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História Brotheragem (Romance gay, Yaoi) - Duas Visitas Inesperadas...


Escrita por: Equipe_Nerds

Notas do Autor


✳Pode ser interessante✳
Olá pessoal, já começamos pedindo deculpas pela demora...
Bem, aconteceu uma tragédia na família da Mayara, ela não havia terminado o cap, pois a mesma teve que viajar as pressas pra resolver os problemas familiares... Até achamos que ela iria dar um tempo na Equipe e na historia...
Porém, ela voltou com tudo em cima e com esse cap maravilhoso pra vocês!!!
Essa deusa da criatividade que eu tanto amo!!!
Esperamos que gostem e nos perdoe novamente...

Capítulo 38 - Duas Visitas Inesperadas...


Dulce olha para a porta fechada, está irrita e brava. Escuta o carro ligar e olha pela janela o mesmo sair da vaga. – “Isso realmente está acontecendo?!”


— Vou conversar com o Thalles. – ela diz friamente indo em direção a escada em passos largos e pesados, mas antes de subir o primeiro degrau é interrompida por uma voz firme.


— Não, antes eu quero falar com você. – Célia diz ao ver sua amiga se virar e a olhar em dúvida.


A expressão no rosto de Célia é seria e um tanto quanto irritada. Dulce estranha tal rosto, mas percebe que não está sozinha com ela na sala, qualquer coisa que disser seu filho e neta podem escutar.


Alice e Ollavo, por sua vez, já viram que o clima entre as duas não está nada convidativo. O Tirano entende o recado quando sua mãe lhe manda um olhar sério e logo uma erguida de sobrancelhas.


— Alice, você quer tomar sorvete? – pergunta olhando para a mesma e desligando a televisão pelo controle.


A mais nova o olha desapontada, pois toda vez que ele faz esses convites repentinos é porque vai acontecer briga. – “Bem na hora que as duas vão tacar fogo no bordel.” – pensa ao dar um simples aceno com a cabeça em concordância. Ela não entende o verdadeiro motivo para as duas estarem em pé de guerra, e muito menos, porque Olliver e Thalles vão fazer as malas. Realmente gosta dos meninos e quer que os dois fiquem aqui com ela, ainda mais agora que sonha em ser madrinha de casamento dos dois.


Pai e filha saem pela porta da sala sem muita demora, as duas mais velhas ainda se entre olham com intensidade, uma tentando ver através dos olhos da outra. Foi quando Dulce caiu em si, resolve começar a conversa que sabe que é inevitável...


— Não é nada demais, o Olliver vai ficar_


— O que você pensa que está fazendo?! – Célia a interrompe, ficando de frente para a mesma, sua voz está firme e pesada.


Dulce fica muda, sabe que ela já adivinhara o que ela fez para Thalles, para o mesmo aceitar ir em tal viagem tão facilmente.


— O que você fez com o Thalles!? – sua voz soa mais irritada vendo que Dulce demora a responde-la, logo tem certeza de que ela realmente fez algo.


Quando o menor chegou em casa esbarrou sem querer em Célia ao entrar no quarto e ela viu seus olhos tristes meio marejados. Sabe que Dulce faria alguma coisa, mas não achou que seria algo que o machucasse.


— Só falei que seria melhor ele não estar aqui quando o Olliver descobrir_


— Dulce, você não me engana... – interrompe ela novamente sendo mais firme, o rosto da interrogada transparece despreocupação, e isso a irrita mais. – Por que o Thalles chegou em casa chorando?


Dulce agora não tem argumentos, não teve tempo de pensar em uma desculpa plausível para tal situação, na qual ela nem imaginava que seria questionada. Respira fundo, pensa e começa sua explicação.


— Bem_


“Tim-Dom”


Interrompida novamente, porém, agora pela campainha. As duas estranham tal coisa, Dulce nunca recebe visitas, ainda mais em pleno domingo a tarde. A dona da casa se dirige a porta para abri-la, agradecendo a Deus pela visita surpresa, mas quando vê as pessoas que vieram não tem certeza se esta tão aliviada assim.


— Filha! Fernanda! – exclama ao ver Sandra com malas nas mãos e um sorriso enorme em seu rosto, logo atrás dela esta sua ex-nora. – O que vocês estão fazendo aqui?!


