso... Amo ler os comentários, vocês sabem que a opinião de vocês é importante, tanto quanto o apoio pra gente continuar...
♡♡♡♡
Bjss da Mayara.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...