Célia sorri ao ver o espanto no rosto de sua amiga, ela sabia que as duas chegariam hoje.


— Ué, a Célia não te avisou?! – Fernanda diz passando pela porta, logo atrás de Sandra, e as duas largam suas malas no meio do chão da sala.


— Como assim não me avisou?! Vocês só viriam semana que vem! – Dulce as olhas com preocupação.


O combinado foi elas chegarem depois de uma semana do aniversário do Ollavo, assim haveria mais tempo para “pai e filho” passarem juntos antes da revelação. E Dulce poderia arrumar as coisas nos seus devidos lugares para as duas se instalarem.


— Bem, quando a Célia me ligou dizendo que o Olliver, além de perdoar o Ollavo, fez o bolo de aniversário pra ele, meu coração pulou de alegria... Na verdade eu nem acreditei, então pegamos o primeiro avião pra cá. – Fernanda declara com alegria e entusiasmo, porque finalmente está perto de tirar um peso de suas costas, o peso desse segredo. – Nem dormi direito, quero contar logo e acabar o mais rápido possível com isso.


Fernanda senta no sofá, descansa suas costas e relaxa sua cabeça fechando os olhos. A dona da casa olha para as três mulheres em sua sala, isso não está nada como o planejado.


— Mas... – Dulce não sabe como argumentar, as duas chegaram em péssima hora.


Todas param ao verem Thalles descer as escadas carregando duas malas pesadas, o mesmo nem percebera a movimentação na casa, estava tão perdido na ideia de ter uma chance com Olliver que nem notou a campainha. Ele para no meio da escada ao ver sua mãe e tia o observando, ver o rosto da sua mãe novamente, sorrindo para ele foi como um choque repentino e forte, lhe causando um arrepio frio na espinha que faz ele perder sua postura.


— Mãe! Tia! – ele olha para as duas surpreso, logo solta as malas em suas mãos.


— Oi, meu amor! – Sandra fala feliz, mas seu sorriso se desmonta ao ver as malas baterem no degrau da escada, fica em dúvida. – Thalles, por que dessas malas amor?


Dulce prende o ar ao ver o menor abaixar os olhos meio vacilante. Os únicos olhos no mundo que Thalles não consegue mentir são esses – os da sua mãe. Eles penetram o fundo da sua alma, pois ele sabe que ela é a única no mundo que pode ver através dele.


Thalles quer perguntar o que as duas estão fazendo ali, ou murmurar qualquer coisa que o impeça de dar a resposta. Ele não vai conseguir mentir.


Sandra logo percebe o que está acontecendo quando seu filho, antes de olhar para ela novamente dá uma olhada rápida para Dulce.


Sempre quando Dulce fazia algo para Thalles quando o mesmo era criança, quando Sandra questionava seu filho, ele sempre dava um olhar medroso para sua avó antes de responde-la. Sandra não suporta que mexam com seu filho, ainda mais se tratando de Dulce. Ela sabe o que sofreu na sua infância, a rigidez e autoridade, mas prometeu a si mesma que seu filho não passaria por isso.


— Ah... – ele começa hesitante e sua voz treme, realmente não tem a mínima ideia do que dizer.


— Já entendi... – Sandra para de olhar para seu filho, se vira e fixa seu olhar em sua mãe. – Por que você não me responde mãe?


Se Dulce pudesse descrever o olhar de sua filha, seria como uma leoa pronta para matar quem persegue seu filho.


— Bem, o pai dele ligou pra ele, disse que quer passar um tempo com ele. – Dulce tenta ser o mais natural possível.


Aquele olhar que troca com sua filha, sabe que ela quer pular no seu pescoço.


— Então, você manda meu filho pra casa do pai dele sem me comunicar. – Sandra fala auto sentindo seu rosto esquentar.


Célia e Fernanda apenas observam, quando se trata de Sandra brigando pelo filho ninguém tem coragem de bater de frente. Thalles sabe aonde isso vai parar.


— Eu ia te avisar, ele vai amanhã. Ele mesmo quer ir. – Dulce fala como se fosse óbvio.


Sandra da um prevê sorriso para sua mãe e se vira para seu filho, sabe que Thalles não vai mentir pra ela... Vai usar sua tática de sempre... A infalível.


— Thalles... Pra quem seu pai ligou? – sua voz sai tão forte que parece mais uma ordem do que uma pergunta, enquanto olha para seu filho atentamente.


Aqueles olhos, ele tenta escapar e olha rapidamente para sua avó.


— É pra olhar pra mim! – Sandra o faz olhar de novo pra ela com essa frase forte. – Seu pai pediu diretamente pra você ir?


Mesmo vacilante, o menor nega com a cabeça timidamente, o interrogatório não vai parar por aí.


— Ainda olhando pra mim... Foi a Dulce que te falou que ele queria você lá? – pergunta firme.


Ele acena em concordância ainda olhando nos olhos dela, não está com medo, apenas sente receio, pois sabe que vai ser motivo de guerra entre sua mãe e avó. Só sobrou uma última pergunta.


— Agora, me responde sinceramente... Sem olhar pra sua avó... Você quer ir? – fica atenta nos olhos do seu filho, não pisca, não quer ver ele olhar para Dulce antes de dar a resposta.


Ele realmente quer ir depois que Olliver se mostrou tão feliz em viajar com ele, mas se ele for sabe que vai ter que enfrentar seu pai, e isso ele verdadeiramente não quer.


— Não. – ele fala baixo, mas foi o suficiente para sua mãe ouvir.


— Então você vai subir e desfazer essas malas. – ela fala dando um sorriso reconfortante para seu filho.


Thalles podia falar qualquer coisa, mas sabe que esse é um daqueles momentos aonde ele tem que obedece-la. Ele sobe a escada com as malas em suas mãos. Logo estão as quatro na sala sozinhas novamente.


Dulce sabe o que vem a seguir, ela odeia isso, odeia quando as coisas saem do seu controle.


— Mãe, eu vou te falar mais uma vez... – se vira para sua mãe com autoridade. – a mãe do Thalles aqui sou eu... Você não manda nele, não bate e muito menos educa.


Dulce quer responder a isso, mas não pode, ela realmente não pode... Como pode deixar sua própria filha falar com ela dessa maneira de baixo do seu teto?! Não pode fazer nada, pois foi assim que educou Sandra... Pra ser mais dura que ela... Afinal, ela conseguiu.


— Se eu subir naquele quarto e ficar sabendo que você obrigou, manipulou ou machucou meu filho, nós duas vamos ter uma conversa muito seria. – termina sua frase e logo sobe as escadas atrás do seu filho.


Agora com três apenas na sala, Célia está satisfeita, não precisa mais conversar com Dulce, a filha da mesma já fizera por ela o que queria fazer. Fernanda porém estranha, se Thalles estava fazendo as malas aonde está seu filho agora.


— Cadê o Olliver?! – Fernanda pergunta levantando sua postura no sofá, olhando para as duas mais velhas.


Célia da de ombros e logo Dulce recebe em sua direção um olhar bravo novamente, porém agora é de alguém que ela realmente não suporta. – Fernanda.


— Ah! Eu tô cansada, não sei aonde aquele moleque se meteu, se quiser saber pergunta pro Thalles. Eles são unha e carne, literalmente! – ela vai em direção a escada, ela realmente está cansada disso tudo.


Tudo o que quer é cair na cama e pensar em como tudo foi por água abaixo tão rápido. Mas ela não vai deixar barato...


___________


Sandra vê a porta encostada e entra sem bater, olha seu filho desarrumando as malas em cima da cama. Ela dá um sorriso ao ver que ele a notou e abre seus braços em seguida para ver o mesmo vir em sua direção.


Thalles a abraça sentindo um peso em sua costas. Ele nunca escondera nada de sua mãe, nem mesmo seus piores segredos... Porém dessa vez, abraça-la sabendo que está escondendo algo que a faria odiá-lo é algo que realmente pesa.


— Tenho mais uma pergunta... – ela pega nos ombros de seu filho e o afasta para ver seus olhos. – Sua avó te obrigou a ir?


— Não! – ele fala, mas quando vê aqueles olhos o advertindo, simplesmente deixa ela ver através dele que o que ele acabara de dizer é mentira.


— Vou matar sua avó! – Sandra conclui vendo Thalles a mandar um olhar de arrependimento. – Por que não me ligou?! Por que não falou pra mim?!


Thalles abaixo os olhos e para de abraça-la.


— Hey. – ela pega em seu queixo e o faz a olhar novamente. – Você sabe que não precisa ter medo dela... Lembra o que eu disse... Se a Dulce te intimidar...


— É só contar o pescoço dela, pois é assim que cobra morre. – Thalles completa, fazendo sua mãe rir e ele acaba rindo também, ela realmente não achava que ele completaria a frase dessa maneira. – Não é assim que você sempre diz?!


— Você é realmente meu filho! – ela fala ainda rindo.


Ele dá as costas a ela e volta a aprontar suas malas, Sandra sabe que ele está magoado com ela, pois a mesma escondera o verdadeiro motivo do castigo que deram a eles. Ela sempre foi sincera com seu filho, porém dessa vez teve que esconder, pro bem dos dois.


Ela fecha a porta do quarto e se senta na cama vendo seu filho tirar as roupas da mala ao seu lado.


— Thalles, você perdoa a mamãe? – fala sendo carinhosa, vendo aqueles olhos surpresos a olharem. – Desculpa eu ter te mandado pra cá sem você saber qual era o verdadeiro motivo... Você sabe, né?! Fernanda tá pronta pra contar... Desculpa te encarregar de uma coisa sem te perguntar.


Sandra sente um peso no peito, ela sempre fez seu filho correr atrás do mais velho só para cuidar dele. Ela sabe que ele nunca fez obrigado, fez por que quis, mas isso tirou dele várias coisas, até a faculdade que o mesmo ia começar esse ano, ela o fez adiar pois quis que o mesmo ficasse ao lado de seu primo.


— Mãe, tudo bem... – ele fala, não é isso que pesa nele.


“Não é isso mãe... Se eu pudesse te contar... Se você tivesse me contado antes, eu nunca teria deixado ele me tocar... Eu nunca revelaria meus sentimentos por ele... Não iria amar ele como eu amo.” – Thalles queria que ela escutasse isso, mas não seria possível...


— Sabe, eu estou orgulhosa de você... – Sandra fala abrindo um enorme sorriso. – Eu sei que foi você que fez o Olliver perdoar o Ollavo e ainda fez ele fazer o bolo de aniversário.


Thalles ouve isso, seu coração corta em mil pedaços. Por que ela não esta vendo dessa vez que isso está o machucando? Por que dessa vez ela não advinha o que está acontecendo? Por que ela não vê através dele?! 


Ou talvez ela não queira ver...


— Por isso, essa vai ser a última vez... Depois que contarmos pro Olliver, você vai fingir não saber... – ela fala sentindo algo apertar e suspira profundamente antes de continuar. – Ele vai odiar todos nós, e ainda mais o Ollavo. E é por isso que nós queremos que você fique ao lado dele... Como sempre, confortando e tentando faze-lo aceitar... Você pode fazer isso?


Ela olha para seu filho, sentindo a dor de usa-lo de novo. Mas no fundo ela sabe que não está, afinal, Thalles já deixou claro que faz isso porque ama Olliver como família.


— Claro, mãe! – fala abrindo um sorriso enorme, mas seus olhos não refletem isso.


No fundo ela sabe que tem algo errado, desde o caminho pra cá sabe que tem algo para se enfrentar quando chegasse aqui, mas do que contar o segredo ao Olliver, algo muito mais forte... E os olhos do seu filho provam isso... Mas ela deseja que só seja impressão, pois não quer realmente saber o que é.


— Você quer ajuda pra desarrumar essas malas? – ela pergunta se levantando e vendo seu filho acenar que sim.


Os dois tem muita coisa pra conversar sobre esses dias separados, afinal, sua mãe sempre fora, e é sua melhor amiga no mundo. Mas mesmo assim... Não pode falar sobre Olliver e ele, no fundo ele sabe que ela não aceitaria.


____________


Olliver estaciona o carro na vaga e resolve por deixar as malas no carro, ele passou muito tempo pra arrumar suas roupas nelas, tanto que o sol já está quase desaparecendo no horizonte. Entra sem demora na casa de Dulce e se surpreende ao ver sua mãe e tia, junto com Thalles e Célia, tomando café da tarde na cozinha.


— Ué, o que vocês estão fazendo aqui?! – Ele pergunta se aproximando da mesa e olhando todos incrédulos.


— Olha a falta de educação garoto! – Fernanda fala brincando e se levanta da cadeira, abre os braços para seu filho. – Não sentiu falta da sua mãe!?


Olliver a abraça, mas por obrigação, realmente não gosta de mostrar esse tipo de afeição com sua mãe.


— Já que você perguntou... Com certeza não. – ele a responde fazendo graça após se separar do abraço, mas ele não se afastou o suficiente para desviar de um enorme tapa no ombro esquerdo.


— Tu me respeita! – ela fala e logo escuta a murmuração do filho que passa a mão no local atingido.


— Mas o que vocês vieram fazer aqui? – Olliver pergunta após se acalmar e se sentando a mesa ao lado de sua mãe, na frente de Thalles.


Sandra já contara a seu filho o que as duas tem em mente. Thalles não quer responder a pergunta, se sente mal, como se estivesse em uma conspiração contra Olliver. Mas como sempre, ele irá seguir o roteiro.


— Nós vamos voltar a morar aqui. – Thalles diz olhando fundo nos olhos de seu amado esperando um escândalo.


Mas por incrível que pareça...


— Legal. – ele responde despreocupado, e todos a mesa o olham surpresos.


— Você tá bem?! – Fernanda passa a mão na testa do filho, essa aceitação foi tão rápida que realmente não parece vir do seu filho.


— É claro que eu tô bem! – Olliver fala, mas calmo que dá primeira vez.


Se as duas querem voltar a morar no Rio de Janeiro isso não lhe importa, afinal, daqui algumas horas vai estar longe dessa loucura de mudança súbita com Thalles em uma viagem que prometera a si mesmo que será inesquecível para ambos.


— Você está bem com a gente voltar a morar aqui? – Fernanda pergunta tentando achar algum ponto de ilusão em tudo que ouvira.


Olliver respira fundo e olha graciosamente nos olhos de seu amado e com seu pé passa devagar pela perna de Thalles sob a mesa, vendo ele corar e ficar sem reação com o gesto provocativo que mais ninguém notara.


— E por acaso eu falar alguma coisa vai mudar a decisão de vocês! – ele passa a pé novamente e Thalles mexe sua perna para parar o ato. – E também eu e Thalles vamos pra casa do pai dele, não vamos participar da mudança.


— Nós não vamos mais, Olliver... – Thalles fala timidamente vendo Olliver, agora, ter a reação que todos esperavam anteriormente.


— Que?! – o mais velho está realmente desapontado, todo o seu plano de viagem romântica e erótica perfeita com seu amado acabara de ir por água abaixo. – Como assim?! Vocês resolvem se mudar e estragam minha viagem com o Thalles! Eu não vou ajudar vocês nessa mudança ridícula! Eu quero viajar!


Todos começam a rir enquanto o murmurador continua jogando frases adversas a mesa. Esse é o Olliver, nunca passe por cima de seus preceitos e expectativas, assim ele não encherá seus ouvidos.


_______________


O café da tarde foi brevemente interrompido com a chegada de Ollavo e Alice, os dois passaram pela porta quase sem serem percebidos, mas quando colocaram seus pés na cozinha foi impossível de não notar. Uma surpresa a dois corações frios por anos. Olhar naqueles olhos novamente foi como tacar fogo e logo depois jogar um balde de água fria em seu próprio coração, foi assim que Fernanda se sentiu ao ver Ollavo sorrir educadamente pra ela e se sentar a mesa junto com sua filha. Mas para o Tirano, mesmo que ele achasse estranho, não havia nada para se sentir... Amor, afeição, culpa ou sequer remorso... Não havia nada, além de uma boa lembrança.


Não demorou muito tempo até Alice saber que permanentemente ela terá dois irmãos, apesar de não morarem mais com ela. A mais nova é a mais empolgada na mesa, deixou até uma frase de duplo sentido para os dois jovens dizendo que será madrinha dos filhos dos dois. Eles realmente riram disso sem culpa alguma.


Dulce acordou quando seu filho e neta estavam prestes a ir embora de volta pra casa. Afinal, Olliver os avisou que o apartamento já está pronto, mas antes de saírem pela porta Ollavo, mesmo sem querer, sentiu como se estivesse deixando algo pra trás...


— Parece que os meninos não são mais responsabilidade minha... – ele sorri para seus dois sobrinhos, lembra do tempo que passaram e percebe que está feliz em tê-los de volta em sua vida, como as bestes que sempre foram. – Foi divertido.


Eles vão embora e um sentimento paira no corações de todos, alívio e esperança, menos em dois corações. Olliver nem pode perceber o que se passa por trás de todos aqueles olhares, ele não pode ver e não quer. Thalles tenta se segurar naqueles sorrisos e olhares satisfeitos, mas ele sabe que vai cair... e cai na tristeza de saber que o próximo passo vai ser despertar o ódio de seu amado... e inconscientemente deseja que tudo isso acabe, antes mesmo de começar.


_______________


Celia dessa vez voltou para sua casa, assim Dulce poderá acomodar suas novas visitas a vontade. A separação dos quartos dessa vez não foi como a dona da casa quis, Fernanda bateu o pé dizendo que prefere dormir com Sandra, afinal, ela quer conversar com sua amiga sobre os próximos dias e medidas a serem tomadas.


Sendo assim, após o jantar todos foram para seus devidos quartos e os dois jovens estão sozinhos novamente, juntos como sempre. Thalles teme que essa seja a última vez, sentado na cama olha para seu amado atentamente, enquanto o mesmo se seca e coloca sua roupa de dormir. Os dois estão conversando, mas o menor nem presta muita atenção, pois sua mente está atormentada.


— Thalles, você acha que isso é sério, elas virem morar aqui de novo? Eu não ligo, mas sei lá. – Olliver questiona seu amado, enquanto se senta ao lado dele na cama. – Minha mãe perto do Ollavo de novo, isso é preocupante.


Thalles sorri ao ouvir a preocupação de seu amigo.


— Não se preocupe, eles são adultos, sabem o que fazem. – Thalles o responde se deitando, cobrindo seu corpo com o cobertor e se aconchegando no calor do mesmo.


— Eu realmente queria ir nessa viagem com você... – Olliver fala desanimado, pois seu plano foi por água baixo.


Ele queria passar um tempo junto com Thalles para fortalecerem o que já sentem, para terem mais confiança um no outro, mas agora que não tem mais esse tempo, o que sobrou foi o próximo passo... Passo que ele sabe que tem que ser dado cedo ou mais tarde, um passo duro para os dois.


Olliver vê os olhos de Thalles fecharem devagar pelo cansaço, resolve ser sincero, mesmo que o momento não seja propício. Se deita, se aconchega no travesseiro com o rosto de frente para seu amado, olha intensamente cada detalhe do rosto dele. Bem devagar Thalles abre os olhos e vê que é observado... melhor, admirado.


— Thalles, vamos contar... – Olliver deixa sair seu desejo, não quer que isso seja só entre quatro paredes, não quer ter medo de enfrentar sua família, vai enfrenta-la. – Elas estão aqui, vamos falar que estamos juntos... Vamos falar que nos amamos...


Ele vê os olhos de negação de Thalles se arregalarem em surpresa.


— Se elas quiserem nos bater eu juro que protejo você, se nos expulsarem de casa podemos começar a trabalhar e alugar um apartamento pra gente, podemos começar a fazer faculdade...


Thalles fica mudo, não sabe o que responder, ele pensou em como seria contar a sua família, mas não achou que seria tão recente essa decisão. Se eles falarem o que aconteceria? Ele está no meio de dois segredos horríveis, como ele pode lidar com isso? Como ele vai resolver isso?


Olliver olha aqueles olhos com mais intensidade, quer que Thalles confie em suas palavras e nele plenamente, nunca desejou uma pessoa tanto na vida e não vai deixar seu amor ir embora... Vai agarra-lo com toda a força.


— Thalles... Você tá disposto a me escolher? – Olliver pergunta com medo dá resposta.


Mas o que Thalles pode responder?


... 


O que ele pode fazer?!


Notas Finais


Olá leitores, como estão?!
Eu to bem...
Amei escrever esse cap, não sei porque, mas simplesmente peguei nele com aquela vontade loka de escrever srsrrsrsrss
Espero que me perdoem pela demora.
Se gostaram, por favor, deixem nos saber...
E se não está na sua lista, por favor coloquem...
Então é isso pessoal 😊😀😁
Bjss da Mayara


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